Solitária

Solitária Eliana Alves Cruz




Resenhas - Solitária


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Carolina.Gomes 01/04/2024

Servidão humana
Comecei essa leitura por indicação de uma amiga e fiquei impactada.

A autora consegue, num breve relato, chacoalhar o leitor e trazer à tona a questão da invisibilidade do trabalho doméstico e a condição servil em que vivem muitas mulheres.

Alternando os narradores, a autora nos dá a perspectiva dos fatos acontecidos na cobertura de um condomínio chique. A história prende e foi bem difícil parar de ler.

É um livro curto com temática forte. Gostei!

?Reparei mais uma vez que, para quem não era patrão, tudo era ?inho?: quartinho, apartamentinho, banheirinho...?
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LeonardoGS89 11/08/2023

Muito bom!
Solitária é um livro muito bom, com personagens fortes, que nos conquistam e nos motivam, é muito bom acompanhar a trajetória de Eunice e Mabel, toda a evolução em suas vidas e todos os acontecimentos que as envolvem, história forte, sobre sobrevivência, esperança e libertação.
O livro conta a vida de Eunice e sua filha Mabel, além delas há outros personagens bem interessantes como Jurandir, João Pedro, Cacau, Irene e Dadá.
Solitária é um livro que nos emociona, nos indigna e nos faz refletir sobre as desigualdades sociais, raciais e de gênero que ainda persistem no nosso país.
Super recomendo.
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kelly.brekker 14/04/2024

Sei que eu, no fundo não era um quarto. eu era uma solitária
QUE LIVRO!!!!

eliana mais uma vez tocando no fundo da nossa alma, mas dessa vez muito mais fundo. nesse livro, a autora traz a realidade de diversas mulheres, trabalhadoras doméstica que passaram e passam por situações de humilhação diária e não conseguem enxergar e encontrar forças para rebater isso, por diversas situações. trazendo referências com maria carolina de jesus e conceição evaristo, essa é uma obra real do cenário trabalhista brasileiro.

torci desde o início do livro para que o final fosse feliz, chorei com mabel e eunice, o jeito que ela descreve o relacionamento entre mãe e filha é a coisa mais linda, triste e verdadeira que existe.

se eu fosse indicar um livro para todo mundo ler sem dúvidas seria esse.

"não há paz enquanto se habita o tumultuado quarto de despejo ? seja ele real ou metafórico. o silêncio da solitária é um estrondo, uma trovoada de desprezo que não para de soar na cabeça e na alma. (...) apenas os espíritos muito resistentes não se afetam pelo preterimento, e isso não é uma vantagem, porque não é humano."
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Camila Borges 13/08/2023

Incrível
Impossível sair dessa leitura sendo a mesma pessoa. é muito doloroso principalmente porque é ficção que espelha realidades do nosso Brasil. Quero ler mais coisas da Eliana!! Solitária já merece ser um ?clássico contemporâneo?
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Roseane 08/08/2022

