O segredo das larvas

O segredo das larvas Stefano Volp




Resenhas - O segredo das larvas


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kathcontardi 11/05/2024

Uma distopia forte e impactante
E se o Brasil que conhecemos fosse o palco de uma divisão injusta entre pessoas? Não estamos muito longe disso, certo? Mas nesta história, as coisas são ainda mais perversas.

Freya vive em meio ao seu povo, em um lugar onde os recursos são limitados, seus horários são restritos com toque de recolher, as pessoas vivem com medo e existe uma esperança apenas, esta para as meninas mais bonitas. 14 garotas são selecionadas para o Éden, com a promessa de uma vida perfeita e sem problemas.

Porém, depois de diversos acontecimentos vi0lentos e assustadores, Freya se vê ao caminho do Éden e a realidade não poderia ser mais diferente. Essa promessa de lugar perfeito não existe, existe apenas uma sociedade que oprime o povo de Freya, toma os frutos de seu trabalho e ainda lhe rouba meninas, descaracterizando-as totalmente, mudando a cor de seu cabelo, de sua pele, restringindo seus comportamentos, sua cultura e tudo aquilo que conhecem.

O livro inteiro é um soco na cara e a Freya é resistente a toda essa opressão sofrida pela metrópole e pelo presidente Ádamo. E é isso que ela passa a significar, um símbolo de resistência.

Essa história reflete muito do ?apagamento? que culturas e etnias sofrem, tendo suas características descartadas ou moldadas para seguir um padrão.

A narrativa do autor é forte e impactante, desde o início do livro nos deparamos com muitas injustiças, violência e medo. Quem está buscando uma história suave, esse não é o caso, cada capítulo é um soco e chega a ser insuportável o nível de sofrimento das pessoas e das selecionadas.

Estou ansiosa pela continuação!
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_douglast 08/05/2024

Entre a distopia e a realidade
O que você faria se faltasse energia elétrica por dias, semanas? Certamente, a vida não seria mais como a conhecemos. Não poderíamos usar dinheiro digital, as câmeras de vigilância não funcionariam... postar no insta, então? ESQUECE!

E é daí que Stefano Volp parte para escrever "O Segredo das Larvas". A história começa anos depois do "Breu", evento que remodelou a sociedade brasileira, e a dividiu em dois lados: a metrópole, Éden, e as colônias.

Baseado em uma passagem bíblica interpretada ao pé da letra, o governo torna "impuras" as pessoas negras, sentenciando-as às colônias, enquanto que os brancos vivem na metrópole.

E é de uma dessas colônias, mais precisamente de Absinto, que a nossa protagonista desponta. Freya é uma jovem, que como muitas outras, não conhece outra realidade a não ser a que vive.

Os cidadãos das colônias, recebem, anualmente, o evento da "Filtragem", onde catorze jovens são escolhidas para ir para o Éden. E ninguém jamais soube o que acontece do outro lado da cerca.

A única filtrada que retornou para a colônia é Amara, a mãe de Freya, que retornou, anos atrás, grávida, sem língua e com sequelas gravíssimas na sua saúde mental, o que a rendeu o apelido de "Doidinha".

O que Amara mais quer é livrar a filha da Filtragem, assim, anualmente, ela arranha a cara de Freya, deformando-a, para que sua beleza seja escondida e os agentes do governo não a escolham.

Mas Freya, nossa heroína, nutre um ódio por Ádamo III, o atual presidente do Éden, ocupante do trono de tronco, e pelo regime que divide a população. E circunstâncias trágicas a fazem sair de Absinto para, enfim, conhecer Éden e seus mistérios.

Nessa jornada, Freya conhece pessoas, faz amigos, inimigos, descobre que há uma resistência contra o regime e até um intrigante enigma a cerca de uma personagem, até então desconhecida, que só é identificada como "Cobra".

A história fica ainda mais forte por ser narrada em primeira pessoa: vemos, sabemos, descobrimos e nos aprofundamos nela junto com Freya, nos tornamos quase íntimos dela enquanto lemos o seu relato mais íntimo.

O Segredo das Larvas trata de assuntos importantes como o racismo, o extremismo religioso, a saúde mental, a miséria e a discriminação, e os traz pra uma narrativa eletrizante em que sempre tem algo acontecendo.

