O último voo do flamingo

O último voo do flamingo Mia Couto




Resenhas - O Último Voo do Flamingo


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GiuLaganá 12/10/2022

Emocionante
Do que me lembro jamais eu falo
Só me dá saudade o que nunca recordo
Do que vale ter memória
se o que mais vivi
é o que nunca se passou?

Queria ler Terra Sonâmbula, mas encontrei o Último Voo do Flamingo entre nossos livros, sem que o tivéssemos comprado. Um achado presente ?.
Um livro cheio de emoções e lições de vida, que te faz repensar (ou pensar) a relação com a natureza e com seu povo, sua terra.
África. O continente desconhecido pela maioria do mundo e que pode ser um mundo de delicadezas.
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plucas2003 10/10/2022

Divertido e profundo
Os personagens são engraçados e bem complexos... Eu amei que o livro passa uma realidade que nós brasileiros já superamos há mais de um século mas ainda sofremos com os resquícios da colonização, nos fazendo refletir sobre quando nós vamos deixar pra trás essa bagagem de preconceito?
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Kirla 19/09/2022

Ler Mia Couto é descobrir um pouco mais sobre as lendas e tradições moçambicanas. É o segundo que li e ele tem aquela dose certa de humor, política, historia, costumes e uma forma gostosa de escrever. Tu lê, te diverte e depois fica pensando no que a história contou.
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Irving Bruno 29/08/2022

Realismo mágico e muita subjetividade
Como fã do REALISMO MÁGICO e tendo amado obras como "100 anos de solidão" e " Torto arado" ( Uma obra anterior e outra posterior ) , decidi dar uma chance ao último vôo do flamingo...

Aqui somos apresentados antes de tudo a um PORTUGUÊS MOÇAMBICANO, diferente dos que nos é habituado, e eu gostei da experiência, apesar que requer certo esforço ( e as vezes dicionário rsrs ) para entendermos o desenrolar da trama e suas falas ( Para quem tem costume com o português de Portugal, será mais fácil).

Tizangara, a vila ou cidade onde se passa a história, assim como seus personagens, são ao mesmo tempo reais, Fantásticos e fantasiosos, então né necessário fazer a suspensão de descrença para mergulhar e desfrutar a trama.

E por não ter feito logo a suspensão da descrença, de início fiquei perdido e entendiado com acontecimentos e falas que muito dizem e nada falam, mas que o entendimento se encontram nas entre lias e no modo de ver o mundo de quem só habita alí, compreende. E Mia Couto se mostra muito inteligente ao fazer o mesmo com o estrangeiro ( o italiano Massiamo Riso ) sinta o mesmo que o leitor.

Aliás, quando você entende isso e entra na trama, entendo toda a dinâmica por trás de cada personagem e suas complexidades, o livro acaba!!! Com um final poético, mas uma vez sem sentido para nós não-tizarenguenses.

Não me pegou tanto quanto outros realismos mágicos ( talvez minha régua esteja alta demais ), mas eu amei demais o SIMPLÍCIO. Amei tanto, que farei uma obra ( pintura ) sobre ele, suas falas e sabedoria. Ele é representação mórfica da sabedoria, pensamento e ancestralidade moçambicana e africana ??
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Ana Sá 28/06/2022

A guerra que nunca partiu
Do pouco que conheço de Mia Couto, considero este o texto em que ele mais joga com política e humor, com acidez e leveza. Há muito de sua digital literária aqui, como a questão da memória, os elementos sobrenaturais-espirituais-fantásticos-fantasmagóricos, um recuperar de tradições, certo lirismo… Mas o ponto é que o enredo já dita a peculiaridade deste romance: inexplicavelmente, soldados da ONU enviados a Moçambique numa missão de paz começam a explodir!

