Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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Gleison Marques 17/12/2023

Vai implodir sua cabeça de dentro para fora
Kafka Tamura é um rapaz de 15 anos que foge da casa onde mora com o pai, em busca da mãe e da irmã que o abandonaram quando pequeno.
Nakata é um senhor que vive sozinho com uma pensão ínfima do governo, ele não sabe ler, nem escrever e também não guarda suas próprias lembranças, mas, que após um acidente na infância, ganha a habilidade falar com gatos.

Ambos personagens irão enfrentar suas próprias odisseias, que envolvem maldições e missões quase épicas, que inevitavelmente estão entrelaçadas, na busca por enfrentar um mal que percorre o mundo dos vivos e dos mortos. No caminho, contarão com a ajuda de pessoas maravilhosas, que serão essenciais nas suas jornadas e que acabarão elas mesmas envolvidas em autodescoberta e transformações.

Esse livro é um acontecimento! A história começa devagar, sem, contato, ser algo arrastado, pois, o ato criador do autor é poético e fluído. Há aqui, fortes referências às tragédias e epopeias gregas, aliadas ao realismo mágico e com o cenário idílico de uma anime do estúdio Ghibli. É fácil se perder nessa floresta de letras e ideias e ao acabar o capítulo ter a sensação de ser arrancado para a realidade opaca da vida cotidiana.

Amei caminhar com o Kafka pela floresta da cabana e com Nakata e Oshino pelas ruas do Japão, resolvendo, cada um a sua maneira, os mistérios que a vida lhes deu, mesmo que alguns permaneçam para sempre apenas mistérios.
cris 19/12/2023minha estante
Independente de não ter alcançado suas metas! Meu amor é um incrível leitor, sensível e único! Parabéns para conclusão de mais um leitura, acompanhei o processo, desde o o embarque para o Japão das aventuras do Kafka Tamura até às voltas para a realidade com asdúvidas de tantos mistérios! Ahhh sei que foi incrível ??


Gleison Marques 19/12/2023minha estante
Obrigado meu amor ? só você mesmo pra ter paciência em me acompanhar nas loucuras literárias que embarco ??


cris 19/12/2023minha estante
É um prazer ??


C Henrique 10/01/2024minha estante
Muito bom esse livro.




Henrique Fendrich 02/02/2020

Este foi o primeiro Murakami que li. Creio que entendi um pouco o fascínio que ele provoca e que faz com que ele seja atualmente um dos autores mais populares da literatura mundial.

Sua linguagem, ainda que considerando o processo de tradução, é ágil e pode-se dizer até vertiginosa. Ele não se perde em descrições excessivas e faz bom uso do recurso dos diálogos (ainda que, vez ou outra, as conversas pareçam mais eruditas do que seria verossímil).

Também joga muito bem com o recurso do suspense, o que fatalmente desperta o interesse e prende a atenção do leitor. São vários fios narrativos correndo de forma paralela e o leitor fica interessado em saber como eles poderão se entrelaçar lá na frente.

O fato de também criar situações fantásticas e absurdas é, apesar do estranhamento que pode provocar, mais um aliado na tentativa de se conquistar o leitor, já que ele passa a querer seguir adiante na leitura para verificar de que maneira tudo isso poderá ser explicado ao final (ainda que essas explicações provavelmente não sejam tão racionais e o mistério permaneça).

Entre os ingredientes favoráveis ao seu sucesso estão ainda as referências à cultura pop, uma certa dimensão filosófica, alguma dose de humor, a presença de alguma história de amor e alguns episódios de sexo. Soma-se a isso a criação de um personagem singular e marcante (não o protagonista, mas o velho Nakata).

Como eu já imaginava, o autor não resolve, ao final do livro, os mistérios em que se sustenta a trama, o que sempre dá margem para discussão e debate dos leitores, favorecendo, ainda dessa vez, o seu sucesso.

Como diz um personagem, já perto do final do livro, “Se as palavras não conseguem descrever corretamente os fatos, o melhor mesmo será não tentar explicá-los de maneira alguma”.

