A corrida de escorpião

A corrida de escorpião Maggie Stiefvater




Resenhas - A Corrida de Escorpião


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Desi Gusson 24/08/2012

Originalidade em Clichês
Prevejo DPL profunda, prevejo incapacidade de formular pensamentos coerentes sem cavalos assassinos, prevejo uma saudade infernal do clima infernal de Thisby. Prevejo que vou levar um tempo até achar outro livro que me encante tanto quanto esse.
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Obviamente, o número de coisas que já li é uma parcela obscenamente minúscula perto da quantidade de livros existentes, mas tenho consciência de que, para uma pessoa de 20 anos, já li pra caramba! Com essa bagagem literária nas costas não pude deixar de reparar que o plot, o enredo, de A Corrida de Escorpião era tão original quanto todos aqueles jornais gritavam/afirmavam na aba/orelha.

Original de um jeito meio paradoxal. Calma, eu não faço uso de entorpecentes de qualquer tipo, só tenho um ponto meio difícil de ser colocado e compreendido. Ou talvez ele não seja difícil de ser compreendido e eu só ache isso porque levei um tempo até achar o que estava procurando.

A Corrida de Escorpião é um livro original construído por clichês.

Não, não, não! Clichê é uma palavra forte e provavelmente você leu isso com um tom pejorativo, como se eu, a doida do blog, afirmasse que falta criatividade pra dona Maggie. Dificilmente vamos encontrar algo mais longe da verdade para dizer sobre a autora e seu livro do que isso e não me surpreenderia se ela se ofendesse profundamente e iscasse cavalos dágua em todo mundo.

Anyway! Conforme avançava na leitura de A Corrida de Escorpião, devidamente me impressionei com o que estava ali para me impressionar e me acostumei com as verdades universais de Thisby. Porém alguma outra coisa se esgueirava na minha cabeça, dando a aquela leitura um tom de familiaridade.

A princípio achei que fosse o modo como os costumes estranhos e a realidade daquela pequena sociedade me eram apresentados. Vejamos, a Maggie não para e explica a situação, ela apenas dá a entender e confia na inteligência do leitor. Pegamos o bonde andando e sério, é muito mais legal assim! Não obrigar o bonde a parar pra você subir e ainda sentar na janelinha, porque é isso que nós leitores fazemos, e simplesmente embarcar enquanto ele passa não pausa nada, a vida continua e você tem a opção de saltar e deixar tudo para trás ou se mesclar naquela continuidade. Fazer parte dela.

Funciona, mas essa ainda não era a familiaridade que estava me encucando.

Só me toquei mesmo quando estava dando os parabéns pra Puck, a mocinha, por ela ser uma pessoa tão forte e capaz de arriscar tudo para ajudar a família e tão valente apesar dos preconceitos todos e e epa. Já vi isso antes, certo? A mocinha que toma conta do próprio nariz apesar de às vezes ser teimosa demais. Daí percebi que o Sean também tinha culpa, sabe o mocinho durão, calado, super introspectivo que, por baixo do rosto inescrutável, guarda um carinha muito doce e gente fina? Uma prova que libertará o vencedor não só de algum problema material como lhe trará paz interior? A sociedade hipócrita que não suporta mudar suas preciosas tradições estava lá também, assim como o vilão que tem todos em suas terríveis mãos por dívidas, promessas e dinheiro. Até os cavalos dágua podem ser considerados lugar-comum se você vive na Escócia/Irlanda/País de Gales, mas enfim, Maggie deu sua própria roupagem para essa lenda céltica com gosto de água do mar e o crédito disso é todo dela.

Apesar do que pode parecer agora que eu disse isso, é um livro autêntico.

Umas das coisas interessantes a respeito dele é que é produto de várias tentativas e erros. Maggie admite que a lenda em que se baseou é confusa, complicada e, como toda lenda que se preze, tem muitas variações. Por isso demorou a achar o tom certo e encontrar a confiança para deixar a imaginação fluir.

Deus é mais! Ela achou a tal confiança e criou um mundo de encanto dentro desse, cético, onde todos reconhecem que os cavalos dágua de Thisby são fenômenos de pura magia e plenamente aceitáveis. Parece confuso num primeiro momento, quando você não consegue saber se aquilo tudo se passa na Terra ou algum outro lugar qualquer, mas vale a pena.

