Bárbara Lis 05/06/2022
Das dores do silêncio
Aos dezessete anos, as vidas de Marilyn e Angie, mãe e filha, são viradas do avesso. Por mais que ansiasse por saber sobre o seu pai, que nunca chegara a conhecer, Angie nunca conseguiu extrair da mãe nada além do fato que ele morrera antes de seu nascimento e que fora o amor da vida de Marilyn. Todavia, tudo muda quando encontra uma fotografia daqueles que seriam seu pai e seu tio, que também teria morrido segundo mãe, cujo nome, mais tarde, ela se depararia nos créditos de um videoclipe. A partir daí, Angie decide ir atrás de sua história, de suas raízes, para então entender o sofrimento de Marilyn sempre que toca no assunto.
Eu estava muito interessada nessa história porque minha experiência com "Cartas de amor aos mortos" foi incrível, além disso, a temática principal deste livro muito me cativa. Embora a linguagem da autora continue fluida e leve, o enredo deixou a desejar em alguns aspectos. Quando as circunstâncias da morte de James são reveladas, fiquei me perguntando se a intenção da autora foi sensibilizar ou apenas aproveitar as polêmicas sobre as abordagens policiais. De todo modo, a história não foi desenvolvida da melhor forma, um desperdício, porque pela premissa tinha tudo para ser maravilhoso. Mas isso não significa que não seja uma leitura válida, inclusive a recomendo para aliviar o peso das leituras mais densas.