Parece ter sido essa a lógica seguida por Murakami neste livro. Como disse, lê-se com facilidade o livro, mas há sempre o risco de que o leitor se perca conforme os absurdos se sucedem. E mesmo esses ingredientes favoráveis podem sofrer desgaste pela extensão da obra.

Não sei até que ponto tudo isso se reproduz nos outros livros do autor, mas em alguma medida elas não devem estar restritas a “Kafka à beira-mar”.
Maria 02/02/2020minha estante
Não estão. Inclusive ainda não li "Kafka à beira mar", mas quero ler.


Henrique Fendrich 03/02/2020minha estante
Duvido que não estejam. Os outros comentários não são de um livro que destoa do resto da produção dele.


Henrique Fendrich 03/02/2020minha estante
Ah, sem falar que gatos desempenhar um papel importante na história!


Henrique Fendrich 03/02/2020minha estante
Ah, sem falar que gatos desempenham um papel importante na história!




Marcia 23/06/2022

Minhas impressões sobre o livro
Esse livro bem difícil para mim.
Um livro cheio de metáforas e trechos filosóficos. Gostei dos personagens, principalmente do sr Nakata, mas entende-los foi complicado, não conseguia "monta-los".
Dois pontos do livro que não gostei:
* o capítulo sobre o sr Nakata, um senhorzinho simples que apresenta certa dificuldade intelectual. O sr Nakata consegue falar com gatos e com esse dom, ele procura gatos perdidos para devolve-los as suas famílias. Um dia, ao procurar uma determinada gatinha, descobre um homem que mata gatos. Nesse capítulo o escritor narra como o homem mata os gatos. Terrível! Horrível e repulsivo.
* O segundo ponto que não gostei foi narrar momentos íntimos de um casal, totalmente desnecessário. O livro não precisa dessa descrição, achei apelativo. E esses dois também me incomodaram, estilo tragédia grega e não gostei.
Bom, resumindo, achei complicada a leitura, tive que retornar vários trechos, ler e reler para entender. E nem sei bem se entendi tudo que o escritor quis passar.
Talvez eu não tenha base para esse tipo de livro, não sei....
Valeu ter lido o livro todo pois aprendi muita coisa, tanto sobre o Japão como sobre pessoas e despertou boas reflexões. Vejam dois exemplos:
"Perguntar é passar vexame momentâneo. Não perguntar é passar vexame a vida inteira."
" O presente puro é o inapreensível avanço do passado a roer o futuro. Para falar a verdade, toda percepção já é passado..."
Valeu! Pretendo ler um outro livro do Haruki para conhece-lo melhor.
#leituraconcluída2022
Sinopse da editora:"Kafka à beira-mar é um dos romances mais ambiciosos do escritor japonês Haruki Murakami, e uma das mais surpreendentes obras da literatura contemporânea. Centrado na jornada de dois personagens, é um livro imaginativo, com referências que vão do mundo pop japonês às tragédias gregas. Kafka Tamura é um solitário menino de quinze anos que decide fugir da casa do pai para escapar de uma terrível profecia, além de tentar encontrar a mãe e a irmã, que partiram quando ele ainda era criança..."
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Erich Alves 20/10/2022

O mundo é uma metáfora, Kafka.
Nunca li nada parecido com Kafka à beira-mar. Com certeza é o livro mais bem escrito que já li. A narrativa de Haruki Murakami é poesia pura. Não é o meu primeiro livro dele, mas com certeza é o melhor. A história em si é linda. Recheada de metáforas, a história da jornada de Kafka Tamura é uma bomba de ensinamentos valiosos para a vida de qualquer leitor. Apesar de ser um pouco monótona em alguns momentos, a trama de Kafka à beira-mar mostra-se muito fluida e cativante. Com personagens ótimos e uma narrativa impecável, Kafka à beira-mar entra no meu pedestal particular de obras que ?ninguém nunca conseguiu fazer igual?, juntamente de Neon Genesis Evangelion e as obras de Clarice Lispector. Leiam Murakami. Leiam Kafka à beira-mar.
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Fabio.Nunes 16/11/2023

