Resenhas - A Garota dos Pés de Vidro

Ná 13/08/2012

" Esse é um livro diferente de tudo o que você já leu. Ou, pelo menos, de tudo o que eu já tinha lido. A história envolve uma ficção bastante peculiar, mas ainda assim a trama soa muito verossímil."

Resenha completa: http://teens-books.blogspot.com.br/2011/12/garota-dos-pes-de-vidro-ali-shaw.html

Paula 11/08/2012

A garota dos pés de vidro
Eis aqui um livro difícil de ser analisado. Não sei se gostei ou desgostei dele. A história é bastante boa: uma moça, Ida, que está se transformando em vidro aos poucos e ninguém sabe a causa disso. Um homem, Midas, que teve muitos problemas de relacionamento com o pai - que já morreu - e isso influencia até os dias de hoje em suas relações sociais.

Como estamos falando de um romance, obviamente Ida e Midas irão se apaixonar, mas até que a realização desse sentimento aconteça - pelo menos para um deles - demora bastante.

Fica claro nos atos de Midas - ou na falta deles - o quanto ele é inseguro e tem medo de se envolver de forma profunda com outras pessoas. Também fica claro a personalidade de Ida: uma garota forte, que quer curtir o pouco tempo que lhe resta.

A história é bastante envolvente e bastante descritiva - os lugares, os sentimentos, as lembranças - e por isso achei o livro um pouco maçante, o que me fez demorar para lê-lo. Ou talvez fosse apenas a lentidão de Midas, que via tudo pelo foco de sua companheira câmera fotográfica.

No entanto, também é interessante de assistir o desenrolar das personagens, e através das memórias conseguimos entender porque tal personagem age ou pensa de determinada forma.

Achei que o final deixou um pouco a desejar, não sei ao certo. Confesso que não esperava nada diferente daquilo, mas ainda assim foi... intrigante.

De qualquer forma, gostei, e indico para todos aqueles que adoram uma psicologia, descrições extensas e a palavra 'monocromático' ( a qual aparece em particularmente todas as páginas do livro).

Jessica 23/07/2012

ATENÇÃO,
Se você quer ler este livro porque acha que vai ser uma aventura mágica, como Harry Potter ou qualquer outro, esqueça porque não é esse tipo de livro.

Levei tempo pra compreender a leitura deste livro, sou daquelas leitoras apaixonadas que gosta de ver um final feliz como um conto de fadas da Diney, mas fiquei brava com o livro ( coloquei ele de castigo na estante de cima). Resolvi ler ele mais uma vez antes de trocar e percebi uma coisa, eu também estava virando vidro. A garota dos pés de vidro é um livro sobre reflexão e compreender como a natureza humana se comporta.

Logo caro amigo leitor, se for pra ler um livro de cabeça fechada, esqueça. Começa a ler e deixe que o vidro vá tomando conta de você, sinta o sangue cristalizado subir pelas veias e quando terminar, feche o livro e comece a buscar a cura, acredite essa é a parte mais legal do livro.

Sara 22/07/2012

Comprei pela capa e..
Obviamente me arrependi! rs Brincadeira eu amei a capa e as páginas pintadinhas de cinza! A gente fica com vontade de sonhar só em olhar pra ela.

Eu 11/07/2012

Esse é o romance de estréia de Ali Shaw e devo dizer que com toda certeza estou impressionada por esse livro e que, mesmo depois de lê-lo passei vários dias pensando nele.
Não se iluda antes de o ler pensando que é mais um romance adolescente, na verdade é um romance voltado para todos os públicos e tem uma ingenuidade e criatividades postas em palavras que prendem o leitor do início ao fim dessa história. Esse livro conta a história de um amor entre duas pessoas que têm que passar vários obstáculos impossíveis e tentam tudo mesmo sabendo que sua relação provavelmente está fadada ao fracasso.
A história mostra Midas, um jovem solitário que vive escondido atrás de suas lentes em busca de imagens perfeitas que poderia captar e guardar para si. Então, um dia enquanto anda atrás da luz perfeita, avista uma garota de pele clara, cabelos loiros, olhos de um cinza titânico e que usava botas enormes, Ida. Ela andava a um passo de lesma e usava uma bengala que somado às já citadas botas enormes o deixavam curioso para saber o que ela tinha.
Ida estava na Ilha de Saint Hauda's Land em busca da cura para a sua enfermidade já que foi lá onde tudo começou, foi lá onde do nada começou a virar vidro.
Essa garota mostra ao solitário Midas que a vida não precisa ser solitária e lhe mostra uma oportunidade de conseguir amor, algo que nunca teve em sua vida, e, exitante acaba se oferecendo para ajudá-la a encontrar uma cura.
Eles tentam de tudo, mas as circunstancias parecem lhes gritar que não há jeito, e quando surge finalmente um pingo de esperança, a luz no final do túnel, eles descobrem quem é realmente o seu pior inimigo... O tempo.
A transformação está mais rápida e eles têm que decidir, o que é mais importante? Viverem e amarem intensamente durante o tempo que lhes resta ou dedicarem seus dias por um futuro incerto.
É certamente uma história que agradará os leitores que possuem uma mente aberta e que se entregam a leitura sem reservas. Uma história com um final chocante que exige do leitor muita fé no impossível.
Mas só para terminar, queria dizer que quando li esse livro só pensava: realmente, algumas coisas são inevitáveis.
Espero que vocês gostem!

