@APassional 15/03/2014
De Repente, O Amor * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
De Repente, o amor é o 2º livro da Série Irmãs Fallon. Neste volume, acompanharemos a história de Kat Fallon, que fará uma longa viagem de trem (de Montreal a Toronto e de lá pra Vancouver) para participar do casamento da irmã caçula, Marilee.
Nav é amigo de Kat há dois anos e apaixonado por ela desde o início. Quando se conheceram, ele não investiu num relacionamento amoroso porque ela já tinha namorado. Nos "intervalos" entre um namoro e outro de Kat, Nav até tentou flertar com ela, que rejeitou as investidas alegando que a amizade deles era valiosa demais para arriscarem-se a perdê-la. Além disso, Kate até acha que Nav tem um corpo gostoso, mas ele não se preocupa com a aparência, não tem estilo e está iniciando uma carreira de fotógrafo, portanto passa longe do seu ideal de namorado.
À primeira vista, Kat demonstra-se fútil ao escolher seus namorados pelo status social, aparência, sucesso e carreiras de destaque. Mas, durante a leitura, percebemos que Kat esconde suas inseguranças atrás da máscara de "popular" e nunca se revela verdadeiramente, por medo de que as pessoas não gostem de sua essência. Ela se considera uma mulher comum e procura o oposto nos homens, para que possa absorver um pouquinho do glamour deles para si. Intimamente, seu desejo é ser aceita, amada e construir uma família, mas esse sonho contrasta com o comportamento volúvel e deslumbrado que adota no campo amoroso.
Por outro lado, Nav parece um desleixado: usa roupas desgastadas, não corta os cabelos e deixou a barba e o bigode dominarem seu rosto. É que ele está vivendo um momento rebelde: abandonou Londres e mudou-se para o Canadá, afastando-se da família milionária e cheia de cobranças, a fim de trabalhar naquilo que ama e ter independência. Nav dá a impressão de ser um homem solitário, pobre e mal-sucedido, quando na verdade é alguém que está cultivando sua força interior e não quer dar satisfações a ninguém. Com isso, esconde a verdade sobre sua origem, não demonstra a cultura que possui e o quão interessante pode ser. Achei que Nav "marcou bobeira" nesse sentido, porque mesmo não querendo admitir para Kat que era rico, ele não precisava ter escondido todas suas virtudes da melhor amiga e mulher a quem pretendia conquistar.
Esse é apenas o panorama de nossos protagonistas no início da história, antes de embarcarem na viagem de trem que sacudirá suas vidas, onde Nav envolverá Kat num jogo de sedução, através do qual Kat conhecerá o outro lado de Nav Bharani, totalmente refinado, confiante e sexy.
De repente, o amor teve seus momentos de altos e baixos, mas de uma maneira geral se revelou uma leitura interessante, além do conteúdo sensual, a autora trabalha os relacionamentos afetivos, sejam eles de amizade, românticos ou familiares. Nav tem várias conversas com Kat (quando estão na vertical), onde ambos falam sobre suas expectativas para o futuro, o que esperam do sexo oposto e de seus familiares. Durante a viagem, Kat e Nav mudam a maneira como enxergam um ao outro, a si mesmos e refletem também sobre a forma como interagem com suas famílias.
Kat foi uma personagem que me irritou bastante no começo, embora sua forma de enxergar as coisas tenha evoluído durante a história, ela não me conquistou como aconteceu com a Theresa de "De repente, o destino". Isso não significa que a personagem não tenha sido bem desenvolvida, só que não rolou empatia mesmo. Aliás, a relação dessas quatro irmãs é meio conturbada, entre si e com os pais, mas conforme cada uma delas encontra o amor e amadurece, o relacionamento familiar também melhora.
Não posso negar que as cenas de sexo protagonizadas por Kat e Nav são mesmo quentes (um orgasmo a cada estação), mas se tornam um pouco repetitivas caso você queira ler o livro "numa sentada só", como normalmente faço. Para não sofrer uma "overdose orgástica literária", li apenas alguns capítulos por vez e a experiência foi mais gostosa, durando o mesmo tempo que a viagem, ou seja, cinco dias.
Falando nisso, fiquei morrendo de vontade de fazer essa viagem de trem, a paisagem canadense parece ser deslumbrante e inspiradora, quem sabe um dia rsrsrs...
Beijos viajantes... Elis Culceag.
Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 13/03/2014.
site: http://www.arquivopassional.com/2014/03/resenha-de-repente-o-amor-susan-fox.html