É brilhante a forma com que Volp exalta o povo negro, trazendo citações às religiões de matriz africana, falando de grandes nomes da luta pela igualdade e acenando para o passado de pessoas negras marginalizadas.

Volp traduz o sentimento de vigilância e de segregação sofrida pelas pessoas negras em um regime de governo criado para manter brancos e negros separados, seja por uma cerca física, seja por uma cerca ideológica, essa, muito mais difícil de cruzar.

Não há excessos: os acontecimentos são sempre muito intensos e muito bem descritos, o livro é cheio de cenas de ação empolgantes e cada personagem cumpre o seu papel onde precisa. O enredo é muito bem amarrado, mas é claro, deixando sempre um mistério para ser solucionado mais pra frente.

É, também, muito inteligente a maneira que o autor traça paralelos muito significativos com a nossa realidade: na desigualdade do sistema (mesmo entre cidadãos edenses) e em todo o processo de ingresso das filtradas na sociedade, por exemplo.

Durante muitos trechos, senti um nó no estomago muito característico da leitura de distopias, quando a ficção mostra um futuro horrível, mas que pode acontecer, e assim o autor nos conduz por um enredo muito bem escrito, que nos faz sentir um incômodo e repensar algumas atitudes que temos na vida real.

Com "O Segredo das Larvas", Stefano Volp nos brinda com uma afro-distopia de arrepiar! Indico muito a leitura! Ainda mais se você, como eu, adora o gênero de distopia (como Jogos Vorazes, Admirável Mundo Novo, 1984, Battle Royale e outros).
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Pollyanna Reis 02/05/2024

O SEGREDO DAS LARVAS
Freya, é uma adolescente que vive em uma colônia onde pessoas negras são confinadas, e todos os anos catorze jovens são escolhidas para participarem de um programa da metrópole. Um lugar fora da colônia, longe dos familiares e de tudo que elas conhecem. Uma promessa de privilégios? uma oferta de ?segunda chance?.

Mais nossa mocinha não acredita nessas promessas e teme ser coletada, e levada para essa tal metrópole. Suas desconfianças não são atoa, sua própria mãe foi uma das escolhidas e a única que retornou para a colônia, totalmente quebrada e com a alma perdida.

Agora, uma nova triagem se inicia?

Porém, dessa vez tudo será diferente, tornando impossível a fuga do próprio destino. Pois só tem uma coisa que Freya, deseja mais do que não ser coletada? VINGANÇA.

?A passagem para a metrópole não tem volta. Quem passa para o lado de lá e conhece a vida em Éden nunca mais retorna.?

O Segredo das Larvas é uma distopia nacional que aborda temas tão próximos da realidade que chega a assustar. Volp, descreve um mundo pós-breu opressor, onde pessoas de pele negra são escravizadas e abusadas pela sociedade branca.

Foi doloroso acompanhar toda trajetória da Freya, e do seu povo. Foi literalmente uma montanha-russa de sentimentos: raiva, vergonha, empatia, medo, angústia, tristeza e esperança. Sem contar o misto de reflexões que essa obra proporciona.

Com capítulos curtos e instigantes, Volp nos presenteia com uma escrita fluida e envolvente. O que tornou minha experiência intensa e totalmente viciante.

Através dos olhos dos personagens, somos confrontados com as consequências devastadoras das nossas atitudes. A realidade nítida na ficção. Uma obra diferenciada no meio distópico, importante e poderosa. Mais que recomendada!
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Amanda.Oliveira 27/02/2024

Distopia
Primeiro livro que leio do autor e adorei! A escrita é uma delícia, foi uma leitura que nem vi passar.
A estética do livro me lembrou "o conto da aia" em alguns momentos e "jogos vorazes" em muitos deles, principalmente a personagem principal, uma jovem que é ligada à guerra mesmo não querendo isso e acaba sendo usada dos dois lados. Senti falta de alguns desfechos, como o teor sobrenatural no sumiço de Micaela e sobre a relação da protagonista com o melhor amigo de infância, mas acredito que seja proposital para a leitura de um novo livro do universo. Existem alguns furos na história que fazem a leitura se tornar muito óbvia, mas é algo que vale muito a ler, pela crítica e pela reflexão que ele provoca!
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nemlanency 27/11/2023

