Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Rodriguinho @literario.rojo 22/05/2020

Um livro com personagens inesquecíveis e uma narrativa maravilhosa escrita por Jorge Amado...Super recomendo a leitura. O livro nos trás muitos debates sobre uma cidade em especial Ilhéus no sul da Bahia que vivência os outros do cacau e que encontra uma sociedade de lenta e difícil evolução dos usos e costumes machistas, escravagistas, autoritários. E Gabriela como uma retirante chega a Ilhéus e está a procura de trabalho e de viver de maneira independente e buscando sempre a felicidade. Sem se estender muito e compartilho um breve relato dessa leitura deliciosa que você nem percebe quando vê já finaliza.
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tortajulia 23/05/2022

"Eu nasci assim, eu cresci assim, E sou mesmo assim.."
Primeiramente, a história não me cativou até mais ou menos a página 200. E eu fui bem crítica com esse livro e eu nem sou tão crítica, principalmente se tratando de literatura. A literatura brasileira é de uma riqueza enorme e chega a ser absurdo a maneira como muita das vezes ela é retratada.
Foi bem cansativo ler esse livro, porém, em alguns momentos onde a história ganhou um pouco de "ação" a narrativa teve uma dinâmica bem explorada pelo Jorge. Do meu ponto de vista, a Gabriela mais ficava de "figurante" em diversos momentos, o que me agoniou durante toda a história. Teve algumas reviravoltas durante a narrativa, o que realmente foi um ponto bem positivo. Mas confesso que em algumas partes eu não tinha a menor vontade de seguir lendo.
Valeu como experiência, e talvez seja mais pelo meu estilo próprio de leitura que eu diga que "Gabriela, cravo e canela" não me cativou tanto assim. A escrita do Jorge Amado tem sim muito potencial, a forma como ele cria um cenário inteiro através de cada personagem faz tudo parecer muito legítimo, muito realista. Entretanto, a história em si não tem nada demais. Novamente, é o meu modo de ver. Precisaria ler mais obras dele para falar com mais clareza mas não tenho vontade de fazer isso agora.
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Thalitla 18/10/2020

Ótimo livro
A obra, ao contrário do que eu achava, não conta somente o romance entre Gabriela e Nacib, mas também o contexto de toda Ilhéus durante a época. Recomendo
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Elane.Medeiross 28/03/2021

Ah Gabriela
Difícil conseguir expressar o quanto eu amei esse livro, eu não tinha ideia que eu precisa ler Gabriela, até eu lê Gabriela. Obra com narrativa gostosa, enredo envolvente e que ensina muito da cultura nordestina do século XX, foi um prazer conhecer os costumes baianos e passar 336 paginas estando de corpo e alma e sentindo cheiro de canela na cidade de Ilhéus de 1925.
O livro apesar de levar o nome da musa inspiradora que nele está presente, nos narra muito além do romance de Nacib e Gabriela,nos conta história de personagens marcantes, como os coronéis que enriqueceram com a exportação de cacau, que também mandam e desmandam na cidade, as histórias de mulheres e filhas desses mesmos coronéis, mostrando o machismo esculachado da época, enfim, eu sempre evitava ler obras desse autor por achar não iria gostar, mas posso prosear dizendo que por mim o jorge finalmente se tornou amado.
mayaraliye 29/03/2021minha estante
Ameiii! Fiquei com vontade de ler!




Thiago Duarte 16/08/2020

Uma caricatura do povo brasileiro
Esse romance de Jorge Amado é espetacular, pois nele podemos notar entre as características de suas personagens: a sensualidade, vingança, morte e, uma das premissas que vale todo o destaque, a questão das mulheres (feminismo). Quando lemos Gabriela, Cravo e Canela, percebemos uma representação do povo brasileiro e sua luta pela modernização. Isso fica claro no espaço que é tratado no livro que é a cidade de Ilhéus, a qual é um lugar que ainda há um grande retrocesso, onde homens matavam por pedaços de terras, ou até mesmo por saberem que foram traídos, já que "honra de marido traído deve ser lavada com o sangue dos culpados." Quanto a questão feminista, é um ótimo ponto falar sobre o que tange o casamento: até que ponto uma mulher é feliz quando se casa, uma vez que ela será privada de fazer tudo aquilo que deseja. Ou seja, extraímos do romance uma forte presença do patriarcado, tendo em vista que, na visão dos homens, tudo que uma mulher deseja fazer, indo além das tarefas domésticas, é tratado como imoral.
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Mayara.Bernardino 05/03/2020

