Resenhas - A Garota dos Pés de Vidro

William 12/05/2015

O livro é cativante. Com personagens únicos e um enredo fantástico, envolve tramas que possuem raízes no passado de seus personagens, levando o leitor a se perguntar quais consequências serão desveladas na próxima página.

Midas possui problemas familiares que o alcançam e prejudicam seu relacionamento com Ida, uma menina que, aos poucos, vai tomando espaço em sua reservada vida na ilha de Hauda's Land à medida em que seu segredo, a transformação gradual de seu corpo em vidro, lhe é revelado. A (breve) história dos dois é contada de forma apaixonada e intensa, retratando um amor que nasce em meio a espinhos.

Com uma história e personagens secundários ricos, o livro, entretanto, peca por não explorá-los mais do que propõe. Há vários outros dramas paralelos a história de Ida e Midas (amigos próximos e familiares), porém o autor limita-se a compará-los aos problemas de relacionamento, isolamento e dramas dos personagens principais. Há, ainda, muitos elementos do cenário fantástico de Hauda's Land que serviram apenas como metáforas dos sentimentos presentes no livro.

Apesar de o enredo ser pouco trabalhado em seus próprios elementos, vale a leitura por ter uma narrativa simples e cativante ao mesmo tempo. Como metáforas da vida moderna, Ida e Midas encontram facilmente seu espaço em algum lugar na mente do leitor, que conseguirá identificar-se e envolver-se com a trama.

Livani Moura 10/09/2014

" A Garota dos Pés de Vidro "
Nada de novo com relação à romances... Não deixa de ser empolgante,mas é ,de certa forma,frustrante pra quem espera mais intensidade e troca de emoções...Não é que não tenha tido sentimento ,mas o personagem,Midas,foi o que se pode caracterizar como cuidadoso demais,esperou tanto que quando deu por si, já era tarde para viver uma grande história com Ida.Entretanto,a leitura vale a pena.Ida demonstra ser mais que apaixonada,ela também foi decidida e retrata a figura de uma mulher moderna e verdadeira com os seus sentimentos...Sem dúvida se pode tirar muito da ideologia e perspectiva de vida de Ida,só lamento não ter sido como ela sempre imaginava,mas,afinal de contas, a obra não deixou de 'imitar' a vida,nem tudo é como planejamos...

Bela 14/06/2014

Envolvente e encantador
A garota dos pés de Vidro, conta a história de Ida, uma mulher que está sofrendo de um fenômeno raro e desconhecido para as pessoas ou quase todas elas. Ida está se transforando em vidro, e tudo começa com a alteração de seus pés.

Como uma medida em busca de cura, ela vai para uma ilha, onde espera encontrar a pessoa que pode ter a solução para seu o seu problema. Essa ilha contem cenários que são extremamente encantadores e fantásticos, dignos de uma boa fotografia. E é nesse ramo que entra Midas, um jovem fotografo não profissional, que mora nessa ilha desde que nasceu e que conhece Ida por acaso.

Os dois passam a se encontrar com mais frequência e a conviver mais um com o outro. Aos poucos, uma relação vai surgindo entre eles, mas existem alguns problemas além da doença dela. Midas tem seus próprios dramas pessoais, relacionados à sua família, e que de certa forma, interfere na história de outras pessoas.

Uma história se enlaça a outra. Um drama dá continuidade a outro. É basicamente assim que funciona A garota dos pés de vidro, e essa é a parte mais gostosa da história. O modo como o problema de cada personagem é mostrado e explorado, os dramas pessoais, os problemas com o passado e o que temem do futuro. Podemos tirar grandes lições do livro.

Mas também é na parte mais deliciosa, que surge alguns problemas na leitura. O modo como o livro é escrito é consideravelmente fácil, mas existem algumas complicações, que em alguns pontos tornam a leitura um pouco confusa. Ocorrem muitos flashbacks e mudança de narradores no decorrer da história, em um capítulo acontece algo, então logo na página seguinte, somos levados a um passado de muito muito tempo atrás, na mente de outro personagem. Não é algo que atrapalhe de fato a leitura, mas a torna um pouco mais confusa.

De maneira geral, A garota dos pés de vidro é um livro inspirador e envolvente, onde você pode literalmente amar e detestar os personagens ao mesmo tempo, tudo por culpa de suas ações. Realmente adorei a experiência de ler, e me fez pensar o quanto nossas vidas podem mudar de uma hora para outra em um tempo que pode acabar sem que possamos aproveita-lo de verdade e o quanto é importante agir de acordo com o que sentimos, pois caso não façamos o que desejamos fazer, podemos nos arrepender para sempre disso.

