Fernanda631 05/07/2023
A Cidade Sinistra dos Corvos (Desventuras em Série #7)
A Cidade Sinistra dos Corvos (Desventuras em Série #7) foi escrito por Lemony Snicket.
No sétimo volume da desventura da vida dos jovens Baudelaire, eles vão para uma cidade chamada Cultores Solidários de Corvídeos, programa de tutoria, baseado no aforismo “É preciso uma cidade para educar uma criança”, onde órfãos são enviados a essas cidades e todos os habitantes os educam em conjunto. Enquanto encaram receosos essa possibilidade, os órfãos se deparam com uma curiosa cidade com um nome bastante peculiar: Cultores Solidários de Corvídeos ou C.S.C.
Determinados a descobrir o que significa a misteriosa sigla, eles escolhem a cidade como sua tutora e se preparam para encarar o que o futuro lhes reserva. Mas, como esse é um relato das crianças mais desafortunadas que conheço, nada será fácil. E, é claro, eles não terão paz.
No caminho para o próximo lar temporário, o Sr. Poe lê um jornal chamado Pundonor Diário, aquele tipo de jornal sensacionalista que transforma qualquer notícia em algo maior do que realmente é. Uma das matérias fala do Conde Olaf, mas escreveram "Omar" ao invés de Olaf e falaram que Esmé foi raptada, ao invés de falarem que ela se juntou a ele e sua trupe de vilões pérfidos.
C.S.C é comandada pelo Conselho dos anciãos, e são eles que anunciam que os Baudelaire serão responsáveis por TODAS as atividades domesticas de TODOS os cidadãos da cidade. Até mesmo a pobre Sunny, que mesmo sendo um bebê, é forçada a trabalhar também.
Eles também conhecem Luciana, a nova chefe de polícia, que sempre se apresenta usando um capacete de motociclista. E Hector, o faz-tudo da cidade. As crianças vão morar na casa de Hector, um lugar com seu charme que fica afastada de C.S.C. um faz-tudo da cidade que morre de medo de se impor e se fazer ouvir. Mas que mostra um apreço e zelo pelos Baudelaire. Além de ter uma leve revolução velada ao descumprir várias das normas da cidade, que o faz de capacho em vários momentos. Ele possui uma biblioteca secreta (uma vez que muitos livros são proibidos), e outra série de coisas que são proibidas, mas ele acha que podem ser úteis.
Quando estão realizando trabalhos para a cidade, as crianças descobrem que o Conde Olaf foi capturado (com base na descrição dada pelo Sr. Poe. A tatuagem de olho no tornozelo), e aí que mais uma desventura tem início.
Mas, um mal entendido acaba complicando ainda mais as coisas. Um homem inocente acaba sendo morto, e todos acham que o pérfido Olaf está morto. Mas, se não era o Conde Olaf, por que o homem tinha uma tatuagem no tornozelo igual à do vilão? E quem era aquele homem misterioso que parecia saber tanto sobre os Baudelaire pais?
Snicket começa a colocar as cartas na mesa e o leitor começa a descobrir mais sobre Olaf e os pais dos Baudelaire.
Lemony sempre soube brincar bem com esses dilemas e nesse livro não seria diferente. A cidade, que deveria cuidar e educar as crianças, usa as mesmas como empregados e tem pouco zelo para com os mesmos. Tendo em vista uma visão bem distorcida de proteção e cuidado que toca em um ponto bastante doloroso para alguns pais e tutores por aí. Além das fortes críticas, a cidade tem uma das melhores referências literárias da saga. Dominada por corvos que migram pelas diferentes partes da cidade, conforme o dia avança, e terminam o fim da tarde na Árvore do Nunca Mais, uma referência brilhante ao Edgar Alan Poe e seu poderoso poema O Corvo.