Quer ver mais resenhas e ler esse e muitos outros livros online? A cesse:
Blog meuslivrosmeumundo.blogspot.com

Stefany* 20/06/2012

Decepcionante, eu esperava muito mais
Não era o que eu esperava. O começo do livro até que é empolgante, mas depois o autor se perde, fica enrolando, joga muitas informações aleatórias na estória demora para desenvolver os fatos ou não desenvolve e a leitura fica entediante.
Até o motivo da Ida começar a se transformar em vidro, fica a esmo, ele faz essa pergunta várias vezes no livro mas não esclarece absolutamente nada.
O livro foi decepcionante eu esperava muito mais.
Eu não recomendo.

Ynara 10/06/2012

Deprimente e monocromático.
Uma fábula triste, deprimente, pessimista e cruel. Ainda não me acostumo com finais tristes, e estou muito decepcionada com o final desse livro. A estória de Ida e Midas é muito "fundo do poço", todos os personagens tem tragédias pessoais ou algo profundamente mal-resolvido em suas vidas, e os pés de vidro de Ida de certa forma resolveram alguns problemas, não que isso tenha servido de consolo para mim. O autor não relata o porquê dos pés de vidro, fica meio nebuloso, e por vezes a narrativa é entediante, melhorando um pouco no final. O livro todo respira tristeza e depressão, e um final feliz seria quase impossível. Meu único consolo é Midas, que por causa de Ida finalmente se libertou dele mesmo e de suas neuroses, e acho que ele merecia um final mais feliz. E ainda não entendi a estória de vacas, qual o contexto delas no livro? Será que são metáforas para algo que eu não entendi? Provavelmente.

GPSLopes 07/06/2012

Leitores com mentes de vidro
Uma coisa que deixou perplexa em grande parte das resenhas - pessoas julgando um livro intencionalmente existencial como se devesse se assimilar a algum Harry Potter.

O gênero fica em meio-termo entre o romance psicológico e a elegia. Falando no pessoal, me apaixonei pela narrativa bucólica e elementar da obra, me fez sentir suja e mecanizada em alguns momentos, como se me transformasse em vidro junto com Ida. Midas contagia com sua ingenuidade e Ida com sua malícia e cobiça de libertação, os dois se completam, e descobrem isso aos poucos conforme o tempo passa. Henry filosofa sobre o irrecuperável, Carl vive um amor eternamente obsessivo.

Não é uma história feita para gerar suspense, e sim REFLEXÃO. Pra mim, isso é perceptível desde os primeiros capítulos, mas pelo visto nem todos entenderam.

Pra quem não leu, uma recomendação: Estejam no clima de um universo frio e intenso da fantasia, não tenham EXPECTATIVAS EQUIVOCADAS. O livro não é ruim. Ali Shaw produziu um trabalho incrível, quem fez a cabeça para um suposto texto cheio de pontos de virada e grandes revelações que cometeu um erro. Abram seus olhos.

vsc80 06/06/2012

Capa e título enganam!
Este é o tipo de livro em que o projeto gráfico me atraiu e fez uma excelente propaganda enganosa.
O livro é tediante e parado, e fiquei um mês e meio tentando ir até o fim, mas não aguentei.
Admiro quem conseguiu ler e gostar do livro. Mas eu, infelizmente, não consigo ser cativada pela história.

emocionanda 20/05/2012

Encantador, triste e maravilhoso.
Li o livro com o conselho "não leia se estiver triste!" que vi aqui nas páginas de resenhas, e fiquei com um medo, pois eu estava triste quando comecei a ler. Mas o livro me encantou de uma forma... Os personagens não são tão animados, são personagens normais, tranquilos, não são aquele tipo de personagem que muda de repente e você fica sem entender nada. É lindo como se desenvolve e como o Midas vai "florescendo" (acho que posso dizer desse jeito) com o passar da história.
O Livro é lindo, se passa em um lugar lindo, com histórias sofridas, mas enfim, quem não sofre? Não é o livro que te engana com um final feliz. É um livro realista, e maravilhoso.
Recomendo mesmo, eu adorei! O livro não é triste, é apenas realista, mas com uma ótima mensagem.

