Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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Dhewyd 25/12/2022

Uma Odisséia
Não tô conseguindo saber até agora se gostei muito do livro ou se não gostei da obra.

Fiquei incomodado por os mistérios não serem esclarecidos, ou melhor, o autor nem se preocupou em desvendá-los, ficando a mercê de cada leitor imaginar ou supor o que possa ter acontecido e fazer ligações entre as várias pontas soltas existentes na trama.

Trata de assuntos complicados também como sexualidade exacerbada e feitiches bem toscos.

O fantástico e surreal é constante também na obra, inclusive vários diálogos de Nakata, um dos personagens principais com alguns gatos são marcantes no livro.

Grande destaque ficou por parte de um personagem coadjuvante, Hoshino, e a sua relação com Nakata... pessoas que se encontraram fortuitamente e criaram um vínculo de extrema confiança e amizade.

Não sei se indico ou não, pois até agora o livro ainda está sendo digerido por mim, mas por hora da pra elogiar a brilhante escrita de Murakami, algumas passagens realmente profundas e marcantes e o trato com os personagens que a meu ver foi magistral.
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Pappa 28/03/2010

2 em 1
Este livro de Murakami traz 2 histórias em uma: a história de Kafka Tamura, um adolescente de 15 anos que foge de casa para escapar de seu pai e uma maldição / previsão que ele fez; e a história de Nakata, um velinho que sofreu um acidente misterioso durante a infância que tirou sua habilidade de ler e escrever (e o deixou meio bobo), mas que tornou possível que conversasse com gatos e outros dons "paranormais". As história são bem distantes, porém se tocam em alguns pontos e acabam convergindo no fim.

A meu ver a história de Nakata é muito mais interessante, misteriosa e surreal que a do adolescente. Lembra mais o estilo de Murakami. A história de Kafka também é interessante, mas acredito que seja um pouco mais "convencional", se é que alguma história escrita pelo autor pode ser denominada desta maneira.

Mais uma vez os personagens são incrivelemente bem elaborados. Nakata, Kafka, Hoshino, Sra Saeki, Oshima, Coronel Sanders, são bastante convincentes (mesmo o Coronel Sanders não sendo exatamente humano). Os melhores a meu ver são Hoshino e Nakata, muito bem construidos e cativantes ao extremo. Apesar disto a obra não se iguala aos pesonagens de outros trabalhos de Murakami (a não ser pelos dois personagens que apontei) como The Wind-up Bird Chronicle e Norwegian Wood. Está na média do autor.

Apesar da história ser bastante interessante, em outras obras dele fiquei mais preso à trama, com maior curiosidade de saber o que aconteceria a seguir. No caso da história de Nakata até tive essa curiosidade, mas ela é só metade do livro. De qualquer maneira, é uma história bem montada e que, como de costume, deixa muitos pontos de interrogação para nós, os leitores, resolvermos dentro de nós mesmos.

Em resumo, o livro é excelente, como todos que li do Haruki Murakami, porém não está entre os 3 melhores do autor na minha lista (veja que todos os comparativos que tracei foram entre livros do autor, por isso o grau de exigência é muito grande, já que todos os que li são de excelente qualidade).
Marina 04/04/2010minha estante
Pois é, o Nakata pra mim tbm foi o grande destaque! Não acharia ruim se ele tivesse um livro "solo" hhehehe


Jeff 27/10/2012minha estante
Poderia citar o teu top 3 do Murakami?


Pappa 27/10/2012minha estante
Mey top 3 Murakami:
The Windup Bird Chronicle
Norwegian Wood
Hard-boiled Wonderland and the End of the World

Ainda estou lendo 1Q84, mas ele não é tão bom quanto esses 3 de qualquer forma, pelo menos por enquanto...


Jeff 27/10/2012minha estante
Valeu! Ja vão mais algum pra lista.


