Sabrina Coutinho 26/02/2012
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Há muito tempo não lia Meg Cabot e acredito que escolhi o livro errado para voltar a suas obras. Em Sorte ou Azar? conhecemos Jean, adolescente azarada que vai morar com os tios em NY após passar por situações complicadas em sua pacata cidade natal no interior do país. Contada em primeira pessoa a história segue de modo pouco envolvente, acompanhamos as confusões de Jean ao lidar com sua falta de sorte e com seus atritos com a prima, que mudou completamente desde sua última visita. A heroína segue os padrões da autora: politicamente correta, humilde e com baixa auto estima. As revelações e brigas do livro não surpreendem, há sempre uma necessidade de amenizar tudo e falta expressão durante todo o enredo (Jean vive citando um “nó no estomago” em situações complicadas, o que fica chato e repetitivo). Jean é chamada de Jinx, apelido pejorativo associado a falta de sorte, fracasso e maldição – isso também fica mal explicado no livro. A bruxaria é abordada como algo que pode ser usado para o bem ou para o mal, clássico dos contos de fadas, Tory (a prima) acaba assumindo o papel da vilã, usando magia negra com objetivos banais e tentando puxar Jinx para seu clã de pseudo bruxas.
Já fui muito fã da Meg Cabot mas estou perdendo as esperanças após as decepções com Pegando Fogo e Sorte ou Azar?, ambos não tem nada de suas velhas obras, como a série A Mediadora que também trata de assuntos paranormais. Minha mudança de percepção tem muito a ver com a época em que li cada obra, mas pretendo reler alguns para comparar de modo mais justo. Aceito sugestões de livros recentes da autora, não vou abandona-la já que gosto do seu estilo de escrever e aproveito seus livros por serem rápidos e gostosos.