Pollyanna Reis 26/04/2012

Cenários fantásticos
É hora de acreditar no impossível.

Você pode já ter mergulhado nas profundezas do mar, escalado os Alpes suiços e saltado de bungee jump, mas, se ainda não conhece os cenários fanstásticos das ilhas de A Garota dos Pés de Vidro, ainda não viajou o bastante.

Um livro totalmente diferente de tudo que já li. Resumo este livro dizendo que ele é uma inusitada história de amor. Onde um fotógrafo chamado Midas, conhece Ida, uma jovem aventureira que veio ao arquipélago de Saint Hauda's buscar a cura para sua doença. Uma doença bastante mistériosa. Ida se mivia lentamente e usava botas enormes nos pés, deixando Midas curioso. Ele não imaginava o porquê daquilo, mais logo saberia.
Ida precisava o mais rápido possível encontrar Henry Fuwa, sua única esperança para se curar. Juntos, Ida e Midas irão viver uma história de amor cheia de esperança, e dor. Vão conhecer os mistérios dessa terra invernal, onde o passado ecoa em cavernas inacessíveis e o futuro pode partir-se num lago congelado.
A Garota dos Pés de Vidro é uma obra de ficção, onde o autor introduz a fantasia. Quando comprei este livro confesso que a capa foi a maior curiosidade, um livro totalmente diferente, a começar pelo título. Sempre fui encantada por fantasias, coisas imaginárias, por isso embarquei nessa leitura.
Quando li na capa do livro: " Você acredita que há uma criatura que transforma tudo o que olha em branco? Que há corpos de vidros afundados na água do pântano? E vacas do tamanho de insetos, com asas de borboletas? Então ainda não pode enfrentar o que está acontecendo com você. Talvez ainda não tenha percebido, ou ache que é apenas uma farpa no dedo do pé, mas a verdade é que você está, de fato, se transformando em vidro, lentamente. É hora de acreditar no impossível." Logo me veio na mente, se a pessoa não acredita no impossível, se ela não se surpreende com os mistérios da vida, de uma forma ou outra ela estar se transformando em vidro. Já não se encanta mais, seu coração já estar endurecido.
Esperava mais deste livro, e principalmente no final, parte essa que me deixou muito triste. Sei que existem mistérios que jamais serão desvendados, mais acho que no final deveria ser esclarecido o motivo da doença de Ida. Mas apesar de tudo, o autor teve uma criatividade ousada que me conquistou, touros com asas de borboletas? fantástico.
Os personagem são cativantes, impossível não se apaixonar por Midas e Ida. A editora fez um ótimo trabalho em relação a estrutura do livro. A capa é linda e muito convidativa.
Para aqueles que gostam de uma leitura surreal e que gosta de se entregar ao mundo de fantásias, não percam essa oportunidade, leiam " A Garota dos Pés de Vidro."

gleicepcouto 03/04/2012

A perfeita mistura entre o real e o fantástico
www.murmuriospessoais.com

***


A Garota dos Pés de Vidro, Editora LeYa, é o primeiro romance do autor inglês Ali Shaw. A obra foi finalista dos prêmios Guardian First Book Award e do Crawford Award; além de vencedor do The Desmond Elliot.

A história tem como protagonista Midas, um introvertido fotógrafo, e Ida, uma jovem impetuosa. Completamente diferentes um do outro, seus destinos se cruzam quando Ida vai para o arquipélago de Saint Hauda's Land, onde Midas mora. Ela está em busca da cura para a sua doença: seus pés viraram de vidro e, tudo leva a crer que, em pouco tempo se nada fizer, todo seu corpo será transformado em vidro.

Em um ambiente frio e fantástico - com vacas aladas e animais completamente brancos (até os olhos); Ida, luta contra a doença iminente, e Midas, contra seus próprios demônios. Juntos, gradativamente, vão em busca não só de uma resposta para aquele mistério, mas também da cura de suas almas.

O que me atraiu no livro, de início, foi a parte gráfica. Tanto a capa quanto o detalhe da borda das páginas em cinza são de muito bom gosto. Fato. Já tinha lido a sinopse e um monte de resenhas negativas sobre a obra. Simplesmente não encaixava, na minha mente, uma capa linda com um conteúdo péssimo, com o plus de ter sido editado pela LeYa (editora que sou fã de carteirinha). Resolvi pagar pra ver.