Igor Nascz 30/06/2014minha estante
parabén pela resenha, disse tudo. E tenho muita vontade que Hard-boiled Wonderland and the End of the World seja traduzido aqui




anselmo.pessoal 14/02/2024

Juro que tentei ???
Se você como eu gosta de ler pelo prazer da leitura, este livro não é pra você.
Tirando os aspectos sobrenaturais, típicos desse autor, a narrativa é arrastada com muitas passagens desnecessárias que, a meu ver, só tornaram o livro mais ?grosso? e a leitura mais arrastada.
Além disso o enredo, a meu ver, confuso que tirava o eventual prazer da leitura.
Chegar ao fim, decepcionante por sinal, foi um ato de resistência.
Sei que sou exceção. Entretanto, por mais que tenha tentado, o prazer na leitura desse livro foi praticamente nulo.
Espero que isto não desestimule outros leitores.
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Flavio 29/05/2022

Fiquei muito curioso com a história relacionada a montanha e ao suposto disco voador, rs. Mas a excentricidade das outras histórias, principalmente a do velhinho que conversa com os gatos, o senhor Nakata, acaba nos atraindo e mesmo não obtendo explicações no final do livro você fica com um sentimento de que nenhum fio ficou solto, ou ao menos nenhum que fizesse falta realmente.
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DIRCE 21/10/2020

Mito, talento, magia , loucura e encantamento
Não tenho dúvidas que eu teria abandonado este livro se tivesse tentado lê-lo anos atrás, mas, felizmente, fiz a leitura no momento adequado e fui regiamente recompensada. A começar pelo ritmo de escrita: alucinante.
Quanto ao enredo...,Bem, quanto ao enredo, não vou me deter a ele.Vou me concentrar nas personagens e mencionar o que me vem à cabeça. No meu histórico de leitura, logo no início, eu disse que o livro se parecia com uma Caixa de Pandora. Concluída a leitura, reafirmo com ênfase essa minha comparação. Kafka à beira mar é realmente uma espécie de Caixa de Pandora. Uma Caixa de Pandora bem peculiar , pois dela , além de coisas malignas como o episódio macabro e cruel narrado no capítulo dos gatos, como o incesto (ou não), como crime e outros males que ora me fogem da memória, saem maravilhas como Nakata - meu personagem favorito e um dos protagonista mor - um idoso que , um dia, foi um menino prodígio, entretanto, infelizmente, sofreu os efeitos nocivos da guerra e tornou-se em um ser humano com intelecto, digamos...comprometido e , talvez, devido a sua inocência foi dotado de poderes especiais e seus feitos eram , no mínimo, surreais. Outro protagonista-mor ( pode haver dois protagonistas -mores (???) é o adolescente Kafka que deixa a casa paterna com o pretexto de fugir da cruel maldição edipiana proferida pelo seu pai, mas que , no meu entendimento, foi em busca da sua identidade, em busca de uma explicação para o seu "desconforto" e para os seus pensamentos eróticos, em busca do " colo materno", e, paradoxalmente, do seu crescimento. Mas como não é só com protagonistas mores que se faz um romance ( pelo menos não neste), eis que aparece a Sra Saeki, cujo sobrenome deveria ser SOLIDÃO e MELANCOLIA. Uma outra personagem que saiu da Caixa de Pandora (adorável, diga-se de passagem) foi Oshima que se definia como um androide, oi ?? Só se os androides forem providos do dom de acolher, abrigar, ajudar, enfim, Oshima seria um grande bem na vida de qualquer um.
E como, apesar dos pesares, nem tudo está perdido, como ainda temos motivos para acreditar no ser humano, surge também Hoshino, um motorista um tanto quanto ogro, que transfere a Nakata o afeto que nutria pelo avô, e torna-se seu guia e protetor .
Surgem ainda outras personagens tanto de seres vivos como de seres inanimados . De seres vivos surge Sakura, a jovem acolhedora e povoadora dos sonhos pecaminosos do jovem Kafka ;surge o menino chamado Corvo, que eu não conseguia visualizar como um menino, mas, sim, como uma ave ( Freud explica - já que dizem que ele explica tudo) ocorre, que li, algures, que na mitologia oriental há um corvo de 3 pernas que é considerado mensageiro dos céus , o que faz muito sentido essa presença na trama; surge a floresta, a qual Kafka enfrentou adentrando em seus labirintos, inicialmente, temeroso, logo a seguir desafiador.
Dos seres inanimados surge a cabana ,local do isolamento , surge a biblioteca símbolo do conhecimento cultural, entretanto, no caso de Kafka, eu a vi como uma analogia ao auto conhecimento, surgem um quadro e uma música que justificam o título do livro e surge uma pedra : PO-DE-RO-SA.
E voltando ao tal Caixa de Pandora ( que eu, atrevidamente, resolvi evocar para este meu louco comentário sobre um livro "muito louco") , preciso dizer que na mitologia , Pandora ao abrir a caixa ( na verdade, era um jarro) deixou escapar todos o males do mundo , mas felizmente ela também deixou escapar um único dom - ELA - A ESPERANÇA. E assim sendo, eu terminei esse MA-RA-VI-LHO-SO livro ESPERANÇOSA. Sim, porque as pessoas que se relacionam nesse romance não permanecem as mesmas, ela evoluem, se tornaram pessoas melhores - Kafka que o diga.
Kafka a beira mar é um livro que embora não tenha explicação para tudo, embora não seja um livro "redondinho" e sua leitura não seja a das mais fáceis, um livro onde o fantástico ou o surreal dele façam parte é um livro que tem o poder de um imã e tem uma leitura fluida.
Posso afirmar que Murakami não se valeu da Caixa de Pandora para escrever esse livro, ele se valeu, sim ,do seu talento, do seu conhecimento da sua visão do mundo para escrever esse livro, mas não descarto o tal pó do perlimpimpim porque eu fiquei enfeitiçada.
Camila.Szabo 21/10/2020minha estante
Fiquei curiosa!


