Rose 03/05/2024Fazia um bom tempo que um romance de época não me emocionava e revoltava como este. Quem gosta do gênero está mais do que habituado e ciente de como as mulheres sofriam diversos tipos de abusos, sem falar da hipocrisia que imperava em meio a nobreza.
Pois bem, aqui temos um casal (Lavínia e Finn) que são separados de forma cruel por conta do preconceito. Ela é uma lady prometida desde o nascimento e que deveria manter o decoro até o casamento. Ele é um bastardo sem eira nem beira, filho de um nobre que o entregou ainda bebê para a morte.
Não bastassem sofrerem por uma separação armada por terceiros, ambos ainda tiveram que lidar com a maldade alheia, o que causou mais dor ainda. Um sofrimento que quase levou ambos a loucura.
Agora, oito anos depois, ambos estão frente a frente, totalmente mudados e com sonhos bem diferentes.
Seria a hora de colocarem tudo em pratos limpos, e quem sabe realmente recomeçarem suas vidas, mesmo que separados, afinal, ambos tinham muita mágoa no coração para conseguirem voltar a amar alguém.
Mesmo ciente dos costumes da época, é sempre chocante me deparar com algumas coisas. O que foi feito com a Lavínia foi de uma crueldade sem tamanho. Nem sei como ela conseguiu manter sua sanidade e ainda ter forças para ajudar tantas crianças. Pior foi passar tudo isso nas mãos de quem deveria protegê-la e ampará-la. Finn também teve seu quinhão de tortura. Foram cinco anos de vida perdidos graças ao preconceito.
A cena deles com Ângela foi tão linda, delicada e triste que não deu para segurar as lágrimas. Foi duro perceber como um gesto de maldade e preconceito mexeu tão profundamente na vida de tantas pessoas. Só um amor tão puro como o de Lavínia e Finn poderiam fazer o que fizeram.
Para quem gosta de romance de época, indico o livro e a série, mas neste volume, preparem os corações.