Solitária

Solitária Eliana Alves Cruz




Resenhas - Solitária


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Robson68 03/01/2023

Curto e completo
Não é preciso se alongar demais para escrever uma história completa, com arcos de personagens bem desenvolvidos e uma escrita intimamente envolvente. Eliana Alves Cruz escreve com a alma, escreve com sua cor, escreve com a história. Solitária é um presente a todos que vivem numa sociedade tão desigual e que, quando os desiguais ascendem, acabam querendo desmerecê-los. D. Eunice e Mabel são esperança, perseverança e renovação. História comovente demais. Agradeço a oportunidade de ter ?vivido? essa história através desse livro.
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plautzble 16/02/2024

Devorei em menos de 24 horas. Aquele tipo de livro que você encontra por acaso e acaba mudando a sua percepção de mundo.

Interessante como um livro tão curto consegue trazer tanta profundidade e contar tanta coisa, trazendo um assunto tão importante e retratando a realidade de tantas mulheres brasileiras e a realidade do trabalho doméstico no Brasil. Personagens cativantes que lutam para contar a sua história e mudar as suas vidas.
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Flavinha 23/11/2022

Que livro maravilhoso!!! Narrativa super fluída e intensa. Muitos momentos tristes mas bem necessários, pq mostra a dura realidade!!!

"É curioso reparar como algumas pessoas nesse mundo não têm direito à meninice. Quando ainda mal se sustentam em cima das pernas, são vistas como adultas; enquanto outras serão para sempre garotas e garotos. Em geral as primeiras frequentam quartinhos como eu."

"Acho que às vezes a gente está numa situação ruim, mas se acostuma com ela e não quer sair porque é ruim, mas é conhecido."
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Aline.Guimaraes 22/06/2023

Que livro!
Solitária narra a história de duas mulheres pretas - Eunice e Mabel - mãe e filha que vivem na casa dos patrões, uma cobertura luxuosa no Edifício Golden Plate. Lá são relegadas aos pequenos espaços que a classe trabalhadora deve ocupar: quartinho, banheirinho, caminha... Tudo no diminutivo ? inclusive o respeito e consideração por estas pessoas, tantas vezes negado. Até mesmo a existência dessas mulheres é negada pois devem fazer seu trabalho caladas, sem serem vistas ou percebidas pelos patrões.

Mabel desde cedo entende que para ter uma vida melhor e mais digna precisa estudar e faz isso sempre que pode, com afinco, na companhia de Cacau, outro filho da classe trabalhadora ? seu pai, Jurandir, é porteiro do prédio e ele também mora ali junto com seu irmão João Pedro. É João quem trava com Mabel um dos diálogos que mais me impactaram nesta história ? ele lembra à menina que não foi o estudo que fez daquelas pessoas muito ricas, mas a herança de famílias que sempre tiveram fortuna. Seria então os estudos e todo o esforço em vão?

Nesse ponto me emocionei muito, pois eu mesma cresci ouvindo que estudar seria a única forma de vencer na vida para pessoas vindas de famílias pobres como eu. Hoje posso dizer que sim, que estudar salva e transforma. Mas também sei que isso está longe da vida confortável, segura e cheia de poder que as pessoas super ricas tem e que obviamente querem manter.

No decorrer da narrativa vemos que muitos daqueles trabalhadores que moram ali no Golden Plate passam por situações absurdas e são vítimas de crimes horrendos. Aliás, um crime passado ali abre a história, que é chocante do início ao fim.

Solitárias é um livro denso, mas curtinho e fluido, com muitas reflexões sobre a realidade da classe trabalhadora no Brasil. Se você gosta de livros deste tipo, recomendo muito esta leitura.
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Maria.Thereza 27/03/2023

Deveria ser leitura obrigatória para o Brasil todo!
Todo mundo precisa ler Eliana Alves Cruz
. ?Solitária?, em específico, foi uma das minhas leituras mais marcantes dos últimos tempos.

lançado em 2022, o livro é narrado por uma mãe (Eunice), empregada doméstica da mesma família há décadas, e por sua filha (Mabel), que moram juntas no ?quartinho? do apartamento de luxo em que trabalham. durante a narrativa, acontece um crime no apartamento envolvendo os patrões, e Mabel tem um papel chave na elucidação

nesta narrativa ágil e corajosa, Eliana denuncia a realidade das trabalhadoras domésticas do Brasil, que só reforça opressões raciais e classistas, perpetuando as relações escravocratas até os dias de hoje

a autora deu uma entrevista para a @quatrocincoum logo após a publicação, vale a leitura na íntegra

obs: eu amo tudo que Eliana escreve (ainda terão mais posts por vir), e acho que todo mundo deveria experimentar :)
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Pietra.vila 07/04/2024

