O Clube do Livro do Fim da Vida

O Clube do Livro do Fim da Vida Will Schwalbe




Resenhas - O Clube do Livro do Fim da Vida


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Suiany 24/09/2013

“Estamos todos no clube do livro do fim da nossa vida, quer admitamos isso, quer não; cada livro que lemos pode muito bem ser o último, cada conversa pode ser a derradeira.” – Will Schwalbe

Imagine que sua mãe, aos 73 anos de idade, descobre que possui um tipo de câncer no pâncreas que não pode ser curado e que ela – provavelmente – possui somente alguns meses de vida. É essa a sensação que atingiu a vida de Will Schwalbe em 2007. O clube do livro do fim da vida é a real história da família Schwalbe durante a descoberta e o tratamento paliativo do câncer de Mary Ann.

Durante vários meses, Will acompanha sua mãe às sessões de quimioterapia, que por durarem horas, acabam por aproximar mãe e filho. À princípio eles conversam sobre assuntos corriqueiros, nunca deixando de mencionar os livros que ambos estão lendo e suas impressões destes. Até o momento que ambos percebem que fundaram um clube do livro, composto somente de duas pessoas, mas ainda um clube do livro. É então que um passa a indicar livros ao outro e, através de suas leituras e discussões, seu relacionamento torna-se mais íntimo e floresce de uma maneira muito bela ao longo da narração.

Os capítulos são intitulados com um dos livros que o clube leu durante um determinado período. Em geral, Will nos apresenta um resumo da vida do autor, uma sinopse da obra e suas opiniões sobre o livro. Narra ainda, a fase em que se encontra o tratamento de sua mãe, as viagens que ambos fazem e suas rotinas pessoais. Além de contar-nos um pouco sobre a história – interessantíssima – da vida de Mary Ann.

Com uma narração apaixonante, Schwalbe conseguiu me conquistar. É simplesmente impossível passar as páginas sem querer ler os livros que o clube lê e sem amar Mary Ann. Uma senhora tão guerreira e, ao mesmo tempo, tão doce. O autor nos encanta com histórias de sua mãe e algumas das pessoas que ela conheceu ao longo da vida, além das importantes lições que aprendeu com elas.

Esta é uma história para quem gosta de ler – já leu ou ainda quer ler as indicações do livro -, uma história para mães e filhos, uma história para quem possui câncer ou o vivencia através de um parente próximo, uma história sobre o amor de família, sobre fé, sobre belas histórias de vida e – sobretudo – sobre grandes ensinamentos.

Tudo o que tenho a dizer sobre O clube do livro do fim da vida ainda é pouco se comparado ao impacto que essa leitura me causou. Não lembro da última vez que uma obra me trouxe tantas reflexões, me prendeu e me encantou tanto. Por conseguinte, não consigo imaginar uma pessoa para a qual eu não indicaria esta obra.

site: http://divinaleitura.wordpress.com/
Ladyce 30/09/2013minha estante
Ótima resenha, me deixou curiosa. Parabéns!


Suiany 26/05/2014minha estante
Muito obrigada, Ladyce... Leia e comente o que achou!


Lu Tibiriçá 04/08/2020minha estante
Terminei ontem a leitura desse livro.
Acho que ainda vou andar com ele por um tempo...


Suiany 04/08/2020minha estante
Muito bom, né. Queria ter adquirido pra reler!


Lu Tibiriçá 25/08/2020minha estante
É muito bom mesmo.
Você pode tentar o ebook se não conseguir o físico...


Helô 29/09/2020minha estante
Esse livro me tocou profundamente. Muito sensível!


Lu Tibiriçá 06/10/2020minha estante
Eu adorei mesmo. Sempre me vêem à cabeça alguma parte dele. Muito tocante


Milla 06/06/2021minha estante
Eu não gostei


Lu Tibiriçá 09/06/2021minha estante
Acontece, Milla. Às vezes não dá liga


Heloisa.Agibert 15/12/2021minha estante
Triste e maravilhoso, suave e pesado. Contradições que nos envolve e admirar essa mulher maravilhosa.