"Ele não"
No quesito "ação" a história me cativou no começo pela sequência de acontecimentos e pela apresentação do universo distópico que me deixou curiosíssima pra saber no que iria desenrolar. Porém em um certo ponto percebi que, pela quantidade de páginas mesmo, não daria tempo chegarmos a um desfecho e perdi o interesse. A alegoria é um pouco fraca, é um pouco óbvia demais a ideia de uma distopia com algum tipo de segregação. A história deveria girar em torno da resistência contra um sistema opressor, e os momentos de confronto perderam espaço pra descrição gráfica de sequências violentas, sobretudo contra mulheres. Enquanto mulher, preferia ter meu tempo investido em cenas exaltação da bravura de personagens femininas, e não nos abusos. O final deixou a desejar na promessa de uma continuação que não tenho interesse em ler. O "Ele não" nos agradecimentos não me comoveu e só pareceu implicar que a história é obra do desespero pós biroliro (o qual eu até consigo ter empatia). Também fiquei muito incomodada com o emprego de nomes de origem africana ou inspirados em dialetos para dar voz aos opressores (a véia lá meio oráculo falando sankofa, o nome das moças filtradas e dos seus compradores kimani e ohini) enquanto a protagonista de chama FREYA. Sério FREYA? A história se passa no Brasil, tem personagens com sobrenome tipo Santos, a mãe dela literalmente tem o nome da minha avó e ela é FREYA? Meu mais sincero joinha?
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Ester 12/11/2023

Não sai da minha cabeça
Esse sim, devorado com sucesso!! Brasileiro ainda haha, fiquei viciada na leitura e me senti super acolhida. Tenho vontade de reler, ouvi ate dizer que haverá continuação, assim espero! Livro ótimo
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Amanda 25/01/2023

Uma distopia brasileira maravilhosa que te prende do começo ao fim e traz crítica social, colocando em cena aspectos como o racismo estrutural e a diferença de classes. Vale muito a pena ler e já quero a continuação!
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Nathália 16/01/2023

"este é o segredo das larvas:
você nunca sabe no que elas poderão se tornar. vermes de lixo. moscas asquerosas. libélulas coloridas. borboletas livres. garotas enlouquecidas. você nunca sabe."

mais um livro do volp pra conta, desta vez uma distopia e que, como já falei nos históricos de leitura, foi uma das poucas que li e que me agradou. talvez por apresentar uma questão que eu tenho lido muito sobre, que é a questão da discriminação racial.

gostei muito da forma como a história se desenvolve. no começo não me prendeu muito, mas depois de um certo capítulo as coisas fluíram e me empolguei.

o livro é quase um calhamaço, mas tem capítulos curtos que é algo que eu prezo muito. não me apeguei tanto aos personagens mas achei a coragem da freya admirável apesar da imprudência em algumas situações. mas quando somos cercados por injustiças corremos o risco de cometermos atos julgados como inconsequentes, quando na verdade são só reações das ações.

o autor comentou nas suas redes sociais que a nova edição deste livro virá pela harper com algumas mudanças na história. talvez eu leia também :)
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Suellen.Alves 13/09/2022

Uma dos - se não o melhor - livro que li esse ano!

A narrativa é muito bem desenvolvida, viciante e, ao mesmo tempo, chia de críticas sociais.

Um futuro distópico onde nem tudo é o que parece ser.

Não quero nem falar muito para não dar spoiler dessa maravilha.

Leiam!
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CInt_lo 11/08/2022

Um livro de ficção-científica tremendamente sensível e interessante . As alusões do livro foram sensacionais. aviso que tem muitos gatilhos cenas tensas.
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Paula Virgínia 01/02/2023minha estante
Não cheguei a concluir esse livro, mas me lembrou bastante essas obras que você citou




iammoremylrds 26/06/2022

uma leitura eletrizante, única, uma ótima obra distópica, trazendo a tona assuntos importantíssimos como racismo, desigualdade social e objetificação do corpo da mulher, ainda mais da mulher negra
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KelenDZ 13/05/2022

Distopia nacional
Até a metade do livro, achei a história um pouco arrastada; porém, depois a história começou a se desenrolar melhor, e a vontade de saber como a história de Freya ia se desenrolar era grande.
Ao final descobri que o livro tem sequência, e estou só à espera.
A história me lembrou um pouquinho de Jogos Vorazes em alguns aspectos.
Recomendo muito a leitura!
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