Thiago275 21/10/2020minha estante
Que resenha maravilhosa! A respeito do Murakami, já li que a escrita dele é meio "maluca" e, por isso, nunca tive muito interesse no autor... Mas seu texto me instigou!


DIRCE 21/10/2020minha estante
Oi Camila. Dei uma espiada na sua estante, tenho quase certeza que é seu "número.


DIRCE 21/10/2020minha estante
Oi Thiago. Pelo seu perfil leitor não sei não. Mas penso que vale a pena um desafio


Camila.Szabo 21/10/2020minha estante
Oba!


Linharesmaia 21/10/2020minha estante
Adorei sua resenha! Kafka à beira-mar foi uma das minhas mais gratas leituras do ano e suas palavras ilustram bem o sentimento que tive ao ler cada página desse livro mágico!Obrigado por compartilhar.


DIRCE 08/11/2020minha estante
Olá! Linharesmaia, fico feliz em saber que consegui expressar o que senti durante a leitura desse livro. Só que esqueci de mencionar 2 protagonistas importantes: o mistério e o suspense. O modo de Murakami interromper a narrativa, intercalando-a , ora dedicando capítulo ao jovem Kafka, ora dedicando ao Nakata foi meio sádico.


Debora.Andrade 28/12/2020minha estante
Resenha perfeita


DIRCE 28/12/2020minha estante
Obrigada, Débora




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lenaschapter 22/10/2022

overrated?
o início do livro é ótimo e, pra quem tem medo da escrita do Murakami ser muito difícil, não tenha. a escrita dele na verdade foi um pontos altos do livro pra mim. um dos únicos? ?

como eu disse, o início é bom, muito intrigante e te prende bastante. depois umas coisas bem confusas e duvidosas começam a rolar, além de cenas desnecessárias que fazem o livro se tornar cansativo pro leitor.

além disso, o autor sexualiza TODAS as personagens femininas da história e me incomodou profundamente a forma como elas foram retradas. o Kafka batia os olhos numa mulher e já descrevia sobre seus seios, ou quadril, ou bunda. pro jovem extremamente evoluído que ele diz que é, acho que ainda tem que aprender a segurar o pau dentro das calças.

como se não bastasse, parece, ao meu ver, que o autor tenta passar pano pra pedofilia, incesto e estupro com cenas beeeem discritivas. absolutamente nada na história justificaria.

o resto das coisas é bem livre pro leitor interpretar, o que nem sempre me agrada. é basicamente tudo uma metáfora, o famoso ?entenda como quiser?, e isso me irritou.

