Sil 13/11/2017
Chato.
Olá,
A resenha de hoje, é de um livro, no mínimo, bem peculiar, e um tanto quanto chato.
Temos Clay Janon, recém desempregado, que está à procura de uma vaga de emprego, e se vê repentinamente trabalhando em uma livraria 24horas. Sim, a livraria funciona 24horas, e Clay trabalha no período da noite.
Seu chefe é o Sr. Penumbra, um homem de mais idade, misterioso, porém simpático, que proíbe Clay de olhar no acervo da livraria. A livraria em si é muito misteriosa, possui volumes que ninguém nunca ouviu falar, escritos em símbolos que ninguém consegue ler. Sobre os frequentadores da livraria, são pessoas de mais idade, que usam roupas que estavam na moda em décadas passadas, pessoas que frequentam a livraria em horários suspeitos, procuram por livros estranhos.
Logo de início, Clay é afrontado por Corvina, chefe de uma livraria 24horas em uma outra cidade. Corvina não está satisfeito com o modo com que Penumbra dirige a sua livraria, pois mesmo tendo aqueles volumes estranhos e velhos, eles vendem também alguns livros comerciais, para as pessoas comuns, e teoricamente isso não é muito bem visto. Clay, proibido de mexer nos livros antigos, obviamente mete os dedos onde não deve, e acaba decifrando um código que há anos os frequentadores da livraria tentam decifrar, descobre um clube secreto e aí começa a confusão.
Temos mais alguns personagens com nomes estranhos, como Kat Potente, e Neel Shah, ambos com participações especiais no livro. E todos juntos vão usar parafernálias tecnológicas desnecessária e excessivamente descritas no livro.
Esse é o plot da história, agora vamos aos pontos:
Clay diz o tempo todo que ama os livros, que é nos livros que encontra refúgio, mas poucos trechos você vê ele lendo de fato.
O objetivo do livro era trazer um toque mais sombrio a história, mas confesso que ele falhou miseravelmente, já começando pelos nomes cômicos dos personagens. Afinal, o que tem de poderoso ou misterioso em Kat Potente?
Muitas parafernálias tecnológicas são utilizadas no decorrer da história, e todas elas são muito bem descritas. Tão bem descritas que você perde totalmente o interesse na narrativa. Me deu sono.
O autor cria toda uma atmosfera de suspense ao redor do mistério do livro. Porém quando tudo é solucionado, você fica: É isso mesmo? Jura?
Teoricamente esse deveria ser um livro escrito para pessoas que amam livros, mas definitivamente não cumpriu o que prometeu. Pois ficou citando livros que não existiam.
Prometeu também uma conspiração internacional, me desculpe, mas isso foi uma grande enganação, beira a comédia até. Não leia esperando um mistério no nível Dan Brown ou Sidney Sheldon, porque você com certeza vai se decepcionar.
O clima do final do livro é de seção da tarde. Tudo lindo, feliz, engraçado.
Resumindo: Detestei! Foi uma tortura termina-lo e fiquei imensamente feliz quando o fiz.
Porém vamos ser justos: meu cunhado é programador de sistemas, e adorou demais o livro, inclusive fez uma releitura dele. Disse que a descrição dos sistemas, maquinários e afins foi incrível. Então esse provavelmente é um livro escrito para pessoas dessa área.
Não desindico o livro, afinal gosto é uma coisa muito pessoal. Mas definitivamente não serviu para mim.
Abraços.
site: www.revelandosentimentos.com.br