Raquel 28/01/2021
Marcante e envolvente
O livro começa meio chocando, com uma línguagem totalmente informal, cheia de gírias e palavrões. Depois de algumas páginas você se acostuma e começa a gostar desse tipo de leitura porque ele acaba te aproximando do personagem principal, que tem 19 anos.
Ed Kennedy mora no subúrbio de uma pequena cidade na Austrália, é taxista e sem nenhuma perspectiva de mudança na vida. Ele possui 3 grandes amigos que se reúnem sempre que podem pra jogar cartas, beber e falar besteira.
Tudo muda quando Ed se vê num banco sendo assaltado e, num momento extremamente oportuno, consegue render o bandido e o entregar à polícia. Dias depois, Ed recebeu um Ás pelo correio, sem identificação alguma. Nesse Ás, existem 3 endereços e logo ele deduz que deveria ir a esses endereços para fazer alguma coisa. Não passou muito tempo até ele perceber que cada uma dessas pessoas precisava de um tipo de ajuda, uma mensagem de vida.
Apesar de não saber de quem ele está recebendo as cartas, ele decide cumprir seu papel. Assim que ele termina de entregar essas mensagens, ele recebe outro Ás, porém de outro naipe. A partir do segundo, são enigmas e não endereços.
Nessa viagem pelos quatro naipes do baralho e 12 mensagens, Ed4 percebe que ajuda a si mesmo a cada vez que ajuda outra pessoa. No final, Ed descobre quem está por trás de tudo isso e chega a uma conclusão inesperada.
O autor me envolveu tanto com o personagem e sua história e me tocou tanto com as mensagens que depois que terminei de ler o livro fiquei esperando por mais uma cartinha, nem uma que fosse.
Estou com saudades de Ed Kennedy.