Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


129 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


jdelisiario 05/10/2022

Maria Altamira
Juntando histórias de destruição, uma da própria natureza, outra criada pelo homem, Maria José Silveira consegue nos envolver nesse romance.

A história começa com Alelí, em Yungay, Peru. Passa por várias cidades, até desembocar em Altamira, terra de indígenas.

Vamos conhecendo a história de mãe e filha, duas dores, suas delícias, seus conflitos e suas escolhas.

Além do romance, a história por trás da usina hidrelétrica de Belo Monte, as ocupações de prédios abandonados em São Paulo. Uma mescla de realidade nua e crua e ficção!

Uma obra nacional incrível!

#leituraTerapia
comentários(0)comente



lefm 16/05/2020

Uma jornada iniciando no Peru, percorrendo a América do Sul mas com foco maior no interior do Brasil. Um livro em que acompanhamos a jornada da mãe e o crescimento da protagonista, entre relatos sobre a situação indígena, a difícil luta pela sobrevivência da população pobre do interior e os estragos causados por uma obra de grande porte. Gostei, uma boa história.
comentários(0)comente



Giselle Abreu 23/09/2021

Muito bom!
Gostei muito do livro! A trajetória de mãe e filha separaras e que depois de longos anos se cruzam é muito instigante. O desfecho foi muito bom!
comentários(0)comente



Cynthia 09/05/2021

Através da trajetória de duas mulheres a autora apresenta vários cenários da América Latina, mas principalmente narra do ponto de vista dos povos atingidos a construção e os efeitos da Usina Belo Monte. Um relato que mudou meu olhar sobre a questão.
comentários(0)comente



Aline Oliveira 25/08/2021

Maria Altamira
Após o soterramento em Yungay no Peru nos anos 1970, Alelí que perdeu tudo nessa tragédia sai sem rumo pelo mundo, anos depois chega ao Brasil e vai parar em Altamira no Pará.
Alelí depois de tanta tragédia conhece Manu Juruna, morador do Paquiçamba, terra do povo Yudjá, com ele tem uma filha Maria Altamira.
Porém o destino reserva muita reviravolta na vida de mãe e filha.
A história é marcada por inúmeros acontecimentos históricos, além do soterramento, a contrução da barragem de Belo Monte que teve imenso impacto na vida de milhares de pessoas, principalmente dos indígenas.

Eu fiquei encantada com esse livro e com as informações que ele me trouxe, apesar de achar denso em alguns momentos, é muito necessário.
comentários(0)comente



Neila.Villas-Bôas 08/05/2021

A história de mãe e filha que ao longo do tempo é entrelaçada com lutas sociais e o final emocionante tornam o livro completo. Esperava mais do desenvolvimento da história no fim, mas pode até ser pq ela termina ali, justamente qnd a gente queria mais, q ela se torna tão boa. A narrativa de força e sobrevivência é inspiradora e a tristeza transmitida pela personagem da mãe é sentida por nós até a última página.
Qnt a escrita da autora a fluidez com q ela contou a história fazendo paralelos com acontecimentos reais torna o livro muito rico e interessante. Me cativou e me fez querer conhecer as suas outras obras o qnt antes.
comentários(0)comente



Tatinha 13/04/2023

Surpresa boa!
Adorei! Adorei saber sobre os fatos que aconteceram no nosso país que acabaram sendo esquecidos, de certa forma!
Adorei o desenrolar da história! E sem acreditar, adorei o final! Kkkk
comentários(0)comente



Karla.Marisa 13/06/2021

Esse livro é super importante, é um romance histórico e o pano de fundo é a construção de Belo Monte. A autora traz diversas questões importantes nesse livro. Eu só não dou nota maior porque não fiquei fã da escrita, e a história foca mais em uma personagem e eu queria saber mais de outra... Mas ainda recomendo!
comentários(0)comente



Ricardo 29/04/2021

Recomendado
Nesse livro encontrei dramas familiares bem mais brasileiros do que o que consideramos padrão. O sofrimento feminino em diversos prismas, mas também sua força e capacidade.
Conheci uma realidade que tenho pouca ciências, ajuda a entender um pouco de como nossa desigualdade tão violenta e radical se gerou e se mantém.
É mais um Brasil para conhecer, um que muito ignoram e outros desejam que a gente ignore.
Além disso, ele também trabalha uma questão extremamente importante para mim: o meio ambiente. É vital (literalmente) que as pessoas, a massa, tenha ciência e consciência do risco que todos sofremos por um crescimento que beneficia de forma desigual ao custo de sistemas essenciais para a manutenção da vida na terra.
Recomendo.
comentários(0)comente