Original
Kafka à beira-mar - Haruki Murakami
Editora: Alfaguara, 2022

Isto aqui me tirou completamente da zona de conforto. Trata-se de um calhamaço japonês de realismo mágico-psicanalítico.
Nele, acompanhamos a história de Kafka Tamura e Nakata. O primeiro, um menino de 15 anos que resolve fugir de casa, onde vivia com seu pai, numa busca desconhecida até mesmo para si próprio. O último, um idoso que quando criança sofreu uma espécie de acidente ?mágico? que o deixou mentalmente deficiente mas com a capacidade de conversar e entender gatos.
Um romance com narrativa bem cadenciada, mas, ao mesmo tempo, fluida, que me capturou após alguns minutos de estranhamento inicial. Realmente a experiência para mim foi imersiva.
Quanto à história e ao contexto, sem apresentar spoilers só posso dizer que se trata de uma obra tipicamente surrealista, em que o autor não se importa em deixar pontas soltas (e não são poucas) e onde o leitor é convidado a interpretar os acontecimentos, tal qual fazemos diante de um sonho.

Acompanhar Kafka Tamura foi estar diante de um jovem assolado pelo trauma do abandono e que no fundo, a pretexto da busca por sua mãe e sua irmã, tenta encontrar a si mesmo. Um personagem que me cativou por viver de maneira extremamente ordenada, obsessivo pelo medo de perder o controle de si e, por isso mesmo, vivendo dentro de muros psicológicos que o isolaram do mundo.

Enquanto os capítulos referentes a Kafka são apresentados em primeira pessoa, os de Nakata já são em terceira (narrador onisciente).
Nakata é o tipo de personagem que desperta carinho, piedade e respeito do leitor; e é com ele que ficam os maiores questionamentos e pontas soltas.

Claramente Murakami não estava se importando em entregar um romance bem explicado, tampouco com final definido, o que sugere que o leitor deve focar a leitura no caminho tomado pelos personagens, no seu processo de transformação, e não nas suas conclusões; talvez uma metáfora para nossa própria vida.

Se você possui um viés artístico nato ou já possui experiência imaginativa ou conteúdo terapêutico ? essa obra é para você!
Mas se você procura por uma obra mais acabadinha, sem pontas soltas, recomendo deixar para depois esse livro.

Única coisa que dá pra ter certeza: Murakami fumou uma "diamba forte" pra escrever esse livro rsrs.
Recomendo.
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birdy 22/03/2023

Uau
Nossa, que experiência! acho que me conectei com esse livro a nível espiritual kkkk mas quantas loucuras e doideiras? em algumas cenas, meu cérebro convertia o que eu estava lendo para imagens animadas automaticamente, como se fosse um anime ou mangá! (as vezes sem querer eu imaginava o Kafka como aquele menino do Evangelion kkkk embora a descrição dizia que ele tivesse cabelo curto, bem rente). enfim, sentimentos ambíguos sobre o fato do autor deixar em aberto alguns acontecimentos, porque abre espaço pra gente viajar no que pode ter acontecido, mas ao mesmo tempo eu quero SABER o que realmente aconteceu, e os fatos verdadeiramente, porém Murakami apenas foca na história dos personagens, deixando totalmente pra segundo plano o que tornaria o livro uma ficção científica, embora não deixe de ser.
mas sério, muitas interrogações? acho que acaba dando pra deduzir o que aconteceu, nada além disso. eu gostei muito e recomendaria, embora algumas partes sejam arrastadas até demais, eu consigo compreender a obra como um todo e tentei apreciar o máximo que consegui a leitura.
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Lincoln Couto 18/05/2022

"Pensar seriamente sobre coisas loucas é perda de tempo"
Acho bom começar essa resenha definindo para que tipo de público essa obra se destina, pois isso pode ajudar pessoas a se livrarem de possíveis frustrações com o livro.

Esse livro é uma obra que mergulha profundamente no chamado "realismo mágico", um gênero literário que mistura eventos fantásticos com a realidade sem nenhuma necessidade de uma explicação lógica "porque diabos está chovendo sardinhas, e porque estão agindo como se isso não fosse nada de mais?" Porque sim.
E não é um "porque sim" pobre como se o autor escrevesse o que viesse a telha sem saber criar coesão no texto, mas sim porque nesse gênero literário o porquê não é o importante, e sim a jornada que esse evento caótico leva, além de ser repleta de metáforas, subjetividades e elementos por vezes abstratos.

