O Poder

O Poder Naomi Alderman




Resenhas - O Poder


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Thayane Andrade 28/03/2023

Tinha achado a premissa bem interessante, mas acabou que me decepcionei com esse livro. Não gostei muito em como foi desenrolando a história, não achei os personagens cativantes, não me importei com nenhum. A leitura eu achei muito arrastada. Não foi o que eu esperava.
Gabi Rosemberg 29/03/2023minha estante
Concordo muito! E tbm não gostei das mulheres serem tão abusivas com o poder! Não acho que seria assim


Thayane Andrade 29/03/2023minha estante
Pois é, achei exagerado!




Marcella.Martha 02/08/2018

Eu tenho duas opiniões distintas e opostas sobre The Power e, por incrível que pareça, elas conseguem coexistir. The Power não é um livro qualquer, não é só uma coisa. Dependendo de como você olha, pode ser um ótimo livro ou um livro bem mais ou menos.

A primeira opinião diz respeito a The Power enquanto um espelho da nossa sociedade. No universo distópico do livro, um belo dia, (quase) todas as meninas ganham um novo órgão no corpo capaz de sintetizar e manipular eletricidade tal qual uma enguia. Essas mesmas meninas passam então a ser capazes de despertar o mesmo poder em mulheres mais velhas e, assim, no que foi chamado O Dia Das Garotas, todas as mulheres do mundo ganham uma força física impossível de segurar. Realiza a bagunça.

The Power é um relato, do ponto de vista de quatro personagens diferentes, sobre como esse poder inverte completamente as relações de poder na sociedade. As mulheres se libertam em massa da opressão, tomam o poder (a força ou não) no mundo inteiro, o exército passa a ser formado quase que exclusivamente por elas. Surgem as milícias femininas, os grupos criminosos, os países independentes governados exclusivamente por mulheres onde homens precisam de permissão de uma "guardiã" para sequer saírem de casa, sob o risco de serem atacados na rua. Revoluções acontecem a torto e a direito de um lado a outro do planeta, desde mulheres muçulmanas vivendo uma espécie de primavera árabe feminina, até vítimas de tráfico sexual se libertando das prisões caseiras onde eram violentadas diariamente. A religião muda de rosto, com mulheres como figuras proeminentes e Deus ganhando artigos femininos. Os grupos de homens que se revoltam e se levantam contra as organizações femininas são tratados como terroristas e extremistas radicais. Tudo isso porque um gênero ganha superioridade física sobre o outro.

Eu não sei se chamaria isso de distopia exatamente porque não deixa de ser a nossa realidade atual, só que ao contrário. No mundo de hoje, mulheres vivem com medo, acuadas, violentadas, exploradas, subjugadas simplesmente porque, do ponto de vista físico, os homens quase sempre levam vantagem. Desde que o mundo é mundo, a história é contada - e ditada - pelos homens. A mulher, sempre tratada como uma coisa frágil e facilmente manipulável, foi, durante a maior parte da nossa existência, e continua sendo em muitos lugares, relegada à uma classe inferior de cidadania. Privada de educação formal, de acesso ao conhecimento, de liberdades básicas, de independência. The Power retrata essa realidade exatamente como ela é, mas ao contrário. Nada do que acontece aos homens a partir do Dia das Garotas é novidade para uma mulher.

Mas nada disso vem sem crítica ou em tom de vingança merecida. A autora rebate as noções de que o sexo feminino é naturalmente gentil, caridoso e maternal, enquanto homens seriam naturalmente mais raivosos e violentos. Mostra os absurdos para os quais essa superioridade física e o status geram, a forma como tudo acaba descambando para o caos só porque, de repente, pode. Homens como criaturas fragilizadas, domésticas, bebês do sexo masculino sendo abortados porque quem é que vai querer um filho homem? O poder corrompe e molda, dita as construções sociais, não tem nada a ver com gênero.

Desse ponto de vista, The Power é incrível. Extremamente realista e até deprimente, mas ainda assim importante. Todo homem deveria ler esse livro, aliás.