OBS : Uma coisa me incomodou muito a revisão, com muitos erros nas palavras. Letras trocadas, frases trocadas e em desordem. Essa história merece uma revisão melhor.

Pérola 02/06/2014

Encantei-me pela capa e pela sinopse do livro, que prometiam um conto mágico, surreal, emocionante, mas a história não entregou nada disso. Os personagens são rasos, suas emoções não me alcançaram. Da mesma forma, as passagens que deveriam me fazer pensar "nossa, como isso é incrível!" não convencem; de fato, já vi torradeiras sendo descritas de forma mais interessante do que o gado com asas de borboleta, aliás, uma passagem que nem altera a história, só está lá. Por fim, o enredo é fraco, nenhuma das questões colocadas é explicada (e não, não estava esperando explicações cientificas, mas algo como o porquê de determinado personagem agir de determinada forma, ou a razão dele estar naquele local, naquele momento, coisas que dão estrutura para a história).
Por fim, "A Garota dos Pés de Vidro" teve um desenhista de capa muito melhor do que um autor (o que foi meu azar e minha sorte, pois o dono do sebo também se encantou com o desenho bonito e eu troquei apenas esse livro por um volume de "O Perfume", "Drácula", e "O Retrato de Dorian Gray).

alex 16/03/2014

Um livro sobre o destino, a realidade do destino.

Deia Klein 18/02/2014

Faltou profundidade
A capa é linda, o texto nem tanto. Admito que tem um ou outro parágrafo interessante e no geral o autor escreve bem. Mas faltou profundidade, explorar alguns temas que ficaram muito vagos e que sequer se consegue compreender o que estavam fazendo lá. O protagonista tem sérios problemas psicológicos e de perspectivas, sem falar que não consegue cativar o leitor. Ele não consegue ser amado e tampouco odiado. Deixou a desejar.

Caverna 01/02/2014

Esse foi um dos livros mais decepcionantes que li no ano.
Midas, um fotógrafo introvertido que tem sérios problemas na relação com os pais e um único amigo, um dia encontra uma garota chamada Ida, que veio à pequena cidade em busca de um homem que pode saber a cura para uma misteriosa doença que ela tem nos pés. Essa doença, é claro, é que seus pés estão virando vidro. Literalmente.
De qualquer forma, o livro começou bem. Não é muito meu estilo de livro, muito fantástico, mas a escrita era "chique" e eu estava curiosa para ver como tudo ia se encaixar depois. Midas tinha uma história mal resolvida com o próprio pai, que cometeu suicídio antes, e eu fiquei esperando por grandes revelações e um final que enlaçasse tudo. Por outro lado, Ida tinha o problema dos pés dela, que havia aparecido sem explicação nenhuma e ela procurava um meio de resolver. Todos os personagens são sem graça, para dizer o mínimo, e nenhum dos dois fez alguma coisa de interessante no livro inteiro.

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2014/01/a-garota-dos-pes-de-vidro.html

Helaina 19/11/2013

Resenha do livro - A Garota dos Pés de Vidro - publicada pelo blog Mente Hipercriativa
Faz um tempinho que eu li esse livro, mas tinha dúvidas se faria ou não um post falando sobre ele. Por fim, acabei resolvendo aproveitar o feriado da Páscoa para fazer a resenha.

O livro conta a estória de Midas, um tímido fotografo residente no arquipélago de Saint Hauda’s Land e Ida, uma garota aventureira que vai até à ilha tentar descobrir a cura para a estranha transformação que está acontecendo. Ela está se transformando em vidro. Isso mesmo, seu corpo está virando vidro.

A estória acompanha essa transformação e o envolvimento de Midas e Ida enquanto ele tenta ajudá-la. Cheia de flashbacks da vida de Midas, somos envolvidos por uma atmosfera romântica muito doce e suave. É o tipo de livro que apesar da tensão que ficamos por causa da doença de Ida, ao mesmo tempo é como se estivéssemos em um lugar muito aconchegante, protegido e muito bonito (a paisagem descrita é de inverno com muita neve que eu adoro).

O livro (esteticamente falando) também é lindo. Não sei se as fotos desse post fazem jus à beleza dele. Além da belíssima capa, as páginas têm um tom bege e as bordas enegrecidas. Um livro bonito por dentro e por fora.