Nada mais angustiante que ler sobre uma realidade
Mais um livro que me deixou com sentimentos confusos e com um novo olhar sobre literatura, história e sociedade.
Jorge Amado é sem dúvidas escritor de coletividade, daqueles que conseguem, com maestria, contar a vida não de uma personagem, mas de uma cidade inteira. Fiquei admirada com o quanto a história me prendeu, já que num primeiro momento eu pensei seriamente em desistir da leitura.
Ainda bem que não fiz isso, porém foram momentos ansiosos ler certos trechos e perceber o quanto 1920, numa cidade nordestina, a vida ainda era cruel para uma mulher. Fico chocada todas as vezes que vejo cenas, como as que se passaram no livro, me deixaram irritada, brava e frustrada. Apesar disso, foi uma leitura magnifica, cheia de diálogos, história, causos, cheia de cultura brasileira. A cada frase descrita, a cada iguaria apresentada, eu ia ficando mais aguada e mais curiosa por conhecer mais sobre a Bahia e sobre o Brasil.
Jorge Amado é fantástico em seu realismo e sua vivacidade. Seus personagens e sua escrita cativam e mechem com nossos sentimentos e nossas ideias. Se o objetivo foi se divertir e ao mesmo tempo sofrer e refletir, então, eu digo que o objetivo foi alcançado.
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Elani Araújo 14/04/2021

Não paro de me perguntar porque não li antes
Meu primeiro livro de Jorge Amado e ele me apresenta o nordeste brasileiro como de fato era, em alguns lugares ainda é, com essas novidades fofoqueiras que movimentam e que dão vida as vidas paradas de cidade do interior. Gabriela uma retirante abusada pelo tio e que tem gosto pela vida e pelos homens a lhe desejar, vive livre e quer continuar assim, se vê como cozinheira de um árabe dono de bar no qual circula toda cidade e boatos. Mas a história é só 20% esse romance, Jorge Amado quer nos apresentar os demais moradores da cidade, e a cada um núcleo tem sua devida história aprofundada tão muito se pode. Passamos conhecer todos antes de contemplar Gabriela. Excepcional. E mais uma vez me pergunto, porque não li antes essa obra de arte?
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Renato 19/09/2022

Crônica de uma cidade do interior
Polarização política. Desmatamento. Bancada da Bala. Conservadorismo X progressismo. Mulheres sendo cerceadas pelo machismo. Moralismo hipócrita. Uma sociedade corrupta. Jorge Amado, em 1958, não quis se referir ao Brasil de 2022, mas acertou em cheio!

Gabriela cravo e canela, apesar do título, é um livro que não se limita a contar a história a personagem que intitula o Romance. Mais que isso, ele traz a profundidade da história da cidade de Ilhéus, na Bahia e os eventos narrados se passam no fim da década de 1920. Tanto que é injusto dizer que o lugar onde a(s) história(s) é apenas um pano de fundo, tanto é que o próprio subtítulo do livro é "Crônica de uma cidade do interior". A cidade praticamente tem um papel de personagem principal na trama.

Mas ainda cabe dizer que um dos eixos principais da história gira em torno de Nacib: um comerciante turco que encontra Gabriela e a partir daí sofre uma série de reviravoltas. A história desse casal se entrelaçam com as histórias de outros personagens de uma forma gostosa, fluída engraçada e tensa ao mesmo tempo. O livro supera em qualidade os livros Tieta do agreste e Capitães da areia.
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kathrein.oliveira 25/01/2023

Há...a escrita brasileira ??
A escrita do Jorge amado, mostra como o brasileiro é bom em criar poesia com o cotidiano.

Eu amei tanto acompanhar essa história que é ao mesmo tempo uma história de amor, de política, de um lugar, de uma cultura...

Me fez ter vontade de ir pra Bahia. Com certeza vou ler muito mais do autor.

A única coisa que me fez tirar uma estrela foi o machismo enraizado na história, eu sei que era coisa da época, mas me fez sentir um pouco de frustração rsrsrs. Fora isso, tudo lindo!
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Carol 27/12/2020

Interessei-me pelo livro ao estudar a legítima defesa de honra nos tribunais do Júri. A obra, no entanto, apenas tangencia o assunto, trazendo a história do progresso de Ilhéus, econômico e de costumes, como assunto principal. Leitura fluída e gostosa.
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leticia 30/03/2020

gabriela, lirica e livre
meu segundo do jorge amado, tenho certeza que já já ele vai se tornar meu autor brasileiro favorito.
deixei o livro na pilha de favoritos e enquanto lia outros, ainda pensava sobre ilhéus e gabriela e nacib e mundinho falcão. o livro fez eu me interessar pela trama de todos e o final foi a gota d’água pra se tornar um dos meus favoritos da vida. mal terminei de ler e já quero ler de novo.
jorge amado tinha mesmo jeito de falar do povo e com o povo.
Sandra Martins 30/03/2020minha estante
Oii! Qual foi o outro de Jorge que tu leu? :)


leticia 31/03/2020minha estante
OI! Eu li Capitães de Areia


Sandra Martins 01/04/2020minha estante
Massa :)




Marina 21/06/2020

Crónica de um romance anunciado
As primeiras linhas de "Gabriela cravo e canela" já informam toda a trama do livro: de quando Gabriela chega a Ilhéus e vira cozinheira de Nacib; ou de quando Mundinho Falcão e o coronel Ramiro Bastos disputam o poder; ou do ano em que o coronel Jesuíno Mendonça matou a sua esposa, dona Sinhazinha Guedes Mendonça e o cirurgião-dentista Osmundo Pimentel, por infidelidade.

