O Clube do Livro do Fim da Vida

O Clube do Livro do Fim da Vida Will Schwalbe




Resenhas - O Clube do Livro do Fim da Vida


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AURÉLIO 24/03/2014

História dramática. Mais quando se sabe que se baseia em fatos reais. Sempre pensei que a felicidade só será alcançada pelo homem quando ele não tiver mais medo da morte. Mas, mesmo assim, como será a reação a ela, caso se tenha certeza de que afinal chegou? Este livro mostra, a meu ver, algo parecido, pois a personagem principal transparece a serenidade peculiar a esse estado que imagino. O apego é ao prazer que resta na vida presente, vinculando-o às coisas, atitudes e ações que durante toda a vida anterior preencheram os momentos vividos. Ainda que não houvesse temor, seria necessário extrema serenidade para se dizer adeus com dignidade. De qualquer forma, pelo menos enquanto consciente da existência ao redor, e apesar do apoio (dir-se-ia moral?) da outra personagem (o filho), não há como não se pensar em solidão. E esse momento, sem dúvida, é o mais solitário de todos. Pode acontecer com todos. O livro permite vivenciar mil questões sobre como a vida vale à pena, por mínimo que seja o que dela reste.
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Charlene 13/03/2014

Ler é libertar-se
A história do Clube do Livro de Will e sua mãe Mary Anne tocou muito a minha alma...

Sempre gostei de ler e confesso que tenho uma listinha dos livros que quero ler antes de morrer...

Fiquei impressionada como Mary Anne era uma leitora voraz, crítica e sociável. Para que ler sozinha se vc pode compartilhar com os que você?

Terminei esse livro com vontade de conhecer muitas outras histórias e estórias...

As vezes o livro é meio cansativo, mas não tem como não terminá-lo em lágrimas.
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Ju Lemos 05/02/2014

Celebração à vida
"O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos. As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com o mundo. Em O clube do livro do fim da vida, o autor faz uma declaração de amor à mãe, percorrendo a vida da corajosa e especial Mary Anne, a carreira nos anos 1960, o trabalho voluntário em países em guerra e, finalmente, o projeto de fundar uma biblioteca nômade no Afeganistão. Mesmo muito debilitada, ela não abre mão de fazer com que o tempo que lhe resta seja útil — para a família, os amigos ou uma criança necessitada do outro lado do mundo. Uma alegre e bem-humorada celebração da vida.

Uma história repleta de amor, superação, metas e bons livros... é um livro que fala de perda, da tristeza que é perder alguém a quem se ama muito e de uma forma lenta e dolorosa. Will, definitivamente, conseguiu transformar suas lembranças em algo belo e tocante. Recomendo a todos que tenham o coração forte porque é difícil não se emocionar. Para mim foi um revival, e a certeza de que só quem já perdeu alguém para essa batalha sabe exatamente como se sente impotente perto de algo que não é como algumas doenças que podemos evitar.
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Rafaela 26/01/2014

Bonito, mas pouco emocionante. Não indico a leitura para quem quer somente se entreter com livros sobre esse tema.
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Lara 17/01/2014

Oi, gente!
Na madrugada de terça, terminei de ler O clube do livro do fim da vida, do Will Schwalbe. Não sou de "fazer resenhas" aqui, mas gostei muito do livro e queria dividir com vocês as minhas impressões. por meio de comentários bem descompromissados. Antes disso, vamos à sinopse do livro:

[...]

O que me pegou em O clube do livro do fim da vida foi o fato de o câncer e o tratamento da mãe de Will passarem a ser secundários. O livro fala muito de bons livros, de gratidão e de tantas outras coisas que são muito mais importantes. A leitura a dois faz mãe e filho se aproximarem. Acho, inclusive, que esse hábito ajuda os dois a elaborarem a doença.
Outra coisa que me chama atenção é que o tempo de vida da mãe é maior do que o estimado (por que há pessoas que ainda acreditam nas estatísticas?) e isso é bacana, já que com relação a morte/vida não há regras.
Também me agradou a decisão da mãe de escolher os tratamentos paliativos quando os convencionais já não fazem mais efeito. Mary Anne nos ensina que enquanto há vida é com ela que vamos lidar.
O livro é super bacana! Recomendo muito, mas confesso que você precisa se preparar para se inquietar durante ou depois da leitura, porque alguns "fantasmas" - do passado ou do futuro - podem aparecer.
Logo que terminei o livro parecia que estava tudo bem. A confusão começou depois de umas 24 horas. Você, de repente, se pega pensando em tudo o que leu, no que não viveu/pode viver... E porque uma das "funções" da literatura é desestabilizar, acho que o livro cumpre esse papel.
É isso, queridos! :-)