Se você é fã dos Lobos de Mercy Falls vai concordar quando digo que a autora tem um meio de não apenas narrar os acontecimentos, ela expõem a estória e também as nuances de seus personagens de forma certeira. Como já comentei na resenha de Travessia, as palavras de livros assim não estão simplesmente ali sendo usadas pra escorar a estória, elas foram colocadas e ordenadas de forma a tirar o melhor daquilo. O resultado sempre é um livro que é mais que os outros.

A Corrida de Escorpião tornou-se um dos meus livros favoritos e recomendo para bem, para todo mundo!

Para essa e outras resenhas na íntegra, acesse: www.desigusson.com
(Vai lá, gente, é legal!)
Geisa 22/04/2013minha estante
Eu amei esse livro...me apaixonei pela Puck e pelo Sean, a forma como a escritora criou esse amor, pra mim foi quase poético.


danixx1 08/05/2013minha estante
Eu to lendo esse livro agora, e me apaixonei pela Maggie em Shiver/Linger/Forever. Como eu já esperava bastante do livro por causa da série anterior, eu estava com medo de "gostar menos" dele ou coisa assim. Fui positivamente surpreendida quando constatei que esse foi/está sendo meu favorito.


Nick 13/09/2013minha estante
Eu amo Os lobos de Mercy Falls e Sempre se tornou o melhor livro que li em 2013, agora estou ansiosa para A corrida de escorpião.


Larissa 31/03/2014minha estante
acabei de ler esse livro e sua resenha descreveu pra mim o livro perfeitamente. um clichê narrado de forma original, me surpreendi muito.. uma das melhores historias que li, e estou anciosa pra conhecer mais livros dessa autora. parabens pela resenha


Débora 26/04/2014minha estante
adorei a resenha, adorei a trama e o ambiente que a autora cria, a forma que a autora faz com que certas ações dos personagens principais se tornem memoráveis.


Ariel 15/04/2020minha estante
Eu tô bem em dúvida... Adorei sua resenha, conheci a autora através dos Garotos Corvos (que eu amei, só n gostei das últimas páginas do último livro), mas abandonei Calafrio recentemente. Realmente n sei se dou uma chance a esse ou não... Aaaaaa o que eu faço??




jeslendo 01/11/2021

Uma das coisas que eu mais amo nessa autora é a forma como ela consegue, aos poucos, me inserir dentro de suas histórias. Eu nem percebo quando, de repente, estou tão envolvida com aquele mundo em que ela criou e aqueles personagens. Não sei o quanto me importo com eles até realmente me importar e torcer para que eles fiquem bem e que nada de ruim aconteça quando estão em perigo. Não é nenhuma surpresa que foi assim que ela me conquistou com a minha saga favorita, para início de conversa.

O livro tem uma narrativa com um final estabelecido, então não é como se muita coisa emocionante acontecesse nele no decorrer da história até lá. Senti falta desses momentos, mas me contentei em apenas absorver mais e mais conhecimento sobre os personagens que eu estava tão desesperada para conseguir amar. E foi assim que aconteceu, depois do início um pouco lento.

Existem cenas realmente de tirar o fôlego, principalmente naquelas com os cavalos e nas corridas. Eu acho que é uma história tão cheia de vida, falando sobre o amor, a perda, a dificuldade em ser uma mulher no mundo dos homens mesmo sabendo o que quer, enfrentando obstáculos e injustiças de uma forma que deixa o leitor com tanta raiva de como o mundo pode ser cruel. Mesmo com temas tão atuais que nem sempre são o foco da história, obviamente, é diferente de tudo o que li até então. É uma pena ser apenas um livro, pois a história tem muito potencial para ser mais do que é.

Mesmo me emocionando em vários momentos ao longo da leitura (chorei mesmo por cavalos assassinos que saem de dentro da água?), eu derramei um rio inteiro de lágrimas com o final. Foi aí que eu soube que esse livro tinha conseguido entrar no meu coração e eu só queria voltar atrás e ler mais.

É sempre uma surpresa muito agradável ler um livro da Maggie. Ela sabe contar uma boa história.
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Nathy @peculiareslivros 10/03/2023

Para aqueles que gostam de fantasia, leiam esse livro!