Lu Tibiriçá 26/12/2021minha estante
Verdade Heloísa. Ainda hoje me pego pensando nessa história




Valério 05/03/2015

A história certa para o escritor errado
O livro conta a história real dos últimos 2 anos de vida de Mary Ann, diagnosticada com câncer terminal no pâncreas.
Mary Ann foi uma mulher fantástica.
Altruísta, bondosa, forte, foi exemplo para todos que dela se aproximavam. Trabalhou como voluntária atendendo e cuidando de refugiados de guerra no Afeganistão, Paquistão entre outros.
Sua vida foi dedicada aos outros.
Deixou lições inesquecíveis.
Grandioso.
O problema é que a história foi contada por seu filho, Will.
Se por um lado Mary foi uma mulher memorável, a habilidade como escritor de Will é deplorável.
O livro carrega demais no sentimentalismo (venhamos e convenhamos: Uma história de uma pessoa com prazo para morrer já é suficientemente dramático. Qualquer tentativa de dramatizar o que já é dramático força a barra).
Além disso, as boas partes do livro são reproduções o que disse Mary.
O título do livro se deve ao fato de que mãe e filho começam a ler juntos vários livros para discutirem entre si. Como começaram depois do diagnóstico, eis o título.
Mas Will sempre se atrasa, isso quando consegue ler (muitos não conseguiu terminar).
Além disso, o livro muitas vezes parece contar quase mais da vida de Will do que de Mary. E a vida de Will nada tem de interessante (pelo contrário), a não ser sua mãe.
Will é homossexual e vive com um companheiro, David. Perfeito. Mas ele parece querer deixar isso muito claro em várias partes do livro. A história não é sobre homossexualidade. É sobre uma paciente terminal. Em nada acrescenta a quantidade de vezes que o autor foca a história em seu relacionamento.
Aí chegamos à sabedoria de Mary: Em uma das passagens, Will nos conta como foi quando contou à sua mãe que era gay (novamente, isso não acrescenta em nada ao livro, tendo em vista o enredo: Uma paciente terminal).
E ela diz, ao fim: Se for virar um escritor, seja um escritor. Não um escritor gay.
Ou seja, seja livre na sua homossexualidade. Mas não deixe que isso influencie na sua escrita.
Mas é exatamente o que ele faz. O livro carrega um pouco no homossexualismo - e aqui corro o risco de me taxarem de homofóbico. Não perderei tempo tentando convencer ninguém de que não sou. Apenas acho que homossexualismo, como qualquer relação, deve ser vista com neutralidade. Não deve ser discriminado. Mas tampouco exaltado. É apenas mais um tipo de relacionamento entre humanos.
A própria mãe, já antevendo, o alertou desse risco. Mas, aparentemente, não foi suficiente.

Por fim, o livro usa e abusa de clichês sentimentais. Reproduzo aqui um dos piores, quando, segundo o autor, a médica oncologista, em uma das últimas consultas, perguntou à Mary se podia abraçá-la:
"Era um abraço de carinho e afeto legítimo: duas pessoas consolando uma à outra, feito irmãs se despedindo antes de uma delas partir para uma longa viagem a uma terra distante".
Enfim, a personagem real Mary Ann salva o livro de ser classificado com apenas uma estrela.

Sabrina 09/03/2015minha estante
Show de resenha!