Minha segunda opinião tem a ver com o livro enquanto uma narrativa em si. A história contada. E aí eu já tenho minhas dúvidas. O começo é bastante promissor, os personagens bastante interessantes e diversos entre si. O desenrolar das coisas cria uma expectativa para ver onde vai dar. Mas é fraco. O arco narrativo, em si, não é grande coisa. Os personagens acabam muito rasos. E a conclusão é bastante qualquer coisa. Enquanto uma obra de ficção, eu diria que The Power é decepcionante.

Na hora de colocar as duas coisas na balança, eu acho que o primeiro aspecto pesa mais. Mesmo se você desconsiderar todos os pontos da história que poderiam ter sido melhor trabalhados, The Power ainda carrega uma força absurda só pelo tema. Eu raramente tenho vontade de sublinhas e fazer anotações e colocar post-its nas páginas dos livros, mas esse eu queria marcar o tempo inteiro (só não fiz isso porque eu tenho muito apreço pelos meus livros, dá licença).

Se você quer uma narrativa maravilhosa, provavelmente esse não é o livro pra você. Mas se quiser ler uma metáfora bastante forte para a nossa realidade, então vai fundo.
Priscila.Jardim 08/11/2018minha estante
Exatamente isso!!!


Bruh 01/01/2019minha estante
Que resenha Excelente! Você conseguiu descrever os meus sentimentos pós leitura!


Sarah (: 01/03/2019minha estante
Concordo demais, principalmente com o seu segundo ponto. Vi as notas das outras resenhas por aqui e até me surpreendi.




books7 18/04/2022

É preciso atenção pra entender as críticas
Eu li outras resenhas e eu percebi que algumas pessoas não entenderam o que a autora tava querendo transmitir com esse livro. Não é um livro fácil e tranquilo de ler, ele é escrito de uma forma pra gerar incômodo. Uma distopia onde é abordado o feminismo radical o surgimento de um matriarcado, onde o jogo se inverte e podemos ver coisas que acontecem no dia-a-dia da nossa sociedade causadas por um grupo diferente, as mulheres. A autora escreveu esse livro com um dos objetivos sendo o leitor pensar "que absurdo" e em seguida parar e pensar novamente "mas isso já tá acontecendo". Também achei muito perspicaz algumas pequenas alfinetadas da autora com "gênero de literário masculino" e um homem publicar um livro com nome de mulher para ser aceito pelos leitores, até os grandes incômodos como um homem só podendo sair de casa com a autorização de uma mulher que seja sua tutora. Outra coisa que eu vi que muitos não entenderam foi a questão religiosa, acontece que na nossa sociedade muitos homens utilizam a justificativa de que a Bíblia diz que uma mulher tem que se submissa à um homem para nos menosprezar, então a autora usou dessa cartada da religião para também inverter o jogo, como ela poderia escrever sobre uma sociedade completamente feminista com uma base religiosa fomentada por homens? Enfim um livro sensacional até a última frase.
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Karol 30/04/2022

Um livro denso e inteligente, que retrata uma nova sociedade, um certo dia, as mulheres descobrem que tem um poder, e com isso todo o patriarcado desmorona.
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Conegundes 13/12/2020

Boa ideia, porém mal executada
Simplesmente a ideia do livro é muito boa, entretanto acabei esperando mais sobre o tema que foi abordado.
Personagens foram super mau desenvolvidos e a história simplesmente não teve um fim digno (ficou muitoooo em aberto).
Até parece que foi uma grande introdução para um outro livro kkk
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Lais544 19/07/2020