Dito tudo isso quero estabelecer uma clara linha do que o livro vai te apresentar:
Eventos aparentemente sem nexo, cenas aparentemente sem necessidades, núcleos da história aparentemente sem explicações.

E digo aparentemente porque é aqui que vamos distinguir para quem esse livro é destinado e para quem não é.
Pessoas mais objetivas, que necessitam de uma clara explicação e de uma lógica bem definida para as histórias, que não gostam, ou tem dificuldades de entender coisas mais subjetivas e abstratas provavelmente não vão gostar desse tipo de livro. E isso de maneira alguma é um problema, existem vários gêneros e tipos de literatura diferentes que servem a diferentes gostos e tipos de pessoas.

No meu caso me encontro no público para que a história foi destinada. Me interessei em ler a obra justamente pela minha paixão no gênero de "Realismo Mágico", e esse livro foi como desfrutar de um belíssimo banquete recheado de metáforas, simbolismos, mistério e principalmente subjetividades que tornam esse livro extremamente complexo, no bom sentido, e cheio de camadas para interpretações. Esse não é um livro para se ler ao pé da letra.

Apesar de toda essa complexidade no sentido e na mensagem do livro, a narrativa por sua vez é extremamente fluída e cativante ao meu gosto. Uma história bem rítmica e que apesar de ser uma história "simples" com pitadas de elementos "sem nexo" formam uma história rica de mensagens, rica em construção de personagens, e riquíssimo em diálogos, monólogos e divagações filosóficas. Além de traçar paralelos com obras clássicas como "Édipo Rei", referências ao estilo Kafkiano, a obras de música clássica, além de referências da cultura japonesa que gostaria de conhecer mais a fundo.

Ao escolher ler e aproveitar esse livro se desprenda dos "porquês" e deixe-se ser guiado pela jornada em si, e aprecie cada detalhe do caminho.
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Nina 29/08/2022

Esse foi lido bem demoradamente, uma jornada, assim como a de Kafka e de Nakata.
A escrita do Murakami é extremamente poética, amo o jeito que ele descreve sentimentos e expressões. Não pude deixar de sentir também uma certa solidão vinda de cada personagem individualmente, essa solidão se estendeu a mim as vezes, como se eles e eu fôssemos um só.
Mas são só metáforas, como eles disseram, "o mundo é uma metáfora".
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Maria 26/08/2023

Surpreendente, encantador e um tanto estranho
Esse livro é diferente de tudo que eu já li. O Haruki Murakami tem uma escrita fantástica (em todos os sentidos da palavra), a construção dos personagens é maravilhosa e apesar de algumas coisas ficarem sem explicação, isso não tira o encanto/magia do livro. Fiquei apaixonada pelo Oshima e Nakata, eles têm visões de mundo incríveis e são completamente diferentes, creio que o autor quis "brincar" com esses extremos. O Kafka Tamura é um adolescente bem diferente, não entendi muito bem o complexo de Édipo que paira sobre ele mas... enfim. Confesso que algumas passagens me causaram desconforto, porém valeu a experiência. Com certeza lerei outras obras do Murakami.
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Fabinho-vs 26/01/2023

Reflexivo
A obra de Murakami é densa e confusa, dois personagens aparecem e você não sabe nada deles, as histórias vão se desenrolando em presente e lembranças e tudo é muito confuso de início. Conforme conhecemos os personagens, suas habilidades, seus medos, seus anseios e seus objetivos vamos entendendo o porque ambos agem como agem. Quanto mais conhecemos os personagens, mais os próprios se entendem e vivem numa incessante busca por um objetivo. O livro é uma grande reflexão sobre a vida e sobre os momentos que vivemos.
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GilbertoOrtegaJr 12/02/2016

Kafka à beira-mar- Haruki Murakami
Entre minhas amigas, que gostam de Haruki Murakami, existe um desentendimento, ou melhor falta um consenso, sobre qual é o melhor livro do escritor japonês Haruki Murakami: uma prefere o livro com viés mais realista do autor, como Norwegian Wood, já a outra prefere o Minha querida Sputnik, e por aí vão se diversificando qual é o melhor livro produzido por ele. Dos cinco livros que li do autor até agora (a trilogia 1Q84, Norwegian Wood, e Kafka à beira mar) o melhor foi sem dúvida alguma Kafka à beira mar, então vamos ao enredo do mesmo.