Nakata e Hoshino foram o auge do livro, personagens super cativantes e queridos que me fizeram terminar o livro de fato.

acho que é isso. um dia espero ler outra obra do Murakami e terminar mais satisfeita.
edzlke 14/02/2023minha estante
Li pelos capítulos do Nakata. Sério, que personagem INSUPORTÁVEL foi esse Kafka. ?Ain, pq eu sou mt forte, porque metáforas e isso é aquilo? ah, por favor, menino, vai pra escola




luizguilherme.puga 25/02/2020

Dois personagens formidáveis que vivem no mesmo bairro, que tem algo em comum em suas trajetórias, que não se conhecem, mas que tem seus caminhos cruzados quando partem ambos em busca de autoconhecimento. Murakami elevando a outro nível o realismo fantástico em uma obra apaixonante e que a gente não consegue largar.
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AventureiroLiterário 10/10/2023

Como sempre, ler Murakami é uma jornada
De todos os autores japoneses que já li, Murakami sempre se destacou por uma série de motivos: Sua escrita é bem crua e expressa sentimentos e a natureza humana como ela é, sem romantizar ou florear as cenas. Por vezes, sua escrita também é bem filosófica, deixando sempre tudo muito aberto para a reflexão. E Kafka à beira-mar, obviamente, reúne tudo isso e um pouco mais.

Assim como o título dessa resenha, mais do que nunca aqui, ler Murakami é uma jornada. Eu nunca sei o que esperar quando estou lendo um livro dele, pois sempre acabo encontrando situações imprevisíveis. As vezes, essas situações parecem ter sido concebidas no meio de uma viajadas no LSD. Situações do tipo em que você nunca tem certeza se o que ele está descrevendo de fato é o que está acontecendo com os personagens, ou tudo é uma grande metáfora. Murakami tem essa pegada de realismo mágico sempre muito presente em seus mundos.

Foi interessante acompanhar simultaneamente a história desses dois personagens e ver como tantos acontecimentos bizarros e, aparentemente sem conexão, vão se interligando até o final. Essa é uma das coisas que mais gosto quando estou lendo Murakami, como ele amarra tudo e cria essas pontes de conexão.

Apesar de ter me divertido durante a maior parte do livro, houveram alguns pequenos momentos em que fiquei um pouco entediado. Mesmo com a capacidade dele em tornar todo um capítulo que é basicamente o dia cotidiano de um personagem em uma leitura interessante, houveram momentos em que eu só queria saber o que iria acontecer no final e seguir em frente.

Como é costumeiro, Murakami não dá todas as respostas e deixa muita coisa aberta para a própria interpretação do leitor. Aqui isso também acontece, mas a um nível bem maior do que a trilogia 1Q84, que havia lido anteriormente. Eu realmente gostaria de ter tido um pouco mais de explicações para certos acontecimentos dentro do livro, em especial, para o Incidente da Montanha Tigela de Arroz.
Apesar de tudo, ainda gosto bastante do autor e planejo continuar lendo seus livros futuramente.
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Iris.Buoro 23/04/2022

Péssimo livro! Não recomendo para ninguém
Li esse livro até o final (pra poder falar mal com propriedade) e realmente não consigo entender como as pessoas gostam dele. Me parecia a escrita de um menino de 12 anos que enxerga todas as mulheres do mundo (incluindo as da sua família) como objetos sexuais que existem para agradá-lo. Literalmente a primeira descrição de todas as mulheres que aparecem no livro é sobre os seios dela. Magicamente, todas elas gostam do personagem principal, mesmo sendo ele totalmente desinteressante (para dizer o mínimo).
Claramente Murakami tem visões bem deturpadas sobre o consenso em relações sexuais, descrevendo por páginas e fetichizando estupros e abusos com naturalidade, ou apenas dizendo ?foi tudo apenas um sonho?.
Tirando isso, a história é completamente irrelevante com personagens rasos. O realismo mágico é apenas colocado na história e muito mal desenvolvido. As frases filosóficas são apenas jogadas entre uma frase e outra, de maneira totalmente forçada. O único ponto positivo que encontrei foi ter uma leitura fluída e fácil de ler, mais acessível para leitores iniciantes. Não conigo entender como esse livro e esse autor fazem tanto sucesso?
Realmente não recomendo essa leitura para ninguém!
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Rodrigo 28/05/2019

KAFKA À BEIRA MAR
Um dos melhores livros do Haruki Murakami, com um dos melhores personagens já criados por ele.
Lirismo encantador através de histórias fantásticas que se cruzam, e a arte de se criar bons personagens.
Recomendo muito. Todos deveriam sentir a leveza que é ler Murakami.
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Leticia 24/05/2021

"não-sei-o-que-o-autor-quis-dizer-com-esta obra..."
...E isso não incomoda.
Tirei meia estrela pq queria que meu personagem favorito tivesse um final mais do que feliz mais nem sequer entendi o que rolou com ele...

