Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


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Mairton.Rodrigues 24/05/2021

Alelí Culebra de los Infiernos
Que livro aprazível, encheu-me de júbilo. As mulheres dessa obra são representação de força. Alelí e toda a sua trajetória de dor, desde a tragédia em sua cidade natal; Chica mais uma mãe da pobreza, uma vida dedicada a suas crias e Maria Altamira filha de índio que sempre abraçou suas origens.

A autora faz um livro muito crítico, com temáticas como: causa indígena, violência contra mulher e desigualdades sociais. Nos leva a comparar a construção de Belo Monte com a tragédia de Yungay. Ainda traz informações relevantes acerca dos governos ditatoriais na América Latina.  Um verdadeiro mergulho na história de Altamira e do povo indígena afetada com a construção da usina.

Livro extremamente cadenciado, na minha opinião falha apenas na reta final com alguns caminhos trilhados por Altamira que repetinamente muda de postura frente o ?amor" e algumas coincidências pouco plausíveis.
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Rafael G. 02/10/2020

Alelí, uma das poucas sobreviventes da tragédia de Yungay, no Peru, toma a estrada na tentativa de não encarar seus fantasmas. Passa pelo deserto chileno e testemunha a ditadura de Pinochet livrando-se de corpos, passa pela cidade argentina de La Plata e vê um grupo de mães reclamando filhos desaparecidos: seu itinerário atravessa várias feridas latino-americanas antes de chegar ao Brasil, ao Rio Xingu, à cidade de Altamira - onde nasce sua segunda filha, que carrega o nome da cidade (e dá título ao livro).

Nesse sentido, o maior triunfo de Maria José Silveira é justamente seu poder de cartografar um lugar: de início, num desenho mais geral, até que chegamos ao que distingue Altamira - os Jurunas, o monstro de Belo Monte (que assombra desde os anos 80), os ribeirinhos, os pescadores, o machismo, a cultura do estupro, os pistoleiros, madeireiros... O livro torna-se um documento do que insere a cidade nessa cartografia de feridas do continente, mas reclama um lugar na literatura brasileira para a produção de uma memória até então silenciada, esquecida, negligenciada. O quanto sabemos sobre o interior do Brasil, sobre o que está longe dos grandes centros urbanos? "Maria Altamira" escancara o horror - e, como disse Regina Dalcastagnè, nos responsabiliza.

Acho cafona e meio "esquerda bacurau" dizer que um texto é necessário, mas este é mesmo. Rs Daquelas coisas que, quando terminei, não pude deixar de pensar "eu queria ter escrito isso". As jornadas de mãe e filha, Alelí e Maria Altamira, pegam a gente pelas mãos, porém não são condescendentes: avisam que fazer o trabalho de luto envolve aceitar uma batalha perdida (mas preparar-se para a próxima, com a alegria possível). Leiam!
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Marcia 08/03/2022

Minhas impressoes sobre o livro.
Livro: "Maria Altamira" da escritora Maria José Silveira.
Livro de ficção com cenário real e com muita emoção. Nesse livro vamos acompanhar a vida de 2 mulheres, mãe e filha. O livro começa no Perú em 1970 quando um terremoto acabou com a cidade de Yungay e Alelí se vê sem família, sem sua cidade. Ela perdeu seus pais, seus quatro irmãos, sua primeira filha e seu amor. Vamos acompanha-la na luta por sobreviver e lidar com essa dor, esse trauma. Percorremos junto com ela de ônibus e caronas a saída do Perú e seguimos viagem, passando pela Bolívia, Chile, Argentina, Paraguai e Brasil onde o foco principal esta nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Nessa história temos sentimentos contraditórios: precisamos da hidrelétrica mas também não queremos prejudicar a natureza e nem o povo que vive lá. Muitas emoções!! Conheceremos a região fo rio Xingu antes das obras, o durante e o depois com os benefícios e os efeitos colaterais.
Leitura deliciosa e nos convida a reflexao. Recomendadíssimo a Todos!
Sinopse da editora : Em 1970, um terremoto provoca o soterramento da cidade de Yungay, no Peru. Uma das poucas Pará. Alelí quase encontra a paz na nova vida: quando está prestes a dar à luz um filho de Manuel, ele é encontrado morto, vítima de um pistoleiro contratado por madeireiros da região. De novo assolada por uma tragédia, deixa a aldeia e chega à cidade de Altamira, onde é acolhida pela enfermeira Chica. Convencida de que traz má sorte a quem ama, Alelí abandona a recém-nascida, que recebe o nome de Maria Altamira. Anos depois, Maria Altamira acompanha com indignação as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, certa de que destruirá a vida de comunidades ribeirinhas e indígenas do rio Xingu. Muda-se para São Paulo em busca de oportunidades e vai morar num prédio ocupado no centro da cidade, onde abraça a causa dos sem-teto. Em seu trabalho em um escritório de advocacia, consegue orientações para encontrar o assassino do pai. O destino, por fim, unirá mãe e filha, mulheres fortes e tão marcadas pela destruição?
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Carol.Cuofano 24/07/2022

Esperava mais
Achei o livro ok. O início e a primeira parte me deram a impressão de uma narrativa diferente. Para mim, um texto mais próximo do relato, do que do romance. Esperava mais.
Juliana 14/12/2022minha estante
Também senti isso, o início começou bem, mas depois se perdeu




Laura Regina - @IndicaLaura 09/04/2021

As mulheres forte da Amazônia
Na região da Volta Grande do rio Xingu, uma peruana e uma paraense se esbarram e mudam suas vidas.