Beijos a todos.

site: http://www.letraspartilhadas.com/2014/01/o-clube-do-livro-do-fim-da-vida-will.html
Simone 04/12/2014minha estante
O livro me encantou demais. E o mais curioso na sua resenha foi que aconteceu comigo a mesma coisa: 24 horas depois eu ainda estava pensando no livro. Aliás, ainda estou pensando. O livro realmente me desestabilizou.
Beijos




Christiane 27/12/2013

Palavras que confortam
Quando sua mãe teve diagnosticado um câncer, ela e Will passam a falar de leituras em seus momentos de espera na quimioterapia, trocam livros e leem os mesmos livros. São livros que interessam a ambos e que são voltados ou para o mundo e o que acontece, livros sobre pessoas que enfrentaram momentos difíceis, mas o importante é que estes livros além de aproximá-los, permitem falar sobre coisas que são difíceis de dizer.E também trazem um alento para um momento tão difícil onde sua mãe está morrendo, mas ainda está viva. Uma bela homenagem a sua mãe, ao que ela realizou em sua vida e sobre seus valores, e também uma homenagem ao poder da palavra, dos livros e do que eles podem nos ensinar seja para viver ou seja para morrer.
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Douglas P Da Silva 15/12/2013

Recomendo!!
A leitura não é uma forma de fugir da vida, mas de mergulhar nela e redescobri-la.
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Nathy Bells 14/11/2013

Resenha dupla com Renata Alves
Alguém já ouviu ou leu algo sobre Mary Anne Schwalbe!? Não!? Sem problemas eu conto para vocês...


Ela foi uma das fundadores da Comissão Feminina de Refugiados, que percorre o mundo ajudando mulheres, crianças e adolescentes que foram afetados pela guerra e perseguição. Engana-se quem acredita que essa incrível mulher ficou apenas com a parte burocrática da coisa, ela viajou para vários desses campos ao redor do mundo(Afeganistão, Sudão, Tailândia).



Mary Anne também foi educadora, diretora de admissões em Harvard e Radcliffe, esposa, mãe e acima de tudo amiga. Em 2007 ela foi diagnostica com câncer no pâncreas, já em estado avançado... é a partir daí, e pelo ponto de vista de seu filho do meio Will, que vamos conhecer melhor a vida dela.

Quando me apresentaram O clube do livro do fim da vida, achei que fosse uma ficção triste, onde um filho acompanha a mãe para sessões de quimioterapia e para melhorar as horas dentro do hospital acaba criando um clube do livro onde discutem a leitura e trocam experiencias.

Mas esse impressão não chegou nem perto do turbilhão de emoções que é esse livro; uma biografia que relata o passado e o "presente" de uma família unida pela paixão pelos livros e decidida em aproveitar cada momento que resta ao lado de sua base: uma mãe guerreira que mesmo debilitada lutou para realizar o sonho que criar a primeira biblioteca móvel no Afeganistão.

Will é um cara que trabalha como editor e que sua vida sempre esteve ligado com a leitura, fundar o clube do livro com sua mãe torna a rotina mais leve e um alento, que no futuro, servirá de valorizar recordação para Will.

"(...) Eles(os livros) nos lembraram que, onde quer que minha mãe e eu estivéssemos em nossas jornadas individuais, ainda podíamos compartilhar livros, e enquanto estivéssemos lendo esses livros não seríamos a pessoa doente e a pessoas saudável; seríamos apenas uma mãe e um filho adentrando em novos mundos juntos."
Durante essas horas, um aprende com o outro, compreende, e dá forças. Apesar da iminência da dor, juntos, eles avançam cada etapa. Como Will diz, pode ser que cronologicamente os fatos estejam errados, ou que as lembranças não sejam tão claras, mas isso não é relevante. Nada disso altera o conteúdo e a importância de cada acontecimento em sua vida.

Desde as primeiras páginas já sabemos o que vai acontecer, o final não é nem um pouco feliz e a todo momento Will não nos deixa esquecer que todos os fatos narrados foram momentos de despedida. Ele tem medo de dizer que tem orgulho da mãe e que a ama mais que tudo achando que isso fará o fim chegar mais rápido e nós, leitores, prendemos a respiração todas as vezes que vemos a quantidade de dias "não tão bons" aumentando.

