Aos dezessete anos

Aos dezessete anos Ava Dellaira




Resenhas - Aos Dezessete Anos


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Ana 31/08/2018

Cartas de Amor aos Mortos fez muito sucesso na época em que foi lançado, isso porque a autora teve uma criatividade enorme para desenvolver o enredo do livro. Obviamente todo mundo estava super ansioso pela próxima obra dela, provavelmente com expectativas beirando o céu. Bom, pelo estilo da escrita de Ava Dellaira, eu já imaginava que seria uma leitura muito fluida e rápida, mas eu não tinha mínima noção de que Aos Dezessete Anos seria infinitamente melhor do que o seu livro de estréia.

O enredo dessa história é bastante simples: narrado em terceira pessoa sob dois pontos de vistas diferentes e em épocas diferentes, conhecemos a vida de Marilyn e Angie, mãe e filha que, assim como diz a contracapa do livro, viram a vida mudar completamente aos dezessete anos. Quando tinha essa idade, Marilyn viveu um romance rápido e intenso com James, mas ninguém sabe o que aconteceu para que ela resolvesse criar sua filha sozinha.

Angie não sabe praticamente nada do passado da sua mãe e não tem ideia de quem foi seu pai, já que Marilyn diz para ela que James morreu em um acidente de carro. Porém, Angie quer conhecer um pouco mais de si mesma e isso se intensifica quando ela encontra uma foto dos seus pais juntos no fundo de uma gaveta. A partir daí, Angie liga alguns pontos e descobre que talvez James ainda esteja vivo, e vai fazer de tudo para encontrá-lo.

Cada capítulo é narrado sob o ponto de vista de uma das protagonistas, ambas com 17 anos. Assim, sabemos pelos olhos de Marilyn como ela conheceu James, como eles se apaixonaram e se envolveram — uma história maravilhosa, diga-se de passagem —, bem como tentamos entender como foi o fim de tudo, pelos olhos de Angie. A maior parte da história se passa em Los Angeles, que é onde Marilyn morou na adolescência e é onde Angie tenta encontrar o seu próprio passado.

Marilyn é branca e loira, enquanto James e toda a sua família são negros. O que eu mais amei nesse livro é o choque de realidade que Ava Dellaira transmite. Fica extremamente claro que os brancos são privilegiados. E para quem acha que isso é ficção, coisa que só acontece em livro, tenho uma notícia muito ruim para dar, viu... As coisas que acontecem com James e Angie, que é negra, só acontecem porque eles são negros e isso me deixa MUITO frustrada e triste. Eu chorei muito, mas muito mesmo com tudo em Aos Dezessete Anos.

O racismo no Brasil é muito presente e vem de um passado que eu não me orgulho nem um pouco. Mas se você se surpreende com o que acontece aqui, pode ter certeza que nos Estados Unidos as coisas são bem mais complexas. Não precisa nem ir muito fundo para entender o que é a supremacia branca: a Ku Klux Klan, por exemplo, foi uma organização racista secreta que nasceu no final do século 19 nos Estados Unidos e era movida pelo ódio contra os negros. Acreditem ou não, apesar de ter muito menos força atualmente, a KKK ainda existe.

Nunca pensei que sentiria o que senti com esse livro desde que li O Ódio Que Você Semeia, que também fala sobre racismo. A escrita de Ava Dellaira beira o melancolismo, e isso também ajuda a transmitir a injustiça por trás dos atos das pessoas. Além disso, de uma forma ou de outra, é um livro que fala sobre amor de um jeito muito simples, quando retrata o relacionamento entre Marilyn e James, bem como o relacionamento entre mãe e filha, que para mim é o maior e mais bonito amor que existe no Universo.

Eu amei a forma como Ava Dellaira conduziu Aos Dezessete Anos, amei de todas as formas possíveis. Me apaixonei pelos personagens, pelo romance entre James e Marilyn, pela determinação de Angie. Muitas coisas tristes acontecem aqui, coisas que eu nunca vou sentir na pele, mas que mexem muito comigo e me deixam mal — e que abalam qualquer pessoa que tenha o mínimo possível de empatia e amor no coração. É por isso que histórias assim devem ser contadas, é por isso que todo mundo tem que ler esse livro maravilhoso.

site: http://www.roendolivros.com.br
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Falando em livro... 28/08/2018

Uma trama emocionante e instigante | Resenhada por Thais
Conheça Marilyn e Angie, mãe e filha que viram a vida mudar aos dezessete anos.

Marilyn viveu uma vida difícil ao lado de sua mãe, que insistia em torná-la uma modelo famosa. Mas tudo que ela queria era ser uma adolescente normal, vivendo o primeiro amor, se divertindo, tirando fotos, que era uma de suas paixões, se formar no ensino médio e ir pra faculdade. Na verdade, seu maior sonho era ir para uma faculdade bem longe de casa, pois acreditava que essa seria a solução para alcançar sua liberdade. Ela vive seu primeiro amor quando conhece James, é a partir daí que sua vida muda por completo.