Então, porque eu demorei tanto para falar dele aqui? Bom, eu prometo que não vou contar o final (estragaria a surpresa de quem não leu), mas o motivo principal de eu não ter indicado o livro antes é exatamente a sua conclusão. A Garota dos Pés de Vidro tem uma atmosfera envolvente e misteriosa, mas se você gosta de chegar ao final de um livro com as respostas para todas as perguntas que foram feitas nele, esse não é um livro que eu recomendo. E não é o caso de uma estória que terá continuação (ainda não encontrei em nenhum lugar sobre a existência de uma continuação para a estória). E essa merecia uma!

Quem decidir mergulhar nesse romance vai ler momentos muito fofos entre os protagonistas e vislumbrar lindas paisagens enquanto acompanha o drama de Ida em busca da cura para sua doença. É um livro de fácil leitura e que foi como tomar uma xícara de chá quentinho durante uma noite fria (acho que essa é a melhor maneira de explicar como me senti durante a leitura). Não gostei da conclusão, mas não me arrependo de ter lido.

site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2012/04/resenha-garota-dos-pes-de-vidro.html

Angélica 18/11/2013

Maravilhoso
Fiquei enrolando 3 dias para ler as 3 primeiras páginas, mesmo ele sendo um livro muito intrigante e curioso. De repente, me pego obcecada a cada página de leitura, e concluo as quase 200 paginas restantes em menos de 1 dia. Final triste, porém livro fascinante. Recomendo muito.

Tania Capel 02/10/2013

"um caso onde fui traída pelos meus olhos"...
"A Garota dos Pés de Vidro" ou "um caso onde fui traída pelos meus olhos"...

ao olhar despretensiosamente a prateleira da livraria, digo despretensiosamente porque o livro que eu iria comprar já estava em minhas mãos de modo que só estava passando o tempo enquanto esperava que meus sobrinhos se encantassem por algo, me deparo com uma capa em azul branco e preto... com relevo brilhante... minha mão foi até o livro como um imã... e devo dizer que não consegui esquecê-lo por um só minuto... perguntei o preço do livro: caro! mas a qualidade da impressão era indiscutível... pensei, desisti. mas a capa não saia da minha cabeça de modo que ao passar minhas compras no caixa, num impulso, pedi ao meu sobrinho que fosse buscar o livro da capa bonita!.. assim que cheguei em casa, comecei a ler... e não parei até terminar.

o que eu queria compartilhar com vocês, leitores, é meu estranhamento: em muitos momentos os cenários descritos por Shaw me remeteram a um vídeo que assisti no 17º Festival Internacional de Arte Contemporânea (no Sesc Belenzinho em São Paulo), a obra visual em questão é de autoria dos russos Galina Myznikova e Sergey Provorov, chama-se "Inspiration" (2009)... sua sinopse: "personagens de rosto encoberto mimetizam-se a uma paisagem florestal obscura e percorrem espaços soturnos em atividades incompreensíveis. O trabalho lança um olhar cheio de ansiedade à natureza, para representar a desesperança humana."

ao percorrer as linhas do romance de Shaw, o vídeo vinha constantemente a minha cabeça... preciso dizer que quando assisti ao vídeo eu não gostei... mas também senti certo estranhamento que o fazia voltar a minha mente vez ou outra. o romance da história de Shaw é meio água com açúcar e o que há de fantástico fica muito a desejar, mas há algo de profundo... que mexe lá nos cantos escuros da sua mente... como se, ao fixar os olhos na paisagem estranha, cheia de vultos que ora estão ali, ora são seus olhos que os cria... algo que você não sabe que se enconde em você... salta a sua frente.

um belo exemplar da literatura contemporânea!

Lita 18/08/2013

Esse é sem dúvidas o meu livro favorito. Já li e reli três vezes e ainda pretendo ler mais uma vez.
Sim, no começo ele pode ser um pouco chato e a trama caminha lentamente, os flashbacks podem confundir e o cenário de neve pode desanimar o filme na sua mente. Como já foi dito, esse é um livro similar àqueles filmes chatos e tristes o tempo todo.
Mas se você gosta de paisagens cinzas cobertas pela neve, mistérios e magias sem pé nem cabeça, fotógrafos tímidos e garotas se transformando em vidro, você irá adorar.
A forma como Ali Shaw descreve de forma tão delicada e cuidadosa, com palavras rebuscadas e adjetivos inesperados é encantador. Fui lentamente hipnotizada e agonizada pela vontade de ver Ida curada, simpatizei com Midas e seu jeito tímido de ser, odiei Carl desde o começo. Me vi ansiando encontrar St. Hauda's Land em algum canto desse planeta com mistérios imensuráveis.

