Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


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Lizandra 21/12/2021

Em memória de Yungay
A mão antropóloga da Maria J Silveira foi bem aplicada demais nessa narrativa. Ela fala sobre drama familiar, cultura, arte, economia, política e a relação das pessoas umas com as outras e com seus ambientes naturais. Ainda desenvolve uma estória LINDA e triste no meio de fatos reais.
Todas as personagens são bem desenvolvidos, a ambientação é bem esclarecida e o ritmo de leitura é ótimo! Não consegui largar depois que abri.
Tem acontecimentos pesados, demanda um pouco de estômago e uma respirada profunda (com a lembraça de que são verídicos, só piora).
Recomendo grandemente a leitura. Favoritei e aprendi demais nele.
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Camila 03/01/2023

Maria Altamira
Seguindo mais uma boa indicação do @bookster, iniciei 2023 propositalmente com um livro sobre o etnocídio dos povos ancestrais. O marco inicial do livro é o terremoto no povoado de Yungay, no Peru, ocorrido na década de 70. A devastação é tanta que a sensação é de que a única sobrevivente foi Aleli, com dezesseis anos, a personagem que inicia essa longa trajetória. De tragédia em tragédia, Aleli busca um novo sentido para sua vida longe do Peru. Chega ao Brasil e ao Xingu. A história então se abre para o início de uma nova (prevista) tragédia: a construção da usina de Belo Monte. Pelo olhar de Maria Altamira, filha abandonada por Aleli, acompanhamos a relação de comunidades indígenas e povos ribeirinhos afetados pela construção da usina. O dilema (será?) do progresso x degradação ambiental faz do Rio Xingu o terceiro maior personagem do livro. A autora torna o rio quase tangível. Mérito de uma escrita potente e sensível. Mãe e filha alternam a narrativa da história fugindo e tentando se encontrar. Aleli perdeu sua terra e sua identidade com a tragédia no Peru. Maria Altamira busca a sua e a encontra em meio aos povos ancestrais. Difícil fazer uma resenha sem trazer algum spoiler nesta leitura tão sensível e doída. Ouso dizer que Maria Altamira, de Maria José Silveira, está para a degradação ambiental e etnocídio dos povos ancestrais como Torto Arado, de Itamar Vieira Jr, está para o colonialismo e a escravidão contemporânea no Brasil.
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Bi 13/02/2022

A luta do Xingu e Altamira
O livro conta a história de duas mulheres, mãe e filha, que em dado momento se separam. A vida dessas mulheres é marcado por tragédia que fogem do controle delas, a reação de uma é fugir e da outra é confrontar. O livro é bem sucedido em trazer de plano de fundo fatos históricos marcantes para os povos da América do Sul: o Terremoto de Yungay de 1970 no Perú, as ditaduras militares e, em especial, a luta dos povos do Xingu contra a construção da Usina Belo Monte.
O final foi muito triste mas achei coerente com o que foi construído ao longo do livro.
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@gezaine_ 19/03/2022

Maravilhoso! É um romance-denúncia. Fiquei emocionada em vários momentos e me tornei ainda mais sensível às causas ambientais e indígenas.
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Hugo 29/03/2022

Maria Altamira. O meu primeiro post
Conheci e entrei agora no app. No meu primeiro post quero falar sobre um dos melhores de ficção que li no ano passado.

Maria Altamira é um romance de prender o fôlego. Devorei em poucos dias (e noites). Linguagem simples, a leitura flui muito fácil. A pobreza no interior da América do Sul, violência de gênero, contrastes na vida das pequenas e das grande cidades, as relações de poder, a identidade e as raízes de um povo com o seu lugar. Uma história rica, que nos transmite medo, aflição, mas também beleza, amor e carinho.
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Gabriela - @livrosdegab 17/05/2022

Romance e denúncia
Na busca por um livro curto nesse último mês do ano, lembrei de Maria Altamira que tava na minha lista desde a Festa da USP de 2020 quando ouvi falar dele pela primeira vez.
Escrito por uma brasileira (@mariajosepeixotodasilveira) com outros 6 romances já publicados, Maria Altamira é mais um banho de cultura da literatura contemporânea.

A história começa numa cidadezinha no Peru onde um terremoto soterra toda a cidade e Alelí, uma das personagens principais, perde toda a família. Sem rumo, ela vaga pela América Latina e alguns anos depois chega no Brasil, no Pará, em Altamira. Nessa época começam os primeiros rumores da construção da Usina de Belo Monte e mais algumas tragédias rondam a vida de Alelí.
Convencida de que é amaldiçoada, ela entrega a filha recém nascida pra uma amiga cuidar e parte novamente.
A partir daí, a história intercala os próximos passos de Alelí com o crescimento da filha Maria Altamira.

Numa linguagem bem simples, a autora descreve o grande impacto que a construção da Usina causou na vida dos habitantes dessa região, principalmente dos indígenas que tinham o rio como principal fonte de sobrevivência.
Numa mistura de ficção e realidade, pesquisei várias passagens do livro que, de fato, aconteceram e aprendi bem mais sobre essa obra tão polêmica dos últimos anos da gestão petista.

