Larissa 22/06/2022
Aos dezessete anos
Depois de Cartas de Amor aos Mortos, onde Ava Dellaira me fez ter explosões de sentimentos eu esperava muito desse livro, mas acabei me decepcionando. Não senti uma conexão a narrativa em 3° pessoa intercalando o passado e o presente, ficou desgastante. Assuntos importantes como abuso, racismo, luto e etc, foram abordados de um jeito que a Ava já mostrou que sabe fazer, com muito cuidado e sutileza.
O grande mistério desse livro e o que aconteceu com James, o pai de Angie e o grande amor da Marilyn. Conforme seguia com a leitura fui capitando da onde iria vir o problema, então só fiquei aguardando os detalhes do que aconteceu, o que acabou não me surpreendendo tanto.
Enquanto estava lendo me senti mais confortável nas partes da Marilyn, sentia que a leitura fluía mais. Um pouco disso, foi por que achei ela mais madura na fase dos 17 anos, está vivendo o primeiro amor, ela sabia o que queria e era mais sensível. Já a Angie para mim e totalmente insensível, achei ela uma personagem insuportável.
Acho que tudo bem, ela ainda não saber o que quer fazer no futuro e realmente não julgo a decisão dela, de querer descobrir tudo pelas costas da mãe, antes de pelo menos conversar e ser sincera com os próprios sentimentos, as pessoas tem reações diferentes diante das situações.
No entanto, a forma como ela trata o ex-namorado dela Sam, que está sendo muito incrível em ajudar ela, me irrita. É como se só ela tivesse problemas e quando ela encontra a família paterna e concorda que a mãe errou, ela conseguiu me irritar mais, por mais que a mãe tenha feito uma escolha errada, ela não conseguiu se colocar no lugar da mãe.
Esse com certeza não seria um livro que indicaria para alguém de primeira, mas ainda acho que vale a leitura. Com o desenvolvimento e crescimento das personagens, você consegue refletir e tirar boas lições para seu próprio desenvolvimento pessoal.