@ARaphaDoEqualize 29/03/2011
[Resenha] Amante Sombrio
Resenha Escrita Para o Blog gliteryinthemirror.blogspot.com
Esqueçam tudo que vocês andam lendo sobre vampiros até agora, por que esses são vampiros completamente diferentes. Nada de brilharem na luz do sol, beberem sangue de animais e coisas do tipo. Aqui somos apresentados a um novo mundo dos vampiros, que são lindos, másculos, fortes, charmosos, que têm uma percepção de fidelidade imensa, uma obsessão, amor e cuidado pelas suas fêmeas, que fazem qualquer leitora suspirar e querer estar no lugar.
Nesse primeiro livro, J.R Ward nos apresenta aos poucos os seis vampiros lindos, fortes e combatentes que fazem parte da Irmandade da Adaga Negra, a sociedade defensora dos vampiros contra os Redutores, mas o destaque é para o legítimo rei da espécie.
Wrath é o último vampiro sangue puro, o que faz dele o cara, apenas por isso. Mas há tão mais na personalidade dele do que isso. A característica aparente dele com certeza é a sua imagem: uma imagem bastante intimidadora. Particularmente, não acho muito bonitos os homens de cabelos longos, mas a aparência do Wrath que eu criei na minha mente é de um homem bonito exatamente assim. A aura ao redor de si costuma assustar as pessoas como um aviso “Não chegue perto. Eu mordo.” E no sentido literal da palavra. Ele é encantador, de um jeito sombrio. Tem um gênio forte e uma expressão “Não ferre comigo por que vai ter volta, e vai doer. Em você.” Sim, os sinais em volta dele são silenciosos, mas muito presentes. Ele também veio perdendo a clareza da visão com o tempo, e constantemente usa óculos escuros para proteger os olhos.
Wrath sempre fora muito fechado e reservado. E sempre recusou assumir o trono que era seu por direito. E devido a isso, o posto ficou vazio durante séculos. Quando em uma noite, com o pedido de um dos membros da Irmandade, Darius, ele se vê frente a frente a uma missão que sem pensar duas vezes, ele se recusou a realizar. Ele estava decidido a esquecer do pedido como se nunca o tivesse sido feito, mas algo inesperado ocorre. Na mesma noite, quando Darius entrava em seu carro, ele explode. Um redutor planta uma bomba no carro dele, ligada a ignição. Esse acontecimento deixa os Irmãos furiosos, como era de se esperar. Eventualmente, o ocorrido faz Wrath mudar de idéia sobre o pedido de seu – agora – falecido amigo.
E então, nos vemos apresentadas a Elizabeth Randall, para os íntimos, Beth. Beth é uma jornalista que trabalha no Caldwell Courier Journal. Ela não faz idéia de quem foram seus pais verdadeiros, e nunca fora próxima de seus pais adotivos. Depois dos sinais da sua pré – transformação começarem a aparecer – mesmo ela não sabendo o que significava – ao voltar pra casa, é abordada por dois jovens em uma tentativa de estupro, mas consegue fugir do que seria um trauma permanente. Tendo em mente que tinha trancado a porta, surpreendeu-se ao se deparar com um estranho dentro de seu apartamento. Depois do medo, Beth chegou à conclusão de que havia sido apenas um sonho uma vez que sua mente tinha passado por muita coisa naquela noite, quando acordou no dia seguinte segura em sua cama. Mas o estranho volta. E ela percebeu que o homem grande, forte e intimidador, que trajava couro preto e um casaco no qual haveria armas com as quais ela jamais poderia sonhar, era real.
E nos vemos então descobrindo os segredos de Beth e Wrath e vendo a maneira como eles conquistam um ao outro, a atração eminente, o desejo crescente. Os personagens se perceberão mais envolvidos do que realmente planejaram. E em meio a tantas dúvidas, sentimentos e ações, a guerra continua a todo vapor. Pois até o tempo podia parar, mas a batalha entre Vampiros x Redutores continuava.
Confesso que nas primeiras páginas do livro, eu fiquei meio sem saber o que pensar por que não entendia as expressões “shellan” e “redutor”, embora tenha lido o glossário – só o glossário é uma verdadeira história, se você não continuasse a ler o livro, ficaria completamente satisfeito e curioso apenas com esse -. O fato é que uma definição não diz muita coisa, no decorrer da leitura que você se identifica melhor com as palavras originais. E foi exatamente isso que aconteceu. Uma vez que me familiarizei bastante, e consegui manter um entendimento legal, o que aconteceu logo nos primeiros capítulos mesmo, eu já tinha começado a gostar da história.
E assim, o primeiro livro é exatamente o que se espera do começo de uma série. A “sub-história” que se desenvolve no livro é desenrolada perfeitamente, mas ao final, é claro que terá uma continuação e é claro que você vai querer ler mais por que ele te dá água na boca.
E como a história abrange também romance, é claro que a realidade das coisas permanecerá na ficção, ou seja, há cenas hot. Mas vocês pensam que vai haver diálogos de baixo calão e erotismo barato? Pois vocês se enganam. Eu acho sim, mesmo que algumas pessoas não gostem – o que eu totalmente respeito -, que as cenas de intimidade entre o casal servem para nos informar exatamente do nível do relacionamento em que eles se encontram. Serve para informar a forma como um se comporta com o outro, se um respeita o outro até nestes momentos. A autora tem um talento incrível para descrever as cenas sem pecar pelo excesso e nem pela falta: ela demonstra o amor, sem deixar de descrever a sensualidade do momento. É realmente mágico.
Uma narrativa envolvente, quente, intrigante, instigante, tão bem escrita não pode ser deixada de lado, por que eu tenho a absoluta certeza, que depois que você conhecer os Irmãos, você abandonará qualquer livro para continuar se envolver com eles. J. R Ward não pecou em momento nenhum, esclarecendo pontos, fazendo os momentos de ápice, cenas românticas e até divertidas. Vocês não vão se apaixonar apenas pelo Wrath, também se apaixonarão pelo Rhage, Z, Phury, Thorment e Vishous – não necessariamente nessa ordem.
A partir daqui, você se apaixonará por vampiros que a sua mente nunca pensou que pudesse existir, e o pior: você vai desejar que eles realmente existam.
Escrita Por: Gabi G.