Sábia decisão. O livro é de uma beleza singular.

Narrada em terceira pessoa, Ali Shaw nos apresenta uma história originalíssima, com seres fantásticos que beiram o absurdo: vacas que voam, pessoas que viram vidro, animais extraordinariamente brancos. Ele pega esses ingredientes e mescla com perfeição a sentimentos e ações reais e humanas: desolação, medo, amizade, amor.

O livro vai além da doença misteriosa de Ida. É fantástico perceber a procura pela sua cura física, enquanto Midas busca pela de seu espírito traumatizado com circunstâncias em seu passado que não entendia, das quais tinha raiva e até mesmo vergonha.

Estamos falando transformação em vida. Ida já era viva, mas estava morrendo. Midas, por outro lado, estava morto e precisava ser apresentado à vida. É uma reflexão sobre o que realmente é morte e o que é vida. Fabuloso.

Mesmo em um ambiente preto e branco, monótono; Shaw o preenche com cor com sua descrição minuciosa. Você não somente vê as cenas, mas sente seu cheiro, sua temperatura. Você vive a experiência com os personagens.

Personagens esses, que são belamente comuns - contrastando com a áurea surreal do livro. São repletos de erros e arrependimentos, mas convivem com o sobrenatural. A diferença entre a realidade dura e melancólica de Midas, que vê nas fotografia a sua válvula de escape; e a surrealidade da doença de Ida, que não se abalou quando viu uma vaca com asas, faz com que o leitor se pergunte o que pode ser considerado como verdade.

Ainda sobre Midas é interessante perceber a evolução do personagem ao longo das páginas, assim como sua complexidade. É uma pessoa completamente desprovida de expressão de sentimentos como afeto, carinho, amor; mas com muito custo, tenta mudar essa condição. Nós sofremos com ele. Torcemos por ele a cada novo desafio vencido, mesmo que seja algo 'pequeno' como um 'olá' para a garota na qual está interessado. É simples, mas é assim que as coisas são: enfrentamos pequenas lutas diariamente.

Se você for ler o livro buscando por ação ou um romance avassalador, tá perdendo seu tempo. A ação é bem comedida e tem mais relação com mudança de comportamento e sentimentos do que correr pra lá e pra cá em busca de uma fórmula milagrosa para Ida não se tornar vidro. Já o romance, é cadenciado e singelo, com o objetivo máximo de mostrar a capacidade transformadora do amor, ou até mesmo da falta dele.

A Garota dos Pés de Vidro é um livro no estilo ame ou odeie. Escolhi amá-lo. Não poderia ser diferente: o modo como Shaw mostra a realidade permeada pela fantasia é belo, assim como a mensagem do livro, de que a cura de tudo na vida é o amor.

O autor tem outro livro lançado, The Man Who Rained, mas ainda não tem previsão de lançamento no país.

A Garota dos Pés de Vidro (The Girl With Glass Feet)
Autor: Ali Shaw
Editora: LeYa
Páginas: 287
Valor: $25 a $40
Avaliação: Sábia e unicamente belo

Cris Flessak 31/03/2012

Triste, Melancólico, Cinzento e Depressivo
Capa linda, em alto relevo, folhas cinzas envelhecidas e sinopse interessante. Para quem julga o livro pela capa, daria nota máxima a este! :) Mas se eu tivesse que resumi-lo a apenas uma palavra seria "melancolia".

A história ocorre em um cenário invernal, descreve uma natureza morta com personagens extremamente tristes e carentes de um pouco de amor que seja.

O livro foi interessante? Sim, não dá pra negar que há um certo mistério envolvendo a trama. Contudo, é uma história dramática onde não há um sorriso sequer.

É como se a história fosse contada em câmera lenta; descritiva demais na minha opinião, em tão minuciosos detalhes que as vezes me tirava a concentração e tornava a leitura cansativa.

Dei 2 estrelas considerando certas partes do livro que foram interessantes, tal como os flashes do passado que nos ajudavam a entender um pouco mais do tempo presente dos personagens. Mas a trama apresenta muitos fatos sem sentido, que no fim me pareceram completamente dispensáveis para a história, pois não adicionaram em nada: os tais seres voadores, as águas-vivas luminosas, a criatura que transformava o que via em branco...

Enfim, para se ter uma ideia do clima do livro, é só entrar na página do autor: http://www.alishaw.co.uk - ela fala por si só.