Kafka Tamura é um menino que foi abandonado ainda pequeno pela mãe, ela fugiu de casa levando sua irmã, deixando ele com seu pai. E é também desde pequeno que ele ouve a seguinte profecia do seu pai: Um dia você irá matar seu pai e dormir com sua mãe. Para escapar desta profecia aos 15 anos ele decide fugir de casa, se preparando de forma física e mental para sobreviver sozinho em outra cidade, que ele conhece apenas pelo nome.

Nakata é por sua vez um personagem de sessenta anos, analfabeto, e mantido com uma pensão pelo seu irmão. Na sua infância ele era uma criança muito inteligente, mas um estranho acontecimento fez com que ele ficasse em uma condição próxima a alguém que problemas mentais em grau leve, mas apesar disso ele é capaz de falar com gatos e nas suas horas vagas ele trabalha procurando gatos perdidos.

Mesmo Kafka à beira mar ser em uma enorme parte um romance de formação (com toque sobrenatural e uma lógica bem peculiar em jogo, ou melhor em foco narrativo), eu realmente gostei da beleza com que Murakami consegue mostrar o crescimento e amadurecimento de Kafka, de como aos poucos as convicções e opiniões do personagem vão se tronando muito mais firmes e seguras, ao passo que as mesmas quando deparadas com novas situações ou outras formas de encarar a situação vão se transformando, sem medo do amadurecimento.

Também achei um prato cheio os relacionamentos que se constroem ao longo da narrativa; Kafka com Oshima e a Sra. Saeki, que em muitos aspectos me trouxe várias contribuições culturais. Ou o caso de Nakata e Hoshino, que à primeira vista parece que não dará certo, mas logo fica claro o quanto há de poder na aceitação daquilo que não podemos compreender. Estes relacionamentos existem ao longo do livro e me fazem perceber algo que muitas vezes me esqueço: de que o nosso crescimento se dá enquanto relacionamos com o outro; afinal, diálogo, respeito, e afeto de nada vale a uma pessoa sozinha.

É claro que não é só por aquilo que aprendi com o livro que o acho ótimo, mas também pela capacidade do autor de criar várias subtramas sem se tornar confuso ou dar a impressão de que está enrolando, outra coisa que gostei muito é que cada cena tem sua força própria dentro da narrativa, não é daqueles livros que dão a impressão de que tudo está em crescimento para que no fim seja apenas um arremate do grande final. Estes fatores fizeram com que eu devorasse o livro. O mundo de Murakami foi para mim uma viagem deliciosa, seja enquanto entretenimento, seja como aprendizagem. Este é um livro que vale muito a pena ser lido o quanto antes, seus personagens são cativantes e no fim fica a sensação de que houve um belo aprendizado sobre crescer, amadurecer e se relacionar com o outro.

Ainda em tempo: muita gente se queixa de algumas coisas que ficaram pendentes ou da lógica própria do autor nos detalhes sobrenaturais, acho que quem não exigiu as devidas explicações quando surgiram as primeiras estórias com toques sobrenaturais está meio atrasado para exigir um manual de funcionamento agora, ainda mais se levar em conta aquilo que Kafka nos ensina ao longo desta narrativa: a capacidade de aceitar aquilo que não podemos mudar, e sobretudo a capacidade de nos adaptarmos a isso de modo a interagir e conviver de forma harmônica.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/02/12/kafka-a-beira-mar-haruki-murakami/
Nanci 12/02/2016minha estante
Olha! Ainda não tinha me animado a ler Murakami...


