A corrida de escorpião

A corrida de escorpião Maggie Stiefvater




Resenhas - A Corrida de Escorpião


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Ley 28/07/2021

Puck e Sean maravilhosos
Na ilha de Thisby, há uma corrida mortal a cada novembro. A ilha é peculiar por existir cavalos d'água, chamados de capall uisce. Eles saem diretamente do mar, com mais força e velocidade que um cavalo normal. Eles também são mais selvagens, por isso é que os cavaleiros os escolhem para que participem da Corrida de Escorpião.

Os cavalos d'água são a preciosidade de Thisby e um grande mistério para quem está lendo. Sua constituição não é clara, sua natureza também é vaga. A ideia de cavalos saírem diretamente do oceano pode ser bastante fantasiosa, mas isso vai tomando uma forma mais concreta conforme conhecemos mais sobre essas criaturas.

A Corrida de Escorpião não é um livro de fantasia com magia convencional. As únicas criaturas peculiares são os cavalos d'água, sendo assim a história se adequa ao redor destes seres. A corrida proporcionada pela ilha, tendo como principais atrações os cavalos d'água, é o que dá destaque ao lugar. Thisby é afastada, tem uma população pequena e pacata.

O leitor acompanha a história através de Sean e Puck, em primeira pessoa. Eles alternam suas perspectivas, sendo que, de início, eles ainda não se conhecem, apesar de morarem na mesma região. Sean é um rapaz que trabalha cuidando de cavalos e tem uma certa conexão com os cavalos d´água. Ele cuida pessoalmente do capall uisce Corr, que mesmo tendo outro dono, é especial para ele por ambos já terem uma história juntas de longa data.

Puck também é uma jovem que tem uma ligação especial com cavalos, mas não se trata de cavalos d'água. Ela possui uma égua chamada Dove que tem bastante participações na história. Puck perdeu seus pais para os sanguinários cavalos d'água e vive com seus irmãos de maneira bem simples.

Puck e Sean, mesmo levando algumas páginas para se conhecerem, têm papéis essenciais para o enredo. Devido a questões envolvendo a vida e bem estar de ambos, eles optam por participar da corrida que acontecerá em breve. Para Sean, que já participou outras vezes, a corrida já é costumeira, mas possui um grau de perigo maior, por envolver algo decisivo no resultado. Enquanto para Puck, a decisão de participar é desafiadora por envolver muito de si mesma no processo, estar em algo desconhecido, e desafiar algumas pessoas da ilha por ser a primeira mulher a participar da corrida.

Ambos os protagonistas necessitam vencer a corrida, porém não há rivalidade entre eles. O clima da leitura é melancólico e todas as decisões que envolvem a corrida colocam muitos pontos em jogo para os dois. Ler a obra é como entrar em algo que sabemos que pode-se perder algo importante ali, mas mesmo assim tentar arriscar.

O livro é uma contagem regressiva para a corrida de escorpião. Acredito que a corrida se chame assim pelo grau de perigo que há nela. A todo o momento somos lembrados do que os personagens podem perder se não vencerem e, sinceramente, não tive como escolher um lado para torcer. A luta de Sean e Puck por suas próprias conquistas adquire importâncias que me levaram a me sensibilizar pelas duas lutas, lembrando sempre que eu iria sofrer se nenhum deles conseguisse alcançar seus objetivos.

O objetivo da história pode ser justamente este, dando uma carga dramática maior a tudo isso. O livro tem um traço sombrio, e bastante melancólico em diversos aspectos: o lugar, a falta de saída, os personagens. É bem claro como os protagonistas gostam da ilha e a consideram seu lar, mesmo tendo que enfrentar muito para conseguir isso. O amor por um capall uisce também é bastante enfatizado, de modo que mesmo que a natureza deles ainda seja um mistério, conhecemos mais sobre a relação entre humanos e esses seres.

Acho que demorei um pouco para me apegar aos personagens, mas quando aconteceu, foi bastante intenso. Sofri em diversos momentos e acho que não poderia ser diferente. Os momentos finais foi onde eu mais senti tensão, então valeu a pena toda a expectativa. A autora já tem um lugar especial no meu coração por também ter escrito A Saga dos Corvos, e agora esta é mais uma de suas obras que gostei.