Uma história repleta de amor, superação, metas e bons livros... é um livro que fala de perda, da tristeza que é perder alguém a quem se ama muito e de uma forma lenta e dolorosa. Will, definitivamente, conseguiu transformar suas lembranças em algo belo e tocante.

Na saída, um amigo cuja a esposa morrera de câncer anos antes disse a ela: "Isto deve ser exaustivo para você." E mamãe não respondeu sim nem não. Apenas sorriu e disse: "É minha última festa"

site: http://asenvenenadaspelamaca.blogspot.com.br/2013/10/resenha-dupla-o-clube-do-livro-do-fim.html
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Renato 02/10/2013

Ótima mensagem !!!!
Apesar dos temas delicados, doença, perda, saudade,etc. A mensagem do livro é muito positiva. Gostei muito!
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Suiany 24/09/2013

“Estamos todos no clube do livro do fim da nossa vida, quer admitamos isso, quer não; cada livro que lemos pode muito bem ser o último, cada conversa pode ser a derradeira.” – Will Schwalbe

Imagine que sua mãe, aos 73 anos de idade, descobre que possui um tipo de câncer no pâncreas que não pode ser curado e que ela – provavelmente – possui somente alguns meses de vida. É essa a sensação que atingiu a vida de Will Schwalbe em 2007. O clube do livro do fim da vida é a real história da família Schwalbe durante a descoberta e o tratamento paliativo do câncer de Mary Ann.

Durante vários meses, Will acompanha sua mãe às sessões de quimioterapia, que por durarem horas, acabam por aproximar mãe e filho. À princípio eles conversam sobre assuntos corriqueiros, nunca deixando de mencionar os livros que ambos estão lendo e suas impressões destes. Até o momento que ambos percebem que fundaram um clube do livro, composto somente de duas pessoas, mas ainda um clube do livro. É então que um passa a indicar livros ao outro e, através de suas leituras e discussões, seu relacionamento torna-se mais íntimo e floresce de uma maneira muito bela ao longo da narração.

Os capítulos são intitulados com um dos livros que o clube leu durante um determinado período. Em geral, Will nos apresenta um resumo da vida do autor, uma sinopse da obra e suas opiniões sobre o livro. Narra ainda, a fase em que se encontra o tratamento de sua mãe, as viagens que ambos fazem e suas rotinas pessoais. Além de contar-nos um pouco sobre a história – interessantíssima – da vida de Mary Ann.

Com uma narração apaixonante, Schwalbe conseguiu me conquistar. É simplesmente impossível passar as páginas sem querer ler os livros que o clube lê e sem amar Mary Ann. Uma senhora tão guerreira e, ao mesmo tempo, tão doce. O autor nos encanta com histórias de sua mãe e algumas das pessoas que ela conheceu ao longo da vida, além das importantes lições que aprendeu com elas.

Esta é uma história para quem gosta de ler – já leu ou ainda quer ler as indicações do livro -, uma história para mães e filhos, uma história para quem possui câncer ou o vivencia através de um parente próximo, uma história sobre o amor de família, sobre fé, sobre belas histórias de vida e – sobretudo – sobre grandes ensinamentos.

Tudo o que tenho a dizer sobre O clube do livro do fim da vida ainda é pouco se comparado ao impacto que essa leitura me causou. Não lembro da última vez que uma obra me trouxe tantas reflexões, me prendeu e me encantou tanto. Por conseguinte, não consigo imaginar uma pessoa para a qual eu não indicaria esta obra.

site: http://divinaleitura.wordpress.com/
Ladyce 30/09/2013minha estante
Ótima resenha, me deixou curiosa. Parabéns!


Suiany 26/05/2014minha estante
Muito obrigada, Ladyce... Leia e comente o que achou!


Lu Tibiriçá 04/08/2020minha estante
Terminei ontem a leitura desse livro.
Acho que ainda vou andar com ele por um tempo...


Suiany 04/08/2020minha estante
Muito bom, né. Queria ter adquirido pra reler!


Lu Tibiriçá 25/08/2020minha estante
É muito bom mesmo.
Você pode tentar o ebook se não conseguir o físico...


Helô 29/09/2020minha estante
Esse livro me tocou profundamente. Muito sensível!


