Resenhas - O Falso Príncipe

Gabi 29/11/2012

www.livrosecitacoes.com
Me perdoem desde já porque a minha resenha não será digna desse livro. Eu jamais conseguirei expressar o quão bom ele é sem dizer demais. Aliás, se eu pudesse dar mil estrelas para esse livro, eu daria mil e uma, só por achar que não estava sendo justa o suficiente, então minha melhor dica é: compre! Vale cada centavo.

"Ele quer ser meu dono. Se eu ceder, não me restará mais nada."

O livro gira em torno de Carthya, um reino prestes a entrar em uma guerra civil com a morte de seu rei, sua rainha e o príncipe. Conner, um dos nobres regentes, logo planeja algo ousado: procurar um garoto que possa se passar pelo filho desaparecido do rei para assumir o trono. Em duas semanas, ele pretende preparar quatro meninos para essa tarefa e eles devem competir para ser o escolhido do nobre.

Entre os órfãos está Sage, um garoto que não confia em Conner, mas sabe que se não ganhar será morto. E com inimigos por todos os lados, ele sabe que suas chances são poucas. Com o plano de Conner desvendando-se como um verdadeiro jogo mortal, Sage logo percebe que para sobreviver ele deve ter seus próprios planos e virar o jogo quando ninguém mais esperar…


"Você não está cansado de mentiras? Eu estou."

Sage, com quinze anos, é um jovem sagaz, irônico, cínico e, ainda assim, honrado. Batedor de carteiras e ladrão de comida para sobreviver, ele é um garoto mirrado e uma peste, criando vários trechos e debates cômicos para sair-se com a sua. E quando Conner aparece, ele deve tornar-se um mentiroso melhor, e um príncipe, se tudo der certo.

"Seria tão ruim assim, ser apenas quem você é?"

Já Conner acredita que conseguirá criar o príncipe perfeito, mas logo fica claro que é possível mudar a aparência de uma pessoa mas jamais criar uma nova personalidade, não dá para adicionar certa quantidade de coragem e força e misturar para conseguir a pessoa desejada. Com a coragem e honra fazendo parte de Sage, ele tem tudo para o príncipe perfeito. Ele não vê as aparências ele vai mais fundo, e quando as apostas aumentam, essa habilidade poderá salvá-lo.

– Vai ser mais fácil para mim, sabendo que minha morte não causará dor a mais ninguém.
– Se você não pode causar dor a ninguém, então não pode dar alegria também.

Apesar de esse ser um livro para jovens, Jennifer A. Nielsen ousou e foi além. Depois de Harry Potter, eu só encontrei um livro para jovens tão bom assim em Percy Jackson. Não, o livro não possui magos nem Deuses do Olimpo, mas também é sobre um menino que não estava preparado para a carga que o destino colocou em suas costas, mas se superou quando foi provado. A escrita é leve, a trama foi muito bem elaborada, mostrando-se um verdadeiro jogo de xadrez, e logo meu coração foi tocado, chegando a me emocionar com esse personagem maravilhoso que é Sage. Com um leve sopro de romance e ainda muita aventura por vir, a Trilogia do Reino mostrou-se uma surpresa bem-vinda e algo pelo qual vale a pena esperar.

Beatriz463 13/06/2021

Um príncipe perdido
Comecei o livro sem muita expectativa mas fui surpreendida pelo Sage, um órfão que junto com mais quatro jovens da mesma idade foram sequestrados e forçados a entrar em uma competição para ser o príncipe. De todos os candidatos o Sage é o mais rebelde, inteligente, e louco na mesma medida. O final com certeza é muito inesperado e a leitura fluida ?

Vel 25/08/2022

AAAAAAAAA!?
Me prometeram demais e superaram minhas expectativas!!!

O livro 1 da trilogia do Reino é um dos melhores que eu já li. Eu amo esse estilo literário mas estava com dificuldade pra achar um que fosse tão bom. Este livro é pra você que gosta do Rei Artur e os cavaleiros da Tavola Redonda, Robin Hood, dos Três mosqueteiros, da Seleção, de Jogos vorazes; E é pra você também que não gosta de nada disso! A leitura é muito fácil e fluida, os capítulos são pequenos e o personagem principal...Ele te surpreende de todas as formas possíveis, é o que se espera de um bom livro ele sempre precisa estar a frente de nós e mesmo que a gente tenha uma ideia do que vai acontecer ela precisa acontecer de uma maneira incrível e é isso que se vê aqui.