Distopia ou retrato da nossa sociedade?
Em um futuro próximo de nossa sociedade as mulheres desenvolvem um poder elétrico capaz de fazer coisas inimagináveis. Mostrando, numa longa caminhada, que de repente não é mais os homens que controlam o mundo.
Essa é a sinopse e o ponto de partida de O Poder, de Naomi Alderman, que a princípio podemos levar como uma simples distopia, porém ao caminhar da história vemos algo muito mais complexo e real.
A história se passa ao redor de um evento chamado ?cataclisma?, mostrando os acontecimentos que levaram até esse momento e nos dando o vislumbre da sociedade após ele. Anteriormente a esse evento acompanhamos o surgimento do poder das mulheres capaz de eletrocutar as pessoas, acompanhando a história do ponto de vista de quatro personagens distintos, três mulheres e um homem, nos dando um panorama de como esse poder influenciou na tomada de poder do mundo pelas mulheres.
A sociedade mostrada em o poder é exatamente idêntica a nossa, exceto que o poder que é exercido pelos homens hoje em dia no livro é exercido pelas mulheres, os homens são os subjugados lhes cabendo agora a posição do ?sexo frágil?. Ao inverter os papéis fica claro o quão absurdo é a sociedade que vivemos hoje, mostrando críticas ácidas e nos fazendo pensar: as coisas são assim porque devem ser ou simplesmente pelo poder de ser?
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Luiza2634 31/03/2021

"Elas são muitas, e estão furiosas"
Um dos melhores livro do ano até agora, achei incrivel como a autora desenvolveu esse mundo e como apresentou os probelmas dessa nova sociedade que se formou.
Situações que ocorrem (e sempre ocorreram) com mulheres são tomadas como inadimissiveis e absurdas quando são cometidas contra os homens. Analisar a misoginia/sexismo/machismo desse ponto de vista foi supreendente e sim, eu passei muita raiva.
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douglaseralldo 15/06/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PODER, DE NOAMI ALDERMAN, OU CUIDADO, ÁREA DE ALTA VOLTAGEM
1 - Provocativo, eletrizante - literalmente - e polêmico, O Poder reúne os elementos primários que deram origem às narrativas distópicas e avança para além das brandas distopias deste século, construindo um cenário de desesperança e ceticismo tão impactante quanto os clássicos 1984 e O Conto da Aia numa obra que os leitores correm o risco de interpretá-la da forma mais cômoda, como por exemplo, vê-la apenas numa perspectiva feminista, porque ao cabo, o romance é bem mais duro e amplo que isso, e nos atira a um futuro distópico duplo em que a descrença vai para além do gênero, mas atinge toda a humanidade;

2 - Em síntese, a obra nos leva a um futuro longínquo, cinco mil anos após "o cataclismo", e apresenta-nos uma sociedade em espelho invertido - mas talvez não tanto - em que as mulheres controlam o mundo após a tomada de poder com a descoberta de uma poderosa força - a trama - que permitem às mulheres que não só eletrocutem, mas possam ordenar ou comandar outras pessoas por meio dessa energia descoberta. Todavia, essa inversão de controle e poder não significa propriamente melhorias no mundo, tampouco a vitória do gênero feminino, questão que trato a seguir. Tais questões desenvolvem-se então numa estrutura estética particular fazendo com que o livro habite as nebulosas fronteiras dos gêneros literários, estando tanto para o romance, como a ficção cientifica ou a fantasia, pois aqui as linhas e os limites são bastante tênues;

3 - Na verdade, necessitamos antes de mais nada observar a estrutura interna da narrativa. A obra divide-se em dois tempos distintos, criando ainda a figura do romance dentro do romance. Assim, temos a apresentação inicial a partir da troca de mensagens entre um autor, Neil Adam Armon e sua editora, Naomi, habitantes dessa "nova" sociedade daqui uns cinco mil anos, em que ele apresenta o manuscrito de seu O Poder - Um Romance Histórico, obra em que busca reconstruir então os anos que antecederam "o cataclismo" a partir de uma ficção elaborada com parcos elementos históricos de quando a sociedade controlada por homens caiu, para então a chegada do domínio das mulheres. Assim, a narrativa interna à narrativa narra-nos um futuro próximo quando esta guerra dos sexos explode de vez, fato que amplia a sensação de duplicidade, ou ampliação da distopia. No fim, voltando novamente ao futuro longínquo com sarcasmo e ironia, a troca de correspondências entre Naomi e Neil trata tanto do manuscrito quanto dessa "nova" sociedade, e tudo isso constrói um todo desolador;

+: http://www.listasliterarias.com/2018/06/10-consideracoes-sobre-o-poder-de-noami.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/06/10-consideracoes-sobre-o-poder-de-noami.html
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Tamara 25/05/2021

Distopia viciante
O livro é sobre um mundo em que mulheres começam a apresentar "poderes de eletricidade" e as consequências que isso traz para o modelo de sociedade patriarcal da época.