Angie, filha de Marilyn, agora com dezessete anos, é o completo oposto da mãe. A jovem estuda, tem seu amor e não se vê obrigada a ser modelo. No entanto, vive as sombras do passado de sua mãe, um passado que Marilyn esconde a sete chaves. A garota sempre acreditou que o pai estava morto, mas encontrou algo que a levou a desconfiar do contrário. E é através de uma fotografia que Angie resolve se aventurar em busca de respostas sobre suas origens.

Aos Dezessete Anos retrata uma linda história baseada no amor. Um amor vivido da melhor maneira possível dentro dos limites impostos pela sociedade, marcado por uma tragédia escondida e com tanta dor, mágoas e culpas como bagagem. Fala sobre uma garota que busca uma parte que falta em si mesma. Fala sobre o relacionamento de mãe e filha, sobre família, sobre preconceitos. A trama é emocionante, apaixonante e te prende do começo ao fim. A autora consegue te inserir em cada página, fazendo de você um pedaço daquela história.

Para saber mais, leia a resenha completa no blog.

site: http://www.blogvirandoapagina.com.br/2018/08/resenha-aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html
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Aline @issoateparecemagia 23/08/2018

“ Aos Dezessete Anos “
4,2/5♥

“Acho que crescer é algo que continua acontecendo, que está sempre acontecendo, pelo menos quando se tem uma vida honesta.”

Aos Dezessete Anos é o novo Young adult da autora de Cartas de amor aos mortos.
E conta a história de Angie e Marilyn. Mãe e filha. Passado e presente. Aos Dezessete anos.

Angie só tem sua mãe como família, mas nunca se sentiu completa, por nunca ter conhecido seu pai, e por ser negra e sua mãe branca, ela sempre sentiu que precisava se conectar com seu pai, mesmo que fosse através das histórias por sua mãe, porem para Marilyn sempre foi difícil falar sobre James.
Mas Angie não desiste, e quando encontra uma foto de seu pai e de seu suposto tio, ela decide ir a Los Angeles atrás de seu tio. No entanto, lá ela vai descobrir que a vida é bem mais complicada do que ela imagina, e descobrir bastante sobre si mesma e sua família.

Em retrospecto temos o ponto de vista de Marilyn no passado, quando conheceu James. A vida dela não era fácil, já que também viveu sem pai, precisou morar na casa do tio de favor junto com a mãe enquanto fazia testes para comerciais, uma coisa que sempre odiou fazer, mas era controlada por sua mãe.

Essa história mexeu muito comigo porque me identifiquei muito com a Marilyn, no fato de ter tido também uma gravidez aos dezessete anos, foi fácil me conectar com ela e sua história.
Os capítulos narrados pela Angie não me envolveram muito, ela era egoísta e até mimada, chegava a ser chato o quanto ela pensava que era só uma em sete bilhões no mundo...
quando sua mãe na mesma idade já tinha um certo empoderamento, mesmo que silencioso e que foi crescendo ainda mais com o tempo.
Descobrir o que aconteceu com o pai de Angie foi bem angustiante, é cruel a forma como o racismo ainda é presente pleno século XXI.
Mas essa é uma história com temas reais e necessários e mesmo que a leitura tenha sido um pouco arrastada no início ainda assim indico muito.

“- Sou meio sem graça.
- É nada. Ninguém é. Todo mundo tem um universo inteiro dentro de si.”


site: https://www.instagram.com/issoateparecemagia/
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Dai Angelina 18/08/2018

Não se engane pelo começo ... o livro melhora bastante
Para um livro que começou bem entediante, ele acabou se tornando bem instigante.
O princípio desanima um pouco e acho que só não abandonei, porque se tratava de uma leitura conjunta. Mas ainda bem que não fiz isso, pois o livro melhorou consideravelmente após os capítulos iniciais e houve momentos em que foi difícil deixar a leitura de lado.

Os capítulos são intercalados entre mãe e filha, ambas aos seus 17 anos, portanto senti como se estivesse lendo ao mesmo tempo dois livros diferentes.
A parte chata, ou melhor, menos envolvente foi da filha.
Me incomodou demais o fato da personagem misturar o passado e o presente o tempo todo. Sei lá, as vezes era bem confuso e precisava ler a mesma página mais de uma vez para pode entender qual o tempo verbal. Mas, felizmente esse problema só ocorreu no começo.
Sobre a personagem, só posso dizer que não gostei muito dela. Angie era chata, mas tentei relevar me colocando no lugar dela, que sentia muito a ausência do pai.
Mas ao mesmo tempo, se pararmos pra pensar, a mãe dela, Marilyn, tampouco teve pai presente (além de ter uma mãe egoísta) e nem por isso era tão complexada. Mas enfim, cada pessoa lida de forma diferente diante das mesmas experiências, não é?
O que também me irritou em Angie foi aquela ladainha de 7 bilhões de pessoas e blá blá blá. Que diferença faz se somos apenas um pontinho nesse imenso universo? Por mais insignificantes que sejamos diante de tudo, nosso vida vale muito.

Bom, agora vamos pra parte legal do livro: Marilyn.
Gostei da personagem e depois de conhecer sua história e tudo pelo que passou, a admirei muito, por não se render diante de tantas coisas ruins. Ela seguiu adiante e criou a filha sozinha, sendo pouco mais do que uma criança.
Confesso, torci muito pela personagem e fiquei feliz ao ver que no final, se não conseguiu se perdoar, pelo menos estava no caminho para isso.