A narrativa se desenvolve no vilarejo de Tizangara e é conduzida por um narrador sem nome que é (aleatoriamente) oficializado como tradutor pelo governo local, a fim de acompanhar o italiano Massimo Rizi durante suas investigações sobre esses inusitados acontecimentos. A partir daí, Mia Couto faz rir, faz pensar, emociona, somando personagens com histórias secundárias ou paralelas muito interessantes. A prostituta Ana Deusqueira, o padre Muhando, a velha Temporina, entre outros, vão se entrelaçando aos acontecimentos com fluidez, garantindo uma paisagem humana dinâmica e que dá gosto de observar… O diálogo do investigador italiano com o recepcionista da pousada de Tizangara, por exemplo, satiriza genialmente o embate entre 'europeu' e 'africano'… Me fez gargalhar! Parte das memórias de infância do narrador-tradutor dão um respiro (ou um suspiro) ao leitor… Enquanto isso, o sobrenatural-espiritual-fantástico-fantasmagórico vai ganhando cada vez mais lugar, até termos a certeza de estarmos diante da caneta de Mia Couto. Menos do que tentar distinguir o 'natural' e 'sobrenatural', mais vale se jogar e aceitar que essas fronteiras talvez não tenham tanta importância na geografia literária do autor.

Mas lembra que eu falei de política? O livro, mesmo sendo leve, não foge a uma discussão 'pós-colonial'. Sim, um 'pós' no sentido do tempo e das experiências que se seguem 'após' a conquista da independência, mas acho que aqui vale um pouco mais a ideia dos 'pós' coloniais… No sentido de 'pó'/'poeira', sabe? No plano teórico, a colonização acabou, mas, na prática, Tizangara é uma cidade coberta de pó colonial… Nas relações sociais, nas estruturas, na política, nos espaços, em tudo resta o pó do período de dominação. A faxina parece nunca estar completa, de forma que, afinal, conclui-se que a guerra nunca partiu. Uma guerra literal, mas também simbólica, que coloca as personagens e os espaços numa corda bamba sustentada pelo passado que não foi vivido e pelo futuro que ninguém sabe se virá [vou evitar spoiler, mas um elemento central da narrativa é, na minha visão, justamente uma metáfora bem evidente desse colonial que foi sem nunca ter (s)ido…].

"A guerra o que havia feito de nós? O estranho era eu não ter sido morto em quinze anos de tiroteios e sucumbir agora em meio da paz. Não falecera da doença, morria do remédio?".

Fazendo uma avaliação honesta, acredito que este romance não vá ficar muito marcado em mim. Tive a sensação de que o peso do enredo e de algumas personagens não foi devidamente sustentado até o final da narrativa. O voo do flamingo perde altura em um ou outro momento… Mesmo assim, gostei bastante da leitura, dessa equação de política e humor que eu ainda não tinha visto pelas terras de Mia Couto. Não virou livro favorito, mas foi uma experiência prazerosa e enriquecedora.

Obs.: o título do livro é explicado mais de uma vez ao longo do romance, por isso não falei nada a respeito… Aliás, achei que o título é justificado até demais! rs
Paloma 28/06/2022minha estante
Ótima resenha. Me deixou interessada. Dele só li o Terra Sonâmbula e gostei bastante ?


Alê | @alexandrejjr 01/07/2022minha estante
Que resenha gostosa de ler, Ana! Esse tá na minha lista também.


Ana Sá 02/07/2022minha estante
Obrigada Paloma e Alê! Se lerem, vou tentar acompanhar as impressões de vocês! ??