Esse foi meu único incomodo, mas a passagem que kafka explicam pq gostou do "O mineiro" me deixou avisada sobre esse livro.
Eu não entendi varias coisas mas eu refleti tanto em tantas passagens desse livro, que penso que A jornada contou muito mais do que qualquer conclusão.
E no fim parece que esse era o objetivo.
É um livro bonito, confuso, gráfico, poético, musical... Enfim é uma experiência.
A gente não precisa entender tudo.
Diego 29/05/2021minha estante
bela resenha




Márcia Regina 15/11/2009

"Kafka à beira-mar", de Haruki Murakami

Uma Alice masculina fugindo de casa em um momento de descoberta sexual? Cassandras, Édipos, gatos falantes, chuvas de peixes e sanguessugas, seres divididos buscando razões e completudes, fantasmas, adultos que não cresceram, sonhos, pesadelos, profecias, maldições... Temperando tudo, o terror e a ternura em doses exatas que escapam do lugar comum.
Como resultado, uma salada de frutas deliciosa. O livro prende do início ao fim.

Kafka Tamura é um menino de 15 anos em busca da mãe e da irmã desaparecidas. Ele foge de casa, de uma profecia maldita e de um pai no mínimo estranho.
Nakata é um homem idoso, vítima de um acidente que sofreu aos nove anos e cujas seqüelas nunca conseguiu vencer. Ele tem uma tarefa a cumprir. Para isso, conta com a ajuda de Hoshino, um homem adulto que serve de elo e de caminho.

Considerei Nakata perfeito, um personagem quase maravilhoso, minha Cassandra masculina, mas fiquei pé atrás com Tamura. O menino não me convenceu. Aparecendo quase como pequeno gênio em alguns momentos, em outros demonstra desconhecimento de mitos primários, os quais são explicados por Oshima (na verdade, é ao leitor que Murakami explica os mitos, e isso irrita um pouco).
Aliás, nas explicações básicas é que o livro balança. São explicações demais. É onde o acho mais distanciado do mundo literário japonês. É onde, para mim, o livro mais perde.

Ao explicar tanto aspectos que o leitor por si só poderia deduzir, acaba por nos tornar preguiçosos, seguimos simplesmente, sem buscar novos sentidos que, sem dúvida, estão camuflados em quase todos os trechos.

Posso dizer que gostei muito, a leitura flui e entramos noite adentro envolvidos pelo universo das histórias de Murakami, mas o livro mereceria uma releitura. O problema é que a preguiça que o texto explicado demais cria no leitor dificulta a retomada.
Acaba classificado como um livro muito gostoso de ler... E ele é mais do que isso.
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11/01/2021

Polêmica! Há quem ame, há quem odeie. Mas não há quem não ache nada desse livro. Eu particularmente achei que ia odiar kkk mas acabei amando, exceto pelas pontas soltas ao final do livro, mas que tornam a leitura ainda mais ?única?. Não é pra entender, não é pra buscar um fim. Apenas Murakami-se ?. Só uma coisa a dizer: como alguém consegue pensar em tudo isso, cara? A criatividade desse homem não encontra limites. Se você não gosta de umas viagens malucas, pule! Kkk
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Caroliny 08/05/2021

que pornô
Se fosse só sobre os personagens Nakata e Hoshino, teria sido tão melhor... Detestei essa fanfic pornô de Édipo Rei. E eu AMEI Caçando Carneiros e os contos do Murakami, mas esse aqui eu não estou conseguindo defender... 3 estrelas pela historia paralela do velhinho. Já a do rapaz de 15 anos, só me fez pensar ?pra que, meu Deus? Qual foi a necessidade? Qual a lógica? Acaba logoooo?.
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