Valério 24/08/2015minha estante
Obrigado, Cecília




Sabryna @booksabry 04/03/2018

O clube do livro da vida - Will Schwable
Will Schwalbe é um editor apaixonado por livros assim como sua mãe, Mary Anne, uma senhora simpática, gentil e que acredita verdadeiramente no poder da leitura e da educação. Um dia Mary Anne descobre que tem um câncer em estágio 4 no pâncreas e não resta muito o que fazer senão tentar prolongar ao máximo a sua vida, através da quimioterapia, e aproveitar o tempo que tem para ler todos os livros que puder.
Um filho que escreve sobre a mãe pode carregar uma certa dose de suspeição, concordam? Quem é esse que não vai retratar sua genitora como a mais linda, mais pura e inteligente das mulheres? É exatamente assim que Will Schwalbe fala de Mary Anne, mas da minha parte, totalmente isento de dúvidas, porque eu creio que no mundo existam pessoas como ela.
“Essas é uma das coisas que os livros fazem. Eles nos ajudam a falar. Mas também nos dão algo sobre o qual todos podemos falar quando não queremos falar sobre nós mesmos”.
Mary Anne descobriu seu câncer depois de três filhos criados e vários netos nascidos, mas não por isso ela estava no que costumamos chamar de fim de vida. Ela era ativa e cheia de compromissos. Estava sempre ocupada fazendo o que mais gostava: ajudar os outros. Seu trabalho com os refugiados é como se fosse um trabalho com seus próprios filhos, seu empenho em construir uma biblioteca em Kabul revela uma mulher que vê na educação a saída para os males da guerra. Não por menos ela é amada e admirada por onde passa, colecionou amigos, histórias e adquiriu uma sabedoria invejável.
Mesmo com a descoberta do câncer a mãe de Will, Doug e Nina nunca deixava de sorrir, olhar nos olhos das pessoas e ouvir o que elas tinham a dizer. Ensinou os filhos a serem sempre gentis e agradecidos. Enquanto os remédios entravam pelas suas veias ela pensava em quem também estava doente e não tinha como custear um tratamento e como isso era injusto.
“[...] Na verdade, sempre que você lê algo maravilhoso, isso muda sua vida, mesmo se você não estiver ciente”.
O Clube do Livro veio da paixão pela leitura que ela compartilhava com toda a família, mas esse clube em especial era algo dela e de Will. Em meio a entradas e saídas de hospitais e consultórios, Mary e o filho iam devorando páginas e mais páginas de livros, discutindo sobre eles e tirando todo o aprendizado que pudessem. Porque para ela os livros significavam aprender, ensinar, entender, mudar de perspectiva, de opinião, compreender o mundo de outra forma. Cada autor, cada história, tinha algo de bom a deixar para o leitor e cabia a eles descobrir o que era. Nós, leitores da narração de um filho admirado, vamos vivendo as conversas dos dois e também sentindo a angústia dos dias passando e a vida de Mary chegando ao fim. Pensando se ela conseguirá chegar ao final do próximo livro, se ela estará naquela reunião de família que tanto quer ir, ou se ela reencontrará um amigo querido que há muito tempo não vê.
Por essas e outras que eu digo que acredito no relato de Will sobre sua mãe, eu acredito que existira uma pessoa – uma mulher – bondosa, caridosa, preocupada com o próximo, consciente do seu papel como cidadã, temente a Deus, e apaixonada por tudo que faz e lê.
Jeff80 06/03/2018minha estante
Muito boa. Quando eu acabar vou tentar fazer uma também. Parabéns.




Arthur 29/08/2017

O Clube do Livro do Fim da Vida: um tratado sobre o poder e a importância da leitura
O Clube do Livro do Fim da Vida, publicado no Brasil pela editora Objetiva em 2013, é, conforme um possível subtítulo que consta na capa do livro, “uma história real sobre perda, celebração e o poder da leitura”. O autor, Will Schwalbe, conta como surgiu um despretensioso clube do livro. Em 2007, após retornar de uma viagem ao Afeganistão, para onde havia ido como voluntária em um projeto de uma fundação que pretendia montar bibliotecas no referido país, sua mãe, Mary Anne, começa a apresentar sintomas que, a princípio, são diagnosticados como hepatite. Porém depois descobre-se que ela estava com câncer metastático no pâncreas. Will decide passar a acompanhar a mãe nas sessões de quimioterapia. Na primeira sessão em que faz companhia a ela, enquanto aguardavam na sala de espera, tem-se início o clube do livro de dois participantes (mãe e filho), graças a uma pergunta “quebra-gelo” que ele dirigiu à mãe: “O que você está lendo?”. Conforme ele mesmo afirma no livro, pode parecer “uma pergunta um tanto pitoresca hoje em dia”, pois como vai se saber se alguém está realmente lendo algo? Entretanto, trata-se de uma pergunta que ele e a mãe costumavam fazer um ao outro.

Os livros sempre tiveram forte presença e influência em suas vidas, sendo mais do que natural que os escolhessem como elo de comunicação, visto que sempre havia sido (“Quase todas as conversas mais antigas que lembro de ter tido com meus pais foram sobre livros”). Ele: um editor de uma grande editora de livros, sempre envolto no mundo literário, porém, desde pequeno, já imerso nele pelos pais. Ela, uma ex-professora, voluntária envolvida em diversas causas sociais, alguém que “sempre buscava refúgio nos livros”. A paixão de ambos pela leitura faz com que tornem os livros instrumentos para lidarem com essa difícil fase – na verdade, até mais que isso, que transformem os livros em portais para uma realidade só deles dois (“os livros forneciam um tão necessário lastro – algo pelo qual ambos ansiávamos, em meio ao caos e tumulto da doença dela”).