Já disse uma vez e digo de novo, se você gosta de livros dramáticos e repletos de suspense, leia.

Sabrina 10/08/2013

Romance
Achei uma história criativa com um final dramático, mesmo assim não perdeu o encanto, o autor conseguiu transmitir uma grande mensagem aos leitores através de uma fantasia e foi isto que me cativou, Recomendo!

Apenas 09/08/2013

Nada de mitologia... ALI SHAW não se propõe a contar uma história, mas sim uma alegoria para levar o leitor a repensar o presente, repensar sua postura frente a efemeridade da vida.

Jessica 25/07/2013

Nossa, quase abandonei, muito cansativo, a história é bem legal, mas passa muito tempo descrevendo o senário, você começa a ler e acha interessante, mas logo em seguida se cansa. Achei a explicação de como a Ida começa a virar vidro muito vaga, e não se aprofunda no caso do pai do Midas, que me deixou muito curiosa, eu queria saber como ele começou a virar vidro, ficou uma lacuna nesse sentido. Tirando esse fatos a história em si é muito boa, é diferente, não tem vampiros nem anjos, uma história desconhecida, a narrativa é boa, só o fato de passar muito tempo descrevendo o senário que deixou a história enfadonha e um pouco cansativa. Para quem procura uma história com realidade mágica e quer fugir dos anjos e vampiros essa pode ser a história certa.

Anna Laitano 29/06/2013

Acredite no impossível
Desde o momento que eu vi este livro na bancada da livraria, algo já me atraiu. Talvez o nome, ou as páginas com as laterais na cor cinza... A questão é que li a sinopse e achei interessante, então comecei a observá-lo sempre que ia na livraria, até que um dia finalmente ganhei-o de presente. Comecei a ler e, confesso, estava me decepcionando. Deixei a leitura parada durante um tempo, até que, por algum motivo, decidi recomeçar. E que bom que fiz isso, porque o livro ficou melhor.

Como já disse, faltou pouco para eu desistir. O começo da história é um pouco confusa, pois há várias sequências de flashbacks, o que me confundia. Mas o que me fez mudar de opinião foi a construção dos personagens principais. Eles são o que eu chamo de "personagens completos".

Midas é apaixonado por fotos e tem muita dificuldade em interação social, sendo, como é dito no livro, um pouco "2D". Além disso, ele tem sérios conflitos psicológicos que podem ser notados de longe. Ele é muito preso, atormentado e assombrado por seu passado conturbado. Ele tenta fugir, mas tudo o que ele é, na verdade, é o que ele tenta não ser, o que ele odeia.

E, é claro, temos Ida, a garota dos pés de vidro. O oposto de Midas, Ida se vê na pacata ilha ao tentar descobrir uma solução para a sua misteriosa doença. Lá, acaba conhecendo o rapaz e, mesmo com seu "tom monocromático", leva cor à vida dele.

Você pode pensar que daí nasce um romance previsível, daqueles que são totalmente clichê e previsível, mas não. Midas e Ida são um casal nada convencional. Mesmo assim, no final me vi quase chorando, torcendo pelo final feliz deles.

O que impede a história de ser ótima, na minha opinião, é que o livro é baseado em diversas mitologias, como as pessoas que viram vidro, as vacas com asas de borboletas, e a “criatura que transforma tudo o que olha em branco puro”. Porém, essas perguntas que o leitor começa a ter desde a sinopse nunca são bem explicadas. Algumas dessas grandes questões que tornam a sinopse promissora, mal são abordadas, na verdade. Por outro lado, essa pode ter sido a intenção do autor, já que a história pretende justamente colocar que, na vida, não vamos encontrar a resposta para tudo e há muito além do nosso conhecimento.

Este é um livro agridoce. Mas, de alguma forma, a história te mostra o seu peculiar encanto, se você deixar. Quando você for ler este livro, lembre-se do que diz a sinopse: "É hora de acreditar no impossível". Muitas pessoas podem se decepcionar com o final ou com a própria desenvoltura do livro, embora eu ache que a proposta realmente é fazer o leitor rever seus conceitos, assim como o próprio Midas faz. Em minha opinião, é uma leitura válida e que eu super recomendo aos leitores de mente aberta.

site: Para mais resenhas acesse: www.queridaprateleira.com.br