O desfecho é inusitado e melancólico. Chorei com ele, pois realmente não o esperava.
E gostei da maneira que a autora tratou o racismo, de forma sutil, mas real e dolorosa.
O que ficou faltando foi mais detalhes sobre Sylvie e também o final de Wood (na minha mente doente, criei algo bem cruel para ele, rs).
E já que a imaginação não tem limites, tento acreditar que em um universo paralelo, tudo deu certo e que Marilyn e James tiveram a vida que tanto sonharam e planejaram.

Enfim, valeu a pena a leitura e a persistência em continuar. Isso mostra que nem todo livro começa bem, mas que isso não o impede de melhorar e se tornar algo bom e digno de ser lido.

Obs: Achei linda a história por trás dos beija-flores.
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Lauraa Machado 18/08/2018

Todo mundo deveria ler este livro!
Pare o que está fazendo agora e vá colocar este livro na sua lista de desejados, no carrinho da Amazon, na sua estante. Esse livro parece ser uma história adolescente, contemporânea, sobre a Angie buscando a verdade do seu pai, mas é muito mais que isso, muito mais do que conseguiriam colocar em uma sinopse.

Eu tenho três críticas para fazer para o livro, é verdade, mas prefiro começar falando sobre como foi interessante ver as duas histórias juntas, da Angie e da mãe dela, Marilyn, mesmo que a da Marilyn tenha sido a melhor das duas. Além disso, a autora sabe muito bem o que está fazendo na hora de desenvolver seus personagens com complexidade e sensibilidade. Fiquei impressionada desde o começo com isso, mas ficou cada vez melhor.

Como se a ideia da história e seu desenvolvimento não fossem o suficiente, a autora ainda escreve super bem e bonito. O livro tem muitas frases lindas, dignas de tatuar no braço e levar para o resto da vida.

Minhas duas primeiras críticas não são exatamente críticas. A primeira é para a narrativa que a autora escolheu para a maior parte da história. Ela segue duas protagonistas, Angie e Marilyn, mas flui entre umas três ou mais linhas temporais de cada no começo, de um jeito que vai deixar muita gente confusa. Eu consegui acompanhar, mas confesso que cheguei a ficar um pouco incomodada. Preferia que a autora tivesse separado tudo um pouco mais certinho, ainda que fizesse essa mudança entre os tempos, que não fosse tão constante e confusa.

A segunda crítica não crítica é para a quantidade de detalhes que ela coloca em tudo, explicando coisas não tão pertinentes, pessoas do outro lado da rua, todas as comidas que aparecem em cena, roupas, marcas, lugares, músicas. É bem bacana até na primeira metade, mas tenho que admitir que comecei a não absorver tanto cada um desses detalhes depois de um tempo. Tive que me obrigar a prestar atenção neles.

E minha última crítica, que ainda é tão pequena que nem fez muita diferença na minha nota e não diminuiu meu amor pelo livro e por sua história, é para o final. Achei, aliás, o clímax do livro incrível. Me surpreendeu e me emocionou mais do que eu esperava. Mas, a partir de certo ponto, os personagens entram em um ritmo de diálogos meio epífanes que ficou forçado e deslocado. Do nada, eles perceberam coisas que nunca souberem e as declararam com parágrafos que deixaram a desejar em naturalidade.

Mas não leve nada que falei a mal. Eu tenho uma necessidade de mencionar minhas críticas, mesmo quando ainda ache que o livro merece cinco estrelas, um lugar na minha lista de favoritos e na lista de leituras de todo mundo. Leia este livro, deixe que ele mude seu jeito de ver a vida, deixe que ele mude seu mundo. Ele parece leve, bobo, um passatempo, mas tem muito conteúdo e vai te fazer sentir como se estivesse se apaixonando, se perdendo e caindo na real ao mesmo tempo, o que é péssimo e absolutamente maravilhoso.

Agora vai lá comprar o livro e ler, vai.
Renata Romanova 18/08/2018minha estante
Ava Dellaira arrasando sempre!


Andréa Araújo 19/08/2018minha estante
Já vou colocar na minha lista!


Lauraa Machado 26/09/2018minha estante
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Nina 15/08/2018

Sei que defini 2018 como o ano para sair da minha zona de conforto na leitura e me aventurar por novos estilos literários, e quem acompanha sempre o blog já percebeu que venho mesmo fazendo isso. Mas às vezes a gente sente uma saudade do confortável, né? E por isso me lancei na leitura de Aos Dezessete Anos, um romance juvenil bem no estilo que amo!

Aos dezessete anos, Angie quer entender melhor quem é e sua origem. Ela reconhece todo o esforço que sua mãe, Marilyn, fez e ainda faz para criá-la sozinha. Mas a mãe não entende. Ela não entende o que é ser uma garota negra filha de uma mãe branca e que não conhece o pai. Não entende o quanto ela sofre com o olhar das pessoas que estranham o fato de serem mãe e filha e tão diferentes e o que é enfrentar o racismo que todos fingem não ter.