Paulo Henrique 19/11/2021

Fantasia curta de qualidade
Eu estava procurando um livro curto para ler, esbarrei nesse como "indicação pela seu histórico de compras" e vi ele no skoob como "romance de amor"... Quase não o li porque queria uma fantasia sem romance... E consegui!
Esse livro é perfeito, desde o começo, o personagem encanta, a narração é extremamente fluida e os acontecimentos são sempre interessantes.
Não tem grandes plot twist nele, mas o livro não depende disso, ele tem a beleza na construção, nos eventos, nos diálogos e nos personagens.
Eu me diverti horrores e vou panfletar muito, pqe esse livro merecia TANTO uma hype

Pérola XP 24/12/2021

Sage é um bebe e merece ser tratado como tal
Eu me assustei com o quanto gostei desse livro. Sou tiete da trilogia e indico tranquilamente. Leitura rápida, fluida, personagens maravilhosos, "vilões" inteligentes, desenvolvimento bem feito, tudo do jeitinho que um leitor de escrita medieval gosta. As tramas aqui são muito boas também. Trilogia que mora no meu coração. Ah, e o plot me pegou de calça arriada, eu sinceramente não imaginava, mas sou meio lerda, então nem conta.

july 09/08/2021

Impecavelmente genial!
Esse livro não é NADA do que eu poderia sequer imaginar. Primeiro que ele estava mofando na minha estante há tempos. Segundo que eu nunca imaginei que gostaria tanto quanto gostei. Esse livro é genial e não é a toa que já marquei como favorito (e estou ansiosa para ler os próximos). Triste saber que um livro desses não é muito conhecido, nem mesmo muito divulgado. Vocês não sabem o que estão perdendo! Começa com o fato da narrativa ser DELICIOSA. Ela é fluida e rápida. Não precisa de descrições enormes para que você se sinta dentro da história. Os diálogos são ótimos. Te prendem e encantam. Marquei vários deles, aliás. Mas a pedra preciosa desse livro, com certeza, é o protagonista. Realmente não sei como teve gente que não gostou dele. O garoto é simplesmente genial. Sim, as vezes fica meio difícil pensar que um garoto de 14 anos seja tão astuto, inteligente, sarcástico, enigmático, sagaz e estrategista. Mas isso não deixa de dar aquele SABOR em acompanhar um personagem tão único. O garoto não tinha só jeito de príncipe mas essência de rei. É um dos personagens que mais me deu gosto e orgulho de acompanhar. Sou dorameira, me lembrou bastante alguns reis/príncipes espertos e poderosos que tive o prazer de acompanhar em sageuks (doramas de época). Fora o plot twist. Aliás, os VÁRIOS plot twists da história. Não teve uma vez sequer que fiquei entediada. Na verdade, do meio pro final foi, literalmente, impossível parar. Ontem estava na metade, hoje pela madrugada terminei. Não consegui deixar de lado. A leitura simplesmente me sugou. Foram várias cenas surtantes. De brinde ainda teve um ship MUITO fofo para dar aqueles momentos doces no meio de tanta treta e tensão. Amei! Favoritado com sucesso. Por favor, só leiam!

Ari Phanie 10/01/2017

Parece bom. Mas só parece.
Quando li a sinopse desse livro em um blog de literatura fantástica, achei que era uma boa pedida. A história de um órfão pobre que é treinado para se passar por um príncipe perdido e evitar uma guerra civil pode ser mirabolante, mas me interessou. Meu gênero preferido é fantasia, então o livro só precisa ter uma boa sinopse para que eu fique interessada. E quando peguei o livro para ler, logo nas primeiras páginas conheci Sage, o protagonista, que é um adolescente irônico, astuto e corajoso. Sage é o típico personagem meio inconsequente e esquentado, que não se curva facilmente que eu muito aprecio. E esse é um personagem fácil de admirar e conseguir empatia.

