Mar 16/03/2014Se você tiver menos de 14 anos, leia. "Sorte ou Azar" é um livro juvenil de autoria da consagrada Meg Cabot. Com uma história leve e bem, mas beeeem, juvenil, o livro se torna perfeito para pré-adolescentes que queiram ler algo leve e compatível com a sua idade. O enredo se desenrola quando a protagonista, Jean, percebe que ela parece atrair azar exageradamente. A partir daí, a garota descobre que tem um dom que seus antepassados deixaram para ela. Somente para ela. Mas parece que existem pessoas próximas querendo arrancar-lhe este dom.
Quando eu tinha meus quatorze anos e li pela primeira vez um livro de Cabot, indicado por uma amiga, apaixonei-me por sua escrita direta e de fácil leitura. Simplesmente, para mim, era perfeito o modo como a escritora narrava a história e seu jeito de criar personagens tão simples de serem imaginados e de fácil identificação. Mas isso aconteceu lá nos meus quatorze anos, quando meu índice de leitura era mais baixo e eu ainda era apaixonada por "Crepúsculo".
Para quem não conhece Meg Cabot, a autora é consagrada por seus livros juvenis que vendem milhões de exemplares e deixam os corações adolescentes dilatados de tanta paixão por seus livros. Geralmente, uma jovem nunca lê apenas um livro de Meg, ela se apaixona se sai comprando todos da escritora. Mas, isso só acontece, pelo menos eu acho, com adolescentes. E você vai entender por que.
A história de "Sorte ou Azar" não traz nada de novidade, o enredo é simplório e bobo. E, dependendo do ponto de vista, isso não chega a ser um ponto negativo, já que seu público-alvo quer histórias assim. Mas eu percebi que não sou o público de "Sorte ou Azar". Já fui. Eu diria que percebi o quanto estou velha a cada página que eu virava. Aquilo era juvenil e bobo demais para mim. Apesar da história ser fluente, nada me chamava atenção ou me prendia. Acho que estou velha demais para ler Cabot. Acostumei a ler livros com histórias elaboradas, ou pelo menos personagens apaixonantes.
O livro é um chick-lit que não adiciona ao leitor nada após a leitura. As personagens são bobas, infantis e tremendamente chatas e surreais. Na verdade, eu não curti nem o romancezinho que rolou durante a estória. Sabe aquela personagem que cisma que o garoto não gosta dela, mesmo o narrador explanando toda a situação? Aquela que o garoto pode demonstrar de todos os jeitos mas ela finge não enxergar? Foi esse tipo de romance que se desenrolou durante a narração. E isso, acredito eu, inrita muitos leitores.
O final, infelizmente, foi tragicamente chato. Não que esperasse muita coisa, mas ele superou no termo "previsível". Eu indicaria este livro para leitores de treze anos e fundamentalmente meninas. Se você ultrapassou os dezesseis e já leu algo que seus olhos se arregalaram, eu recomendaria que fosse ler outra coisa.
Mas, como eu sou apaixonada por alguns livros da autora, tenho esperança que esta criação foi uma tentativa de atrair leitores mais novos e que ela tem mais a oferecer. Não vou desistir de ler outros de Cabot, principalmente "Ela foi até o fim", que parece ser uma história mais real e um pouquinho menos criança.
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