A mãe lhe contou que seu pai e o irmão mais novo dele morreram em um acidente de carro antes dela nascer e Angie nunca pediu muitos detalhes porque sabe o quanto esse assunto a machuca. Ma um dia, ela encontra fotos de seu pai escondidas em uma gaveta e logo depois decobre que o tio está vivo e é um famoso diretor em Los Angeles, e Angie começa a imaginar que o pai também pode estar vivo. Assim, num rompante, ela pede uma carona para Sam, seu ex-namorado e que parece ainda sentir algo por ela, e parte em busca do pai e da história do seu passado.

Embora Marilyn não aparecesse em nenhuma foto, Angie sentiu que estava olhando para ela, através das lentes. As fotos eram a maneira como sua mãe via o mundo, e Angie se apaixonou por aquela versão dela escondida atrás da câmera.

Há pouco mais de dezessete anos atrás, Marilyn também tinha dezessete e era um jovem modelo. Ela nunca sonhou com isso, mas a mãe apostava todas as suas fichas no sucesso da filha e sonhava com o dia em que elas ficariam ricas e comprariam um belo apartamento. Mas o sonho de Marilyn era ir para a faculdade e trabalhar com fotografia. Mas como ela iria deixar a mãe para trás? Depois de tudo que viveram juntas e sabendo da fragilidade da mãe e da confiança que ela tinha nos seus sonhos de sucesso, como dizer que não queria nada disso? No entanto, no lugar do tão sonhado sucesso, as duas estão em péssima situação financeira e são obrigada a morar com um tio, mal humorado e rabugento que vive bebendo e jogando.

Tudo o que Marilyn quer é terminar logo o ensino médio e fugir para a universidade que esteja o mais longe possível desse pesadelo, mas ela encontra sua paz no apartamento de baixo. James também tem dezessete, vive com os avós e o irmãozinho Justin e é tão belo, gentil e envolvente, que ela não consegue evitar se apaixonar, mesmo que no início James tente evitar. O que Marilyn não poderia imaginar é que seu primeiro e grande amor terminaria de uma maneira trágica, deixando-a sozinha e grávida.

Marilyn olha para o rosto da filha e pela primeira vez a vê nele - a garota que deixou para trás. Pela primeira vez enxerga que, para compreender Angie, precisa compreender a si mesma. Marilyn vai ter que deixar aquela garota entrar, seu próprio eu ao dezessete anos, ainda que destroçada pela dor, afogada pela culpa; vai ter que reaprender a amar aquela garota da mesma maneira que ama sua filha, ou perderá Angie com ela.

Aos Dezessete Anos é um livro incrível! O enredo traz temas muito polêmicos como racismo, alcoolismo, gravidez na adolescência, luto, relações familiares, autoestima, mas ao mesmo é leve e até divertido. Não que a autora trate tudo isso de forma leviana, mas ela o faz inserido na história e alternando com cenas mais amenas e divertidas, fazendo com que a leitura seja uma montanha russa de emoções.

A narrativa em terceira pessoa se alterna entre mãe e filha, enquanto Angie conta sua busca pelo pai e por si mesma, Marilyn narra do passado, contando a história de seu primeiro amor. Assim vamos evoluindo na leitura esperando o momento para entender o que realmente aconteceu com James e como eles foram separados. E quando esse momento chega, é impossível não ficar em choque! Eu chorei muito!

Mas para quem conseguisse sobreviver, os ventos frios do leste logo se tornariam uma lembrança distante. Estaria em outro lugar, seria outra pessoa.
Ainda assim. O que a mente permite abandonar com o tempo, o corpo não esquece.

A escrita de Ava Dellaira é arrebatadora. Ela consegue ser poética e ir direto ao ponto ao mesmo tempo, por mais que isso parece contrastante. Seu texto traz muitas reflexões e metáforas sem ser arrastado, ou seja, eu devorei o livro! E quando terminou eu fiquei com aquela vontade de que tivesse mais páginas, para que não precisasse me despedir.

Enfim, eu amei! Um livro leve, intenso, poético e com cenas divertidas e de forte emoção, com certeza foi uma das melhores leituras do ano e que eu vou recomendar para todo mundo!

site: http://www.quemlesabeporque.com/2018/07/aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html
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carolmndss 03/08/2018

LEIA!!!!!!!!!
A história gira em torno de Marilyn e Angie, mãe e filha, respectivamente, e como indica o título do livro, mostra a vida de ambas aos dezessete anos.

Marilyn aos dezessete, em pleno anos 90, tinha que lidar com a mãe querendo torná-la uma atriz de sucesso a todo custo, quando na verdade não era bem isso que ela queria. Ela queria a liberdade, e contava os dias para ser maior de idade e ir fazer faculdade, ser quem ela queria ser. Em um momento difícil na vida das duas, elas mudaram para a casa do tio, e lá ela conhece James, um garoto que mora no mesmo prédio que o tio e com quem ela divide seus anseios sobre o futuro.

Também conhecemos Angie aos dezessete anos, porém nos dias atuais. Ela vive apenas com a mãe, Marilyn, pois de acordo com ela, seu pai está morto. Mas após descobrir que seu tio, que supostamente morreu com o pai num acidente de carro, está vivo, ela vai atrás dele em Los Angeles em busca de respostas, já que quando tenta falar sobre o outro lado da família com a mãe ela começa a chorar. Junto com Sam, um ex-namorado com quem tem coisas mal resolvidas, ela vai em busca de sua origem e sobre quem ela é.

