Nathália 06/12/2010Vou falar pra vocês que não foi fácil sentar pra escrever essa resenha. Ainda não sei bem o que dizer desse livro, não sei direito o que achei dele!
É um romance bonito, mas melancólico. Com personagens sofridos e problemáticos que de alguma forma se entendem e se identificam.
Uma improvável história de amor entre Ida, otimista e animada, apesar de sua doença nada normal, e Midas, um recluso, tímido e caladão. Ela aparece como um sopro de ar fresco na vida dele, fazendo com que repense e priorize algumas coisas. E pra ela, ele significa uma última chance, uma esperança.
Mas Ida está literalmente se transformando em vidro e eles precisam correr contra o tempo pra tentar descobrir uma cura pra essa doença. E, ao mesmo tempo, aproveitar ao máximo o tempo que ainda têm juntos.
A narrativa é meio poética, até metafórica, e talvez por isso eu tenha achado algumas partes chatas.
O autor é bastante detalhista e através de Midas, que é um apaixonado por fotografias, podemos visualizar com facilidade os cenários monocromáticos do misterioso e mágico arquipélago de Saint Hauda’s Land no inverno.
Eu concordo com a definição de fábula pra essa história e, pra mim, a lição de moral dela é o amor. O amor que transforma e melhora as pessoas. Ou não.