Bárbara 17/05/2020Mais uma surpresa!Terceiro livro da série, mais intenso impossível. Erika Foster cansou de ver outros homens subirem na carreira, apesar de o crédito das investigações pertencerem a ela. Agora, ela está em outro distrito, trabalhando na seção de narcóticos. Tudo começa quando ela está com uma equipe vasculhando um lago artificial em uma pedreira, nos arredores de Londres, à procura de evidências: 4 milhões de libras em heroína.
O que os mergulhadores não imaginavam ao fazerem a varredura no local era encontrar o esqueleto de uma criança no fundo do lago. Após os trabalhos forenses, a ossada é identificada como a de Jessica Collins, uma garotinha que sumiu misteriosamente há 26 anos na rua onde morava.
Os instintos de detetive falam mais alto, e Erika consegue ficar responsável pelo caso. Precisa avaliar o peso da investigação, afinal, o desaparecimento foi muito explorado pela mídia e mal encaminhado pela detetive responsável da época, Amanda Baker, hoje, entregue à bebida e relegada por seus pares. O suspeito original do caso sofreu um atentado à vida, e ficou evidenciado que Amanda teve responsabilidade no crime, o que garantiu uma gorda indenização ao suspeito e uma descrença da população à polícia. Erika acredita que a investigadora pode contribuir, apesar de bastante instável. Além dela, é primordial investigar o passado dos Collins, pois algo mostra-se encoberto por mistérios e mentiras.
Em ritmo acelerado, a obra é muito bem escrita, com capítulos curtos. As peças para reconstruir o caso são pequenas ou envoltas pela névoa do tempo. Mas Erika não se deixa ser vencida, apesar de haver gente na própria equipe trabalhando contra ela. Escrito em terceira pessoa, com um enredo inteligente, a leitura flui facilmente, e somos arrebatados com o plot das páginas finais do livro que, aliás, são eletrizantes. Um ótimo thriller, com temas que nos deixam reflexivos.
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