Em Los Angeles, a busca pelo tio traz Sam e Angie mais pertos, e Angie tem a chance de fazer as coisas entre eles darem certo mais uma vez – mesmo ela não sabendo como –, embora o foco seja enfrentar seu passado.

O livro é contado sobre o ponto de vista das duas, sempre em terceira pessoa. Mostra que apesar de terem questões diferentes com que lidar e viverem em épocas diferentes, as duas personagens não são tão diferentes assim. Ambas precisam encarar o passado e situações que estiveram tentando fugir por toda a vida, pois só assim conseguirão seguir adiante, apenas quando lidarem de frente com o passado. E é esse o grande ensinamento do livro: guardar coisas pra si, principalmente as ruins, nunca é a solução.

O livro segue um ritmo lento no início, mas muito bem aproveitados. Assim que descobri o motivo de Marilyn ter escondido seu passado de Angie, eu precisei dar uma pausa na leitura pois foi uma descoberta forte, pesada. Podemos sentir a tristeza e culpa que ela sente e como a autora capturou esses sentimentos, construídos astutamente durante o livro e com isso o baque no final.

Definitivamente recomendo a leitura do livro, que me fez sentir inúmeras coisas durante a leitura e me fez ter uma pequena crise existencial junto com a Angie quando ela diz se sentir "como uma gota no oceano". E assim como o outro livro da autora, Cartas de amor aos mortos (que também recomendo), durante a leitura os personagens ouvem muitas músicas incríveis, só queria que tivesse uma playlist no final do livro com todas as músicas porque não sou de ouvir durante a leitura.

site: https://www.virandoamor.com/2018/07/resenha-aos-dezessete-anos.html
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Ana Luiza 18/07/2018

Divertido, intrigante e emocionante
A HISTÓRIA
Aos dezessete anos, Angie decide que esperou o suficiente. Ela ama muito sua mãe, Marilyn, e reconhece todos os sacrifícios que ela fez para criá-la sozinha. Mas há coisas que a mãe, por ser branca, não entende. Ela não percebe as microagressões pelas quais a filha passa, não vê como a olham diferente por ser negra, não entende o quanto machuca quando estranhos confundem as amigas brancas de Angie como a filha verdadeira de Marilyn. Mas, mais do que isso, Angie sente que há um buraco, um espaço vazio dentro de si. Seu pai sempre foi um fantasma sem rosto, uma interrogação, um mistério, que ela achava que jamais poderia desvendar.

Desde cedo Angie soube que seu pai e o irmão mais novo dele morreram em um acidente de carro, antes dela nascer. E, como o assunto sempre faz com que Marilyn sofra, Angie parou de abordá-lo. Contudo, tudo muda ela encontra uma foto antiga do seu pai. Angie não consegue tirar a imagem da cabeça e se perguntar como ele era. Assim, quando por acaso descobre que seu tio está vivo, Angie imagina se Marilyn também não mentiu sobre o pai dela. Então, a garota decide fazer uma loucura. Pede uma carona para o ex-namorado, Sam, que está indo para Los Angeles, onde seu pai vivia. Sem qualquer pista de verdade, Angie está decidida a descobrir tudo sobre o passado do pai… mas acabará também entendendo muitas coisas sobre si mesma.

Um pouco mais de dezessete anos antes, Marilyn era uma jovem modelo de dezessete anos. Seu sonho de verdade era ir para a faculdade e trabalhar com fotografia. Contudo, como deixar a mãe para trás, que vive em um mundo fantástico no qual Marilyn está sempre há um passo de virar uma celebridade? Ela sabe que não vai fazer fortuna como modelo, mas Marilyn não consegue imaginar como fazer a mãe acordar para a realidade. Para piorar, Marilyn e a mãe se mudam para o apartamento do tio, um homem amargurado que passa seus dias jogando e bebendo.

“- Sou meio sem graça.
- É nada. Ninguém é. Todo mundo tem um universo inteiro dentro de si.” pág. 366

Tudo o que Marilyn quer é fugir de tudo isso, mas ela encontra seu refúgio perfeito no apartamento debaixo. Também com dezessete anos, James é um garoto bonito e dedicado aos estudos. Ele não quer um relacionamento sério, mas Marilyn não consegue evitar se apaixonar por alguém tão gentil e cativante. Entretanto, aos poucos, James vai se abrindo para ela e Marilyn sonha com um final para os dois, cursando a faculdade juntos. Contudo, aos apenas dezessete anos, Marilyn ainda não podia imaginar que seu primeiro grande amor seria interrompido de forma tão abruta e cruel.

A LEITURA
(...)

OS PERSONAGENS
(...)

A EDIÇÃO
(...)

CONCLUSÕES FINAIS
Em resumo, Aos Dezessete Anos é um livro apaixonante e que recomendo para todos. A leitura é leve, divertida e romântica, mas não deixa de ter momentos de emoção e tensão. O livro fala bastante sobre autodescoberta, luto e perdão, mas também sobre racismo e relações familiares e amorosas. Com personagens cativantes e humanos, com os quais nos identificamos e para os quais torcemos, a leitura do livro se torna ainda mais rápida e deliciosa. Aos Dezessete Anos ainda nos presenteia com uma narrativa poética, cheia de reflexões impactantes, e um desfecho surpreendente. Eu não mudaria absolutamente nada nesse livro, que superou as altas expectativas que eu tinha para ele e me deixou sedenta por mais obras da Ava Dellaira.

