Resenhas - Os Ratos

thais.zago 07/12/2023

Ele finalmente dormiu
Li como leitura obrigatória do colégio, e confesso que, de início, detestei.
A história é confusa, narrada de fora, mas com pequenas citações do protagonista para guiar todo o seu pensamento abalado. O único personagem elaborado é Naziazeno, por conta de se passar em apenas 24 horas, nada é profundamente explicado ou detalhado. Algumas passagens podem ter amplas interpretações, por não serem confirmadas como realidade ficcional ou como momento de loucura do personagem.
Se ampliar todas as características do livro, é possível destacar diversos pontos que me desagradaram, entretanto acredito que tenham sido essenciais em todo o decorrer, por ser justamente o que o autor queria transcrever.
O final, de qualquer forma, valeu a pena por tudo! A confusão e esperança, junto da ansiedade e a moleza de Naziazeno, trazendo expectativas destoantes, e a conclusão de apenas uma dívida, pois ele continua nesse ciclo vicioso em que o trabalhador é colocado.
Vejo como uma importante leitura para percepções abrangentes, principalmente, no cenário brasileiro em que se passava e que, infelizmente, é atemporal.

ju_russo 23/11/2023

Livro da Fuvest
Foi uma leitura obrigatória, essa é a real, apesar disso é uma leitura tranquila de se fazer e é interessante ver a narrativa do autor além das críticas que ele faz, mas assim, sla

Marcus 03/11/2023

Retrato de um trabalhador pobre
Em algum momento da adolescência, me dei conta, preocupado, com a ideia de que um dia teria de fazer o que meus pais faziam: ter dinheiro para manter uma casa e os filhos. Será que eu daria conta?
É mais ou menos disso que se trata a obra do gaúcho Dyonello Machado, que em "Os Ratos" narra um dia na vida de um homem casado, com um filho, que deve honrar uma dívida com o leiteiro ara não ser despejado.
Naziazeno Barbosa é funcionário público em Porto Alegre. Sai de casa aflito pela cobrança humilhante, e o autor nos leva a acompanhá-lo durante um dia pela capital provinciana. Recorre a amigos, agiotas, malandros, roleta. A angústia apenas aumenta.
O texto de Dyonello Machado é seco e ágil, um livro muito agradável de ler, apesar do conteúdo.
A edição da Todavia traz ainda posfácio do escritor e crítico literário Davi Arrigucci Jr.

site: https://www.youtube.com/@BichodePrata

vi_gp 28/10/2023

Nossa da pra usar em muito repertório esse livro. no começo foi meio difícil de entender, mas com o tempo vc vai entendendo que todos os acontecimentos giram em torno de 1 dia só, mas o tempo psicológico faz com que a gente sinta a angústia da personagem

Hellen 27/10/2023

??
Monótono, circular, intrigante e o protagonista é um chato que só pensa nele. Acho que não posso ficar chateada nesses aspectos porque é exatamente isso que o Dyonelio quis representar quando escreveu os ratos. Naziazeno é um típico Sulista na década de 30 que, está sendo afetado pela crise financeira. Em uma busca contínua por dinheiro para quitar uma dívida com o leiteiro, ele passa o dia cheio de devaneios e angústia.

Audra 19/10/2023

Não gaste o seu tempo nessa merda
Se eu tivesse escrito essa afronta à literatura brasileira eu teria vergonha de sair na rua. Sinceramente, só leia essa aberração da natureza se for prestar FUVEST ano q vem.

Rachel M. Mendes 12/10/2023

O Fatídico "Os Ratos"
Para mim, leitor, desejo novamente cada uma das horas gastas na leitura desse livro.
Pagaria pra tê-las de volta.

Brincadeiras à parte, esse livro não me agradou.
A premissa é interessante e, caso posta nas mãos do rei Machado de Assis, tornaria-se numa cativante história
Entretanto, o fluxo de acontecimentos é massante e reto, sem altos e baixos que prendem o leitor ao livro.
Compreendo que talvez o objetivo literário de tal monótona narrativa seja demonstrar a monotonia desesperada da vida dos socialmente marginalizados, porém, isso é Literatura. A Literatura é o retrato artísitico da vida, não a sua cópia. A Literatura arrebata e preenche, transforma visões e abre paradigmas; o faz tirando do chão os pés daquele que a lê.
Todavia, em "Os Ratos", tenta-se tais proezas de maneira arriscada, já que mantém as solas dos sapatos de seu consumidor completamente grudadas ao solo, e, contraditoriamente desse modo, deixando a desejar no efeito que poderia ser provocado.
Não posso dizer que desprezo o livro como um todo: confesso que jamais havia lido, em minha vida, mais perfeita descrição de insônia, como no final deste livro. Dyonélio entregou ao leitor a perfeita radiografia anatômica do mal insône!
Para finalizar, li "Os Ratos" para o vestibular, não o teria lido de maneira voluntária. Um livro de potencial imensurável, mas fatídico desenvolvimento.

lailarosenbach 12/10/2023

Os ratos
Título: Os ratos
Autor: Dyonelio Machado
Numero de páginas: 143
Nota: ????