Marta 11/05/2022

"As ruínas de uma nação começam no lar do pequeno cidadão."
Nas palavras de Mia Couto o último voo do flamingo fala de uma perversa fabricação de ausência, a falta de uma terra inteira, um imenso rapto de esperança praticado pela ganância dos poderosos. O avanço desses comedores de nações. Trás uma história contra os que têm as mãos manchadas de sangue, contra a mentira, o crime e o medo, contra tudo isso.  O livro se passa numa interiorana vila de Moçambique denominada de Tizangara, estranhos eventos passam a ocorrer. Vários soldados das forças de paz da ONU (os ?capacetes azuis") começam a explodir misteriosamente. O único resto mortal de cada um desses indivíduos vem a ser o pênis. Após o sucessivo aumento no número de explosões de soldados, o suficiente para que fosse chamada atenção internacional para a modesta vila, uma investigação chefiada pelo italiano Massimo Risi tem início. Entremeado pelo constante conflito entre razão e tradição aliado ao enredo, o autor tece uma ácida crítica contra a corrupção dos chefes do poder político do país no pós Guerra Civil. O final do livro me deixou meio com cara de boba, também não é um livro de leitura rápida, porque é carregado de coisas para pensar, por isso deve ser lido sem pressa, na calma que essa leitura exige. Com certeza recomendo a leitura, eu gostei bastante.
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Raquel 26/04/2022

O ultimo voo do flamingo
Soldados da ONU, enviados para vigiar o processo de paz após anos de guerra civil em Moçambique e ajudar na remoção de minas terrestres, começam a explodir sem uma razão aparente, restando deles apenas o órgão genital. Para investigar o que está acontecendo, é enviado à região o italiano Massimo Risi, inspetor da ONU. Estevão Jonas, o administrador local, em uma demonstração do progresso do lugarejo, oferece ao estrangeiro um tradutor, apesar da fluência dele na língua local. O tradutor, que também é o narrador da história, vai ajudar o italiano a investigar o que aconteceu aos soldados e a entender como funciona essa terra estranha perdida em Moçambique, muito diferente da Europa. Massimo espera encontrar uma explicação racional para reportar à ONU, como as explosões das minas terrestres, mas, conforme ouve os depoimentos dos habitantes locais, novas explicações são trazidas, como o entendimento de que as explosões dos estrangeiros seria uma vingança da própria terra, já que os governantes locais não têm respeitado as tradições e os antepassados, bem como o entendimento de que as explosões seriam fruto de feitiços encomendados por homens locais devido inveja e ciúme dos estrangeiros. (“Eu posso falar e entender. Problema não é a língua. Eu não entendo é este mundo aqui”).

Conheço pouquíssimo da história de Moçambique (foi colônia portuguesa e após a independência em 1975 passou por guerra civil que durou anos), mas entendi que o autor queria falar de questões pertinentes a história e política do país, como o respeito às tradições locais, a interferência estrangeira em assuntos internos de uma nação, a corrupção política, a riqueza da cultura oral, dentre outros. Muitos personagens espelham esses temas em sua constituição: Estevão Jonas, o administrador local, encarna a corrupção e o e o desrespeito pelas tradições locais; Sulplício, o pai do tradutor, simboliza a ancestralidade e o saber da experiência muitas vezes renegado em prol da novidade e da modernização. O livro é uma crítica ao colonialismo e às mazelas sociais e conflitos sócio-políticos em que o pais padece em uma era de globalização econômica, como a falta de recursos e o esquecimento da tradição e memória local.
Achei interessante o uso de muitas palavras que eu acho que não existem (procurei algumas no dicionário), mas que são como formas populares de outras palavras, o que dá um tom de língua regional aos diálogos dos habitantes de Tizangara. No geral gostei, mas num primeiro momento me pareceu sem pé nem cabeça, tive que refletir e pesquisar um pouco pra chegar a muitas das observações que destaquei nessa resenha.


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Lauren / Biblioteca de Lilith 16/04/2022

"O mundo não é o que existe, mas o que acontece"
"Na viagem de regresso não seria já eu que voltava. Seria um quem não sei, sem minha infância. Culpa de nada. Só isto: sou árvore nascida na margem. Mais lá, no adiante, sou canoa, a fugir pela corrente; mais próximo sou madeira incapaz de escapar do fogo."

"Não vê os rios que nunca enchem o mar? A vida de cada um também é assim: está sempre toda por viver"

" Se temos voz é para vazar sentimento. Contudo, sentimento demasiado nos rouba a voz"

"O que faz a lágrima? A lágrima nos universa, nela regressamos ao primeiro início. Aquela gotinha é, em nós, o umbigo do mundo. A lágrima plagia o oceano."