É um livro super sensível e forte ao mesmo tempo. Fala muito sobre feminicídio e machismo, principalmente na questão de abuso, mas sempre trazida numa perspectiva de superação. É uma distopia necessária, não só pelo tema feminista, mas para entender a conjuntura da nossa sociedade hoje dentro de uma visão dinâmica.
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Aritany 02/07/2020

Depois desse livro estou um pouco perdida
Eu não sei o que pensar sobre essa leitura, preciso pensar sobre esse livro pra poder falar sobre ele!!
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Lena e Seus Mil Hobbies 23/09/2020

Risadas amargas, ironia e raiva
O Conto da Aia com gênero invertido, mas devo dizer que não chegou a me incomodar nem a metade do que ele.
Não sei bem qual fator contribuiu para essa falta de empatia, não me senti atraída por nenhuma das causas do livro.
Na verdade, não acredito que O Poder seja um livro feminista, diferente da ideia que me foi inserida antes de lê-lo, acho que muitas vezes o livro mais espalha do que junta. Incentivando uma rivalidade de gênero de forma escancarada e plantando uma sementinha de que se as mulheres possuírem algum poder iriam fazer com os homens tudo o que eles fizeram com elas.
Uma visão claramente deturpada, do que na verdade seria o feminismo, que busca equidade de gênero, onde se procura combater o que acontece de ruim com as mulheres e não fazer as mesmas coisas com homens.
Uma história que me irritou, me enojou e que traz uma cultura machista mesmo tentando passar uma imagem de empoderamento feminino, mas na verdade é apenas uma grande piada mal contada. Eu sinceramente espero que seja uma completa ironia, porque no fundo dá para sentir sutilmente, como uma vozinha na minha cabeça "Isso é de propósito.", ela diz. É para causar impacto.
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Bella 28/10/2020

O poder
A narrativa se constrói a respeito de um poder físico que as mulheres adquiriram evolutivamente. Esse poder inverte os papéis da sociedade passando de um patriarcado para um matriarcado, relatando todo o terror que hoje é vivido por mulheres na pele de homens que deixaram de ter poder de escolha sobre seus corpos e suas vidas. Uma ótima reflexão para pensar sobre como as opressões que perpetuam na sociedade seriam vividas por quem detém poder sobre o mundo.
Ponto negativo: alto teor religioso que deixa o livro chato e compromete a fluidez da leitura
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Kaline Bogard 03/02/2021

O sonho do oprimido...
No começou achei estranho. A narrativa segue uma flexão verbal que não é muito comum. Mas aos poucos fui me acostumando e acabei mergulhando na trama. Não deixa de ser um enredo provocativo, trazendo o reverso da medalha. Oprimido se tornando opressor. O tempo todo limites são quebrados e a situação vai se tornando cada vez mais critica até ficar insustentável. Temos cenas fortes e impiedosas, de revirar o estomago. Em alguns momentos fiquei chocada com o rumo seguido, mas acredito que dentro das possibilidades foram rumos bem plausíveis. Gostei bastante de alguns personagens, foram figuras fora do clichê, com interesses pessoais e objetivos bem desenvolvidos, alguns cativantes. Impossivel não se identificar com algumas situações e pensar aquele tentador: ah, e se eu tivesse esse poder...?
Recomendo.
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Maria 24/11/2020

Na real que eu nem conclui minhas interpretações sobre esse livro, escolhi o momento errado pra ler. Provavelmente lerei ele em um futuro talvez breve talvez distante.
Eu não sei dizer porque mas eu gostei.

A troca de emails entre a autora e o pseudônimo dela: genial.
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Naty Barros 30/07/2020

Wooow! E se nós tivéssemos o poder? Como seríamos em sociedade? Como grupos? Nações? Religiões?
E se nós tivéssemos o poder?
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