Aos poucos vemos o desenrolar da trama. Sage e outros três garotos com histórias semelhantes à dele são “reunidos” por Conner para avaliar quem melhor parecia um príncipe capaz de salvar um reino. Confesso que estava muito animada para saber como seria esse treinamento a que os garotos seriam submetidos, porque com duas semanas para tal treinamento ser realizado esperava que fosse um tipo de jogos vorazes. Conner me pareceu frio e impiedoso no começo, então esperava algo bastante difícil. E mesmo que não passassem de aulas de esgrima, montaria e etiqueta, poderia ser bastante desagradável não fosse por um simples motivo: falta de profundidade. Eu diria que a maior falha desse livro é essa. Tudo é mostrado de forma superficial. Logo você para de comprar a história, ver mais pontos negativos como o protagonismo exacerbado de Sage (que ainda parece um vidente ao adivinhar situações sem uma pista sequer), ou os pitis deselegantes de Conner que o fazem parecer apenas uma criança mimada.

Mesmo com essas falhas, eu ainda arriscaria ler o segundo livro não fosse um grande detalhe: Sage não existe. Ou seja, aquela trama principal que me interessou, aquele personagem principal que me conquistou revelou-se apenas um plot que eu nunca considerei porque era fórmula pronta demais. Que pena!

SAVieira 08/04/2021

Olá leitoras e leitores!

Hoje vim falar sobre O Falso Príncipe, para quem gosta de livros com mentiras, tramas políticas, com protagonista sagas e inteligente, esse livro é para você.
A história em si gira entorno de um garoto órfão, Sage, que vive nas margens da sociedade, até que um dia ele é simplesmente capturado junto com outros 3 garotos, e segundo quem os capturo-os há um motivo e uma nobre causa para isso, porém conforme a trama vai se passando as verdades e mentiras vão surgindo, tudo isso girando em torno de um objetivo, ser um Falso Príncipe.
A narração foi em 1° pessoa, sendo o próprio protagonista, mas vale ressaltar que ele não é um narrador nada confiável viu ...
Foi uma leitura fácil, afinal o livro já começa sem muitas enrolações e introduções, e continua nesse ritmo frenético onde a própria introdução do universo é dada junto com a trama
Sobre o mundo construído, ele não é muito explorado mas é algo que não faz tanta falta já que o foco é muito mais na competição e política, inclusive um fato interessante é que o livro se passa quase todo em um único local.
Sobre os personagens , se houve uma coisa que não consegui tirar da cabeça enquanto lia era que, cada um dos 4 escolhidos representavam uma casa de Hogwarts, um universo um pouco distante talvez, talvez... mas fazia/ faz total sentido na minha cabeça.
Bom não vou comentar muito sobre o final pois tenho certeza que eu não conseguiria comentar sem dar spoiler e iria até ficar meio desconexo, a única coisa que tenho a falar é que é fantástico e que não vejo a hora de ler esse próximo livro pois o final deixou várias pontas soltas.
Será que você é um bom detetive e descobrirá todas as mentiras que estão por trás? Bom para descobrir é só ler ...
Então leitoras e leitores essa foi a resenha de hoje !!!

Victor Costa 11/06/2021

Que o príncipe não te engane
O que falar desse livro que foi uma indicação da minha amiga Sanara (piada interna kkk), esse livro me surpreendeu de uma tal forma porque não foi acaso da minha síndrome de altas expectativas, achei que seria mais um livro mal feito que todos meus amigos gostam, o que se mostrou o contrário óbvio o que leva todos a adoração do mesmo é o plot do final ele que carrega o peso de todo o esplendor da historia, que podem dizer o que for mais não é esperado , e realmente bem surpreendente, outra coisa surpreendente e a escrita da autora que flui muito bem, sendo um livro infanto-juvenil a leitura corre muito bem para o público alvo, não sei se exatamente por ela querer acertar somente o público alvo mesmo ela tendo uma boa escrita ela não sabe escrever bem a historia fazendo muitas vezes uso do fatídico Deus ex machina, o que me incomoda um pouco pelo fato do livro ser escrito em primeira pessoa não havia necessidade disso, não em muitos momentos, o fato do livro ser em 1º pessoa poderia abranger o fato dela mergulhar mais nós outros personagens, sobre passado, historia e traumas que todos temos, mas são deixados de lado e torna apenas um pilar pra historia muito raso. Um livro bem dividido com seu começo, meio e fim bem redondinho se tivesse sido publicado como livro único teria cumprido com o prometido, a todo momento da minha cabeça eu via cenas de filmes como se o mesmo tivesse sido escrito pra essa finalidade o que daria uma ótima serie, continuarei com toda certeza a trilogia, após esse fim quero ver a que caminhos e o que iremos enfrentar ao lado do Rei de Carthya.