Todos precisam ler Solitária
Solitária conta a história de duas mulheres negras, Eunice e Mabel, mãe e filha enfrentando diversos problemas tanto sociais como o machismo e racismo, quanto criminais (leiam para descobrir ?).
Essa história é recheada de tristeza e os assuntos presentes no texto são retratos com um peso absurdo mas tão necessário. Eu sinceramente acho esse livro fundamental, principalmente para os jovens da minha geração, que são extremamente politizados e não tem medo de falar. Mesmo tendo consciência de classe e de raça esse livro conseguiu abrir meus olhos de uma forma que nunca imaginei, me vi dentro de uma realidade que não faz parte da minha.
De uma forma geral eu recomendo esse livro para TODOS, uma vez que apresenta um enredo muito interessante e bem elaborado, com temáticas essenciais para a atualidade.
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umbookaholic 15/06/2023

Eu já tinha ouvido falar sobre a Eliana e tinha ficado bastante interessado em ler alguma coisa dela. em Solitária, a gente tem a oportunidade de ler a realidade de muitos brasileiros: empregadas domésticas vivendo como serviçais eternas de pessoas brancas com dinheiro.

essa foi uma leitura que, apesar de muito boa, não funcionou tão bem comigo por motivos pessoais. a história que a gente vai encontrar por aqui é mt parecida com a história de minha avó e todas as coisas com as quais eu me identifiquei não foram exatamente positivas. ter que me deparar com essas coisas, enfrentar esses demônios novamente e ter que lidar com toda essa avalanche de sentimentos negativos não foi exatamente "legal", entendem?

no mais, a escrita da Eliana é incrível e a história é bastante crível (esse é um tipo de livro que gosto de chamar de "expositivo"). leiam e amem essa autora comigo. animado demais pra ler mais dela, visto que esse foi incrível ❤
Marcos911 20/06/2023minha estante
Olá! Você poderia me indicar o link para download deste livro? Solitária, de Eliana Alves Cruz




Maria.Batagin 11/11/2023

Que livro
Defino esse livro como ? livro rápido demais ?, narrativas envolventes, pontos de vistas diferentes e assuntos abordados necessário como trabalho escravo ? domésticas?.
O início do livro já se tem uma ideia do teor
? Mãe... a senhora precisa se libertar dessas pessoas.
A senhora não deve nada a elas, pelo contrário. Mãe... Sou eu, a Mabel, sua filha. Não tenha medo de encarar esse povo que nunca limpou a própria privada!
Tendo um fechamento imemorável
?O quarto de descanso é todo aquele que tem o cheiro da nossa própria vida.
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Anissima 31/12/2022

Livro livro!
Minha última leitura do ano e com certeza uma das melhores! Devorei em 3 dias! Lindo, comovente, triste até, um soco no estômago? 10/10.
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csartoretto 28/07/2022

Solitária é uma história sobre desigualdade social, privilégios de classe e o peso de um passado escravagista que ainda lança suas sombras no presente.
O prédio onde se passa a maior parte da ação, é um recorte de um Brasil desigual, visto pela ótica dos oprimidos que desfilam por seus corredores e elevadores de serviço.
Desvela também a miséria moral e a alienação de uma classe cheia de privilégios e egoísta que não consegue viver sem explorar e oprimir mas que se vêem como salvadores, enquanto tem saudade de um passado que há muito se foi, mas que eles ainda reproduzem.
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Danusa 27/06/2022

Atual
O livro conta a história de mãe e filha, negras, que trabalham como empregada em apartamento de ricos, daqueles em prol da família, perfil que conhecemos bem.
A filha cresce no quartinho da empregada, conhece o amor, o sexo, a dor e é lá também que estuda para realizar o sonho do curso de Medicina. Ao mesmo tempo que a filha da patroa, cresce mandando e desmandando, com todos os privilégios de elite, sem responsabilidade alguma pelos seus atos, que atingem diretamente a vida dos outros.

O livro é real. Inspirado em outro livro que recebe até citação.