A lista dos títulos que foram pauta desse insólito clube do livro é extensa e diversificada: abrange obras clássicas, poéticas, religiosas, de autoajuda, biográficas, fantásticas, infantis... Durante os dois em que Mary Anne foi submetida ao tratamento quimioterápico, mãe e filho, norteados pelos caminhos que a leitura lhes abria, mantiveram profundos diálogos sobre diversos assuntos, inclusive sobre eles mesmos e a relação que possuíam (“Pode-se dizer que o clube do livro se tornou nossa vida; mas será mais preciso dizer que nossa vida se tornou um clube do livro. Talvez sempre tivesse sido um – e foi preciso a doença da mamãe para nós percebermos. Não falávamos muito do clube. Falávamos dos livros, e falávamos de nossas vidas”).

O Clube do Livro do Fim da Vida não é apenas uma belíssima homenagem de um filho à memória de sua mãe, mas também um tratado sobre o poder e a importância da leitura. Apresenta uma dura realidade que é amenizada pela magia das letras, assim como uma relação familiar que é aprofundada graças a uma conexão literária. Em um contexto em que se preza cada vez mais a síntese, a fluidez e a dinamicidade, tendo a leitura “concorrentes” cada vez mais atrativas, esse livro traz duas mensagens importantíssimas. A primeira é que dedicar-se à leitura de um livro não é sinônimo de inação, menos ainda de perda de tempo, mas de aquisição de conhecimento, sendo, inclusive, uma forma de manter a mente, a criatividade, o senso crítico vivos (“Todos temos mais para ler do que podemos ler, e muito mais para fazer do que podemos fazer. Mesmo assim, uma das coisas que aprendi com minha mãe é isto: Ler não é o oposto de fazer; é o oposto de morrer.”). A segunda é que a beleza e a magia de um texto e um livro são mais potentes do que se possa imaginar, que os seus efeitos vão além do que pode captar nosso consciente, fixando-se em nós e transformando-nos com suas palavras, por isso, a importância de se dedicar à leitura (“Na verdade, sempre que você lê algo maravilhoso, isso muda sua vida, mesmo se você não estiver ciente”).
Iury Souza 29/08/2017minha estante
Ótima resenha, parabéns!




Keith.Melo 08/10/2015

Eu realmente só sei sentir sobre esse livro.
Engraçado que você, enquanto lê, já sabe o desfecho. Está obviamente claro no título do livro. Mas Mary Ann é uma mulher tão, mas TÃO fantástica que você se vê não querendo que o final chegue. Mas é preparado todo o livro pra quando o fim chega.

Chorei, muito. De ficar com os olhos marejados e não conseguir ler. Repensei muito minhas escolhas, inclusive de futuras leituras. É um livro tão lindo, tão profundo e tão doído.

Eu, que não sou uma pessoa religiosa, me vi pensando no que a crença fez por ela, no que a religião faz por quem acredita nela. Me vi na pessoa cética que escreveu o livro, o Will, mas como ele, entendendo a importância da fé na vida de quem tem.

Anotei as indicações dos livros, fiz listinha e quero ler assim que possível.

Muito agradecida por esse livro.
leituras5 22/10/2015minha estante
Li sua resenha e lembrei das sensações de quando li esse livro. Um ano depois de ter lido, frequentemente penso na Mary e nos conselhos dela. Parabéns pelos bons sentimentos e por ter reaquecido os meus




Lara 17/01/2014

Oi, gente!
Na madrugada de terça, terminei de ler O clube do livro do fim da vida, do Will Schwalbe. Não sou de "fazer resenhas" aqui, mas gostei muito do livro e queria dividir com vocês as minhas impressões. por meio de comentários bem descompromissados. Antes disso, vamos à sinopse do livro:

[...]