Num primeiro momento, temos o tradicional pipoco de personagens das obras de Jorge Amado. São tantas figuras importantes para conhecer, tantas coisas rolando... que temos que insistir na leitura até pegar o seu ritmo... e que ritmo!
Primeiro conhecemos o árabe Nacib, os outros habitantes da cidade (o Capitão, o Doutor, Tonico Bastos, Josué, Malvina...) e claro, a própria Ilhéus:
"Essa terra de Ilhéus, sua terra, estava longe de ser realmente civilizada. Falava-se muito em progresso, o dinheiro corria solto, o cacau rasgava estradas, erguia povoados, mudava o
aspecto da cidade, mas conservavam-se os costumes antigos, aquele horror...".

Mas quando Gabriela chega (no mesmo dia em que os amantes foram mortos, no mesmo dia que Nacib fica sem cozinheira e que Mundinho Falcão chega do RJ disposto a fazer política em Ilhéus), traz com ela a revolução.
Gabriela chega quando o progresso se assoma a Ilhéus: o povo começa a apoiar quem realmente quer ver a cidade evoluir e a violência de antanho já não é bem vista.

O autor consegue fazer uma crítica ao passado: "Para tal cargo Mundinho não tinha nenhuma possibilidade. Mesmo que ganhasse em Ilhéus, perderia em Itabuna e em Una, e no interior do município as eleições seriam fraudadas". Mas também faz uma ode ao futuro, pois o "final feliz" é um final onde a cidade cresce, as traições são perdoadas e a violência é condenada.

Adoro a forma como os homens da cidade são grandes fofoqueiros (Nacib o primeiro). Também achei curioso que Nacib parece ser o grande protagonista, pois a ele acompanhamos o livro todo. Valente por fora, terno por dentro. De costumes antigos, mas de cabeça aberta.

Mas é Gabriela, com sua sensualidade nordestina, sua doçura, seu sorriso, seu gingado e seu tempero, que conseguiu expor o ridículo de alguns costumes. Ela representa essa mudança. E o livro trata de mudança.

Como senhora Saad, estava triste e presa. Como Gabriela, era livre, só queria amar, não tinha ciúmes, não tinha ambições. Era linda. E Nacib percebeu que a amava quando ela era quem era.

Gabriela, do seu jeito livre, também amava Nacib. E era fiel a ele de coração. Não aceitava propostas de outros, não queria o dinheiro, nem bens de outros. Mas não se importava que ele estivesse com outras mulheres, nem de dormir com outros homens. Fico imaginando o legal que é escrever sobre uma mulher assim (e conseguir que todos a amem), nos anos 50!
Gabriela, que foi abusada pelo seu tio ainda bem nova (por isso sua sutil repulsa a homens mais velhos), mas que veio do sertão, disposta a trabalhar, ser feliz. E foi feliz. E o coronel que matou sua esposa, foi condenado. Tudo termina como tem que terminar.
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Geórgia 22/01/2021

Aviso: depois de ler Gabriela você corre o risco de nunca mais vai escutar a modinha de Gal costa da mesma forma.
Jorge Amado tem um talento de transportar o leitor para o cenário do romance que nunca vi igual. Em Gabriela ele nos leva para conhecer sua cidade natal: Ilhéus, no interior da Bahia. Engana-se o leitor que espera 300 páginas sobre Gabriela, a real protagonista desse romance é Ilhéus, mas também poderia ser qualquer outra cidadezinha de interior - onde todo mundo sabe o que acontece na vida de todo mundo.

Depois que nos ambientamos à sociedade ilheense, seu coronelismo e seus acontecimentos, surge Gabriela. Uma mulher aparentemente ingênua, muito bonita, sensual e envolvente, mas engana-se quem a limita à isso. Gabriela de ingênua não tem nada, ela sabe de si, sabe o que quer e o que gosta, ela não deseja mudar. Gabriela é livre e sua liberdade se entranha na sociedade ilheense à ponto de burlar o mais antigo (e sexista) costume local. É impossível não torcer pela felicidade de Gabriela.

"[...] -Para que explicar? Nada desejo explicar. Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela, dissecar sua alma.
- Corpo formoso, alma de passarinho. Será que tem alma?- Josué pensava em Glória.
- Alma de criança, talvez- o Capitão queria entender.
- De criança? Pode ser. De passarinho? Besteira, Josué. Gabriela é boa, generosa, impulsiva, pura. Dela podem-se enumerar qualidades e defeitos, explica-la jamais. Faz o que ama, recusa-se ao que não lhe agrada. Não quero explicá-la. Pra mim basta vê-la, saber que existe."
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