Fuinha1 26/05/2022
tive cinco tipos de aneurismas e não me recuperei
Primeiramente, pra ler esse livro esqueça a ideia de tentar solucionar o mistério que rodeia os personagens. Tudo, absolutamente tudo, é simbólico e metafórico. Interprete do jeito que te seja mais conveniente, não importa. Geralmente eu não tenho problema com esse tipo de leitura, mas essa aqui me incomodou demais, demais.
O jeito como todas as personagens femininas são sexualizadas, a questão de incesto, de estupro, "real" ou não, a pedofilia (porque o Kafka É um adolescente de quinze anos), a forma com que as frases filosóficas eram jogadas e discutidas quase que sem pé nem cabeça... Ai, é tanta coisa kkkk muitos capítulos tive que pausar a leitura de tão enojada e desconfortável que ficava.
Além do fato de que o Kafka é um dos protagonistas mais sem sal que já li. Eu entendo que é uma questão delicada, já que ele mesmo tem uma grande profundidade, porém era uma falta de entusiasmo, de personalidade em si, que desanimava total. No final, eu só prossegui por conta do Nakata e do Hoshino, que salvaram completamente o livro para mim. Não conseguia nem atribuir mais significado a nenhuma metáfora debatida, de tão xoxa que fiquei do meio pro final. O único personagem com o qual eu conseguia ter algum tipo de vínculo era o Hoshino, uma vez que parecia que apenas ele era realmente um humano, sem entender nada do que lhe acontecia ao redor, motivado meramente pela afeição que desenvolvera por Nakata: literalmente eu lendo esse livro hahaha. Todo o resto pareciam que tinham mestrado em fisolofia, artes cênicas, sociologia, direito, política, etc; chegava a ser engraçado como esse pessoal apenas "decidiu que iria abandonar a escola e morar numa biblioteca tal como num filme do estúdio Ghibli".
Enfim, me arrastei pra terminar esse aqui, viu. É tanto, mas tanto simbologismo que você já começa a questionar sua sanidade mental kkkkkk esse livro não me Kafkou não, infelizmente.