O livro não se concentra no romance, apesar deste acontecer. Ele fala dos cavalos, e como eles afetam a ilha, como se sentir parte dali, como amar e como perder. Um excelente livro para todos aqueles que querem abrir a mente a novas estórias e muitas emoções!

site: https://www.instagram.com/p/Bh2B_xQHqRp/?igshid=MDJmNzVkMjY=
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Queria Estar Lendo 02/03/2016

Resenha: A Corrida de Escorpião
Para abrir o Mês das Mulheres aqui do Queria Estar Lendo, a obra de Maggie Stiefvater com certeza tem crédito infinito de moral para isso.

Um livro diferente de absolutamente tudo que você já leu ou pensou em ler, com uma narrativa enérgica e personagens poderosos. Um livro sobre sobrevivência e coragem e sobre o ímpeto de arriscar a própria sorte. Um livro inesquecível pela sua estranheza e pela maneira inusitada com que conquistará a sua atenção.

A Corrida de Escorpião é diferente de tudo o que existe na sua estante e, por isso, uma das melhores coisas que você lerá. Todo primeiro dia de novembro, o mar de Escorpião canta e os moradores da ilha de Thisby assistem a uma corrida mortal. Os corajosos se arriscam sobre os grandiosos capaill uisce, os cavalos d'água, e tentam vencer para conquistar o grande prêmio. Este ano, Puck Connolly precisa correr - ela precisa porque muita coisa em sua vida está em jogo e dependente desse prêmio. Sean Kendrick vai correr porque ele é parte daquela corrida e de tudo o que todos sabem sobre os capaill uisce. O livro gira em torno dos riscos e das consequências que Puck e Sean enfrentarão conforme a corrida se aproxima - e, com ela, o perigo mortal que o mar de Escorpião tem a oferecer.

"Ouço um som, é como um gato miando, ou um bebê chorando, e fico imóvel. Não há gatinhos ou bebês aqui na praia; só estamos eu e os cavalos. Brian Carroll me disse que quando está no mar, à noite, às vezes pode ouvir os cavalos chamando uns aos outros sob a água. Disse que o som parece o canto das baleias, ou o choro de uma viúva, ou alguém dando risada."

Pense em todos os livros o que você já leu; A Corrida de Escorpião é diferente de absolutamente tudo. A mitologia dos cavalos d'água é tão rica e assustadora que te faz realmente acreditar em sua existência. O modo como a Maggie desenvolve a história desde os seus primórdios, desde a apresentação à sinistra ilha esquecida no mar de Escorpião e de seus monstros marinhos, tudo isso é quase real. Os cavalos d'água são um ameaça tanto quanto são parte do sustento da ilha. Eles vêm do mar, revoltos e assassinos, ansiosos por carne e sangue e por deixar um rastro de destruição. Alguns são domesticados, outros são aprisionados e estão em treinamento. Alguns vêm com a tempestade, matam e estraçalham, e então retornam ao mar que canta por eles. Eles são perigosos e assustadores, tão assustadores que certos capítulos chegam a dar arrepios. Benjamin Malvern tem um haras e cria e cuida dos capaill uisce capturados e domesticados; o campeão das corridas do Escorpião é Corr, um cavalo d'água de cor escarlate muito conhecido por sua força e velocidade e por ser fiel a Sean tanto quanto é fiel ao mar.

"- Conte-me como é. A corrida.
É como uma batalha. Uma confusão de cavalos, homens e sangue. Os mais rápidos e mais fortes dos que restaram depois de duas semanas de preparação na areia. É a onda em seu rosto, a mágica mortal de novembro em sua pele, os tambores de Escorpião no lugar do coração. É rápido, se você tiver sorte. É vida e é morte, ou os dois, e não há nada parecido com isso."

Sean é um personagem rico. Rico em silêncio, em olhares e em sua paixão pelos capaill uisce. Sean anseia pela própria liberdade, e por ter Corr ao seu lado quando conquistá-la. Ele quer vencer a corrida do Escorpião para deixar o haras de Malvern para trás. Ele quer continuar na ilha, quer comprar Corr para se tornar o seu verdadeiro dono, e quer entender os próprios desejos. Sean pertence à ilha e à corrida, mas pertence a si mesmo principalmente, e quer poder dizer isso sem sentir que está mentindo. A ligação dele com os cavalos d'água vai além da de treinador para animal domesticado; ele entende as criaturas mortíferas, sabe exatamente o que fazer para acalmá-las e sabe quando sair de seu caminho. Ele sabe cantar para os capaill uisce como o mar de Escorpião, sabe como encantá-los e como entendê-los. O Sean é tão incrível em toda a sua humanidade que é quase um mágico.