GilbertoOrtegaJr 12/02/2016minha estante
Animou ? eu e ele nos damos bem pq nunca espero nada genial dele, só algo acima da média :)


Jenifer 12/02/2016minha estante
depois dessa resenha, fiquei com muita vontade de ler :}


Ladyce 06/05/2016minha estante
Estou à beira de ler... tenho me tentado não me desiludir com Murakami. Fiquei absolutamente encantada com a trilogia 1Q84, como você bem sabe. Depois li Norwegian Wood... completamente diferente e delicioso. Tenho medo de me desapontar como já aconteceu com outros escritores. Mas olho todos os dias para Kafka à beira mar e digo "ainda não". Talvez tenha chegado a hora. Bom saber que de todos os que você leu, este é o melhor.




Thami 19/11/2009

Um ótimo livro, cheio de histórias e bons diálogos... diálogos diversos...
Coisas inexplicaveis... gatos que falam, chuvas de coisas que não deveriam cair do céu, lugares onde não é todo mundo que se pode chegar e que o tempo pára (?), mitos que se confundem com a realidade de um rapaz tão jovem e decidido a fugir para qualquer lugar.
Gosto do livro e da profundidade que ele tem de realmente conhecer o personagem.

Não tem como não gostar do Nakata e se chocar sobre coisas que acontecem com ele, ao redor dele...
Quantas vezes eu parei para admirar a simplicidade desse personagem, e apesar de sentir pena dele me via querendo ter um raciocinio semelhante, sobre algumas coisas (sério mesmo, mas larguei de mão em determinado trecho do livro onde ele comenta sobre sua 'deficiencia' e acaba com meus sonhos, me botando de volta na realidade cruel ;/).

Meio que levanta a tese de que se algo vai acontecer, não tem como fugir, é assim que deve ser.
Por vezes a fio eu me confundia achando que algo ali realmente poderia ser real, mas que "pessoas normais" não poderiam enxergar... talve esse seja o mundo de Murakami.
O afeto entre desconhecidos e a falta de afeto entre pessoas da própria família - indiferença, na verdade; A solidão vista com outros olhos; Histórias que se entrelaçam entrem pessoas que jamais se cruzaram; Amor e desejo; Destino.

Enfim, é um ótimo livro, tem uma história bem longa, mas muito interessante.
Os pontos demoram para se juntar, são pequenas peças de um grande quebra cabeça, confuso e perturbado. Diversas coisas sem explicações, nada funciona realmente numa lógica, muito pelo contrario. Ainda resta inventar algumas teorias para determinadas coisas, mas sinceramente, é melhor não pensar muito no assunto porque não há uma resposta.
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Helena749 03/01/2021

...?
talvez murakami não seja meu estilo, talvez eu tenha criado expectativas e esperado por algo mais como minha querida sputinik ou floresta norueguesa, que são livros que eu gosto, ou talvez eu não tenha tido sensibilidade o suficiente para conseguir apreciar uma obra complexa, mas a impressão que eu tive é que essa história apenas dá voltas desinteressantes e me obriga a continuar porque preciso de explicações, que ao final não encontro. em vez de deixar um sentimento inconclusivo bom, apenas me sinto entediada pela leitura. pretendo ler mais livros do murakami porque o acho interessante, mas esse livro em questão, tal qual crônica do pássaro de corda, não foi bem a leitura que eu estava esperando.
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Tony 21/04/2020

Kafka
Imaginário japonês, com monstros, fantasmas e tudo que uma boa lenda deve conter.
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Paulo 29/01/2021

Um dos melhores livros que eu li do Murakami até hoje junto de Sono e Tsukuru Tazaki

Depois que você pega o ritmo da leitura é difícil soltar o livro, tanto a história do Kafka quanto a do Nakata e do Hoshino te seguram até o fim do livro

A leitura com os capítulos alternando de perspectiva só melhora ao longo do livro e deixa a leitura mais fluida

É impossível ler esse livro e não amar a história do Nakata e do Hoshino
Juliane 23/04/2021minha estante
Eu estou apaixonada por Nakata e Hoshino. E todo o resto está se misturando dentro de mim ainda sem muita explicação. Sensacional essa obra!




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