/////

"O último vôo do flamingo fala de uma perversa fabricação da ausência - a falta de uma terra toda inteira, um imenso rapto de esperança praticado pela ganância dos poderosos. O avanço desses comedores de nações obriga-nos a nós, escritores, a um crescente empenho moral. Contra a indecência dos que enriqueceram à custa de tudo e de todos, contra os que têm as mãos manchadas de sangue, contra a mentira , o crime e o medo, contra tudo isso se deve erguer a palavra dos escritores" por Mia Couto

/////

"A terra guarda a raiz da gente. Mas a mulher é a raiz da terra."

"Antigamente queríamos ser civilizados. Agora queremos ser modernos.
Continuávamos, aí fim e ao cabo, prisioneiros da vontade de não sermos nós."
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Cissa 01/04/2022

O ultimo voo do flamingo, de Mia Couto
?Ao vê-lo, logo no primeiro dia eu disse para mim: este vai-se salvar. Porque aqui você precisa de calar a sua sabedoria para sobreviver. Conhece a diferença entre o sábio branco e o sábio preto? A sabedoria do branco mede-se pela pressa com que se responde. Entre nós o mais sábio é aquele que mais demora a responder. Alguns são tão sábios que nunca respondem.?

Mia Couto me prendeu de uma forma muito sábia no desenrolar deste livro - que me trouxe uma leitura bem fluida, em que alguns momentos me encontrava refletindo e em outros me descontraía e ria das diversas situações passadas pelos personagens.

Apesar de seu peso cômico, O ultimo voo do flamingo nos traz críticas e reflexões acerca de diversos assuntos, com um foco para o empoderamento feminino demonstrado por mulheres fortes e com personalidades também fortes; a crítica aos governantes e às diferenças entre etnias - que também é bastante evidenciada.

Eu, particularmente, adorei o livro e amei o peso emocional que ele me trouxe, com algumas reflexões maravilhosas? Nota 5/5 estrelas. Obrigada por essa história cheia de vai e vens com personagens tão completos, Mia Couto. Esperando o voo do próximo flamingo!
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Paulo Sousa 22/03/2022

Leituras de 2022

O último voo do flamingo [2000]
Mia Couto (?? ,1955)
Companhia das Letras, 2016, 256p

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?No meio da noite, em plena tempestade, quando se perde noção da terra, é a presença e a voz dos flamingos que orienta os pescadores perdidos? (Posição Kindle 1426/57%).
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?Face à neblina, nessa espera, me perguntei se a viagem em que tinha embarcado meu pai não teria sido o último voo do flamingo. Ainda assim, me deixei quieto, sentado. Na espera de um outro tempo. Até que escutei a canção de minha mãe, essa que ela entoava para que os flamingos empurrassem o sol do outro lado do mundo? (Posição Kindle 2365/95%).
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Meu primeiro contato com a escrita do moçambicano Mia Couto foi em 2016, quando li ?Jesusalém? (no Brasil, o título ficou como sendo ?Antes de nascer o mundo?). Já deu, naquela experiência, para perceber que Mia Couto se utiliza de neologismos que, misturados aos dizeres locais num português mais europeu para contar suas histórias, tem muito de fábula.
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Em ?O último voo do flamingo? não é diferente: aquele eterno tom de fábula, mesmo que a história pareça pilheiresca ou mergulhe no suspense, você é atropelado pelo eterno tom de fábula, tanta que é difícil separar o que é sério do que é humor ou crítica.
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Logo no início do romance, um acontecimento aparentemente trágico prende logo o leitor: num país africano fictício, soldados da ONU explodem-se, assim, sem mais nem menos, fato que não só chama a atenção dos moradores locais como também de prepostos externos. Para entender o estranho fenômeno, é convocado um especialista da ONU, o italiano Massimo Risi, que tem a missão de estudar e documentar os eventos extraordinários, para no final remeter o relatório a seus superiores.
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Bueno.
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A partir daí, Couto vai desenvolvendo uma narrativa que mistura assuntos políticos (o chefe de Estado que tenta impedir a intromissão europeia em seus domínios), magia, cultura local, poesia e provérbios populares.
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Os personagens também seguem a mesma linha, o narrador e designado tradutor local, que acompanha Massimo em sua missão, entre curandeiros, mortos que ainda convivem com vivos e uma infinidade de feitiços que acometem mulheres e homens, deixando-os velhos, ?explodíveis ?? Vamos caminhando para o final para, ora bolas, entender o porquê das explosões. É quando, a meu ver, o livro vai perdendo vigor, estofo, fica demasiado lento e até, em algumas partes, repetitivo e macilento.
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Me recordo vivamente que Jesusalém me cansou na leitura. O último voo do flamingo, apesar de ser bem mais leve, até mesmo mais liricamente bonito, não chegou a me impressionar tanto quanto gostaria, afinal é um título que venho tentando ler desde bom par de anos. Não que o livro seja ruim, repito. Mas, diferente do realismo fantástico de Gabriel Garcia Márquez, aquela perfeita enxurrada de palavras, de adjetivos milimetricamente bem construídos que impressiona sempre, a escrita fabular de Mia Couto, até o momento, deixa a desejar.
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Biblioteca Álvaro Guerra 09/03/2022