Solitária
Eliana Alves Cruz, uma das maiores romancista brasileiras e retratista do Brasil está com um novo romance.Solitária é um livro que provoca o leitor a fazer reflexões sobre armadilhas sociais e raciais presente em nosso cotidiano. Eliana usa uma lupa e a amplia realidades nos ajudando a enxergar melhor.
Ao contar a história de algumas famílias destaca-se a exploração de mulheres negras. Eunice é uma mulher casada, tem uma filha e trabalha como empregada doméstica em um bairro nobre. A filha da Eunice, a Mabel ainda criança foi incumbida a ser babá de Camila, filha da patroa da mãe. Irene aos 11 anos de idade é retirada do interior para trabalhar em casa de família na capital. Dadá tinha 10 anos quando foi trabalhar na casa de dona Imaculada e foi explorada por décadas. Luiza precisa do emprego e se vê obrigada a levar seu filho Gilberto um menino alegre de riso fácil para a casa dos patrões.
O marido da Eunice sucumbe as opressões de sua existência como um homem negro em uma sociedade racista. Jurandir é aquele que é parceiro e não deixa os seus na mão, de forma inusitada ele consegue ajudar a Mabel atingir seus objetivos. Joao Pedro expõe suas indignações do cotidiano e nem sempre agrada a todos, mas ele nem liga.
As histórias vão se desenvolvendo e tomando diferentes rumos e desdobramentos. Não há somente tristeza, temos romance, alegrias, amor, vitórias e finais felizes. Os percursos é que são cheios de pedras. O anseio por justiça tira muitos da inércia e para pedir justiça e revoluções acontecem.
Os brancos se protegem historicamente assim cito dois casos reais para exemplificar: Sari Cortes Real, envolvida na morte de um menino negro de 5 anos, filho da empregada doméstica foi condenada apenas 8 anos, porém o juiz Edmilson Cruz Júnior, nega o pedido de prisão. Margarida Bonetti escravizou uma mulher negra por 20 anos nos EUA onde morava. Foi condenada, fugiu para o Brasil e se “esconde” na casa que era de seus pais. O marido Renê Bonetti também foi condenado, mas por ter nacionalidade americana teve prisão decretada. Dessa forma, governo brasileiro no período do governo de Fernando Henrique Cardoso planejou colocar Rene em um cargo de chefia do Sistema de Vigilância da Amazônia, um projeto de defesa do espaço aéreo da região, em uma jogada para lhe devolver a nacionalidade brasileira e ele então pudesse vir para o Brasil.
O livro traz diversas situações em que parece que a vida imita a arte ou seria que a arte imita a vida? Não tem como contar mais devido a risco de spoiller. Leitura intrigante. Super recomendo.
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Vanessa 13/07/2022

Impossível parar de ler
Eliana é sempre majestosa em narrar as diversas realidades brasileiras, principalmente em recortes de raça e classe.

Nesse ela conta a história de Dona Eunice e sua filha Mabel, onde trabalharam para uma família rica. Traz temas como a servidão das empregadas domésticas em sistema colonial defasado, racismo, elitismo, pandemia e meritocracia.

Enfim, temas atuais e necessários. Eu chorei do início ao fim dessa leitura.
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luisa302 10/07/2023

Uau.
que livro mais lindo, que poder tem a voz dessas personagens, uma voz tão pouco ouvida e tão importante.

esse livro é tudo que eu gosto, literatura nacional com crítica social, crime e arquitetura, e foi simplesmente perfeito.

um novo favorito pra eu ficar panfletando para todos que conheço
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Larissa Tabosa 26/10/2023

Tem alguns livros que parece que nos tocam bem dentro do coração e com certeza foi o caso desse. Tenho uma relação bem pessoal com essa história, pois também sou a filha da empregada que os patrões diziam ser da família. Acho que a única diferença é que os ex-patrões da minha mãe a ajudaram quando ela precisou, não como deveriam, mas ajudaram.

É incrível como esse história fictícia é tão real. Infelizmente é a realidade de muitas pessoas. Mas fico feliz por, pelo menos na literatura, ter um final menos infeliz (apesar do final meio em aberto e de saber que muita coisa pode acontecer para aquela família infernal não ser penalizada, ainda assim estou imaginando um final justo).

A narração dos quartos... Que primor! Só de lembrar já me arrepio toda. Sério, esse livro é muito bom. Leiam essa preciosidade!
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Andrezza.Guanabara 03/06/2024

Solitária
Extremamente apaixonada pela história de Mabel e D Eunice. A muito tempo eu não li de fato uma história, e fiquei presa nessa. Chorei, ri, torci e fiquei muito feliz com todo enredo dessa incrível história.
E simplesmente amei essa frase: " O quarto do descanso é todo aquele que tem o cheiro da nossa própria vida."
Andrezza.Guanabara 03/06/2024minha estante
Lia*




Eliane 05/06/2023

Solitária
Belíssimo livro. Tocou-me profundamente pelas reflexões que traz. Pretendo ler os outros livros da autora. Recomendo. ??