A leitura é dura, mas vale muito a pena.
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tavim 30/03/2024

Solitária, de Eliana Alves Cruz
Quão só se é --- aos anos dedicados à família que não é sua, à filha que não é sua, à casa que não é sua, às coisas que não são suas, à vida que não se pode chamar de sua --- para as paredes repararem em você? o quartinho dos fundos, ao lado da lixeira da lavanderia, retém em si a história de um país, um museu particular da solidão; e quanto são esses, os prédios, com seus cubículos de um mundo que ainda não foi embora.

solitária, de eliana alves cruz, traz consigo muito mais que algumas histórias já ouvidas por aí, ele traz casos que não se acabam. questões como quanta desumanidade se esconde num mesmo edifício se esbarra com o quanto nos acostumamos e fechamos os olhos para o que não é com a gente. mas, felizmente, tem saído daí desses quartinhos dos fundos quem ainda nos faz ter algum orgulho de nação.
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No Instagram, publico mais resenhas e ilustro todas as capas dos livros que leio.
Acesse @tavim para ver.
tavim.com.br

site: https://www.instagram.com/tavim/
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Marcelo217 10/08/2023

Várias vozes em uma denúncia social
Seguindo o seu trilho temático, Eliana Alves Cruz mostrou um lado diferente, e ao mesmo tempo igual, de sua escrita nesse livro

"Solitária" é uma narrativa de denúncia social que apresenta em sua constituição acontecimentos bastantes simbólicos. A vida em três gerações de mulheres que mudam a sua trajetória de vida pelo posicionamento frente a sua situação social. Em seu núcleo, Mabel e Eunice vivem essa opressão que é desfeita a partir de uma tomada de atitude em recusa à sua condição. A empregada doméstica e sua filha conseguem, então, quebrar o ciclo imposto pelo próprio sistema.

Em uma narrativa simples (menos madura da que acontece em "Nada digo de ti que em ti não veja"), a história é contada com uma transição de vozes de personagens que passa por Mabel, Eunice e o quarto da empregada (que dá uma significação completamente diferente para o título do livro). Um edifício residencial é o local de desenvolvimento da trama que carrega personagens com personalidades bem delineadas, porém muito rasas. As duas primeiras partes do livro carregam um plot com um desenvolvimento bastante genérico e linear que retrata a realidade social dessa classe específica de trabalhadores. Na construção do discurso das personagens, a similaridade entre as vozes (que se expressam, na escrita, da mesma forma) não me convenceu muito e só me trouxe um engajamento tardio à história. Percebi também um possível erro cronológico nas idades das personagens Mabel e Camila, no desenvolvimento da história, a impressão que tive é de que houve um adiantamento na idade de Camila. Esses fatos fizeram com que a proposta do livro perdesse um pouco de seu apelo para mim.

A estruturação peculiar da narrativa (feita através de cômodos/partes da casa) dá uma sensação de isolamento dos acontecimentos. A história traz dualidades masculinas antagônicas (Sérgio-Jurandir, João-Cacau) que representam bastante a realidade da presença do homem na vida dessas mulheres. A família de patrões também exemplifica um retrato social estereotipado: Lúcia, representação da elite social pautada em interesse e conveniência; Tiago, representando o próprio sistema que vê com maus olhos a mobilidade social; Camila, a juventude elitista egocêntrica, intolerante e narcisista. Por fim, as personagens Eunice e Dadá representam a sujeição do indivíduo frente às imposições sociais. E Luzia e Gilberto representam a perpetuação do ciclo oprimido.

Há uma série de simbologias que rapidamente sugerem ao leitor o posicionamento político da escritora e de grande parte das personagens. As atitudes frente à pandemia de Covid expressam a estratificação social que ocorreu no país nos últimos anos através da política. As ações feitas pelas personagens representam a realidade ocorrida no período pandêmico e evidenciam mais um ponto ideológico das personagens, justificando assim suas atitudes.

Eliana Alves Cruz traz a realidade de uma classe trabalhadora que é estigmatizada pela exploração e falta de direitos. "Solitária", mesmo com um enredo simples, aponta mazelas sociais como o abuso de poder, cárcere privado e desigualdade social para retratar uma vivência reincidente em todos os lugares. A mensagem principal do livro é fundamental para que haja espaço para discutir os problemas na dinâmica exploratória das empregadas domésticas e mais além, outros demais problemas de ordem de poder, justiça e valores sociais. Livro extremamente necessário com a sua temática de denúncia e de visibilidade feminina.
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gigi 10/04/2024

Simplesmente perfeito.
comprei esse livro sem saber direito do que se tratava e me surpreendi, uma leitura rápida mas cheia de dores, presentes na realidade de muitas famílias.
acho que todos brasileiros tinham que ler esse livro
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