Este artigo apresenta uma análise do romance O último voo do flamingo (2005), do escritor moçambicano Mia Couto. Seu objetivo consiste em reconhecer e apontar, a partir da literatura, algumas especificidades da realidade sociocultural moçambicana no contexto da pós-colonialidade.


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!






site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535906028
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Gabi 06/03/2022

Fim do mundo
Esse livro me surpreendeu bastante. Ao longo da leitura, tive diferentes impressões sobre a escrita: às vezes era cômica, outras vezes poética e mística, e em diversos momentos bastante crítica política e socialmente.
Como em outros trabalhos de Mia Couto, o misticismo africano está no cerne da estória, uma crítica contundente ao colonialismo que se perpetua na sociedade mesmo quando um país é oficialmente soberano.
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Gabi 25/02/2022

Pura poesia
"O último vôo do flamingo" é a minha segunda leitura do autor e, assim como "O mapeador de ausências", me encantou.
Mia Couto é poesia em cada página que escreve. É uma delícia poder ter contato com a obra do autor, que nos passa uma mensagem super importante de um jeito lindo.
"Não vê os rios que nunca enchem o mar? A vida de cada um também é assim: está sempre toda por viver."
As personagens são muito especiais, e cada uma delas nos traz reflexões muito importantes, que às vezes, para ser interpretadas, requerem várias leituras e muita interpretação. Sulplício foi de longe o meu personagem favorito.
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Luana 15/12/2021

Não conhecia Mia Couto, não sabia sobre sua escrita e no início achei que ia ser um livro sobre lendas, todo de ficção. Quando passei a entender que ele fazia uma denúncia, eu me surpreendi com sua capacidade de falar de algo tão ruim de forma tão bonita.
Flávia 15/12/2021minha estante
Mia é vida! Indico o outro pé da sereia. O meu livro favorito do meu autor favorito.


Luana 18/12/2021minha estante
Vou adicionar a minha lista Flávia, obrigada pela indicação


Flávia 21/12/2021minha estante
disponha!!




Caroliny 14/12/2021

ser um pássaro
Mia Couto, que poeta tu és! Ler esse livro foi uma facada no peito diante de todos os abismos naquele país. O modo como não se respeita a terra. O modo como gente de fora, brancos, tenta intervir nos assuntos desses países como se fossem a máxima autoridade para isso. Retirar os ossos, conversar com o rio, procurar a vida. A ganância como destruição da estrutura de uma sociedade. Uma nação à beira do precipício, invisível, insondável. Leitura incrível. Me trouxe muito pensamento.
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