Lu Oliveira 28/08/2016

Simples e bom.
Sage é um órfão de um dos orfanatos de Carthya, e tem que roubar quase sempre pra que consiga comer. Ele é pego num de seus roubos e apanha até que um homem salda sua dívida com o açougueiro do qual ele havia roubado. De volta ao orfanato, ele descobre que o homem chamado Conner o comprou. Sage tem o temperamento forte e não vai tão facilmente assim. Ao longo do caminho o homem apanha vários outros adolescentes em outros orfanatos. Conner tem um plano arriscado: transformar um desses garotos no Príncipe Jaron, que foi morto em um ataque pirata ao seu navio anos atrás. Esse ato arriscado pode evitar uma guerra civil que está às portas de Carthya.
Depois para sua residência, Conner vai passar as próximas 2 semanas treinando os garotos, e no final escolherá um para se tornar o falso príncipe.

Fazia algum tempo que desejava ler este livro, aí de repente, descubro que os amigos estavam confabulando pelas costas e iam lê-lo sem mim. Pensei, "já que está na lista vou ler logo", e assim parti para esta jornada. Devo dizer que me surpreendi com a escrita da autora. É um livro fácil e rápido de ler, narrado em 1a pessoa. Sage é um personagem teimoso, tem a língua solta, o que lhe causa vários problemas. O plot desse livro foi bem legal e gostei muito. Estou ansiosa para ler os próximos, e espero que sejam tão bons quanto este.

Jemilly 18/05/2016

Amor a primeira linha
Primeiro livro da Trilogia do Reino, O Falso Príncipe foi uma leitura incrível, faz um tempinho que não encontrava uma leitura do gênero que me empolgasse tanto, li alguns livros ótimos, mas não eram daqueles que você não largar até terminar de ler, e quando termina se joga logo na continuação, com certeza esse livro foi escrito para ser "devorado".

"Nunca tentara roubar carne antes, e já estava me arrependendo. Acontece que é muito difícil segurar um pedaço de carne crua e correr ao mesmo tempo. Mas escorregadio do que eu havia imaginado. Se o açougueiro não me alcançasse com a machadinha e literalmente extirpasse meus planos futuros, da próxima vez me lembraria de pedir que a embrulhasse antes de roubá-la."

Sage foi um personagem que me apeguei no terceiro parágrafo, da primeira página e do primeiro capitulo rs vivendo como um ladrão nas ruas de Carthya e morando em um orfanato ele foi comprado pelo nobre chamado Conner, junto com mais três órfãos com aparências um pouco similares para competirem para se passar por um falso príncipe, ele é um garoto que te ganha pelo senso de humor e inteligência e sem contar com sua língua afiada que sempre o mete em problemas.

"-Ladrão e mentiroso, hein? Sabe lidar com uma espada?
- Claro, desde que o meu oponente não tenha uma."

Não vou negar que em alguns momentos e até olhando a sinopse pareça um pouco clichê do gênero com o garoto órfão e tudo, eu não me importo tanto com isso desde que não seja absurdamente obvio, eu até gosto dessa construção, sendo uma boa historia. O que mais me agradou no livro foram as reviravoltas, ainda mais pelo sentimento que eu tinha com alguns personagens, em uma hora eu gostava e na outra eu os odiava, sem saber de que lado estavam, o que estavam tramando, como Sage no decorrer do livro, tinha momentos que ficava difícil confiar em alguém mesmo, achei os outros personagens também muito bem construídos, mas claro que não tem como Sage não se destacar. Com um final muito bom, tô apaixonada demais por esse livro!!! Leiam!!!

site: http://clubedofarol.blogspot.com.br/2016/04/o-falso-principe-trilogia-do-reino-1.html

Maiara W 08/02/2020

Interessante
Comecei a leitura influenciada pela sinopse e pela as avaliações positivas deste livro. A leitura é bem fluida e envolvente. O protagonista me lembrou muito os protagonistas masculinos da Cassandra Clare, pelas atitudes no decorrer da estória. Não conhecia a autora, mas valeu a leitura - vou dar continuidade a trilogia.