O que me pegou em O clube do livro do fim da vida foi o fato de o câncer e o tratamento da mãe de Will passarem a ser secundários. O livro fala muito de bons livros, de gratidão e de tantas outras coisas que são muito mais importantes. A leitura a dois faz mãe e filho se aproximarem. Acho, inclusive, que esse hábito ajuda os dois a elaborarem a doença.
Outra coisa que me chama atenção é que o tempo de vida da mãe é maior do que o estimado (por que há pessoas que ainda acreditam nas estatísticas?) e isso é bacana, já que com relação a morte/vida não há regras.
Também me agradou a decisão da mãe de escolher os tratamentos paliativos quando os convencionais já não fazem mais efeito. Mary Anne nos ensina que enquanto há vida é com ela que vamos lidar.
O livro é super bacana! Recomendo muito, mas confesso que você precisa se preparar para se inquietar durante ou depois da leitura, porque alguns "fantasmas" - do passado ou do futuro - podem aparecer.
Logo que terminei o livro parecia que estava tudo bem. A confusão começou depois de umas 24 horas. Você, de repente, se pega pensando em tudo o que leu, no que não viveu/pode viver... E porque uma das "funções" da literatura é desestabilizar, acho que o livro cumpre esse papel.
É isso, queridos! :-)

Beijos a todos.

site: http://www.letraspartilhadas.com/2014/01/o-clube-do-livro-do-fim-da-vida-will.html
Simone 04/12/2014minha estante
O livro me encantou demais. E o mais curioso na sua resenha foi que aconteceu comigo a mesma coisa: 24 horas depois eu ainda estava pensando no livro. Aliás, ainda estou pensando. O livro realmente me desestabilizou.
Beijos




San... 03/01/2015

O livro conta sobre o acompanhamento de uma mulher de classe social elevada com cancer. É narrado por um dos filhos, que fala sobre os costumes da mãe, sobre as leituras que fazem para discutir posteriormente, sobre o trabalho e a vida em familia depois do diagnóstico de doença terminal. Não classificaria como um livro dramático, daqueles que levariam o leitor às lágrimas. É antes uma abordagem sobre as mudanças no cotidiano, sobre livros, sobre os trabalhos sociais da protagonista, suas rotinas, as homenagens que recebeu. Tem aspectos bastante interessantes, muito embora a abordagem da doença em si seja feita de forma leve, sem grandes aprofundamentos sobre os tratamentos ou a eminente perda que a familia sofrerá. Gostei.
Marta Skoober 17/01/2015minha estante
Também gostei San, o que me incomodou foi a quantidade de erros de revisão. Nunca havia visto tantos num único livro.
Mas, foi uma boa leitura.




Marcela Pires 17/08/2013

Recomendo
"Ler não é o oposto de fazer, é o oposto de morrer.
Nunca serei capaz de ler os livros preferidos da minha mãe sem pensar nela..."

Não sei dizer bem o motivo, mas quando li a dedicatória do livro, eu me arrepiei e soube que seria um livro cheio de sentimento, emoção e saudade.
"O Clube do Livro do Fim da Vida" conta a história real de Will e sua mãe Mary Anne, mas não pensem que eles eram sozinhos, logo no início ele diz:

"O que vem a seguir é minha história. Se é principalmente entre mim e minha mãe, e menos sobre meu pai e meus irmãos, isso é só porque acredito que são eles que devem contar suas histórias..."

Achei bonito isso, pois o autor se preocupou em passar ao leitor, que o pai e os irmãos também estiveram nessa luta, amavam e eram uma família unida.
Bem, a história começa falando sobre um pouco da família de Will, e logo como sua mãe adoece de um câncer no pâncreas com metástases no fígado.
A mãe, uma mulher positiva, engajada e muito amada, pede que cada filho vá com ela em algumas sessões de quimioterapia, e é lá que começa uma espécie de Clube do Livro entre ela e seu filho Will.
Os livros são mais que formas de passar o tempo, são caminhos que ensinam mãe e filho se descobrirem e contarem sobre suas vidas e histórias. Com a pergunta "O que você esta lendo?" eles abrem caminhos para longas conversas.
"O Clube do Livro do Fim da Vida" é mais que um livro sobre belos livros, é uma lição de amor, de serenidade em frente as adversidades, de esperança. É acima de tudo uma carta de amor de um filho para sua mãe!
Resenha publicada em www.mulhericesecialtda.com
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Greice Negrini 21/08/2013

Um pouco menos do que esperava!
Will recebeu a notícia do câncer da sua mãe como algo que fere seu peito de uma forma como nunca se sentira antes. Já tinha visto sua mãe ficar doente muitas vezes porque Mary Anne já viajara por diversos lugares pelo mundo afora para ajudar em campos de refugiados. Sua mãe não viajava para lugares lindos por lazer, viajava para ajudar outras pessoas a terem uma vida melhor.