Este é um livro emocionante, que traz personagens com dilemas intensos, sociais, com um toque de fantasia. O amor e companheirismo estão sempre presentes. A obra é uma fantasia única perfeita para quem gosta de personagens cativantes.

site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2021/06/resenha-corrida-de-escorpiao.html
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@lecobastos 26/09/2012

No mar de Escorpião existe uma ilha, no mês de novembro cavalos mágicos surgem do oceano para o bem ou mal dos moradores...
"Os cavalos d'água são famintos e maus, violentos e belos, amam e odeiam cada um de nós."
A autora baseada na lenda irlandesa-escocesa dos capall uisce (O Brasil tem essa versão também, o boto cor-de-rosa que se transforma em homem) utilizou alguns aspectos da história em um cenário simples para compôr uma intriga interna entre dois personagens principais não muito diferentes.
Sean e Puck são os protagonistas e também os narradores. Ambos, infelizmente, não convencem o leitor e nem possuem uma linguagem diferente para descrever as situações, que são realizadas cronologicamente.
Puck é uma jovem com dois irmãos, órfãos. Decide participar da Corrida de Escorpião para manter seu irmão por mais um tempo morando na ilha, coisa que desde o princípio é obviamente desnecessária e tola para o leitor e qualquer outro personagem fora de sua pele. Lá pelo meio da história ela se dá conta disso, mas pretende participar mesmo assim .pelo prêmio em dinheiro, já que a casa onde mora está prestes a ser tomada pelo credor.
Sean já ganhou a Corrida de Escorpião quatro vezes - das seis em que participou - e sabe que correr com capaill uisce é uma coisa perigosa e mágica. Ele precisa do dinheiro e da vitória para poder comprar seu cavalo, Corr.
De um lado um vencedor experiente com seu capaill uisce e do outro Puck com sua égua normal, Dove.
A autora não soube trabalhar a narração dos personagens, muitos capítulos são diferenciados apenas porque começam com o nome do narrador, ritmo, vocabulário e personalidade se confundem o tempo todo. Em compensação não caiu na febre da literatura Young Adult em colocar a jovem dividida em duas paixões másculas, sobrenaturais e com barriga de tanquinho.
Puck sofre com o machismo por ser a primeira mulher a se inscrever na Corrida e Sean sente a cobrança de ser um vitorioso solitário. Um romance entre os dois era inevitável desde o início, mas consegue se manter saudável e dentro dos limites de um livro de ação.
Qualquer comparação com Jogos Vorazes é inútil apesar da proposta: Algumas corridas são feitas para vencer. Outras, para sobreviver.
Poucos capítulos não são cansativos, chegar ao meio do livro foi um trabalho lento e talvez desse ponto em diante é que a escritora consegue, desculpe pela expressão, tomar as rédeas e mostrar o que pretende fazer com a trama.
Minha principal intenção ao ler A Corrida de Escorpião era entender mais o amor aos cavalos e um funcionamento de um haras. Em nenhum me senti satisfeito. Se o livro deixou na mão em muitos aspectos, pelo menos ensinou uma verdade que talvez muitos jovens venham a aprender: Nada é completamente inofensivo.
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Philip Rangel 22/10/2012

Incrível, fabulosoe mágico! É o que posso dizer em minha avaliação acerca de “A Corrida de Escorpião”, da autora Maggie Stiefvater. Considero, uma das melhores leituras de 2012. O texto e toda estrutura montada nas entrelinhas é pouco para o que você irá ler por aqui. Uma narrativa com tons poéticos, sentimentos que invadem o leitor nas primeiras frases iniciais na leitura. Um livro para ser devorado em poucas horas, pelos acontecimentos e junção dos fatos bem amarrados dentro do enredo são pontos fortes da autora. Senti um medo quando o livro ia acabando, abandonar os personagens foi como sentir um vazio enorme dentro de mim. Todo o enredo, remonta lugares que você ver durante sua leitura, como se você participasse dos acontecimentos dentro da ilha de Thisby ao lado de Sean e Puck Connolly, sem esquecer do cavalo d´água, Corr e nosa égua, Dove.

“Hoje é o primeiro dia de novembro, portanto alguém vai morrer. (p. 340)”

Em A Corrida de Escorpião, somos apresentados a ilha de Thisby, local onde que vive e acontece a corrida de Scorpio (Escorpião). Na ilha os meses que antecedem novembro, os cavalos especiais Capall Uisce- assassinos e destemidos- chegam do mar de Escorpião.