"Existem momentos dos quais você vai se lembrar pelo resto da vida, e existem momentos que você pensa que vai se lembrar pelo resto da vida, e não acontece com muita frequência que sejam os mesmos momentos."

Do outro lado da história, temos a destemida Puck, ou Kate Connolly. Ela perdeu os pais para os capaill uisce e está prestes a perder o irmão mais velho para o continente. Por isso e por dívidas, Puck decide se inscrever na corrida - e se torna a primeira mulher a fazê-lo. O modo como a Maggie trabalhou os medos da Puck, principalmente em relação ao grande desconhecido que é a corrida, foi fantástico. Diferente de Sean, que é todo corajoso e contido, Puck tem um destemor barulhento. Ela sabe que precisa se impor diante dos outros porque as pessoas da ilha não esperam muito dela; Puck sabe que precisa se mostrar poderosa se quiser ter uma chance na corrida. O fato de concorrer contra dezenas de capaill uisce na companhia de sua égua comum, Dove, é outra coisa que causa balbúrdia e discórdia entre os moradores. Puck aceita todos os riscos impostos a ela, mas a narrativa nos deixa notar o quanto isso a preocupa. Ela é só uma garota tentando sustentar a família quebrada; só uma garota apaixonada pela ilha a ponto de arriscar a própria vida para continuar ali.

"É esse o risco que se corre quando se trancafiam monstros, que você venha a encontrar um monstruoso demais para suportar."

A partir do momento em que Puck e Sean se aproximam, a ligação entre eles se cria e nunca se quebra. Os dois se entendem em meio a desentendimentos. Sean é o mar calmo e Puck é uma brisa que pode se transformar em tempestade. Sean sabe ler nas entrelinhas de Puck, sabe encontrar seus medos e anseios, sabe olhá-la e compreender coisas que ela não disse e jamais dirá. Puck não apenas entende o domador de cavalos d'água, mas o admira e o respeita e se orgulha de ter a sua atenção. Os dois constroem uma relação tão poderosa que é difícil descrever; não é só um amor apaixonado que nasce entre eles. É algo forte e incrível a ponto de ambos se sustentarem e se protegerem e, mesmo competindo um contra o outro, manterem-se fieis um ao outro. Eu AMO TANTO o jeito como a Maggie desenvolveu a proximidade entre eles, principalmente por ambos se mostrarem forças da natureza arredios, e então de repente eles estão lado a lado observando o oceano e você não precisa de um beijo para saber que eles se amam. Mas quando o beijo acontece, também...

"- Não serei seu ponto fraco, Sean Kendrick.
- É tarde demais para isso, Puck."

Outros personagens da ilha vêm e vão conforme a narrativa avança e a corrida se aproxima. Finn e Gabe são os irmãos de Puck, mais novo e mais velho, respectivamente. A Maggie é muito sobre entrelinhas, então você sabe porque Gabe quer ir embora mesmo que isso não seja dito, assim como toda a personalidade de Finn fica exposta durante o livro. Benjamin Malvern é de uma frieza sem tamanho, ainda que sem intenção. Ele é dono de quase toda a ilha, e seus acordos acabam por complicar a vida dos personagens. Seu filho, Mutt, é todo crueldade e atos terríveis - e digo aqui que ele teve o que mereceu! George Holly é um americano visitando Thisby na época das vendas de cavalo, e se aproxima de Sean pela curiosidade envolvendo todo aquele mundo místico vindo do mar de Escorpião. Ele foi carismático em suas aparições, e bastante perspicaz em suas observações. Holly entendeu muito de Sean e Puck só de olhá-los. Cada cena, cada acontecimento, cada momento, tudo é absolutamente importante, e é por isso que a Maggie é tão especial na minha vida. Tudo o que ela escreve se torna mágico diante dos seus olhos.

"- Se você der sangue à ilha antes da corrida, talvez ela não tome tanto sangue durante a competição."