Mary Anne resolveu começar um tratamento que definiria seu futuro a curto e longo prazo, já que os médicos geralmente não davam um bom prognóstico para seu câncer e era nos encontros com sua mãe que começou a surgir um clube entre seu filho Will e ela. Os dois sempre amantes e viciados em livros se ligavam em títulos com ferocidade e trocavam ideias sobre personagens e lugares como se aquilo unisse cada vez mais os dois.

Will cria um universo literário para suportar a dor de ver sua mãe sofrer, ao mesmo tempo em que mostra como ela é forte e o quanto fez em vida para alegrar a todos e trazer á tona o que de melhor seus filhos, maridos e amigos tem de melhor.

Este livro tinha uma outra dimensão em minha cabeça. Imaginava que era uma história de um grupo de mulheres que criava um grupo de leitura em que trocavam experiências sobre livros e sobre a vida em si.

Em momento algum imaginei que se tratasse de uma biografia e que fosse falar sobre a questão de uma mãe em câncer terminal, mas me joguei pois o livro de Jai Pasch sobre o mesmo fato tinha sido ótimo e queria que a dose fosse repetida. Mas não rolou como imaginei.

Will tinha um bom enredo em mãos mas acredito que tenha se perdido um pouco na narrativa. Em alguns momentos o livro se torna bastante interessante pois repassa fatos que nos fazem pensar sobre nossas próprias vidas, porém em outros o livro empaca e é um pouco cansativo.

Acredito que ele quis mais fazer uma celebração a tudo o que houve do que repassar as memórias em si, para que no fim ele próprio não esquecesse do como era importante tudo isto.

Mas as dicas de livros do clube são válidas e já peguei duas dicas de lá!

site: www.amigasemulheres.com
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SuAlen.Pawelkiewic 07/04/2024

Reflexões sobre a vida e a morte.
" O Clube do Livro do Fim da Vida" de Will Schwalble, foi a minha primeira leitura desse ano, no qual me identifiquei fortemente com os personagens.

O autor narra sua jornada ao lado de sua mãe, Mary Anne, diagnosticada com câncer pancreático. Enquanto sua mãe enfrenta a doença e passa por tratamentos exaustivos, Will cria um clube do livro, exclusivo para ambos que amam a literatura.

A narrativa da obra gira entorno das discussões sobre os livros que mãe e filho escolhem para ler juntos. Muitos dos livros apresentados por Will, já tive a oportunidade de ler e outros já estão na minha lista, não tem como não se interessar por eles, depois de ler as discussões abordadas por ambos.

Os livros tornam-se uma fonte de conforto e conexão entre mãe e filho durante esse período doloroso. Perdi meu pai para o câncer a alguns anos atrás, fui o Will nesse processo de luta e foi doloroso ler esse livro, a semelhança de detalhes, principalmente em relação ao tratamento me fizeram relembrar muitos detalhes vivenciados por mim.

Apesar de ter sido doloroso, foi mágico, talvez eu não tenha percebido tanto na época, mas a minha conexão com o meu pai sempre foi as Araucárias e durante os três anos de tratamento dele, esse amor em comum se transformou em um elo forte e de esperança por uma cura que infelizmente não chegou. Lembro com carinho cada momento compartilhado, cada detalhe mostrado por ele sobre as araucárias. E só tenho agradecer a cada ensinando dele.

Enfim, "O Clube do Livro do Fim da Vida" é uma mistura de memórias pessoais, análises literárias e reflexões sobre a vida e a morte, trazendo os livros como conforto nas circunstâncias mais difíceis. ???