LEIA A RESENHA COMPLETA E VEJA FOTOS DO LIVRO NO BLOG:

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2018/07/resenha-aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html
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Fernanda 17/07/2018

Aos dezessete anos
Resenha no blog:

http://modoliterario.blogspot.com/2018/07/resenha-aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html

site: http://modoliterario.blogspot.com/2018/07/resenha-aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html
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Liachristo 16/07/2018

Aos Dezessete Anos
Ultimamente tenho saído bastante da minha zona de conforto, e tem sido uma ótima experiência conhecer tantos autores e histórias novas. Algumas maravilhosas, outras medianas e tem aquelas que simplesmente nos encantam mesmo que não sejam perfeitas.



Quando recebi Aos Dezessete Anos para ler, não tinha noção nenhuma do que esperar da leitura, já que nunca li nada desta autora antes. Pra minha grande satisfação a leitura fluiu fácil e tranquila. Uma história comovente e lúdica sobre a experiência de uma jovem de 17 anos que sai à procura de seu pai, que ela nunca conheceu.



Ava Dellaira nos apresenta suas duas protagonistas e vai aos poucos nos mostrando o que foi e é viver esta idade para cada uma. Mãe e filha com personalidades distintas, com muitos sonhos e com todo aquele frescor, esperança e dramas que temos nessa idade. Suas personagens foram muito bem construídas e conseguem nos enredar em suas vidas nos fazendo recordar, no caso da Marilyn que se passa nos anos 90 e buscar respostas, no caso de Angie(ano de 2016), de maneira a querermos estar com elas nesses momentos. Seja dando força ou mesmo tentando animá-las para seguir em frente.



Essa justaposição entre as duas personagens realmente funcionou pra mim. Especialmente porque tudo o que Marilyn faz tem um impacto direto na vida de Angie. Você sente a dor de Angie causada pela ausência de seu pai e sua frustração por não saber nada sobre ele. Marilyn, seja ou não de propósito, causou isso. Mas Marilyn também é apenas uma garota tentando encontrar o amor em um lugar onde ela não seja tão infeliz. E você torce por ela quando conhece James, mesmo sabendo desde o começo que não pode acabar bem.



Angie sempre teve muita curiosidade sobre o pai. Uma curiosidade que cresceu junto com ela e que sempre a fez desejar entender o motivo de sua mãe não falar muito sobre ele ou pelo menos de ter suas respostas para tantas perguntas que lhe afligiam. Ela tem um modo bem peculiar de encarar a vida. Ao fazer dezessete anos e descobrir que sua mãe mentiu sobre o que aconteceu com seu pai, ela resolve sair em busca da verdade e parte para Los Angeles com seu ex-namorado Sam, que é um fofo!

Resenha completa no Doces Letras.

site: https://www.docesletras.com.br
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Hellen @Sobreumlivro 12/07/2018

É tudo questão de se encontrar <3
Ava Dellaira escreve um livro que aquece! Um livro lindo, no melhor sentido da palavra. Uma história grandiosa e incrivelmente fofa sobre relacionamentos e amores.
.
"Aos dezessete anos" é um livro sobre crescer e sobre entender quem somos e o que desejamos ser. É sobre todos os medos, desejos, sacrifícios e responsabilidade que nos cercam; sobre errar e, mesmo assim, continuar. É, acima de tudo, sobre amadurecer.

Aos dezessete anos, no início dos anos 90, Marilyn encontrou o primeiro amor. Em busca de liberdade, ela segurava uma câmera imaginária, enquanto esperava pela faculdade, quando finalmente poderia ser ela mesma. Com os dedos formando um L, afim de tirar uma fotografia mental, ela encontrou James, com quem descobriu que viver o presente é tão importante quanto esperar pelo futuro.

Dezessete anos depois, Angie busca resposta. Depois de passar a vida inteira juntando informações sobre seu pai morto como se fosse uma velha fotografia embaçada, agora ela quer mais. Quer, finalmente, conhecer sua história, encontrar rostos em que possa se espelhar.
Por isso, sem a autorização da mãe e acompanhada de seu ex-namorado - que também precisa de respostas, inclusive dela -, Angie viaja até Los Angeles, em busca das respostas que sua mãe não pode dar.

Seguindo duas linhas concomitantes de narrativa, acompanhamos a história de uma mãe - cuja história é triste demais para relembrar -, e de sua filha - cuja história é imprecisa demais para não desejar conhecer.

Na superfície, Aos dezessete anos explora as relações familiares entre mães e filhas, seja entre Marilyn e sua mãe, Silvya, bem como entre Marilyn e Angie. Mas, nas entrelinhas, Ava Dellaira desenvolve uma história sobre se encontrar e amadurecer, encontrar um rosto, no meio de tantos, que seja um pouco parecido com o seu.