Sei que vou dizer um clichê, mas pense um pouquinho comigo: a vida é feita de encontros, né não?! E esta é a base também deste filme: encontros que mudam as histórias dos personagens.

Nós acompanhamos principalmente a vida de três mulheres: a peruana nômade Alelí, a paraense Francisca e a indígena Maria Altamira - mulheres fortes nas suas falhas, guerreiras nas suas dúvidas, lindas nos seus defeitos. Sei que parece contraditório, mas quem não o é?! É na construção das personagens que o livro cresce muito, pois consegue fazer o leitor conhecer aquelas pessoas como se fossem amigas íntimas.

O que não me deixou tão feliz foi a maneira como a história foi conduzida, porque houve momentos que eu queria detalhes, saber mais sobre os personagens secundários, e não tive respostas (ou foram bem rápidas). E o final... gostaria muito de conversar sobre ele!!

PS: parabéns para a editora Instante pelo projeto gráfico, trazendo um lindo mapa da região do Xingu! E obrigada, Thainá, pela indicação!

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/p/CNP6QVrDVuq/
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Valquiria.Beltramini 24/05/2021

Maria Altamira
Uma história envolvente, fácil de ler, mostra lugares do Brasil e da América Latina sob um ponto de vista único, mergulhamos nas histórias das personagens, tudo muito possível de acontecer. A história começa com Alelí, vítima de uma tragédia em uma cidade vilarejo no Peru, em 1970. Os acontecimentos vão se desenrolando, ela tem uma filha, Maria Altamira, que passa a ser o centro da narrativa. Através dessas duas mulheres, a autora nos mostra os dramas pelos quais muitas mulheres passam, a situação dos indígenas e dos ribeirinhos na região do Rio Xingu, com a construção da usina de Belo Monte. Para mim foi um mergulho em um mundo desconhecido, muito enriquecidor, comovente, tocante.
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Elinara 29/05/2021

O encontro com o Brasil de tantas realidades
Terminei de ler Maria Altamira e fiquei reverberando seus lugares, suas histórias e seus personagens. Para mim é como se a Alelí fosse a América Latina que vem buscar esse filho complexo e, muitas vezes, distante, chamado Brasil. Essa mulher se mostra em suas entranhas e cultura e mostra pra seu filho que ele tem tudo isso aqui dentro de suas terras,mesmo quando estamos no grande centro (que renega tanto a latinidade brasileira), somos latinos nas entranhas, na periferia e nas margens. É um livro de linguagem simples, direta,mas que carrega a poesia das vivências da floresta, do povo. Os personagens são redondos, mesmo aqueles que estão só de passagem como a falante Silmara, Don Rodrigo ou Dona Cutute. Alelí nos empurra para conhecer nossas entranhas, nossas raízes e a gente vai. Depois, ela deixa pra Altamira continuar nos levando a esse país que a gente da "cidade grande" vive renegando.
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Perigor 08/07/2021

Na estrada ao som do charango
Tem resenha lá no IGTV do meu perfil no instagram @_perigor_ vai lá conferir!

site: https://www.instagram.com/tv/CQ60R81n5E3/?utm_source=ig_web_copy_link
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A. Mendes 25/04/2022

Xingu
Que livro incrível! O tipo de leitura que deveria ser obrigatória.
Tem uma riqueza de detalhes e cultura do nossos indígenas mas tbm tudo de ruim que aconteceu com eles em tordo do Xingu, um reflexo do que aconteceu em todo o nosso Brasil. Os indígenas que tiveram suas terras e cultura roubadas pelo homem.
Acompanhar Alelí e Maria Altamira foi maravilhoso a autora nos mostra tudo com sensibilidade e amor entre os personagens e a cidade.
É sim uma leitura densa, em alguns momentos tive nojo da natureza humana mas tudo relatado por Maria José Silveira creio eu não foi nem metade do que a população indígena e os ribeirinhos viveram.
Recomendo demais esse livro e agradeço ao clube por ter me apresentado ele ?
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Laura 03/07/2021

Um livro necessário, aborda muitas injustiças e nos faz refletir sobre elas. A leitura é fluida.
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Marcos Santos 20/05/2021

O impacto ambiente e social
A história retratar a vida de mãe e filha de uma forma poética e cativante, demonstra as dificuldades de vencer os desafios da vida e juntamente com seus medos e inquietações, e também enfatizar como progresso pode trazer melhorias para região, mas também muita destruição e caos para comunidade da região, a pergunta que fica é será que podemos progredir de uma maneira sustentável.
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Odilon.DilAo 12/12/2022

Que presente!
Antes havia lido Banzeiro Okoto, de Eliane Brum que me deu uma grande abertura de entender o Xingu e a construção de Belo monte.

Eu fiquei apaixonado por esse Romance, agradeço a escritora Maria José Silveira pelo presente.
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