Márcia 31/03/2011– Maravilhoso! Só evite lê-lo durante filasFazia tempo que eu não gostava tanto de um livro da Meg. “Sorte ou Azar” trouxe a paz entre nós duas. Depois de me frustrar com “Pegando Fogo!”, enjoar de “O Diário da Princesa(chata-Mia) e dar mais que umas poucas risadinhas em “A Rainha da Fofoca”, “Sorte ou Azar” me fez lembrar do tempo em que só a Meg conseguia me fazer espairecer durante uma tarde inteira.
A Jinks é uma das protagonistas da autora que mais me cativaram. Desde “Avalon High” eu não tinha uma experiência tão ... diferente com a Meg. Falando no livro da autora que faz alusão ao Sr. Arthur e sua távola redonda, “Sorte ou Azar” segue pela mesma linha com apenas algumas diferenças essências no enredo, claro.
Acho que talvez nunca mais volte a ter a relação de outrora com a autora, mas sempre poderei contar com um Meg Cabot durante um dia inteiro de fila no salão de beleza. Aliás, a Jinks é tão, mais TÃO azarada, que a culpo por essa fila toda. Sério! Quanto mais eu lia, mais a fila crescia.
Suspeitas a parte, a Meg consegue criar nesse livro um drama realmente interessante e - por que não? – inteligente. Não chegaria a dizer imprevisível, já que até a mais elaborada das “magias” do livro me vieram a mente dezenas de páginas antes. Mas, fazendo pesos e medidas o saldo é positivo, já que a Meg nos vem com mais de um de seus “carinhas-perfeitos”, o Zach (que nome mais... fofo). Não consigo me lembrar de livro algum da Meg (até dos que não gostei) em que eu não tenha pelo menos sorrido à caracterização do personagem masculino principal. São tantos e tão perfeitos que nem enumero mais. Já as mocinhas, bem, bem poucas.
“Sorte ou Azar” tem aquela mistura de mistério, romance e cultura-adolescente-americana que funciona. Tem ótimos personagens e uma trama bem bolada, com diálogos interessantes e divertidos. Apesar de não ser imprevisível, na sua essência o livro tem um fundo de “perguntas não respondidas”; intelignetíssimo da parte da autora. O leitor passa o livro inteiro se perguntando em quê ele acredita. Ou até mesmo em quem.
Maravilhoso, Cabot. Continue assim.
Devo acrescentar que, apesar do tamanho absurdo da fila, o livro foi de uma serventia absurda, já que eu teria pirado sem essas horas com a Jinks.