Puck Connolly, uma jovem que cresceu na ilha, que considera como um local importante. Possui um passado triste, pela morte de seus pais, vítimas dos Capall Uisce, possui ainda dois irmãos: Gabriel (Gabe) e Finn. Como suas vidas não são faceis, ou melhor, de muita pobreza, mesmo eles vendendo algumas peças para conseguir o que comer, o irmão mais velho Gabe, ameaça sair da ilha, para conseguir uma vida mais digna e a única maneira que Puck encontra para mantê-lo na ilha é participar da Corrida de Escorpião. Não esquecendo de citar, Puck, cuida de sua égua, a determinada Dove.
“Existem momentos dos quais você vai se lembrar pelo resto da vida, e existem momentos que você pensa que vai se lembrar pelo resto da vida, e não acontece com muita frequência que sejam os mesmos momentos.” (Kate Connolly) p. 68

Como o prêmio é em dinheiro, nossa protagonista ainda descobre que a casa está com débitos, o responsável é o Sr. Benjamin Malvern, dono do Haras Malvern, possuidor das grande riquezas da ilha, os irmãos poderão perder a casa de seus pais caso não vençam e quitem a dívida. Um outro grande problema, é que Puck, será a primeira mulher em toda a história em se inscrever na corrida, uma ideia já pode surgir dos acontecimentos que a garota vai enfrentar. Sean Kendrick, é um rapaz de dezenove anos, órfão por ter perdido seu pai novo, imaginem por qual motivo? O garoto trabalha no haras Malvern e possui algo especial em domar Capall Uisce. Sean ainda demonstra uma paixão pelo seu cavalo, Corr – um Capall Uisce que ainda pertence o Sr. Malvern. Nosso protagonista já ganhou quatro vezes a corrida e participará da próxima por um motivo valioso – o desejo de comprar Corr.

“- Quem é ele?
- Por Deus, aquele é Sean Kendrick. Ninguém conhece os cavalos melhor que ele. Ele compete todos os anos, e acho que é o homem a ser vencido. Sempre é. Mas ele tem um pé na terra firme e o outro no mar. Fique longe dele.” (p. 66)

“[...] Não sei exatamente o que quero que ele diga, apenas que seja algo que me dê a desculpa de continuar aqui olhando para ele por mais alguns minutos. Admitir isso a mim mesma é um duro golpe em meu orgulho, pois, exceto por meu desejo de me casar com o dr. Halsal aos seis aos de idade, sempre pensei que estava acima de me deixar fascinar por qualquer pessoa além de mim.” (p. 273)

O enredo não fica só amarrado envolta das corridas. Pelo contrário, elas você leitor só vão presenciar no final do enredo. Antes, iremos ser apresentados aos personagens e toda aquela preparação retirada das mãos de Stiefvater. Ainda, somos levados a sentimentos puros, no qual o amor não gira só em torno de uma pessoa, vai além da família, como o amor entre os cavalos em sua forma mais pura. O nevoeiro, o frio, todos os detalhes dos cenários de Thisby são perfeitos! Uma vontade de transportar para dentro das páginas e sentir o cheiro de maresia do mar, os ventos de cima do penhasco e a chance de ver o sol nascendo naquele oceano. Cercada de grandes mistérios, muito sangue e coragem, fazem os cavalos Capall Uisce escolherem o local para viver. Antes de começarmos a nossa leitura, somos agraciados pela autora, mostrando como ela colocou todo o local em prática. No final, em suas notas, as fontes imaginárias da autora são apresentadas, o melhor foi saber que A Corrida de Escorpião, foi sua experiência seguinte logo após a trilogia Os Lobos de Mercy Falls.

“[...] A verdade é que me sinto fascinado e repelido por ela: Kate é, ao mesmo tempo, um espelho de mim mesmo e uma porta para uma parte desta ilha que não sou eu.” (p 198)

O final é muito tocante, emocionante, se você é sentimental ou chora a toa, prepare-se! Torci por Corr, um aperto de mão em Sean e um abraço bem forte de parabenização em Puck. Nunca pensei que um livro poderia me chamar tanto como esse. Indico muito em todos os momentos a leitura. A arte original foi mantida pela editora Verus, bem como todos os nomes. Sua diagramação foram muito fiéis, junto com sua tradução nas mãos de Fal Azevedo. A capa meio metalizada desperta todo o charme nos olhos de quem ver. Uma pena, que não exista um próximo livro, enredos como esses, devem sempre continuar.

Descubra o final, lendo nossa resenha: http://www.entrandonumafria.com.br/2012/10/resenha-a-corrida-de-escorpiao-por-maggie-stiefvater.html
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Vânia 07/09/2012

Fascinante...
Como sempre, não me decepcionei com a narrativa da Maggie.
Apesar do começo ser um pouco confuso (não desistam), a história tem sua (na falta de uma palavra melhor) 'magia'... Tudo o que envolve o mundo de Sean e Puck é muito intenso - a maneira em que são colocados/narrados, lado a lado, o que acontece com cada um deles, seus pensamentos/sentimento/falas... Toda aquela loucura com os cavalos d'águas até sutileza do romance entre os dois - tudo te prende do começo ao fim...
Lendo a nota final da autora, não imagino a história diferente de como foi contada...
Lud 23/08/2012minha estante
Amei a sua resenha, Amiga! ;)
Os livros da Maggie são sempre tudo de bom! *-*


Vânia 24/08/2012minha estante
Amiga, vc tem que ler esse livro ...
A Maggie me conquistou ^^


Douglas P Da Silva 17/09/2012minha estante
Depois de ler sua resenha fiquei ainda mais empolgado pra ler.


Vânia 25/10/2012minha estante
Douglas, acho que você vai gostar bastante...




Anna 05/10/2015

Existem autoras, e não sei explicar o porquê, que não chamam a minha atenção. Eu simplesmente deixo pra lá, deixo pra depois, ou, como uma amiga minha diz, engano a minha pessoa dizendo que “um dia ainda lerei aquele livro” (mais pra nunca, se é que você me entende rsrs).

Maggie Stiefvater era, veja bem, ERAAAAAA, do verbo SER do Pretérito IMPERFEITO!!!! Era, era, não é mais, nunca mais será, uma dessas autoras esquecidas por mim!!! E graças a Deus pelas indicações, GRAÇAS a Deus pelazamigaaas!!!

Pois bem, a dita autora sempre passou batida aqui. Seus livros nunca me chamaram a atenção e sinceramente, se não fosse por uma amiga indicar, acho que realmente nunca leria.

Já falei que AMOOO as indicações dazamigas?!!!!

Falando sobre o enredo, e QUE ENREDOOO!!!! Muito criativo, original; tão original que mesmo sendo fantasia e você sentindo a magia, tem uma veracidade incrível. Quase fui procurar no google se a pequena ilha de Thisby realmente existe (hahahaha).

O livro é classificado como YA fantasia, mas se você está procurando um romance bonitinho entre Sean Kendrick e Puck/Kate Connolly, você está procurando no lugar errado. Este livro está além do romance água com açúcar, muito além de um simples clichê. Como eu falei, o enredo é muito autentico, aliás, tudo é muito autentico quando se trata desse livro.

A narrativa é dividida entre Sean e Puck, dois personagens muito fortes e muito parecidos em alguns aspectos, mas ao mesmo tempo, tão diferentes. Uma narrativa extremamente poética e sedutora que me conquistou rapidamente.

Eu adorei a Puck. O humor negro dela e suas respostinhas atravessadas me divertiram muito. Apesar das suas dificuldades familiares e sua orfandade, encontrei uma força violenta dentro dela, força que vem da dor que ela carrega.

O que me decepcionei com Gabe, me emocionei com Finn e sua relação com Puck. Aliás, fui completamente conquistada por Finn.

Sean e todo mistério em torno dele me fascinaram sobremaneira. A ilha e o mar habitam dentro dele. O que ele mais ama está no mar, na areia, no seu coração. Ele é sábio, muito sábio pra sua idade e você não ouvirá despropósitos saindo de seus lábios. Homem de poucas palavras, esse é Sean Kendrick, cheio de magia, cheio de segredos arcaicos e absolutamente instigantes.

Esses dois personagens amam muito, amam com intensidade absurda, e não, não estou falando aqui sobre o amor romântico. Algo os une, algo tão lindo, colocado de maneira tão exorbitantemente cativante pela autora, que me fez chorar.

O amor, a paixão insana por um cavalo e um capall uisce, Dove e Corr, que como seus donos, são muito parecidos e diferentes ao mesmo tempo. Essa devoção por esses animais, personagens tão vivos no contexto, é expressa de forma surpreendentemente aberta, e eu leitora, me senti completamente desarmada.

Como sempre fico quando um livro que amo vai ser adaptado para o cinema, estou na expectativa e muito ansiosa. Acho que o filme promete...pelo menos eu espero, e torço muito por isso!

Enfim, Maggie é uma autora precisa e não se utiliza de subterfúgios nem de um punhado de cenas sem sentido pra sobrecarregar seus personagens. Nada além do necessário e muito além do que você pode imaginar.

Ganhou meu coração e minha fidelidade e em troca, eu dou todas as estrelas que tenho!

Citações:

“Apesar de estar seco agora, sinto frio até em meus ossos, como se tivesse engolido o mar e ele agora morasse dentro de mim”

“As orelhas são longas e apontam perversamente uma para a outra, mais como um demônio do que como um cavalo. Elas me fazem pensar em ovas de tubarão. As narinas são longas e finas para impedir a entrada do mar. Olhos negros e escorregadios: olhos de peixe. Ele ainda fede ao oceano. Como a maré baixa e as coisas que ficam presas as rochas. Mal é um cavalo. Ele está faminto. ”

“Alguém mais consegue segurá-lo? ” Seu rosto permanece inalterado. “Não há ninguém mais. Você é a única. ”

“Ela está ao lado de Corr, olhando para ele. Quero que ela o ame. ”
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Leitora Bibliotecária 05/02/2020

Resenha A corrida de escorpião
Então vamos ao que interessa. A Corrida de escorpião é um livro de fantasia volume único, sabemos como é raro ter um livro de fantasia que seja único né? Nele conhecermos a história da Puc e do Sean, dois órfãos que tiveram seus pais assassinados ou devo dizer devorados pelos temidos cavalos d'água mágicos que vivem no oceano que cerca a pequena ilha de Thisby onde vivem.
"Algumas corridas são feitas para vencer, outras apenas para sobreviver."
A corrida de escorpião é o maior acontecimento do ano e uma grande fonte ou a única fonte de renda para os moradores da ilha, ao londo dos anos as corridas formaram uma legião de fanáticos que apostam verdadeiras fortunas todos os anos em seus cavaleiros favoritos. Thisby por ser uma ilha muito pequena possui uma rotina completamente pacata durante todo o ano, exceto pelo mês de novembro que fica repleta de turistas de todos os tipos e lugares que viajam para assistir a corrida que acontece todos os anos durante esse mês, período esse em que os cavalos ficam mais agitados e famintos e muitas vezes saem do oceano em busca de alimento (pessoas, animais...) e alguns dos moradores aproveitam para tentar captura-los e tentar doma-lós de alguma forma para que possam competir e ter mais chances já que devido a sua magia os capall uisce como são chamados são extremamente grandes, fortes e velozes, mas não é uma tarefa fácil e muitos morrem ao tentarem.
" Hoje é o primeiro dia do mês de novembro e alguém vai morrer. Está ilha é astuciosa e cheia de segredos. Não faço ideia de seus planos para mim."
Teremos capítulos intercalados entre os dois protagonista onde inicialmente conheceremos a Puc que vive com seus dois irmãos e lutam diariamente para conseguirem o que comer no dia seguinte, Puc é a irmã do meio que está sempre na companhia de sua égua (comum) chamada Dove, certo dia seu irmão mais velho ao chegar em casa do trabalha compartilha com eles um fato que fará com que ela decida competir na corrida pois acredita que será a única forma de reverter o acontecido. O problema é que uma mulher nunca participou das corridas antes e também Puc jurou chamais se aproximar de um capall uisce após a morte de seus pais.
"Tenho meus prórpios motivos para competir - respondo... Meus motivos não são menores apenas por eu ser uma garota."
Em seguida conheceremos o Sean, um garoto completamente fechado e solitário que trabalha e vive no único aras da ilha para o rico e famoso Srº Malvern e está sempre na companhia do seu garanhão capll wices chamado Corr, porém Corr não é exatamente seu, embora ele tenha capturado, treinado e ser o único a montar nele o mesmo pertence a seu patrão Srº Malvern, Sean é super conhecido e respeitado por ser o único a já ter ganhado as corridas por 6 vezes, " respeitado menos pelo filho de seu patrão Matthew que morre de inveja e está sempre tentando prejudica-lo), certo dia Sean recebe uma proposta que o levará a querer vencer essa corrida mais que tudo em sua vida.
"... aquele é Sean Kendrick. Ninguém conhece os cavalos melhor do que ele. Ele compete todos os anos, e acho que é o homem a ser vencido. Sempre é. Mas ele tem um pé na terra firme e o outro no mar..."
Durante a trama acompanharemos a trajetória dos dois personagens ao longo dos treinos e preparação para a corrida, seus caminhos logo se cruzaram e Puc vai descobrir o quão machista e preconceituosos são os moradores da ilha que ela tanto ama, muitos dos organizadores tentaram impedi-lá de participar alegando que mulheres não podem participar. que só levaram azar para corrida e por ai vai, Puc logo descobrirá que não irá conseguir competir em um capall uice e resolve competir em sua égua baia Dove o que só contribui para que ninguém a apoie. Sean que nunca teve a intenção de se aproximar de ninguém se vê admirado com a coragem de Puc e decide ajuda-la em seu treinamento. E juntos enfrentaram as corridas competindo junto com diversos outros cavaleiros cada um com um desejo próprio de vencer e conseguir o que tanto querem.
Apesar de suas 378 páginas é uma leitura super rápida, a escrita da autora é cativante e a mitologia criada para descrever as tradições e o mundo dos capall uisce é simplesmente fantástica e te deixa louco para querer ler logo tudo de cara para saber o desfecho da trama. Não é somente um livro de fantasia, nele teremos dois jovens órfãos que desde cedo aprenderam a lutar pela vida e pelo que querem, veremos uma garota que nos mostra a ir atras do que queremos independente de não termos apoio, ela nos mostrará que mesmo com tantas dificuldades não devemos nos intimidar e deixar nossos sonhos de lado.
Nesse livro teremos companheirismo, superação, luto e acima de tudo uma grande história de lealdade. Foi uma leitura incrível que lamento muito ter demorado tanto para conhece-la e fico extremamente triste em saber que muitos não conhecem a história, então espero que este post te deixe mais animado a conhecer essa história incrível.


site: https://www.leitorabibliotecaria.com.br/2020/02/resenha-corrida-de-escorpiao.html
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Jhonathan Boff 30/04/2020

Uma história muito envolvente
"? Conte-me como é. A corrida.
É como uma batalha. Uma confusão de cavalos, homens e sangue. Os mais rápidos e mais fortes dos que restaram depois de duas semanas de preparação na areia. É a onda em seu rosto, a mágica mortal de novembro em sua pele, os tambores de Escorpião no lugar do coração. É rápido, se você tiver sorte. É vida e é morte, ou os dois, e não há nada parecido com isso. Certa vez, esse momento, essa última luz da tarde antes da corrida, já foi o melhor instante do ano para mim. A antecipação do jogo por vir. Mas isso quando tudo o que eu tinha a perder era minha vida."
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Ket 15/06/2021

Mágico
Um dos livros mais bonitos e criativos que já li. Quem gosta de realismo fantástico vai curtir. Cavalos que saem do mar, uma corrida mortal, uma garota corajosa que precisa sobreviver. Um romance singelo e bonito. Sempre lembro dessa história com saudades!
Jaque.Campari 16/06/2021minha estante
Tenho muita vontade de ler esse livro. Qualquer hora eu leio ?


Ket 17/06/2021minha estante
Vale a pena, Jaque. Tem um toque de absurdo maravilhoso.


Jaque.Campari 17/06/2021minha estante
Ai, quero. Quando eu assinar Unlimited de novo eu leio rs




Amanda Bento 05/05/2020

Bom YA pra quem gosta de fantasia
Admiro a capacidade de ambientação da autora, criando seu próprio folclore, a qualidade da escrita é muito boa mesmo. Não funcionou muito pra mim porque pessoalmente não é meu estilo de livro, não leio muito YAs e este foi um teste pra ver se o gênero me agrada.
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Ronan 17/12/2021

4.5 ⭐

Me surpreendi com essa releitura, consegui me conectar bem mais com os personagens dessa vez e isso me fez aproveitar bem mais esse livro, que história incrível.
Como eu amo a escrita da Maggie...
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Carol 24/09/2012

Um apanhador de lembranças belas


Lembro-me do momento em que andei de cavalo pela primeira vez na minha vida: o balançado ritmado do animal e a minha completa falta de vocação para o serviço. O sol estava a pino, e ele suava em minhas mãos- não sabia que cavalos suavam. Meus seios doíam e meu estômago ameaçava devolver o almoço. Eu não conseguia alcançar o pé nos estribos e minha cela parecia sambar comigo em cima. Apesar do cavalo não ser grande, me senti insegura, indefesa. O trote era acompanhado por leves tropeços em terreno irregular. E quando ele tentou acelerou, eu pensei que cairia e ficaria muito envergonhada por isso. Eu não sabia como para-lo, não entendia de batidas rápidas nem de lugares específicos identificando o exato músculo que faria o animal ganhar vida ou estancar. Ele estava no comando, eu era apenas algo em cima dele.
O vento me chutou com destreza e eu sorri. Da dor que senti, da feição babaca que eu devia estar mostrando para os trabalhadores ao redor. Dessa vez ele conseguiu acelerar. Apesar de dor em todos os músculos, tinha descoberto uma forma de controlar sua direção e sua velocidade e de apoiar meus pés de uma forma que não me sentisse na Marques de Sapucaí. Ele respondia aos meus dizeres e juntos, suávamos em direção a um horizonte que eu não conhecia. Chegamos numa depressão de um terreno vizinho quando ele foi diminuindo. Me senti outra pessoa, envolvida em um cheiro de cavalo molhado, suada com o sol no rosto e dolorida por uma tarefa que nunca tinha concretizado além dos meus sonhos.
O cavalo se chamava Cavalo, e foi ele quem me mostrou o meu paraíso em forma de uma eletricidade que não lembrava que tinha. Eu estava viva!

Ler A Corrida do Escorpião me fez pensar em duas coisas que amo:
Andar à cavalo e Thiago Fernandes.
A primeira só fiz duas ou três vezes na vida, e foi amor a primeira cavalgada. E a segunda é um amigo/irmão que troca qualquer balada do mundo por alguns momentos de plantão cuidando de éguas a quem ele não chama de éguas: Todas têm nomes, sinais característicos e todas são amadas por ele. Muito amadas por ele.
O livro te faz viajar.

A Maggie tem esse poder em mim quando escreve: ela me transporta para lembranças esquecidas.
Juro que conseguia ouvir o barulho do mar quando o livro falava disso, ou sentir o olhar de Corr quando estava provocante ou atento.
Não conhecia sobre lendas de cavalos d’agua. De figuras que surgem do mar e que são assassinas por instinto. Na minha cabeça, as figuras tão “mágicas” que a autora descrevia no livro já eram mágicas sem precisarem ter saído do mar.
Os cavalos em si detém uma magia sobrenatural em mim.
E a corrida passa a ser o que menos importa nesse livro, apesar de ser a temática dele.
Temos protagonistas perfeitos e personagens secundários que me dão raiva porque não havia pensado em escrever sobre eles antes.
A ilha, cenário do livro, fala. Sério!
A autora descreveu um lugar tão real e tão vivo em si, apesar de maçante e pequeno, que você se sente parte de tudo; comprando carne naquele açougue, ou objetos antigos naquela loja, ou ainda visitando aquele haras. Andando em carros quebrados ou dando comida a Dove, a égua de Puck.
Esse livro da Maggie respira. Seja pelos cavalos, pelos protagonistas ou simplesmente porque nada fica como você realmente pensa que vai ficar, e até isso é muito perfeito.
Já deu para notar que ele mexe total com todos os meus sentidos não é?

Nossos protagonistas são incríveis.
Temos Sean, um menino que viu o pai morrer na sua frente vítima de um capall uisce (cavalo d’agua) e que mesmo assim é criado num haras trabalhando com esses animais, que por incrível que pareça, ele ama. E toda sua volúpia de paixão é voltada para Corr, o garanhão vermelho que outrora tinha pertencido ao pai. Sean é silencioso; e não existe outra palavra melhor para identifica-lo. O personagem é muito bem construído, e mesmo que não abra a boca, para nos dar sinais de travessão no livro em muitos momentos, ele só fala a coisa certa, no momento certo, para a pessoa certa. E isso é tão Capall Uisce nele, que você pensa no fato dele ter crescido ao lado desses animais e ter se tornado parte deles.
A Puck é rebelde. É forte. Não é nem de longe parecida com qualquer mocinha de livro que tenha lido. Se Sean poupa palavras, ela usa todas, e não parecem erradas. Puck é a primeira mulher que se inscreve na corrida. E por isso, ela enfrentará muitos problemas de uma ilha machista. Ela ama a ilha, e a paixão dela se transforma na nossa.
Para quem interessar possa, a corrida é na verdade uma luta por sobrevivência. Tanto física: Capall Uisce são criaturas perigosas, e homens sedentos por vitória também são. Quanto psicológica, cada um ali tem um motivo muito forte e realmente necessário de estar correndo, mesmo que não seja muito benevolente.
Esse livro mexeu comigo porque me trouxe lembranças, porque a escrita dessa autora me deixa fascinada e apaixonada, e, sobretudo, porque vi como pessoas simples, vivendo coisas simples que possam se tornar tão perigosas e angustiantes, são tão comuns.
Devo citar que os personagens secundários são incríveis!
Seja Finn, e Gabe: Os irmãos de Puck que a deixou tão forte quanto possível depois da morte dos pais deles. Seja Peg e George Holly com seus dizeres pequenos e totalmente convenientes.
Parecia que cada personagem desse livro, e cada morador dessa ilha achasse um desperdício falar qualquer coisa que não tivesse importância. As pessoas deveriam tomar isso como exemplo.
O romance não é o principal dessa história, na verdade é um coadjuvante doce e que vem chegando pelas beiras. Nada meloso. Você não se sente incomodado por ele, e ele te cativa aos poucos. Nada de declarações de amor ao luar. Eles têm problemas demais para se preocupar antes de pensar nisso.
Devo dizer que o livro me cativou?
Acho que não precisa, não é?
Saiba que foi um dos livros mais belos que já li na minha vida.
Pela temática, pela construção e principalmente, pelo o que me fez sentir.
Cada livro bom que você ler vai te tocar em algum ponto, esse me tocou em vários, e não tenho mais nada para dizer sobre ele além de: Leiam! Agora! Já!
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Pandinha 05/05/2020

Uma leitura instigante
Um livro que demora a se desenvolver, começo parado, mas depois do meio, tudo flui.
O fim é um pouco decepcionante, de uma forma ou outra, o livro é bom.
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Jãoo 09/06/2022

Maggie é fod@
Gente, se tem uma coisa que posso dizer, é que a Maggie nunca me decepciona.
Mais uma vez Maggie você conseguiu me prender e conseguiu me surpreender.
Se você está pensando em ler esse livro, leia, eu não posso falar de todos, mas, com a minha experiência, recomendo ler
qualquer que seja o livro de Maggie.
SIM EU VIREI FÃ DELA
Gabyz.z 09/06/2022minha estante
Não curti tanto a saga dos corvos da autora
Mas esse livro eu achei muuuito bom, fico triste por não ser tão conhecido


Danile.Machado 09/06/2022minha estante
Tá na minha lista a séculos, já tava quase desistindo kkkk




Renata 20/09/2020

Ótimo livro, mas muito lento, os personagens principais demoram muito a ter um contato, mas depois é só alegria!
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Aglycia 19/06/2021

Uma fantasia repleta de lendas e muita sensibilidade.
Puck ( Kate) mora numa ilha com seus irmãos e são jovens órfãos. Eles passam por grandes dificuldades para sobreviver e têm muitas dívidas. Gabe, o irmão mais velho de Puck, diz que vai embora e ela sente o desamparo na pele. Como alternativa para solucionar seus problemas, ela resolve participar da conhecida corrida de escorpião que movimenta a Ilha uma vez por ano. Porém, essa é uma corrida mortal e somente cavalos d'água que são mágicos participam. Puck, enfrenta muitos desafios ao se inscrever com sua égua na corrida, mas conta com a ajuda de Sean, um encantador de cavalos e irá tentar vencer a todo custo. Ela e Sean viverão uma verdadeira aventura e cheia de surpresas.

📚 O livro: A obra é  uma ficção americana infanto juvenil cativante e repleta de belas metáforas. Os capítulos são relativamente curtos e o narrador onisciente em diversos momentos. O que mais se sobressai  na obra é a corrida e os cavalos d' água seres mágicos que surgem na ilha quando saem do mar. Essas criaturas são amadas e odiadas e também são mortais. A linguagem é  acessível e a leitura flui num ritmo excelente. Os personagens têm certa profundidade psicológica e torna- se fácil se identificar com os eles.  O amadurecimento de Kate  é  cisucul na obra, assim como o de Sean. O desfecho da história é  bem interessante e é  impossível não se deslumbrar com os cavalos d'água. Uma leitura leve e encantadora.💕💕

site: @entrepontoseletras
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