A Corrida do Escorpião é sobre uma ilha, sobre cavalos d'água que saem do mar para matar ou para correr, dependendo de quem os encontre. É sobre uma garota e um garoto competindo pelo primeiro lugar e se aproximando pelo coração um do outro. É outra obra prima assinada por Maggie Stiefvater que definitivamente merece encontrar espaço na sua estante.
May | @vidadaleitora 28/05/2023minha estante
Caraca!!!! Que senhora resenha! Já quero ler de tanto q vc me convenceu!




Marcio 04/12/2020

É o primeiro dia de novembro, portanto alguém vai morrer.
Começar um livro, às vezes, é a parte mais difícil de uma leitura. Ter que conhecer novas pessoas em um novo lugar, dá preguiça só de pensar. Mas depois de algumas páginas a Maggie fez isso parecer tão fácil que o livro se transformou em um "bolo de novembro" que você quer devorar de uma vez só. A escrita dela foi absurdamente agradável e envolvente. Principalmente em se tratando da cidade, a construção daquela ilha e os moradores, os costumes, as descrições das casas, foi tudo tão prático e simples, me senti um habitante. Sobre isso, o que me cativou ainda mais foi a aura de mistério envolvendo a magia dos cavalos d'água, de onde eles vinham, como surgiram, nada disso foi explicado e, mesmo assim, senti como se eles fossem tão parte daquele mundo quanto os humanos. Pensando bem, esse mistério cerca toda a cidade, porque enquanto escrevo isso, não me lembro de a autora dizer a idade dos personagens, em que época se passava a história e muito menos onde a ilha fica.
Inclusive, me agradou o fato de a Maggie não parecer preocupada em causar um suspense sobre o vencedor da corrida, e ela também não subestimava a inteligência do leitor ao revelar fatos naturalmente, sem querer demonstrar nenhuma reviravolta e, ainda sim, suspendendo a capacidade de prever o desenrolar da história. Contudo, eu continuava querendo saber o que aconteceria com os personagens e os cavalos d'água.
Em suma, com uma escrita memorável e personagens ainda mais marcantes, a corrida de escorpião é realmente diferente como aparenta ser.
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Rafa 22/04/2013

Resenha - A Corrida de Escorpião - Maggie Stiefvater
Se tem uma palavra pra descrever esse livro é essa: Fabuloso!

A Corrida de Escorpião não tem nada a ver com escorpiões, se trata de uma corrida de cavalos, não dessas que a gente costuma ver na TV, é tudo criação (fontes de outras histórias) da autora. Esses cavalos são nascidos do oceano, com sua aparência vibrante e são mais fortes que os cavalos comuns. Matam, engolem gente viva, não gostam de ser domados, não gostam de ser controlados e assim como o mar não se doma, ninguém pode os domar, o mar doma os capaill uisce. Isso é lei!

O início é acelerado, em seguida nada acontece, a intercalação somava só a Sean e Puck (distantes) levando a história numa chatice entre "estou esperando a corrida acontecer, vamos treinar; primeira menina a competir, quem já viu isso?..." e "cadê o beijo?". Outro item que eu queria abordar é que não consegui enxergar nos personagens principais a maturidade com o qual o livro tratava, como adultos de vinte e poucos anos, eles mais pareciam crianças, mesmo que maduras, órfãos de pais, a autora queria mostrar a fragilidade dos personagens que eles me pareceram indefesos demais para a ilha de Thisby, por isso esse pensar.

O que posso chamar de fabuloso no livro é o seu desfecho (a nota da autora também conta), e também o modo como a personagem-narrador mescla os acontecimentos, os pensamentos alternando entre Puck e Sean contando a história, tudo isso me faz querer terminar a história, porque o findar não parece o findar, deveria ter continuado...

O mais engraçado era ver a corajosa Puck encarar a Corrida, ninguém acreditava que ela pudesse chegar a competir, acho que ela não tinha nada a perder mesmo, Dove, seu pequeno cavalo corria até bem, mas não garantia nada perto dos capaill uisce, velozes e poderosos, aqueles cavalos sangrentos e sedentes por sangue. Como sempre, faço questão de destacar a fragilidade de Puck, ela deixa o leitor alerta pra tudo o que possa acontecer em seguida. Por vezes fiquei confuso, aconteceu isso, ou não?

A história se passa na ilha de Thisby, onde tudo parece pacato, cavalos brutos que nascem do oceano, não é normal (é pura mitologia), homens dispostos a vencer, custe o que custar, homens que queriam um capall uisce para montar na Corrida do ano que vem, afinal no dia primeiro de novembro alguém iria morrer, isso não mudaria nunca...

A história demora muito a se enrolar, só no findar do livro que percebo como seria a Corrida e vejo tudo de perto acontecendo, isso foi mágico, isso foi o começo também. Uma repetição e fim.

Apesar dos pontos negativos do livro, simplesmente adorei, uma leitura gostosa e que super indico para todos. Com acontecimentos intensos e por vezes torturantes, é inevitável não se emocionar. Inevitável também é não ficar na torcida por Corr, o cavalo de Sean e Puck montada em Dove, a felicidade duraria mais que isso. Talvez sim, talvez não!
Thais 12/01/2013minha estante
Eu estou com esse livro pra ler em breve.
Adorei a sinopse e a proposta e mesmo sabendo que tem alguns pontos negativos, acho que eu vou gostar mesmo assim.

Thais Vianna
@dathais


Vanilda 15/01/2013minha estante
É a primeira resenha que leio do livro, Rafa, e achava que era uma história mais dinâmica, mais rápida. Será que era por ter "corrida" no nome? Enfim, não sou muito fã de histórias lentas, mas por outro lado gosto de histórias fantásticas, de fantasia e essa parece ter isso de sobra. Sem contar que a autora é a mesma dos Lobos de Mercy Falls e apesar de não ter lido, sempre vejo comentários positivos. A resenha se destacou pela sinceridade ... gostei muito.


21/01/2013minha estante


Super curiosa para ler esse livro. Lendo a sinopse identifiquei um pouco com Jogos Vorazes, por ser uma competição mortal e tal mas o enredo é completamente diferente. Achei interessante pois nunca li nenhum livro com cavalos kkk

Bjs
@Tibiux


Geisa 22/04/2013minha estante
Rafa eles não são adultos. Sean tem 19, e embora a escritora não diga a idade de Puck fica claro que ela é mais nova que ele, já que seu irmão Gabe teria a idade de Sean. E o cavalo é Dove e não Dory. Mas, muito boa resenha.


Rafa 22/04/2013minha estante
Geisa obrigado pelo comentário. Sobre a idade, a autora me passou uma infantilidade dos personagens, só achei um ponto relevante a tratar aqui. Mas no geral, a leitura é boa.

Agora que fui ver, escrevi Dove errado... Sorry!


Suellen Sanches 20/09/2013minha estante
é quele tipo de livro que vc gostaria de acordar no dia seguinte depois que acabou de ler, e esquecer dele.. . so para ter o gostinho de ler ele mais uma 1° vez




Kristine Albuquerque 08/05/2020

A Corrida de Escorpião.
É uma história simples e bonita, com algumas cenas violentas também, que une folclore, família, luto, lealdade e crescimento. Não há muita explicação, as coisas são como são e nós entramos na ilha aos poucos até que passamos a fazer parte dela também. A ambientação é feita de forma gradual, mas consegue ser bem imersiva.

Ao mesmo tempo em que é uma história original, traz uma sensação boa de familiaridade: a personalidade de Sean, a imposição e a vulnerabilidade de Kate, a relação de amor com os animais, os conflitos humanos e intimistas nas famílias e na comunidade. São sensações que já tivemos com outras histórias, mas que aqui é feita com elementos novos e próprios. Lembrei principalmente de alguns filmes sobre essa relação entre humanos e cavalos. A escrita é bonita, com tons poéticos e melancólicos, bem desenvolvida e flui bem.

Achei bem bonita a forma como a primeira e a última frase se completam na história, ainda que com sentidos opostos. A inevitabilidade da corrida anual e suas consequências no início, e um desfecho ao mesmo tempo triste, emocionante e quase feliz.

Mas ao lado dos pontos positivos, senti falta de alguma coisa que me permitisse ser totalmente cativada pelo livro e pelos personagens. Senti falta de um desenvolvimento maior dos personagens, me incomodei com a falta de diálogo entre os irmãos (ainda que seja um pouco compreensível, em meio ao luto e ao desejo de uma vida diferente) e senti que algumas cenas ficaram deslocadas no contexto geral. Ainda assim, é um livro acima da média e encantador à sua maneira.
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Thai 07/04/2021

Demorei pra amar, mas amei
A princípio achei o livro bem arrastado e tive dificuldade de me afeiçoar aos personagens.
Mas conforme os capítulos vão se desenvolvendo, a magia da ilha vai te conquistando. Torci muito pela Puck e pelo Sean, gostei da forma como a autora conduziu tudo pra um desfecho incrível.
E detalhe a parte foi a luta da Puck pra mostrar sua força e sua coragem em uma atividade e cultura tão machista. Inspirador!
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spoiler visualizar
Joy 13/04/2024minha estante
Gostei mt desse livro! Há outros no mesmo universo?


Bruna2888 13/04/2024minha estante
Olha eu acho que esse é o único, pela menos da Maggie é. ?




Ana Luiza 13/03/2021

Uma emocionante história com uma pitada de romance.
Estou ainda muito devastada com essa história. Sério, acabei o livro me sentindo vazia de tantas lágrimas que deixei cair.
A escrita da autora, as escolhas narrativas com a visão de dois personagens ao mesmo tempo e a adrenalina que consegue causar depois de tencionar nossos sentimentos prometendo um grande final conseguiu me ganhar. Claro que disse que a escolha seria preguiçosa se fosse o final que eu espera (e foi), mas dentro da narrativa, percebi um trabalho tão grande que me pegou pela pernas e me revirou. Então, estou mordendo a língua.
Esse livro me tocou de duas formas: primeiro, em relação aos laços que fazemos com familiares e com amigos e segundo, com o amor que destinamos aos animais. De forma mágica, sensível e cruel, tudo ao mesmo tempo, esta história me consumiu.
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Guacira.GonAalves 11/05/2020

A corrida de escorpião, de Maggie Stiefvater, conta a história de Kate (mais conhecida por Puck) e Sean, dois jovens que vivem em Thisby, um lugar à beira-mar, fictício, onde aparecem os terríveis capall uisce, cavalos sanguinários que vivem no mar e que saem às vezes para caçar em terra. Esses animais, quando capturados, fazem parte da famosa Corrida de escorpião, uma competição para poucos e que gera um monte de lucro para as pessoas envolvidas nessa competição, seja com o comércio ou com apostas.
A vida de Puck e de seus irmãos não é fácil, mas, com medo de perder a casa, decide participar dessa competição como a primeira mulher a tentar, fazendo com que todos da região se sintam desconfortáveis com isso. Então ela conhece Sean, um jovem de dezenove anos que venceu essa corrida quatro vezes e que possui o desejo de comprar de seu patrão Corr, um dos terríveis capall uisce. E dessa amizade surge algo mais.
Uma história que emociona e que nos deixa presos do início ao fim com as cenas brutais de ação e sofrimento.
Amei e recomendo muito.
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lari s2 18/02/2023

Af ?
Primeira vez lendo algo da Maggie e a escrita dela è simplesmente fascinante. A ilha, os cavalos, a fantasia em volta desse mundo è algo diferente e totalmente apaixonante, ainda mais eu que tenho fraco por cavalos kkkk. Confesso que a trama demorou muitoooo pra acontecer, o desenvolvimento todo do livro acontecem em seus 80% para no final da uma super saltada. Sean e Puck sao uns fofos, mas corr e dove, os cavalos, sao os verdadeiros protagonistas dessa historia pra mim. E que final LINDO! Emocionei, muito fofo ?
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Erika 23/08/2020

Muito bom
Diferente, criativo e cativante.
Você começa e só pára quando acaba e depois... fica com a sensação de como vou escolher outro livro agora?
Vale a pena.
Acho que nunca mais vou ver um cavalo sem lembrar desse livro.


site: http://upandoavida.com
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Dora 28/04/2020

A corrida de escorpião
Dois pontos me chamaram a atenção nessa história.
Primeiro o protagonismo de uma mulher de se desafiar e desafiar uma competição tradicionalmente composta por homens. Apesar de a personagem se mostrar imatura em diversas partes, não diminui a coragem de encarar a corrida para conseguir o que quer apesar do medo (sim, é possível ser corajoso e ainda assim sentir medo) e das opiniões contrárias, machistas e negativas de todos.
Outro ponto a se destacar e que me trouxe maior emoção, foi o amor entre um ser humano e um animal. Como o respeito pela sua natureza permite que tenhamos um vínculo tão forte e único e um parceiro de vida.
Rafaela 28/04/2020minha estante
amo esse livro




Nanda Guion 12/11/2012

INESQUECÍVEL !
Esse é o segundo livro que leio da autora Maggie, o primeiro foi a série Os Lobos de Mercy Falls, e como sempre a autora se destacou com magestria. Esse livro me envolveu de um modo que nem tenho como explicar, mas vou tentar expressar o quanto eu estou encantada com as palavras, a história, personagens, pois esse livro merece cada segundo do seu tempo.

The Scorpio Races - como é escrito na linguagem original - é narrado por Puck e Sean, o que permite vermos o cotidiano de cada um, os seus passados e a personalidade de ambos. O livro se passa na ilha de Thisby, onde o maior evento de todos os anos é a Corrida de Escorpião, nessa corrida os participantes se escrevem para correr com seus cavalos, mas não são apenas simples cavalos, são capaill uisce, animais incontroláveis, que comem/estraçalham qualquer coisa que encontram pela frente. Sean perdeu seu pai em uma dessas corridas quando pequeno, e conforme foi crescendo ganhou 4 Corridas Escorpiões e é considerado entre muitos uma lenda, admirado e conhecido como o Domador de capaill, mesmo sendo adorado por muitos Sean vive isolado de todos e sozinho.

Puck ao contrário dele foi ensinada a nunca sequer chegar perto de uma dessas corridas, e ela não o faz, principalmente após a trágica morte de seus pais, mas após uma dificuldade na casa em que mora junto com seus irmãos, Puck é obrigada a participar, e é ai que o caminho de ambos se cruzam e ela descobre que é muitas coisas encantadoras que jamais considerou gostar ...

Além da história ser simplesmente de longe umas das melhores (ou a melhor!), afinal, ela possui um tema que é uma das minhas paixões ... Cavalos ! E o que me encantou mais ainda foi que no livro, esses íncriveis animais não são simplesmente cavalos, e sim uma espécie em que seu lar natural é o mar, e nada melhor do que isso, pois em A Corrida do Escorpião tanto os capaill uisce - como são chamados - quanto o mar são selvagens e indomáveis. O que mais me cativou na leitura é o modo como a autora te conecta com os sentimentos dos personagens, cada emoção, dor, sofrimento, é como se você se transportasse para a ilha de Thisby e estivesse na pele dos competidores, com o sangue correndo acelerado, aflito e intenso. E como os personagens, no decorrer do livro os belos cavalos d'água mesmo sendo violentos e mortíferos farão com que o leitor se apaixonem por eles.

O romance neste livro, o leitor irá perceber, é bem diferente de outros romances que lemos, apesar de os protagonitas se apaixonarem, a relação (o amor) deles a autora mostra não através de beijos, mas sim de admiração um pelo outro, olhares significativos, gestos simples, o que penso ser algo bem mais concreto e valioso, pois o romance entre Puck e Sean é algo puro e há um conforto quando um está perto do outro, pois ambos sofreram no passado pelo falecimento de seus pais, assim eles veêm um no outro algo que amam e o passado em comum.

A diferença entre um capaill uisce e um cavalo que podemos ver não são muito grandes, mas faz muita diferença no livro. Ao contrário de um cavalo normal o capaill é bem maior, seu físico é constituído por longas pernas, músculos fortes e tonificados, e por serem mortíferos possuem dois caninos afiados na parte de cima dos dentes, e por último são bem mais rápidos, mas a única coisa que os torna mortais como são, é que perto das águas os capaill se tornam indomáveis e agitados. Procurei uma imagem para vocês, assim a leitura fica bem mais agradável quando temos a imagem do capaill para podermos imaginar:

Tava com uma sensação que a ilha de Thisby escondia mistérios, mas ao decorrer da leitura vi que era somente a melancolia dos seus moradores, as pessoas em Thisby na maioria já perdeu alguém, outros querem sair e morar em outro lugar, outros ignoram os eventos sangrentos que acontecem e continuam suas vidas normalmente e tem Puck e Sean que se sentem conectados a ilha e consiram ela seu lar ...
Nem preciso falar da capa linda, não é mesmo ? Me encantou, agora sim acredito amor a primeira vista kkkk
Espero que vocês realmente leiam esse livro, porque tenho certeza que não irão se arrepender, é uma leitura intensa, simples, encantadora e íncrivel !

resenha para o blog: segredosdocoracao.com
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