"Os ratos" é um livro de repletas críticas sociais, com uma linguagem difícil mas sensacional. Esse romance do Dyonelio Machado constrói uma bela crítica ao sistema capitalista, por meio de um enredo que se passa em um dia da vida de Naziazeno, que faz de tudo para conseguir dinheiro para pagar o leiteiro.
O protagonista pertence as classes mais baixas de POA, e ele se humilha pela cidade para conseguir uma 'pequena' quantia de dinheiro. É uma leitura difícil, mas achei esse contato super importante.

Alana413 07/10/2023

Ansiedade
Uma escrita sensacional, apesar de não achá-la muito fácil. É um livro repleto de críticas sociais, tem um sarcasmo cômico muito presente. Naziazeno é um típico vizinho do rolo, que pede dinheiro emprestado pra pagar dívida de dinheiro emprestado. Um ótimo livro.

Rachel.Oliveira 28/09/2023

Bom, mas não é meu tipo
Interessante, instigante? Mas PESADO, LENTO demais porque romance psicológico é assim mesmo, a maioria da história se passa dentro da cabeça do personagem. Já estava acostumada com digressões, mas este, pela história se passar em um ÚNICO dia da vida do protagonista, me cansou. Obviamente torci por ele mesmo já sabendo do final, mas mesmo assim? puxado demaiskk.

Biblioteca Álvaro Guerra 26/09/2023

Naziazeno Barbosa, funcionário público de Porto Alegre, tem apenas um dia para liquidar uma dívida de 53 mil-réis com o leiteiro. Ou, então, terá seu fornecimento cortado. Publicado em 1935, pouco antes da instauração do Estado Novo, este romance vertiginoso e inconformista acompanha a modesta odisseia de um homem comum e sua busca obsessiva, quase delirante, pela sobrevivência num mundo hostil. Escrito em diálogo com as tendências urbanas do início do século XX, Os rato é um pequeno clássico da literatura brasileira.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786556923642

LauraFF 12/09/2023

Romance do proletariado
O romance de dyonelio machado constroi uma critica ao sistema capitalista, por meio de uma história contada inteira em um único dia, onde naziazeno tenta por tudo conseguir dinheiro para quitar a divida com o leiteiro.
O protagonista, que pertence as classes mais baixas de porto alegre, se ve humilhado numa corrida em busca de uma ?pequena? quantia de dinheiro pra conseguir se livrar de uma ameaça (e alimentar o filho)
A agonia provocada pela busca é aumentada pela passividade do protagonista causada pelo cansaço e por ter em mente que a forma de conseguir qualquer quantia dependera de outrem
E por fim se percebe que mesmo com todo esforço em busca da quantia ela de forma alguma muda a condição da personagem que continua a pertencer a uma classe que apesar de trabalhar exaustivamente pouco sobra pra alimentar a família, não consegue dar conta das suas necessidades mais basica
Enquanto o sistema não muda trabalhadores estarão sujeitos a essa situação

Fernanda Souza 08/09/2023

Esquisito
Confesso que não me apeguei em falas de nenhum personagem em específico, o que dificultou muito a compreensão da história. Porém, o plano de fundo geral se fez perceber: a busca por dinheiro e a relação com a dignidade do homem.

Leitura difícil de se entender, mas importante de se ter contato.

Nayara 17/08/2023

24 Horas de um "Cidadão" Brasileiro
"Angústia", define esse livro. Durante um dia, acompanhamos Naziazeno, um homem pobre rio-grandense, que busca dinheiro para sanar a dívida com o leiteiro que passa em sua casa.
Os paralelos entre os personagens com os ratos é incrivelmente doloroso, cenas que descrevem os personagens com focinhos por exemplo, demonstram a marginalização da pobreza no Brasil.
Esses "ratos", ainda assim, são cidadãos, que não devem passar por isso.
A aflição que percorre toda essa narrativa psicológica é a realidade de 24 horas na vida de muitos brasileiros, não só em 1935 (Ano de Lançamento). Mas sim, um infeliz fato nos dias de hoje.
Os outros ratos, ou seja, personagens, também passam por seus desafios, porém, cada rato tem sua maneira de roer. Uns agem de má-fé, buscam a alternativa mais fácil para seus problemas, e outros?Só Deus sabe?
A índole humana e o delírio da mente narrados entre as entrelinhas dessa história podem se parecer confusos, porém, continue..Para tudo se encaixar é só questão de páginas.
Enfim, mesmo confuso em alguns momentos, sua crítica a um Brasil de penúria deve-se ser valorizada e colocada em debate para a atual realidade.
Um livro do século XX, que ainda retrata o XXI.

Freddy Bacus 13/08/2023

Ratos
Não gostei. Achei o livro chato, fraco, a personagem é insuportável e mal desenvolvida, não tem como criar nenhum tipo de vínculo sequer com ela. A premissa é super interessante, a crítica também, mas acho que a execução poderia ter levado a obra muito além. Entendo ser clássico, mas não precisamos pagar pau para todos eles.

Gosto muito do final, do sonho com os ratos roendo o dinheiro, consumindo o dinheiro suado e conquistado duma classe pobre. Acho o título inteligente, como se os sem dinheiro fossem os próprios ratos do sonho de Naziazeno, farejando e consumindo o dinheiro por necessidade dentro da sociedade capitalista.