O Livreiro 03/02/2013

Resenha do http://o-livreiro.com

O Falso Príncipe foi uma das minhas primeiras leituras de 2013; e eu não poderia ter começado o ano de melhor maneira. Porque, com uma trama consistente, premissa curiosa, personagens carismáticos e um universo ficcional em que reviravoltas e intrigas políticas caminham lado a lado com segredos inimagináveis, a obra de Jennifer A. Nielsen ingressou rapidamente à lista dos meus livros favoritos.

Quando o rei, a rainha e o príncipe herdeiro de Carthya são assassinados, o reino fica à beira de uma guerra civil. E com a família real despedaçada, a verdade sobre o assassinato poderia vir a ser o colapso de uma sociedade que sucumbiria ao caos. Mas Conner, um nobre regente, arquiteta um plano ardiloso e arriscado para ascender ao poder sob o pretexto de unificar o reino: encontrar quatro garotos e treiná-los para que se tornem cópias do príncipe Jason, desaparecido anos antes. No fim de duas semanas, ele deverá ter seu falso príncipe e fazê-lo ocupar o trono.

Sage é sequestrado por Conner e forçado a participar da competição, assim como outros três órfãos. O rapaz não confia em Conner nem em seu perigoso plano, e tenta sobreviver às intrigas e artimanhas do nobre usurpador. Quando percebe ser uma peça de tabuleiro em um jogo em que um passo errado pode representar a morte, e que dos quatro quase falsos príncipes só um pode sair vivo, Sage deve começar a jogar com os próprios termos e fazer movimentos que ninguém imagina para viver no final.

Você não está cansado de mentiras? Eu estou.

O Falso Príncipe é uma leitura rápida. A escrita de Nielsen é dinâmica e objetiva, o suficientemente fluida e hábil para cativar logo nas primeiras páginas. Ela consegue sustentar o suspense e as intrigas durante toda a narrativa de maneira díspar e espetacular, embora simples — o que é controverso e, no entanto, plausível. Os diálogos entre os personagens são afiados e o ritmo da narrativa é instigante.

Quanto ao protagonista, Sage é irreverente e cativante, irônico, dissimulado e furtivo, blindado e ferido, ao mesmo tempo em que é bondoso e honrado. É essa complexidade, as múltiplas nuances presentes na estruturação do personagem — seu caráter e o que ele é —, que faz a diferença e que o torna tão especial. Contudo, é importante que se diga que Sage não é um narrador confiável; e este é um dos melhores aspectos da obra, pois traz uma imprevisibilidade incrível a ela e uma carga dramática ímpar. Jennifer não apenas concebe um personagem — ser limitado — mas uma porta para um interior grandioso.

Nielsen ainda discute questões a respeito da natureza e da identidade de cada um; de como não é possível modelar as pessoas às nossas vontades e transformar suas personalidades, mesmo que tentemos; fala a respeito de até onde as pessoas são capazes de ir para conquistar seus objetivos e ambições; e nos indaga o que é lealdade e a quem — ou ao que — a “devemos”.

Com um grande potencial para surpreender e cativar, ganchos para uma sequência magistral e rumores de um lindo romance, O Falso Príncipe deve ser exaustivamente saudado e ininterruptamente elogiado, e, no fim, não apenas lido, mas provado, cada palavra degustada deliberadamente.

Catarina 04/10/2019

Ícone sem defeitos
Sage é um protagonista incomparável. Com seu jeito teimoso e corajoso, o vejo como um personagem que surpreende o leitor o tempo todo. Astuto, confiante e certamente não confiável, acompanhar esta jornada aos seus olhos torna a história ainda mais interessante. De certa forma me identifiquei com ele e acredito que é impossível não torcer por ele. Ele faz decisões que o levam a momentos difíceis, mas no fim das contas tudo é muito bem explicado, e sua inteligência é inquestionável. Com certeza é um protagonista como nenhum outro.
Os personagens secundários são muito interessantes. Os outros órfãos são muito diferentes dele e entre si, e no fim das contas acabei gostando de todos. O nobre, Conner, é um bom vilão, e com certeza virão mais e ainda melhores nas sequências da trilogia. E Imogen, uma das servas e amiga de Sage, é uma boa personagem também, mesmo não sendo tão marcante assim pra mim. Senti que todos complementaram muito bem a história e tiveram papéis importantes.
"O Falso Príncipe" é, com certeza, um dos melhores livros que já li, com um plot twist incrível que não consegui prever e tornou toda a leitura ainda melhor, estimulando até releituras. O livro traz a instabilidade política de um reino de fantasia junto aos conflitos de identidade de um jovem, um protagonista único e inesquecível, numa trama de base tão simples mas que demonstra muito potencial ao fim do livro. Nada foi previsível nessa leitura para mim e espero que o resto da trilogia mantenha a qualidade deste início. É um livro que eu recomendo sem pestanejar. Pois se até mesmo eu, que costumo ter dificuldade ao ler fantasia, me apaixonei pelo livro, acredito que qualquer um possa ter uma experiência maravilhosa.