Lu Tibiriçá 06/10/2020minha estante
Eu adorei mesmo. Sempre me vêem à cabeça alguma parte dele. Muito tocante


Milla 06/06/2021minha estante
Eu não gostei


Lu Tibiriçá 09/06/2021minha estante
Acontece, Milla. Às vezes não dá liga


Heloisa.Agibert 15/12/2021minha estante
Triste e maravilhoso, suave e pesado. Contradições que nos envolve e admirar essa mulher maravilhosa.


Lu Tibiriçá 26/12/2021minha estante
Verdade Heloísa. Ainda hoje me pego pensando nessa história




regifreitas 11/09/2013

Eu já havia folheado este livro na livraria um tempo atrás e não tive nenhum interesse em adquiri-lo, naquele momento. Então, agora no mês de agosto, comecei a ter minhas primeiras experiências concretas com livros digitais, os e-books. E uma coisa levou a outra. Já há algum tempo faço parte de uma comunidade que troca e disponibiliza gratuitamente livros em versão digital sobre temas e assuntos diversos, e este livro foi um dos títulos disponibilizados por esse grupo. Uma noite comecei a ler alguns trechos da obra, e gostei. Passadas as primeiras páginas o livro já havia me pegado de vez (ou fui “devorado” por ele, usando a metáfora da leitura anterior, do Afonso Cruz). Tanto que parei todas as outras leituras para me concentrar somente nesta. É uma história fascinante! Trata-se do relato de um filho que, ao descobrir que a mãe estava com câncer em estágio terminal, aproveita os momentos do tratamento por quimioterapia, quanto ele a acompanha muitas vezes, para discutir com a mãe os livros que ambos estavam lendo ou tinham lido até aquele momento. Veja bem, a leitura era uma das paixões de sua mãe, uma leitora voraz antes de tudo. E mais que isso: Mary Ann era uma pessoa extremamente engajada. Professora de formação, durante anos trabalhara em questões relacionadas à educação em instituições nos Estados Unidos e Inglaterra. Também participara ativamente da direção e dos conselhos de organizações e fundações que visavam defender os direitos das mulheres e de crianças refugiadas, bem como em montar bibliotecas nas regiões mais precárias do globo, como o Paquistão, por exemplo. Forma-se então, entre mãe e filho, mesmo que de forma involuntária, uma espécie de clube da leitura. Contudo, as discussões entre os dois acabam não se restringindo às leituras de ambos, nem somente à importância dos livros na vida das pessoas. Aliás, no começo, a leitura era somente um pretexto para o filho passar o maior tempo possível com a mãe. As conversas que giravam a princípio em torno dos livros, acabam se direcionando sobre questões relativas à própria vida, em toda a sua beleza, batalhas, precariedades e desafios. Ao longo da história, Will expõe de forma clara e emocionante o desenrolar da doença de sua mãe e de como isso acaba afetando a rotina e a vida da família (dele, dos irmãos e do pai), bem como dos amigos mais próximos; a luta dela para vencer uma doença que era invencível, mas que em momento algum a abateu. E mesmo sabendo de antemão o final da história, não tem como não se deixar emocionar com a existência de pessoas como Mary Ann Schwalbe, que tentam de alguma forma fazer a diferença em um mundo tantas vezes indiferente.
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Sol 10/09/2013

Mudou minha forma de encarar os problemas
"O clube do livro do fim da vida" é uma história verídica, um relato emocionante de um filho que acompanhou sua corajosa mãe nos últimos dois anos de sua vida. Além disso, o que chamou a atenção foi que ele traz a literatura e o hábito de ler como fatores essenciais e importantes na vida de ambos, nos momentos felizes e também como forma de preencher o vazio que uma doença incurável traz.

Parece simples essa descrição, mas posso garantir a vocês que o livro é muito mais do que isso, eu diria profundo e sentimental até.

Mary Anne, nossa protagonista, é uma mulher exemplar. A cada relato de seu filho Will, fui ficando mais fã dessa guerreira. E não apenas por ter enfrentado uma doença terminal, mas por tudo o que obrou durante sua vida e por todo o bem que foi capaz de espalhar em seus anos gloriosos.

Quando, aos 73 anos, descobre que tem câncer de pâncreas (uma forma muito agressiva da doença), ela começa seu tratamento, sempre rodeada de pessoas que cativou ao longo de sua existência.

Sua paixão por leitura, compartilhada com Will, a aproxima do filho em suas sessões de quimioterapia, quando ambos "fundam" um estranho clube de leitura de apenas dois integrantes, mas que se torna um dos pontos responsáveis pelo relativo aumento da qualidade de vida que Mary adquire nessa luta.

