Juliana 24/06/2011Mentecaptos Por Livros | www.mentecaptosporlivros.blogspot.comO que eu vi de resenhas positivas sobre esse livro não é brincadeira; todo blog que eu topava por aí tinha algo incrível pra falar sobre Divergent. Então eu dei uma olhada na sinopse, fui no Book Depository e comprei o livro. Comecei a ler esperando tipo, AQUELE livro sabe ? E fico muito triste de dizer que não foi exatamente o que consegui.
Divergent conta a história de Beatrice ( conhecida como Tris), uma garota de 16 anos que tem que escolher qual facção elá irá pertencer. O problema é que a tal facção vira sua vida, sua família, seus objetivos. Qualquer coisa que você teve antes dela é apagada. As facções funcionam assim : Em tempos de guerra, grupos de pessoas culparam a ruína da corrupção humana em um defeito -Ignorância, violência, egoísmo, covardia e desonestidade- e se juntaram e trabalharam para abolir essas falhas do caráter humano, formando então facções que equilibrariam a sociedade e a levariam a prosperidade. As facções são :
Abnegation : São os que acreditam que o egoísmo humano leva à ódio e destruição (facção da família da Tris) - são serenos e absurdamente solidários.
Amity : Os que culpam a violência - são todos amáveis e pacíficos e cultivam a harmonia entre si.
Dauntless : Os que culparam a covardia- acreditam na bravura em coisas ordinárias, na coragem que leva uma pessoa a se levantar pela outra. Valorizam muito a força física.
Candor : A honestidade. O nome fala por si só .
Erudite : Dizem que a ignorância e estupidez humana é a culpada pelas crises humanas. Estão sempre à procura do conhecimento e inteligência.
A sociedade é toda dividida, cada facção com sua função, e Veronica fez um trabalho realmente interessante na construção dela no livro. Tris é uma personagem forte, ela não me passou raiva e nem atingiu o radar como garotinha chorona-irritante-por-favor-não-me-deixe, então ela ganhou pontos brownie comigo.
Mas ao mesmo tempo em que Divergent tinha material suficiente para virar um dos melhores do ano, alguma coisa ficou faltando. Não sei bem o que foi, e que Veronica Roth me perdoe, mas pareceu como se a história não foi escrita de coração, sabe ? Quero dizer, foram quase 500 paginas que eu devorei, li em um dia mesmo, e nunca ficou entediante, mas ainda assim me pareceu emocionalmente vazia, como se a própria autora não estivesse comprometida com os personagens -com a Tris- e que não sofreu quando ela sofreu, que não riu quando ela riu ... Isso pode não fazer sentido, mas em livros distópicos, a conexão do herói/heroína com o leitor é essencial.
Quando terminei o livro, não me senti nenhum um pouco empolgada em ler o próximo, e o desenvolvimento da estória ficou meio estranho : nas última 10 páginas do livro a autora dá a louca e eu fiquei tipo assim "Como assim, meu ? Isso não tem sentido" . Em suma, Divergent não chegou perto de atingir minhas espectativas, e provavelmente não vou ler a sequência, Insurgent. Mas quem sabe, né ?