Assim como seu primeiro livro Carta de Amor aos Mortos, a autora escreve uma história lindamente encantadora. Através dos dois pontos de vista, a autora aborda temas como representatividade e racismo, e a importância de ter alguém em que se possamos nos espelhar.
Como disse antes, esse é um livro que aquece! Que nos deixa com um sorriso no rosto.

site: https://www.instagram.com/sobreumlivro/
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JessMo - @livratario 10/07/2018

Um ótimo turbilhão de sentimentos
❝De repente Angie sentiu um aperto no peito. Queria arrancar o garoto da foto. Fazer com que se tornasse um homem, seu pai. Que fizesse sua mãe sorrir daquele jeito de novo.❞

📖 Os dezessete anos de Marilyn se apaixona por James e parece que finalmente sua vida vai entrar no caminho que sempre sonhou. Porém seus sonhos de faculdade e amor são quebrados por uma tragédia e tudo que ela pode fazer é seguir em frente para criar a filha.
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📖 Dezessete anos se passam e Angie, filha de Marilyn, desconfia que o pai - que acreditava estar morto desde antes de seu nascimento - pode estar vivo, assim como seu tio.. Assim como toda uma família que nunca conheceu. Tomando o destino para si, viaja para LA em busca de suas raízes, em busca de si mesma.

❝Marilyn olha para o rosto da filha e pela primeira vez a vê nele - a garota que deixou pra trás. Pela primeira vez, enxerga que, para compreender Angie, precisa compreender a si mesma.❞

🗯 Sabe aquele livro que você pega sem nenhuma expectativa, mas que vai te ganhando mais e mais? Foi assim esse livro pra mim! Amei a escrita da autora, me apaixonei por Marilyn e nem tanto pela Angie rs
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🗯 Ava criou personagens reais, que vivem e amam e erram e fez meu coração se apertar por diversas vezes. Me encantei com as relações entre mãe e filhas. Com a percepção de como mesmo que tentemos acertar, muitas vezes erramos quando se trata de defender quem amamos.
.
🗯 Marilyn erra por amar demais a filha e Angie, por mais que ame Marilyn e Sam, não pensa muito nos sentimentos deles quando se trata de encontrar as respostas que precisa. É um livro cheio de nuances e injustiças que nos fazem pensar, nos colocar no lugar daquelas pessoas. Amei e indico sim a todos que procurem um história fluída e fácil de ler, mas cheia de conteúdo.
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Obrigada pela leitura coletiva pessoal!! Obrigada @livrosliberdade!! Amei!

❝Com certeza quase todas as pessoas no mundo, os sete bilhões, já tiveram seu coração partido, mas quantas delas foram tolas o bastante para fazer isso consigo mesmas?❞
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Um Rascunho a Mais 01/07/2018

Um livro cativante, real e sensível...
Quando eu recebi esse livro em parceria com a Companhia das Letras, pelo selo da Seguinte, fiquei muito animada. Eu ainda não conhecia a escrita da Ava Dellaira, que já tinha conquistado um grande público no país com seu primeiro livro publicado aqui que é "Carta de Amor aos Mortos". Porém de uma forma diferente, Aos dezessete Anos me encantou, por ser um livro incomum, diferente do que eu estava esperando. De uma forma cativante, Ava construiu uma história sensível, real, sob diferentes pontos de vista.
Inicialmente somos apresentados a Angie, que não sabe quem foi seu pai e tudo o que anseia é poder saber mais dele, porém sempre que tenta perguntar a mãe, ela sai chorando e foge do assunto. Porém tudo muda quando ela encontra uma foto no fundo da gaveta com os seus pais adolescentes e no mesmo instante, ela sabe que é ele. Disposta a descobrir mais sobre ele, com sinais de que ele talvez esteja vivo, ela viaja com o seu ex-namorado Sam para Los Angeles, imaginando que lá ela consiga responder algumas perguntas sobre a sua família.
Intercalando a narrativa, a história de Marilyn é narrada quando ela tinha dezessete anos e estava mudando com a sua mãe para a casa do seu tio que é alcoólatra e viciado em jogo. Apesar de Marilyn ter feito alguns trabalhos como modelo durante a infância, sua mãe mantém a esperança de que ela encontrará novos trabalhos, será famosa e poderá livrar as duas da pobreza. Durante a mudança, ela conhece James, um jovem que de imediato ela se apaixona, e apesar dele ser mais fechado, tudo o que ela quer é ficar com ele. Marilyn é estudiosa, deseja entrar na faculdade, ser fotógrafa apesar de não ter uma câmara de verdade e poder ter a sua própria vida.
Aos Dezessete Anos é um livro que explora a temática da adolescência e dos desafios de encarar a vida adulta, com problemas familiares e sociais. Narrando as histórias de mãe e filha em terceira pessoa, ambas ainda jovens, é impossível não se encantar, sorrir ou emocionar mediante a escrita cativante da Ava. O livro aborda questões atuais e mostra como elas se encontram em diferentes épocas da vida das personagens. Temáticas como o racismo, drogas, álcool e problemas familiares ganham relevância na narrativa e tornam cada momento mais real.
Marilyn e Angie são personagens fortes, ambas tentando construir uma história juntas, porém Angie é incapaz de ficar tranquila sem saber quem é seu pai e descobrir a sua origem. Já Marilyn não consegue esquecer seu passado, só deseja que sua filha seja feliz e com seu instinto materno tenta protegê-la das maldades do mundo. Os personagens desse livro são muito bem construídos e cada um deles tem um papel relevante na trama, em torno das personagens principais. Apesar da construção bem elaborada da autora, senti falta de um desenvolvimento melhor em algumas cenas, além de achar que a autora poderia abordar melhor algumas temáticas. Portanto, para você que procura um Young Adult diferente, com uma história contada entre mãe e filha de forma envolvente, esse é o livro que recomendo sem dúvidas!


