Gabi 10/07/2013Charme? Encantador!Uma nota rápida sobre o processo de produção desta resenha, então: A) Hoje é quarta. Juro! E são 11h55 AM. Só que vocês não fazem ideia de como escrever resenha é um suplício para mim, porque eu spoilo a coisa toda e depois tenho que fazer alguns cortes e me policiar pra não entregar todo o livro. Afinal, é uma resenha, né. Então, se essa pendenga sair na quinta ou na sexta, não me julgue. B) eu juro que eu tentei e dei o máximo de mim para não tietar (muito) a Marian enquanto rascunhava isso que você está lendo, mas minha paixão pela autora foi mais forte. Perdoem-me por qualquer puxa-saquismo exacerbado. Dei o meu melhor.
Então vamos lá. Sobre o livro: Cheio de Charme é o nono livro da Marian Keyes lançado aqui no Brasil pela editora Bertrand Brasil e é o terceiro que eu leio da autora e é completamente diferente de tudo que eu já li em termos de Chick-Lit. TUDO.
Ele gira em torno do belo Paddy de Courcy, um politico cheio das garotas, e da notícia estrondosa do seu casamento. Mas se você acha que esse é um livro de um cara narrando todas suas aventuras de conquistador, larga essa ideia pra lá. O livro é todo pela perspectiva de quatro moças que participaram – e/ou participam – da vida de Paddy.
Lola Daly, consultora de moda e atual ex-namorada de Paddy, que descobriu que o fim do relacionamento quando descobriu que Paddy se casaria enquanto navegava pela internet. Temos também Grace Gildee, uma jornalista en-gra-ça-dis-si-ma, que tem como irmã gêmea a problemática Marnie Hunter. Ambas tiveram seu relacionamento com Paddy a algum tempo atrás. E não só com Paddy, mas com Alicia, a noiva. Alicia, que também tem seu espaço no livro (gigante de 784 paginas).
E como se não bastasse, ainda tem um segredo!
Confuso? Na teoria. E gente, GENTE! Aqui vai o desabafo de uma leitora apaixonada: Não sei por que dizem tanto que os livros da Marian são repetitivos e – pasmem – maçantes! O QUÊ? Se você tem essa opinião leia Cheio de Charme agora! Aposto que você vai mudar completamente de ideia sobre escrita da minha – esperem por isso – autora predileta. Sabe por quê? A ideia e as mensagens que esse livro transmite são gritantes e é sensacional e é algo a ser ouvido!
Ué, mas mensagem em Chick-Lit? Sim, sim, sim!
Em mais de uma vez eu vi a dor das personagens e me perguntei se foi isso que a Marian passou em sua pior fase. Mas não é apenas isso. Esse livro é uma mistura incrível de sensações. Vai do desespero ao encantamento. Estou apaixonada. Tudo nele me cativou. A capa, a história, a diagramação, o formato das narrativas (especialmente nas partes em que a Lola assumia o controle), o mistério que envolve uma coisa absolutamente grave e real. TUDO.
Se fosse um livro comum, eu daria quatro estrelas porque, admito, demorei certo tempo pra me apegar, o que é incomum. Mas é criminoso dar um quatro para um livro tão bem trabalho, bem escrito, e bem pensado. Cinco estrelas e muito amor. Recomendadíssimo.