Hj, 28/10, terminei a releitura desse livro. Descobri novas camadas e partes que foram significativas. Amei o livro!!!
Marcos911 20/06/2023minha estante
Olá! Você poderia me indicar o link para download deste livro? Solitária, de Eliana Alves Cruz




vg0mes 23/04/2024

Um presente!
Meu primeiro contato com a escrita de Eliana Alves Cruz a qual me atravessou de uma forma memorável. Fui tomado por essa obra não somente pela verossimilhança que ela nos expõe, mas também pelas várias intersecções que a ficção tece com a minha própria vida!

Em alguns trechos, penso quão feliz foi a escritora ao escolher as palavras e a cadência de cada período! Mesmo expondo uma série de problemas sociais, atitudes hediondas, ?Solitária? não perdeu o seu lirismo o qual foi indispensável para Eunice, Jurandir e suas respectivas famílias viverem e emergirem dos quartos de despejo.
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olivia.tomazela 03/06/2022

Que livro, senhores!
Eu tenho medo de ler livros indicados por grandes autores, ainda mais livros promissores como este aqui, e não entender, ou não achar nada demais.

Não foi o caso deste aqui. Eu amei.

Com uma linguagem simples, mas certeira, Eliana consegue trazer todos os elementos sócioeconomicos, históricos e políticos do nosso Brasil contemporâneo em apenas 160 páginas com uma bela história. Bela, mas não dura.

O nome dos capítulos e a divisão das partes do livro são um show a parte.

Favoritei com orgulho.
Que livro bom ??
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Brina 23/02/2023

Real e triste
" ela é quase da família"
" não sei o que eu faria sem ela"
" ela praticamente criou minha filha"
" só você sabe fazer"
São frases que escutamos de patrões envaidecidos com a sorte que eles tiveram de ter uma empregada tão "dedicada".
São relatos fictícios mas que você pode encontrar na vida cotidiana muito facilmente. Relatos reais que a gente pensa que parece até um livro, como por exemplo: situações análogas à escravidão, meninas crianças sendo babá de outras crianças, salários ruins e obviamente sem carteira assinada.
Mas o bom foi ver a dor de cotovelo dos patrões, sabendo que a filha da empregada virou médica ?.
Tudo isso em uma linguagem maravilhosa de Eliana Alves, me lembrou muito Conceição Evaristo com o jeito simples de denunciar as piores atrocidades.
Favoritei ?
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Joel.Martins 30/11/2023

PRECISO registrar a grandiosidade e necessidade deste livro. A autora @elialvescruz retira as vendas dos nossos olhos, nos fazendo sentir na pele a realidade daqueles silenciados pelo racismo e preconceito. O livro denuncia as injustiças/crimes de exploração e a nojeira que é a necessidade de inferiorizar para se sentir superior. É incrível como cada passagem tem muitas referências aos crimes cometidos contra pessoas negras em nossa sociedade. E além de tudo isso, o livro tem o amor e a vontade de perseverar. Isso é lindo.
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Krishna.Nunes 18/01/2024

Uma narrativa poderosa, honeste a atual
Num texto que é ao mesmo tempo sensível e marcante, Solitária fala de vidas de pessoas marginalizadas, excluídas e invisibilizadas pelos reflexos do passado escravocrata que ainda perduram no Brasil.

A obra escancara as nuances das relações entre patrões e empregadas domésticas, pessoas ricas e suas sutis formas de oprimir e controlar pessoas pretas, pobres e despreparadas, na sua maioria mulheres e meninas. Denuncia as relações de quase escravidão e expõe como diferentes gerações têm diferentes maneiras de enxergar essas relações de exploração.

Fazendo referência a diversos casos reais e citando obras relevantes da literatura brasileira, esse livro traz à luz de forma angustiante a solidão, o isolamento e a discriminação a que as empregadas domésticas são comumente submetidas no Brasil.

E não, elas não são quase da família.

A leitura é desconcertante, incômoda e necessária.
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