Além do depoimento sincero e emocionado de um filho que claramente ama e admira sua mãe, conhecemos cada ação que essa mulher maravilhosa fez em prol do próximo durante a vida, como cuidar de refugiados no oriente, e sua obsessão por fundar uma biblioteca no Afeganistão.

É impossível não chorar ao perceber a grandiosidade do coração de Mary, que mesmo em meio a esse turbilhão de sensações, dores e tristeza, não se deixa abater. E mais: ainda faz o possível para transformar o pouco tempo que lhe resta em benefício a quem está ao seu lado, levando todo seu carinho por onde quer que passe.

Confesso para vocês: me apaixonei por Mary Anne! Fiquei pensando muito em como eu mesma reagiria diante desse diagnóstico, e como a grandeza de coração pode nos trazer relativa paz, mesmo em meio a tantas desilusões da vida.

E claro, Will foi seu companheiro inseparável. Fazendo o impossível para o bem-estar de sua mãe.

Quando uma família é assolada por uma doença incurável, acredito ser difícil lidar com o inevitável. O interessante é que em nenhum momento do livro tivemos esperança de algum milagre. A narrativa foi franca desde o princípio, embora Mary tenha vivido muito mais do que o prognóstico inicial. Mas isso não tirou a vontade de ler e a certeza de que lágrimas rolariam.

Além do fato inegável que Mary Anne é maravilhosa, e de que ser tão virtuosa talvez tenha tornado os seus dois últimos anos junto com a sua família mais toleráveis, as conversas entre mãe e filho remetem todo o tempo a alguma obra literária que estão lendo ou já leram (e aí eu me identifiquei MUITO, claro), trocando dicas de leitura para discussão posterior.

Muitas lições de vida são apresentadas na forma de escritos, pelo ponto de vista de autores diversos, encontrados até mesmo naqueles livros que talvez julguemos "simples" de significado. Eles nos mostram que a leitura é a melhor forma de aprendizado que o ser humano pode ter, o que o faz ser melhor, mais compreensivo até.

Esse é o tipo de livro que deve ser lido por qualquer pessoa - amantes de leitura, pessoas que tenham algum diagnóstico de doença na família, ou simplesmente aqueles que sentem-se muito felizes em adquirir novos conhecimentos, ou talvez precisem de uma injeção de ânimo em algum momento menos feliz.

Eu simplesmente amei. Terminei a leitura com Mary Anne na cabeça, querendo ter tido a chance de conhecê-la e pensando: será que cada um de nós não poderia seguir seu exemplo em prol de um mundo melhor?

Impossível, de verdade, não mudar pelo menos um pouco ao longo da leitura. Maravilhoso!
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Greice Negrini 21/08/2013

Um pouco menos do que esperava!
Will recebeu a notícia do câncer da sua mãe como algo que fere seu peito de uma forma como nunca se sentira antes. Já tinha visto sua mãe ficar doente muitas vezes porque Mary Anne já viajara por diversos lugares pelo mundo afora para ajudar em campos de refugiados. Sua mãe não viajava para lugares lindos por lazer, viajava para ajudar outras pessoas a terem uma vida melhor.

Mary Anne resolveu começar um tratamento que definiria seu futuro a curto e longo prazo, já que os médicos geralmente não davam um bom prognóstico para seu câncer e era nos encontros com sua mãe que começou a surgir um clube entre seu filho Will e ela. Os dois sempre amantes e viciados em livros se ligavam em títulos com ferocidade e trocavam ideias sobre personagens e lugares como se aquilo unisse cada vez mais os dois.

Will cria um universo literário para suportar a dor de ver sua mãe sofrer, ao mesmo tempo em que mostra como ela é forte e o quanto fez em vida para alegrar a todos e trazer á tona o que de melhor seus filhos, maridos e amigos tem de melhor.

Este livro tinha uma outra dimensão em minha cabeça. Imaginava que era uma história de um grupo de mulheres que criava um grupo de leitura em que trocavam experiências sobre livros e sobre a vida em si.

Em momento algum imaginei que se tratasse de uma biografia e que fosse falar sobre a questão de uma mãe em câncer terminal, mas me joguei pois o livro de Jai Pasch sobre o mesmo fato tinha sido ótimo e queria que a dose fosse repetida. Mas não rolou como imaginei.

