~Ana J.F 14/05/2023
Livro com Mommy Issues terminado no dia das mães...??
Dividido em dois pontos de vista, Aos Dezessete Anos, conta a história de Marilyn e Angie. Mãe e filha. Que aos dezessete anos viram as suas vidas mudaram abruptamente.
Marilyn está em busca de liberdade.
A sua história se passa nos anos 90 e tudo o que ela consegue pensar é no futuro.
Desde muito nova teve de seguir a carreira de modelo por insistência de Sylvie, sua mãe, o problema é que Marilyn não quer ser vista. Não quer ser fotografada. Ela deseja está do outro lado da câmera.
Marilyn, uma garota de dezessete anos que conta os dias para mudar de vida. Porém, num desses dias ela captura James numa de suas fotos imaginárias. A sua forma de amor à primeira vista. James, o vizinho de baixo, com as suas músicas que voam com o vento e que chegam aos ouvidos de Marilyn no quarto de cima.
Quando eles se apaixonam, James mostra para ela que não basta olhar somente para o futuro. O presente é algo que existe para ser vívido, mesmo que ele possa mudar em segundos...
Angie está em busca de respostas.
Tudo o que ela sabe é que seu pai morreu em um acidente de carro. Junto com seu tio.
De pele mestiça, ela sabe que sua ascendência negra vem de uma parte de uma família que ela nunca conheceu. Ela sente falta de um pai que nunca conheceu. E de parentes que se pareçam com ela.
Mesmo que, Marilyn seja a mãe mais amorosa do mundo, ela sente quando pessoas as olham como se não pudesse a ver qualquer semelhança entre elas. Sente quando passeia com as suas amigas e a sua mãe vai junto...
Elas sabem como é se parecer com ambos os pais. Angie não...
Enquanto está em busca de entender a si mesma, entender a sua pele, Angie encontra fotos. Escondidas no fundo de uma gaveta... A partir daí somos levados ao passado, pois é por meio dele, que podemos entender o presente.
E vai ser por meio deles: Passado e Presente, se desdobrando pouco a pouco que descobriremos o segredo que ronda a morte daquele que Angie nunca conheceu.?
Esse é um dos poucos livros para adolescentes que eu peguei na biblioteca da minha escola que eu AMEI!? E olha que não foi pouco viu.?
Esse livro trata sobre certas questão atuais, que trazem este choque de realidade para a ficção: Amadurecimento, dor, racismo, luta, desigualdade, violência, injustiça, receios, dúvidas, abusos, amores verdadeiros...
E tantas outras questões se desenvolvem pouco a pouco durante essas mais de 400 págs de muita história.?
A escrita um tanto poética e com passagens lindas me fezendo amar a história de ambas. Porém, mais ainda a história de amor de Marilyn e James. Eu sinti cada fagulha. Até mesmo nos momentos onde elas se apagam... Foi lindo, foi real e também foi cruel?. (Dei uma choradinha sim?, fazer o quê.?)
Eu realmente não TENHO PALAVRAS para explicar!!!?
Esse livro me fez dar sorrisinhos bobos, genuínos, alguns um pouco mais tristes e claro que fez com que rolassem uma ou duas lágrimas nos segundos finais da leitura.?
AH!! E eu também não posso esquecer do ranço? que eu peguei da frase: "Sete bilhões de pessoas..." E blá, blá, blá?.
Esses pensamentos do tipo: "ah, mas comparado ao tamanho do universo os nosso problemas são tão pequenos." ???Meu parceiro... Fofa-se?
Olha, eu sei como são esses pensamento... E assim como Angie, usei ele várias vezes. Só para diminuir o que quer que estivesse sentindo. (Acho que por isso eu eu fique com ainda mais raiva, me identifique um pouquinho...?) Porque é ÓBVIO! Que vai ter sempre alguém sofrendo mais ou progredindo mais do que você. Mas e daí??
No quadro geral não somos nada. Apenas pessoas. Porém, se eu for dando "zoom" neste mesmo quadro cada pessoas, cada uma dessas "Sete bilhões de pessoas..." é como um universo inteiro.?