site: https://umrascunhoamais.blogspot.com/2018/06/resenha-aos-dezessete-anos.html
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Cau @caumunhoz 29/06/2018

Esperava mais
Esperava mais desse livro, a história é boa, mas não curti muito o estilo da narrativa, vezes em primeira pessoa, vez em terceira. E a autora poderia ter abordado mais o tema racial.
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Queria Estar Lendo 26/06/2018

Resenha: Aos Dezessete Anos
Aos Dezessete Anos, segundo livro da Ava Dellaira - publicado por aqui e cedido em parceria pela editora Seguinte - é uma trama atemporal sobre amadurecimento, as nossas raízes e tudo aquilo que nos transforma em quem somos.

Aos Dezessete Anos se divide em dois pontos de vista, o de Marilyn, no fim dos anos 90, e o de Angie, em 2016, dessa forma, Ava Dellaira conta a história de mãe e filha aos dezessete anos, desenvolvendo a história aos poucos.

Nos anos 90, tudo que Marilyn queria era ir para a faculdade, quando finalmente poderia ser dona de si e abandonar os sonhos de fama que sua criou para ela. Nos anos 2000, Angie busca suas origens, sendo filha de uma mulher branca com um homem negro, ela sempre se sentiu deslocada, sem pertencer a lugar nenhum, e agora está determinada a encontrar suas origens.

"O curioso sobre a beleza, James escreve, é que de nenhuma forma sua presença nega a verdade do sofrimento, da injustiça, da dor, mas de toda forma ela se ergue em seu próprio direito, em sua própria verdade."

Como sempre, Ava Dellaira me pegou pela mão e me levou por uma história emocionante, tocante e bastante real. A forma como ela injeta emoção nas palavras, como ela consegue criar passagens tão emotivas, mesmo com uma narrativa bastante direta e simples, é apaixonante e lindo e me faz sentir lendo uma obra de arte, honestamente.

Me peguei sentindo tanto com a Angie, a Marilyn e o James, como senti ao ler as cartas da Laurel em Cartas de Amor aos Mortos. Fico muito feliz de ter pego esse livro. As vezes eu tenho medo de ler livros novos dos meus autores preferidos, porque a decepção pode ser real, mas a Ava manteve o padrão maravilhoso que estabeleceu para si mesma.

Angie foi uma personagem interessante. Não foi a minha preferida, mas definitivamente um ponto de vista que valeu a pena ser explorado e apresentado. Os sentimentos dela, sobre se sentir inadequada e sem um lugar para si, é algo que faz com que a gente se identifique, mesmo que não passe pelos mesmos problemas que ela. E o fato de acompanhar a história dos pais dela pelo ponto de vista de Marilyn, e depois chegar no dela e todos os sentimentos que ela tem sobre a mãe, a saudade que sente do pai que não conheceu e a pressão de ser tudo que a mãe tem, tudo isso transformou o ponto de vista dela em algo forte e identificável.

"O mundo está errado. Você não pode esquecer o passado. Ele está enterrado dentro de você: ele transformou sua carne em seu próprio armário."

Já a Marilyn e o James adicionaram a "realidade" da narrativa. Eles tinham tantos sonhos, tantos desejos, tantos planos, e ver como o futuro tratou eles foi desolador, ao mesmo tempo em que nos deixa com aquela sensação de realismo. A vida não é perfeita e nem sempre acabamos nos tornando as pessoas que achamos que seriamos aos dezessete anos, e ver isso tão claramente no papel foi um pouco devastador e triste.

É aquela coisa onde o vilão da história é a vida, porque não existe nada mais trágico na nossa história do que a própria vida.

"Ela não sabe quanto tempo vai ter, mas, agora, está aqui, entre os vivos. Consciente e respirando. Desperta, num mundo violento e marcado por horrores imagináveis, crueldade e bondade, maravilhas e muito amor."

Eu também amei muitíssimo a capa que a Editora Seguinte preparou para o livro, tem vários elementos importantes para a história e ficou com uma cara muito jovem e gostosa - meu amor por ela também pode ser porque eu realmente não curti a capa americana. Mas eu gostaria que tivessem mantido o título original, In Search of Us, que realmente fala muito sobre a história. No mais, a diagramação está bonita, delicada e bem dividida.

Aos Dezessete Anos é um livro com uma história dura, real, bonita e triste em partes iguais, e que me deixou completamente apaixonada por seus personagens e por sua profundidade. Uma história delicada sobre encontrar suas raízes e definir seu futuro. Amei muito e super recomendo para todos os fãs de YA, especialmente aqueles que gostam de uma pegada mais madura.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/06/resenha-aos-dezessete-anos.html
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