Pâm 31/05/2021

Lugares, pessoas e lutas
Em ?Maria Altamira? acompanhamos a trajetória de mãe e filha, apartadas na convivência mas muito próximas na força de suas convicções. Alelí, a mãe, está em constante migração, nos guiando por diversos países sulamericanos e estados brasileiros e tentando guiar a si mesma para além de suas dores. Maria Altamira, a filha, é combativa e muito leal a seus valores, sempre alinhados à luta de comunidades oprimidas, em especial à dos indígenas e ribeirinhos da região de Volta Grande do Xingu, onde se localiza a Hidrelétrica de Belo Monte. Maria José Silveira consegue de maneira doce e objetiva tratar de muitos fatos costurando-os à sua narrativa ficcional, o que é bastante surpreendente, já que textos muito factuais correm o risco de ser mais engessados e formais. Este é um livro para abrir horizontes, para conhecer um pouco mais da América do Sul e do Brasil, e também para ter um novo olhar para as diferentes batalhas que diferentes grupos sociais enfrentam diariamente no Brasil.
Um leitura fluida e muito relevante para os nossos dias.
comentários(0)comente



Thalia58 15/12/2022

Temática muito relevante para a sociedade
O livro traz uma temática muito importante para que possamos refletir: o impacto ambiental e social causado por uma obra tão grande como a Usina de Belo Monte na cidade de Altamira. Apesar de ter uma escrita bem bonita e fluida, a leitura foi difícil pra mim por causa da temática, principalmente quando mostrava os impactos na vida dos indígenas e ribeirinhos, sem falar do desequilíbrio ambiental que foi causado, principalmente no Rio Xingu. Estudei biologia, então eu entendo o quanto a natureza (incluindo nós mesmos) sofre por causa disso.

O que mais gostei no livro foi justamente mostrar esse lado, geralmente a gente só pensa no ‘progresso’ e ‘avanço’ que essas obras trazem, mas não pensamos nos impactos negativos associados a elas. Então é fundamental que os livros causem essa empatia para refletirmos e buscarmos opções que não agridam tanto o equilíbrio da natureza.
Outro ponto lindo e ao mesmo tempo triste, é a resistência indígena em manter o seu modo de vida em comunhão com a natureza. Um dos personagens fala sobre como ele achava que nem existiam mais indígenas ou suas comunidades, algo que ainda acontece. A luta desses povos que teve e ainda tem suas terras tomadas, modo de vida e línguas destruídas é encoberta e não é tão divulgada na mídia. E se pensarmos, são justamente os povos indígenas e ribeirinhos que conseguem manter a integridade das matas e florestas.

Além dessa temática, o livro retrata a opressão, desigualdade e injustiças sociais em vários países latino-americanos e como o machismo e patriarcado permeia a nossa sociedade, os vários sofrimentos e humilhações que as mulheres enfrentam.

A história é dívida em duas partes, Mãe e Filha. A primeira conta a trajetória de Alelí que vivenciou um desastre natural, o soterramento de sua cidade no Peru e sua jornada sem destino e objetivo com muito sofrimento, até que um dia ela chega no Brasil, onde vivencia por um período o modo de vida indígena com a tribo Yudjá ou Juruna. Já a segunda parte, conta a história de sua filha, que nasceu na cidade de Altamira e vivenciou todo esse processo de construção das barragens da usina.

Gostei também da importância que a música tem na história e como ajuda Alelí a sempre seguir em frente e expressar seus sentimentos. E através do livro conheci um novo instrumento, o charango, que faz parte da cultura andina.

Meus personagens favoritos são Maria Altamira por sua determinação e coragem, Chica e Don Rodrigo por sua bondade e o próprio Rio Xingu.

Sobre o final, ao mesmo tempo que esperava algo diferente, acredito que aquele foi o melhor para Alelí. O que vocês acham?

Quero aproveitar esse momento para falar sobre o um projeto de lei chamado Amazônia de pé que destina as florestas públicas na Amazônia para proteção dos povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e Unidades de Conservação. Para ajudar, basta a sua assinatura. Vou deixar o link do site que contém os detalhes.

Agora só falta assistir o documentário que fala sobre essa temática.


site: https://amazoniadepe.org.br/
comentários(0)comente



Ivandro Menezes 09/05/2022

Duas mulheres, dois apocalipses
Duas trage?dias, duas mulheres, dois apocalipses, ma?e e filha, Aleli? Culebra e Maria Altamira. Mais que duas mulheres, dois mundos, um nascido do outro, um dentro do outro.

Talvez na?o seja a melhor descric?a?o para o romance de Maria Jose? Silveira, mas e? uma que achei possi?vel apo?s dias pensando no que dizer.

Aleli? vaga pela Ame?rica do Sul apo?s o terremoto que soterrou Yungay, sua terra natal aos pe?s dos Andes, em 1970. Uma criatura magra, triste, opaca, cuja vida escorre pelas estradas e so? se percebe quando toca o charango e invade com sua voz potente os corac?o?es de seus ouvintes. E? assim que enfeitic?a o corac?a?o de Manoel Juruna e se deixa ser amada e levada ate? sua aldeia no Paquic?amba, na Volta Grande do Xingu, no Para?. La? engravida e com o assassinato de Juruna segue a sua peregrinac?a?o deixando para tra?s Maria Altamira.