@suhh_entre_livrosefelinos ??
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regifreitas 11/09/2013

Eu já havia folheado este livro na livraria um tempo atrás e não tive nenhum interesse em adquiri-lo, naquele momento. Então, agora no mês de agosto, comecei a ter minhas primeiras experiências concretas com livros digitais, os e-books. E uma coisa levou a outra. Já há algum tempo faço parte de uma comunidade que troca e disponibiliza gratuitamente livros em versão digital sobre temas e assuntos diversos, e este livro foi um dos títulos disponibilizados por esse grupo. Uma noite comecei a ler alguns trechos da obra, e gostei. Passadas as primeiras páginas o livro já havia me pegado de vez (ou fui “devorado” por ele, usando a metáfora da leitura anterior, do Afonso Cruz). Tanto que parei todas as outras leituras para me concentrar somente nesta. É uma história fascinante! Trata-se do relato de um filho que, ao descobrir que a mãe estava com câncer em estágio terminal, aproveita os momentos do tratamento por quimioterapia, quanto ele a acompanha muitas vezes, para discutir com a mãe os livros que ambos estavam lendo ou tinham lido até aquele momento. Veja bem, a leitura era uma das paixões de sua mãe, uma leitora voraz antes de tudo. E mais que isso: Mary Ann era uma pessoa extremamente engajada. Professora de formação, durante anos trabalhara em questões relacionadas à educação em instituições nos Estados Unidos e Inglaterra. Também participara ativamente da direção e dos conselhos de organizações e fundações que visavam defender os direitos das mulheres e de crianças refugiadas, bem como em montar bibliotecas nas regiões mais precárias do globo, como o Paquistão, por exemplo. Forma-se então, entre mãe e filho, mesmo que de forma involuntária, uma espécie de clube da leitura. Contudo, as discussões entre os dois acabam não se restringindo às leituras de ambos, nem somente à importância dos livros na vida das pessoas. Aliás, no começo, a leitura era somente um pretexto para o filho passar o maior tempo possível com a mãe. As conversas que giravam a princípio em torno dos livros, acabam se direcionando sobre questões relativas à própria vida, em toda a sua beleza, batalhas, precariedades e desafios. Ao longo da história, Will expõe de forma clara e emocionante o desenrolar da doença de sua mãe e de como isso acaba afetando a rotina e a vida da família (dele, dos irmãos e do pai), bem como dos amigos mais próximos; a luta dela para vencer uma doença que era invencível, mas que em momento algum a abateu. E mesmo sabendo de antemão o final da história, não tem como não se deixar emocionar com a existência de pessoas como Mary Ann Schwalbe, que tentam de alguma forma fazer a diferença em um mundo tantas vezes indiferente.
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Nathy Bells 14/11/2013

Resenha dupla com Renata Alves
Alguém já ouviu ou leu algo sobre Mary Anne Schwalbe!? Não!? Sem problemas eu conto para vocês...


Ela foi uma das fundadores da Comissão Feminina de Refugiados, que percorre o mundo ajudando mulheres, crianças e adolescentes que foram afetados pela guerra e perseguição. Engana-se quem acredita que essa incrível mulher ficou apenas com a parte burocrática da coisa, ela viajou para vários desses campos ao redor do mundo(Afeganistão, Sudão, Tailândia).



Mary Anne também foi educadora, diretora de admissões em Harvard e Radcliffe, esposa, mãe e acima de tudo amiga. Em 2007 ela foi diagnostica com câncer no pâncreas, já em estado avançado... é a partir daí, e pelo ponto de vista de seu filho do meio Will, que vamos conhecer melhor a vida dela.

Quando me apresentaram O clube do livro do fim da vida, achei que fosse uma ficção triste, onde um filho acompanha a mãe para sessões de quimioterapia e para melhorar as horas dentro do hospital acaba criando um clube do livro onde discutem a leitura e trocam experiencias.

Mas esse impressão não chegou nem perto do turbilhão de emoções que é esse livro; uma biografia que relata o passado e o "presente" de uma família unida pela paixão pelos livros e decidida em aproveitar cada momento que resta ao lado de sua base: uma mãe guerreira que mesmo debilitada lutou para realizar o sonho que criar a primeira biblioteca móvel no Afeganistão.

Will é um cara que trabalha como editor e que sua vida sempre esteve ligado com a leitura, fundar o clube do livro com sua mãe torna a rotina mais leve e um alento, que no futuro, servirá de valorizar recordação para Will.