Will tinha um bom enredo em mãos mas acredito que tenha se perdido um pouco na narrativa. Em alguns momentos o livro se torna bastante interessante pois repassa fatos que nos fazem pensar sobre nossas próprias vidas, porém em outros o livro empaca e é um pouco cansativo.

Acredito que ele quis mais fazer uma celebração a tudo o que houve do que repassar as memórias em si, para que no fim ele próprio não esquecesse do como era importante tudo isto.

Mas as dicas de livros do clube são válidas e já peguei duas dicas de lá!

site: www.amigasemulheres.com
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Marcela Pires 17/08/2013

Recomendo
"Ler não é o oposto de fazer, é o oposto de morrer.
Nunca serei capaz de ler os livros preferidos da minha mãe sem pensar nela..."

Não sei dizer bem o motivo, mas quando li a dedicatória do livro, eu me arrepiei e soube que seria um livro cheio de sentimento, emoção e saudade.
"O Clube do Livro do Fim da Vida" conta a história real de Will e sua mãe Mary Anne, mas não pensem que eles eram sozinhos, logo no início ele diz:

"O que vem a seguir é minha história. Se é principalmente entre mim e minha mãe, e menos sobre meu pai e meus irmãos, isso é só porque acredito que são eles que devem contar suas histórias..."

Achei bonito isso, pois o autor se preocupou em passar ao leitor, que o pai e os irmãos também estiveram nessa luta, amavam e eram uma família unida.
Bem, a história começa falando sobre um pouco da família de Will, e logo como sua mãe adoece de um câncer no pâncreas com metástases no fígado.
A mãe, uma mulher positiva, engajada e muito amada, pede que cada filho vá com ela em algumas sessões de quimioterapia, e é lá que começa uma espécie de Clube do Livro entre ela e seu filho Will.
Os livros são mais que formas de passar o tempo, são caminhos que ensinam mãe e filho se descobrirem e contarem sobre suas vidas e histórias. Com a pergunta "O que você esta lendo?" eles abrem caminhos para longas conversas.
"O Clube do Livro do Fim da Vida" é mais que um livro sobre belos livros, é uma lição de amor, de serenidade em frente as adversidades, de esperança. É acima de tudo uma carta de amor de um filho para sua mãe!
Resenha publicada em www.mulhericesecialtda.com
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Raffafust 10/08/2013

Falar sobre perder alguém que amamos é sempre tão dolorido e complicado que os livros que giram em torno desse assunto costumam ser ou muito lindos ou extremamente tristes.
No caso de " O clube do livro do fim da vida" o autor soube dosar muito bem o sentimento de ir perdendo alguém que amamos aos poucos para essa doença maldita chamada câncer. Quantos de nós já não perderam alguém querido para ela? A batalha vivida por parentes é tão gigante quanto a dos próprios pacientes que sofrem e muitas vezes se despedem aos poucos quando percebem que a doença foi mais forte.
Will que sempre gostou de ler, opta por fazer da vida de sua mãe após a doença um clube de leitura enquanto ela passa pelo tratamento dolorido, ele sempre leva livros para ela, discute o tema e assim os dois passam mais tempo juntos.
No livro não faltam detalhes sobre tudo que ela passa, sei bem como ele se sentiu pois há anos atrás perdi meu avô para o mesmo câncer devastador em uma área que sempre ouvimos a mesma coisa : quando o Câncer aparece no pâncreas a pessoa já está toda tomada pelos pequenos tumores e é certeza de que não sobreviverá muito tempo.
Ele cita pessoas famosas que morreram da doença no mesmo local como Patrick Swayze, mas durante a leitura inteira chorei muito lembrando de meu avô que nem teve a chance de lutar contra ela, ele se foi em poucos dias.
Não é um livro para rir, é triste mas um desabafo de alguém que fez de tudo para diminuir a dor da pessoa que mais lhe amou e a mais importante de sua vida : sua mãe.
Dos dias de tratamento, aos livros que lêem em conjunto, tudo é relatado, vivemos o que ele viveu e sofremos com ele ao ver que realmente não tem cura e como ele mesmo diz, o paciente sabe que vai morrer daquilo, só não certeza de quando.
Recomendo a todos que tenham o coração forte porque é difícil não se emocionar.
Para mim foi um revival, e a certeza de que só quem já perdeu alguém para essa batalha sabe exatamente como se sente impotente perto de algo que não é como algumas doenças que podemos evitar.
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