A filha busca conhecer o pai e nutre ressentimento da ma?e que a abandonou. Na adolesce?ncia se ve? diante da ameac?a de Belo Monte, a usina que destro?i a Altamira de sua infa?ncia e traz a tra?gica morte dos territo?rios e modo vida de seus antepassados, a viole?ncia para ruas de Altamira e a marca com novas trage?dias.

De modos diversos, ma?e e filha peregrinam, buscando fugir e se encontrar, tecendo trajeto?rias duras, ora aplacadas por pequenos lapsos de esperanc?a e alegria.

Maria Jose? Silveira constro?i um romance bonito, cheio de pequenas tramas paralelas, construindo um mosaico de vidas para contar uma trage?dia brasileira desapercebida, diminui?da em nome do progresso e ta?o cheia de contradic?o?es e controve?rsias. Foge das oposic?o?es simplo?rias, e revela em cores vibrantes e variadas narrativas. Chega da? gosto de ler.
comentários(0)comente



Somente Leituras 09/07/2022

Maria Altamira
Alelí culebra, viajando em fuga da sua dor, ou a procura de perdão pela culpa que carrega em seu coração.
Maria Altamira, moça inteligente e inocente, em busca de vingança por tantas injustiças.
Chica, grande mulher, coração de mãe acolhedora.
A história de mães e filha, irmãos e pai, povo e habitantes, progresso ou seria regresso?
Não sei, só sei que todos deveriam conhecer esse livro maravilhoso.
Foi parar na lista dos meus preferidos da vida.
comentários(0)comente



Vilamarc 15/05/2022

Meu Top 1 desse ano (2022)
Voltei aqui para postar minhas impressões dessa leitura. São comentários aleatórios que fiz sobre o livro numa conversa do wpp.

Os sons que saiam da junção desses dedos-cordas se espalhavam, deixando rastros invisíveis que a levavam junto, sensores tateantes à procura de alguma paz. P. 42
No Samba da Bênção, Vinicius de Moraes diz que pra fazer um samba precisa de um boca de tristeza.
Foi exatamente pela tristeza da musica andina que fui fisgado por essa leitura...
Dizem que depois que o NE dobra o Brasil na curva de Mossoró, se aproxima mais do Caribe do que da América Andina. E eu acredito que aí resida de minha parte esse fascínio pela cultura dos povos andinos.
E eu amei a viagem de Aleli Culebra pela história recente desses países.
Amei essa junção de cacos da história como uma colcha de retalhos, que aproxima essas nossas realidades.
Percebi que ela mesma foi se construindo como herdeira dessas vivências, de sobrevivente, de migrante, de expoliada, expulsa, perseguida, uma mulher sem lugar...
Amei a entrada dela do Paraguai ao Brasil feita também pela música que vai se transformando das guaranias em sons de berrante e cantos indígenas... perfeito!
Acho que esse livro todo é muito triste, mas que foi entregue totalmente de forma poética. Tem o lado belo, olhar sensível sobre tudo de bom que existe em nossa terra mas que sempre sucumbe a ganância e aos poderosos.
Até na despedida de mãe e filha no final, existe uma dose de poesia na morte sempre espreitando cada um em cada esquina. É de uma forma que é destino, sina...
Eu amei cada linha, cada capítulo, me emocionei muito durante todo o livro e continuo me emocionando.
Achei os personagens todos de uma altivez, de uma estatura humana formidável. Muito bem construídos.
E situar o enredo na questão de  Belo Monte foi formidável. Décadas de luta contra os interesses do capital. Que nos ajudam a refletir mesmo sobre a questão ambiental.
Creio que o livro só confirma as questões sobre o PA que temos visto em outros romances. Grilagem, mineração clandestina, desmatamento...
Eu particularmente gosto muito dessa literatura antropológica, que traz costumes indígenas não de forma folclorizada (toda aldeia é igual), mas que apresenta as especificidades das etnias.
Por isso gostei muito do Nove Noites. Lá o autor mostra inclusive tribos dizimadas por outras tribos. Tribos que cultuam a morte e tribos que tocam o terror na selva.
Essa especificidade da cultura da água, do rio, do nado e do mergulho, da pesca, das correntezas... me deu uma outra perspectiva dos povos do Xingu. Acho isso muito importante. Saber da violência que foi o represamento das águas.
Lembrei muito das cidades do baixo SFco. Que como diz Djavam morrem de sede frente ao mar.
Pense na tragédia. Acreditar que traz morte a quem ama. O terremoto e o soterramento são tragédias naturais, mas antes disso foi são mazelas sociais.
E por isso levar uma vida errante, sem laços afetivos.
A imagem "feia" e agressiva de Aleli creio ser uma forma de repelir as pessoas. Uma forma de autocomiseração.
Mas me impressionei com isso, porque independente de sua imagem, ela atraía as pessoas de bem. Ela tinha luz própria que vinha a meu ver de sua arte.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



129 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR