Resenhas - Os Ratos

Freddy Bacus 13/08/2023

Ratos
Não gostei. Achei o livro chato, fraco, a personagem é insuportável e mal desenvolvida, não tem como criar nenhum tipo de vínculo sequer com ela. A premissa é super interessante, a crítica também, mas acho que a execução poderia ter levado a obra muito além. Entendo ser clássico, mas não precisamos pagar pau para todos eles.

Gosto muito do final, do sonho com os ratos roendo o dinheiro, consumindo o dinheiro suado e conquistado duma classe pobre. Acho o título inteligente, como se os sem dinheiro fossem os próprios ratos do sonho de Naziazeno, farejando e consumindo o dinheiro por necessidade dentro da sociedade capitalista.

Bia Terra 24/07/2023

Necessidade de mudança no sistema
O romance neorrealista traz visibilidade aos proletários de classe baixa no Brasil, retrata a preocupação de pagar as necessidades básicas cotidianas, a pressão em conseguir esse dinheiro, a insônia devido à mente perturbada - o que é muito visível na escrita, uma vez que Dyonélio utiliza da técnica análise psicológica - e as humilhações que ele sofre. A ideia do livro diz muito sobre o sistema capitalista e o quão ele é opressor, por isso, enquanto o sistema não mudar, Naziazeno e outros trabalhadores continuarão se endividando.

Evelin 19/06/2023

Naziazeno é um coitado que tá devendo ao leiteiro e fica desesperadamente procurando um jeito de conseguir o dinheiro. Ele passa o dia inteiro tentando achar alguém que lhe empreste o dinheiro ou alguém que diga algo que ele possa fazer. Sempre colocando sua esperança nos outros ou na sorte do acaso. Eu não me comovi tanto com a condição de Naziazeno, mas é realmente uma situação angustiante que é muito bem retratada.

Juliaaa.sf 15/06/2023

Ok.
Minha mais sincera opinião: ok. Não me agradou mas também não foi perturbador ler esse livro. Simplesmente ok.

Natalia.Canalli 05/06/2023

Resumo do livro - TEM MUITO SPOILER!!!!!
A narrativa começa com Naziazeno sendo cobrado pelo leiteiro em frente toda a vizinhança por uma dívida de 53 mil réis.
Após ser humilhado, ele pega o bonde em direção à cidade. No caminho ele relembra o episódio em que o filho quase morreu por meningite e precisou de cuidados médicos, no qual foram mt caros e ele pediu dinheiro para o diretor da repartição em que trabalha, que lhe deu sem reclamar, por se tratar da vida de uma criança. Ele também lembrou de jogadas memoráveis que fez ao lado de seu amigo Alcides, em jogos de apostas.
Sem muitas opções para pagar a dívida com o leiteiro, ele planeja pedir essa quantia para o diretor.
Quando chegou ao trabalho na repartição, é informado pelos outros funcionários de que o diretor havia saído para resolver outros compromissos. Assim, ele decide ir ao café que seu amigo Duque que é bom nos lances para arranjar dinheiro costuma frequentar, porém lá ele acaba encontrando Alcides que conta para Naziazeno que na verdade o Dr.Romeiro(diretor) é ladrão.
Naziazeno conta toda a situação ao amigo, que sugere um plano. Enquanto Naziazeno voltava a procurar o diretor, Alcides jogava no jogo do bicho.
Naziazeno volta para a repartição, pede o dinheiro ao diretor, que recusa o pedido e ainda debocha do mesmo.


Alcides pede que Naziazeno visite um corretor de imóveis chamado Andrade em seu lugar. Segundo o amigo, o Sr Andrade deve 100 mil réis para Alcides de uma transação da venda de um imóvel. Ao encontrar Andrade, Naziazeno fica sabendo que Andrade pagou 50mil réis para Alcides e que os outros 50mil quem deveria pagar é o Mr.Rees que trabalha no banco.
Logo, Naziazeno tenta encontrar Alcides no café novamente , mas por não obter resultado, decide ir sozinho ao banco sem consultá-lo para procurar Mr.Rees. No entanto ao chegar, a secretária informa que Mr Rees está de viagem para o Rio, então Naziazeno vai embora.

No percurso pelas ruas da cidade, ele encontra Costa Miranda, que em uma rápida conversa Naziazeno cita ainda não ter almoçado naquele horário, sensibilizado Miranda empresta 5mil réis para o mesmo almoçar.

Mesmo morrendo de fome, Naziazeno decide ir no salão de jogos e apostar esse dinheiro. Então ele aposta os 5mil réis no número 28, o que lhe rendeu 175mil réis. Porém com o entusiasmo, ele continua apostando e acaba perdendo todo o dinheiro e a noção do tempo, pois passara a tarde toda no salão jogando.

Ao caminhar, escuta de dentro de um café chamarem seu nome, era Alcides, juntos com Duque e o amigo do Duque, Dr.Mondina.
Naziazeno conta tudo ao Duque, no qual sugere que eles encontrem o agiota chamado Rocco. Mas ao encontrá-lo o agiota não empresta o dinheiro, por já ter uma dívida não paga por Alcides.
Então os homens decidem procurar outro agiota, nessa caso o Assunção, que também recusa o empréstimo.
Alcides então se recorda que possui um anel de família penhorado por Martinez no valor de 180mil réis. O Duque então sugere que tirem o anel do penhorado e penhorem por um valor mais alto.
Então todos vão atrás do Sr Martinez para recuperar o anel, logo depois decidem ir para a joalheria do Dupasquier, que deixou claro que não pagava mais do que 350mil réis pelo anel e ao descobrir que os homens estavam interessados em penhorar, ele desistiu completamente do negócio.
Dr Mondina que já havia deixado claro que não participaria das transações, acabou sendo convencido pelo Duque à penhorar o anel por 100 mil réis inicialmente.
Com o dinheiro em mãos, Naziazeno volta para sua casa tarde da noite com o dinheiro para a dívida e com queijo, manteiga e vinho, além de um brinquedinho para seu filho.
Ele deixou o dinheiro do leiteiro em cima da mesa como sua esposa o aconselhou, para não ter que levantar muito cedo no dia seguinte.
Ao se deitar, Naziazeno passa por uma crise de insônia, nas diversas tentativas para pegar no sono, imaginava cenários , situações do cotidiano e tinha algumas alucinações também.
Após ficar sonhando acordado por mais de 5 horas, ele começou a ouvir um pequeno chiado, que logo depois passaram a ser barulhos de roedores. Então ele começa a ver vários ratos roendo o assoalho, e vê as notas de papel verdinhas todas trituradas em cima da mesa, ele entra em choque e em estado de perturbação.
De repente ele ouve um baque no portão, devia ser o leiteiro, mas estava tão exausto, que apenas dormiu.

O que dá para entender é que os ratos foram uma alucinação da cabeça dele, já que o personagem já havia se demonstrado preocupação demais com a situação o dia inteiro e já estava com exaustão, o que contribuiu para a alucinação do mesmo.

Maria.Barreto 27/05/2023

Os Ratos
Apesar de ser um clássico querido por alguns, eu simplesmente odiei. Leitura muito repetitiva,confusa, extremamente chata

ju messias 11/05/2023

Dyonelio: autor incompreendido
A tese, em si, eu achei magnifica. agora, o desenvolvimento e a escrita, meu deus. muito muito muito difícil de conseguir entender 90% dele. mas a crítica eu achei boa, é realmente um autor incompreendido.

Whitewolfella0 06/05/2023

Os Ratos - Dyonelio Machado
Lido como livro paradidático para o colégio. Estar em uma classe, tendo q obter as informações que o livro quer passar por meio da leitura coletiva já é bastante desafiador, e além disso, a escrita não ajuda, é uma escrita complicada onde apesar de tentar focar o máximo, sua atenção é distraída da história em muitos momentos, por não ser presa ali. A narrativa não é interessante, a protagonista possui um único objetivo durante o livro todo e as diversas falhas ao obtê-lo, que não conversavam entre si, me incomodaram muito. Por se passar em um período curto de tempo, dá a impressão de ser muita informação jogada sem explicação e sem pausa, deixando o leitor afobado com a pressa e impedindo um maior entendimento da mensagem que o autor deseja passar.

Bia 12/03/2023

Um livro incrível?
Muito interessante que o romance se passa em apenas um dia, na verdade parece vários dias. A narrativa é tão boa, que parece que estou com ele na rua acompanhando o seu desespero. A parte que sem dúvidas não vou esquecer, é ele já ter o problema resolvido, e ainda assim com o medo perseguindo os seus sonhos, só conseguindo ter paz depois que finalmente sente que o leiteiro conseguiu pegar o dinheiro sem problemas.
Como não li muitos livros, as vezes o tipo da escrita me confunda as vezes, fazendo eu ler mais de uma vez o mesmo trecho, seria legal se tivesse um livro com uma leitura mais ?simples?, mas entendo que a escrita influência a época que o livro foi feito.

Mihh 23/02/2023

Dei 3 estrelas simbólicas pq não avalio criticamente livros de vestibular/escola.
Li esse livro pq tenho que apresentar um trabalho sobre o autor amanhã, e bom, a referência a miséria humana é muito bem feita, o tipo de livro que quando vc termina, vc se lembra o lixo que é o mundo.
Como é normal, esses livros tem uma escrita bem lenta, e caso você precise dele para escola, da para ler uma boa resenha no Google que você já vai entender bem sobre o autor e obra.

Taisa 27/01/2023

Um dia na vida...
Em um dia, muito pode acontecer. Naziazeno está tão enrolado na vida quanto nos próprios pensamentos, e isso faz com que esse dia seja longo e tumultuado.
O livro é muito bem escrito, literatura brasileira de qualidade.

Isis243 16/01/2023

Realístico
Tudo dura um dia, um dia na vida de uma pessoa desesperada por dinheiro, crédito.

Embora tenha sido escrito 1935 trás o relato aguçado, duro, muito honesto e atualíssimo das mazelas da sociedade.

Coragem, leia.
Bom divertimento:)

bobsleigh 08/01/2023

meu livro favorito
talvez seja bairrismo ler um gaúcho, me indentificar com um gaúcho, etc. Não importa muito. O que importa é que eu e muitos outros já estivemos no papel do Naziazeno, encucados o dia inteiro com uma dívida. O problema maior do amigo ai é que ele tinha até um filho pra cuidar, coisa que eu mesmo não tenho (graças a deus).

Das ruas que dançam com o calor, já estive nelas também, com o pensamento completamente fixado em uma conta pra pagar e como faria pra pagar. Agora melhorou muito, mas esse livro não tocar na ferida, é estocar um caco de vidro no olho, chutar a parede com um palito de dente no dedão. Não saber o que fazer e morrer de ansiedade, quando na verdade, as coisas se resolvem. O bom do tempo é que ele é semrpe amigo.

Mari Fracasso 04/01/2023

Mandibulazinhas
É possível sentir todo o cansaço nos pés e nas pernas de Naziazeno depois que se deita. É possível também perceber as horas passarem e paradoxalmente não sairem do lugar, assim como ele as percebe. Dyonélio enrosca nossa mente entre os flashbacks que aparecem em meio a descrição do presente, nos prende na leitura das mais longas 24h que já existiram. Simplesmente um livro que mostra o desespero do trabalhador assalariado que depende de pouco para cuidar de muito, que adentra a mente desse trabalhador e envolve o leitor em sua angústia e ansiedade diante de (mais) um problema. Incrível!

Icaro 18/12/2022

Ótimo livro
Um belo livro, escrito há quase 100 anos mas bastante atual. O contexto de uma Porto Alegre provinciana que começa a ter seus problemas de cidade grande.