O livro foi finalista na categoria “romance literário” do Prêmio Jabuti 2021 e sem dúvida me fez querer ler todos os outros livros da autora.
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Suliane Araújo 19/05/2022

Maria Altamira
Conta a história de aleli, que após um desastre soterrar todos da sua família e amigos, sai sem rumo por cidades e países vendo a dor dos menos favorecidos, expulsos de suas terras tornam-se andarilhos. Lendas, histórias e devastação.
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Tamara Barros 19/08/2023

Maria Altamira
História de Alelí, que após tragédia e mais tragédia se vê seguindo sem rumo pela América Latina, durante seu caminho tem uma filha, Maria Altamira, que também tem sua vida retratada no livro.
Em paralelo temos a Construção na usina de Belo Monte e seu impacto ambiental e social na região do Xingu.
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Maga 16/04/2023

Triste e bonito
História tão triste e ao mesmo tempo muito sensível e bonita... Geralmente é o tipo de narrativa que eu devoro rapidamente, mas, desta vez, li lentamente, sentindo um pouco as dores do caminhar de Alelí e das tragédias comuns aos povos latinos e originários. Recomendo!!!
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VerAnica.Cardoso 28/07/2022

Maria Altamira foi uma grata surpresa! Gostei demais! Apesar da narrativa ter menos de trezentas páginas, a diversidades de temas e assuntos abordados torna a história mais atrativa e dinâmica. O desfecho então, é de tocar o coração.?
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Dri 11/08/2022

Drama contemporâneo...
Entre idas e vindas da vida, o sofrimento exacerbado, a crença descabida fomentada pela culpa.

Culpa do inculpável, do que é incontrolável, que provém do misto do furor da natureza e a destruição do homem. Culpa esta, que priva de um pleno viver, um eterno tormento, degradação de si mesmo, que incita ao abandono do próprio bem-querer.

Tão próximo e tão distante. A realidade está logo ali. Tragada pela violência, essa história nos revela crueldades contra as pessoas, com foco posterior aos nativos e a população ribeirinha. A destruição de um povo, que só queria viver.

Li por aí que muito dito consideraram exagero. Discordo, a dor do outro não se mede, e as personas construídas pela autora são coerentes, críveis, ainda mais considerando toda a realidade brasileira.

A trama toda foi bem construída, estruturada, com o fechamento que nos remete a lágrimas, e a resolução de um conflito, ainda que de forma não exatamente justa. Amei e recomendo!
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Fabi 15/08/2022

Muito bacana ler livros para clubes de leitura, como foi o caso deste livro. A capa é muito sugestiva, vamos analisando o mapa da Amazônia. Gostei muito da personagem Alelí, achei muito complexa, com muitas sutilezas. A narrativa muda com o protagonismo transferido para a filha de Alelí, que dá nome ao livro. História importante para compreendermos melhor os conflitos nos quais os povos indígenas e ribeirinhos são as grandes vítimas, sem falar na devastação do meio ambiente.
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Isadora1578 08/01/2024

Maria Altamira e as chagas brasileiras
A sensibilidade na escrita de Maria José Silveira é capaz de nos fazer sentir a angústia e a dor que as personagens enfrentam durante a narrativa.
O livro conta a história de mãe e filha que foram separadas por duas tragédias, cada qual em seu tempo, uma o desastre natural em Yungay e a outra, a construção da Usina Belo Monte e o etnocídio indígena e ribeirinha. Alelí carrega consigo a sina de trazer a morte a quem ama e Maria Altamira busca entender o abandono da mãe e a morte do pai, Manuel Juruna, que foi assassinado por um pistoleiro a mando de um madeireiro.
Em suma, o livro é repleto de lutas, dos povos originários e ribeirinhas contra a devastação e a ameaça à suas existências provocada pelos "grandes senhores" que permeiam pelo Brasil até os dias de hoje.
Maria Altamira revela uma de nossas chagas brasileiras, que infelizmente, sobrevive desde a colonização. A ganância e a sede por dinheiro são os principais fatores que destroem o nosso país.

"Estamos cansados de ouvir e não ser ouvidos. Não estamos defendendo só o Xingu. A luta dos povos indígenas é muito mais ampla do que aqui, agora, porque todos precisam da Amazônia e quem preserva a floresta somos nós. Se um dia tirarem essas terras indígenas, o mundo vai se acabar em quentura". - Cacique, p.114
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Jaqueline.Saraiva 04/12/2022

Um dos livros mais sensíveis que li esse ano. Um romance histórico e antropológico que nos faz querer percorrer os caminhos de nossos personagens. Uma história tão próxima e ao mesmo tão distante. Se falar nesta edição lindinha e cheia de simbologia.
Maria Altamira é uma história perfeita de luta de mulheres de gerações e origens étnicas diferentes que se entrelaçam de um forma única.
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