site: https://www.instagram.com/bookishmorning

Amanda 30/09/2016

Perdida por esse mundo chamado Skoob, já li várias resenhas que analisavam criticamente a escrita dos autores, e eu me peguei pensando no por quê de não conseguir perceber esses detalhes que fazem um escrita ser boa ou ruim. Geralmente, quando sinto algo me incomodando, eu não sei explicar porque só sei algo não bateu comigo ali. Mas lendo esse livro, uma parte da complexidade do universo literário clareou, porque além de compreender o que muitas pessoas reclamaram em outros livros eu consegui perceber o quanto esse foi ruim.

É o famoso 'mostrar vs. contar'. A história te apresenta situações que caem de paraquedas, o protagonistas deduz coisas que a trama não apresenta (os pequenos detalhes, as sutilizas da histórias, que fazem uma história parecer real e depois que bem apresentadas não precisam ser justificadas porque a informação por si só cresce e atinge o leitor quando for a hora certa). Ok, é um livro infanto-juvenil, mas não é por isso que tem que ser tão fraquinho, com diálogos pobres e uma narração sem grandes pretensões.

Resumindo, esse livro 'conta' a história, e muito mal por sinal. Quando o protagonista descobre coisas, sem pistas suficientes, em um momento ele está no telhado da casa observando tudo ao redor, olha para os quartos dos servos e do nada diz 'os quartos com cortinas fechadas devem ser da fulaninha'. Sabe ele não tem indício pra falar isso, mas a partir do momento que ele diz, é uma verdade. Outra hora, Sage comenta que a morte de um random o atormenta em pesadelos e o assombro durante o dia. Mentira! Se ele quer me fazer acreditar nisso, ela tem que demonstrar isso, ele mal lembra do menino, a não ser quando o assunto entra em questão. Não é só o protagonista falar A ou B que vai me fazer acreditar naquilo. A história dele tem que ser a minha história enquanto eu leio, e aqui, nunca é. O que é estranho já que é narrado em 1ª pessoa, mas é muito superficial com o protagonista, percebi no final que essa falta de profundidade foi intencional por parte da autora, já que se abrisse a torneira ela perderia a 'surpresa'.

Também não comprei a história inicial, não importa o que aconteceu no final, no começo a trama era "duas semanas para treinar três órfãos para se passarem pelo príncipe do reino". Aprender modos, etiqueta, cavalgar, lutar com espadas, história do reino, política, ler e escrever... Para piorar toda hora alguém fala 'mas o príncipe era um dos melhores no assunto', olha, tá difícil me convencer que em duas semanas eles vão aprender o básico, jogar as comparações pro alto não está ajudando nada, ainda mais com o descaso que o protagonista levou todas as tarefas. Esse tipo de atitude dentro do texto faz perder o sentido de realidade, eu não conseguiria aceitar como verdade caso alguém conseguisse realizar esse feito, ou faria a histórias pecar lá na frente, quando o mínimo se passar por convincente e enganar a todos.

O que faz uma história ser grande, muitas vezes são os detalhes, e aqui tudo me incomodava, seja quando o nobre importante ficava ensinando as picuinhas de como segurar um talher (gente isso é trabalho pra servo ou sei lá), a égua selvagem que fugiu antes de ser domada, mas depois trataram ela como uma égua premiada, ou então depois de duas semanas de estudo, em que todos eram melhor, Sage, de repente, era o único que estava entendendo os conceitos de diplomacia de determinada situação.

E sobre a conclusão da história, a possibilidade daquilo me passou pela cabeça, mas eu me recusei a acreditar que a autora fosse usar, tão clichê. Eu coloquei a minha cabeça pra funcionar pra achar outras possibilidades e no final.. ai ai...