"(...) Eles(os livros) nos lembraram que, onde quer que minha mãe e eu estivéssemos em nossas jornadas individuais, ainda podíamos compartilhar livros, e enquanto estivéssemos lendo esses livros não seríamos a pessoa doente e a pessoas saudável; seríamos apenas uma mãe e um filho adentrando em novos mundos juntos."
Durante essas horas, um aprende com o outro, compreende, e dá forças. Apesar da iminência da dor, juntos, eles avançam cada etapa. Como Will diz, pode ser que cronologicamente os fatos estejam errados, ou que as lembranças não sejam tão claras, mas isso não é relevante. Nada disso altera o conteúdo e a importância de cada acontecimento em sua vida.

Desde as primeiras páginas já sabemos o que vai acontecer, o final não é nem um pouco feliz e a todo momento Will não nos deixa esquecer que todos os fatos narrados foram momentos de despedida. Ele tem medo de dizer que tem orgulho da mãe e que a ama mais que tudo achando que isso fará o fim chegar mais rápido e nós, leitores, prendemos a respiração todas as vezes que vemos a quantidade de dias "não tão bons" aumentando.

Uma história repleta de amor, superação, metas e bons livros... é um livro que fala de perda, da tristeza que é perder alguém a quem se ama muito e de uma forma lenta e dolorosa. Will, definitivamente, conseguiu transformar suas lembranças em algo belo e tocante.

Na saída, um amigo cuja a esposa morrera de câncer anos antes disse a ela: "Isto deve ser exaustivo para você." E mamãe não respondeu sim nem não. Apenas sorriu e disse: "É minha última festa"

site: http://asenvenenadaspelamaca.blogspot.com.br/2013/10/resenha-dupla-o-clube-do-livro-do-fim.html
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Christiane 27/12/2013

Palavras que confortam
Quando sua mãe teve diagnosticado um câncer, ela e Will passam a falar de leituras em seus momentos de espera na quimioterapia, trocam livros e leem os mesmos livros. São livros que interessam a ambos e que são voltados ou para o mundo e o que acontece, livros sobre pessoas que enfrentaram momentos difíceis, mas o importante é que estes livros além de aproximá-los, permitem falar sobre coisas que são difíceis de dizer.E também trazem um alento para um momento tão difícil onde sua mãe está morrendo, mas ainda está viva. Uma bela homenagem a sua mãe, ao que ela realizou em sua vida e sobre seus valores, e também uma homenagem ao poder da palavra, dos livros e do que eles podem nos ensinar seja para viver ou seja para morrer.
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Rafaela 26/01/2014

Bonito, mas pouco emocionante. Não indico a leitura para quem quer somente se entreter com livros sobre esse tema.
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Ju Lemos 05/02/2014

Celebração à vida
"O que você está lendo?”. Esta é a pergunta que Will Schwalbe faz para a mãe, Mary Anne, na sala de espera do instituto do câncer Memorial Sloan-Kettering. Eles compartilham suas esperanças e preocupações através dos livros prediletos. As conversas tornam-se um momento de profunda confiança e intimidade. Mãe e filho se redescobrem, falam de fé e coragem, de família e gratidão, além de serem constantemente lembrados do poder que os livros têm de nos reconfortar, surpreender, ensinar e dizer o que precisamos fazer com nossas vidas e com o mundo. Em O clube do livro do fim da vida, o autor faz uma declaração de amor à mãe, percorrendo a vida da corajosa e especial Mary Anne, a carreira nos anos 1960, o trabalho voluntário em países em guerra e, finalmente, o projeto de fundar uma biblioteca nômade no Afeganistão. Mesmo muito debilitada, ela não abre mão de fazer com que o tempo que lhe resta seja útil — para a família, os amigos ou uma criança necessitada do outro lado do mundo. Uma alegre e bem-humorada celebração da vida.

Uma história repleta de amor, superação, metas e bons livros... é um livro que fala de perda, da tristeza que é perder alguém a quem se ama muito e de uma forma lenta e dolorosa. Will, definitivamente, conseguiu transformar suas lembranças em algo belo e tocante. Recomendo a todos que tenham o coração forte porque é difícil não se emocionar. Para mim foi um revival, e a certeza de que só quem já perdeu alguém para essa batalha sabe exatamente como se sente impotente perto de algo que não é como algumas doenças que podemos evitar.
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