binhost 21/01/2022
AMEI DMSSSS, MAIS UM ACERTO DO KING!! (com exceção do final)
Depois de um livro tão grandioso como este, acredito que seja comum essa sensação eletrizante de impacto após a finalização da leitura. Esse é o terceiro livro do autor que eu leio, seguido respectivamente de It, a Coisa (livro FAV DA VIDA) e Christine. Desde quando eu li It e me apaixonei pela escrita e a forma como o Stephen King desenvolve uma história, venho tendo esse desejo louco de ler diversos livros dele, e Sob a Redoma estava no topo da minha lista de prioridades.
E caraaaaa, que LIVRO INCRÍVEL!!! Foram tantos sentimentos lendo que me invadiram; amor, ódio (esse constantemente pelo o desgraçado do Big Jim), empatia, desespero, tristeza, confusão, entre vários outros. No início eu não esperava que o livro fosse me prender tanto, confesso que eu tinha criado uma certa expectativa sobre ele, nada muito grande, mas ainda assim não imaginava que eu me envolveria tanto com essa pequena cidade e todos esses personagens (que inclusive, são MUITOS).
Se engana quem pensa que a Redoma é o assunto mais tratado no livro, sim, muitas coisas ali estão acontecendo justamente por conta da sua chegada na cidade, mas o seu papel na história fica totalmente em segundo plano, senão em terceiro. Eu senti que o King não quis dar tanto protagonismo a essa coisa estranha e tão perturbadora que é a redoma, assim como muitas outras pessoas que leram, creio, tive a sensação que o seu principal foco era mostrar o quão podre e terrível pode se mostrar o ser humano em determinadas circunstâncias. Durante o decorrer da história, é fácil você se espantar e ficar horrorizado com todas as barbaridades que alguns personagens cometem tão naturalmente, como se tal ato fosse algo que faz parte do seu cotidiano. Perdi a conta de quantas vezes eu tive que parar a leitura e fechar o livro para refletir sobre as inúmeras cenas que atingiram o meu psicológico, algumas de forma até mesmo... pacífica? É, acho que sim, mas outras, aterrorizante, o Stephen King tem o talento de chocar o seu leitor desse jeito, de fazer com que a gente reflita sobre a maldade em seus diferentes âmbitos.
Em questão dos personagens, posso dizer conscientemente que a minha favorita é a Julia, a editora do jornal da cidade. Amei a sua personalidade; toda cheia de força de vontade, criativa, inspiradora, forte, corajosa, destemida, inteligente e muito mais. Infelizmente não posso dizer o mesmo do Barbie... apesar dele ser a pessoa com mais destaque na obra, eu não consegui me interessar tanto por ele e nem por sua história de vida, sem contar esse protagonismo excessivo em cima dele que na maioria do tempo eu achava muito desnecessário, sinceramente. Na minha opinião, o Rusty, auxiliar médico do hospital da cidade, mostrou-se muito mais relevante pro desenrolar do enredo do que o Barbie, não sei se alguém mais teve essa impressão, mas isso ficou fixo na minha cabeça o tempo todo em que eu lia.
Enfim... O LIVRO FOI MARAVILHOSOOO, mas infelizmente não posso dizer o mesmo do final... eu até que tentei, mas não consegui engolir aquela conclusão louca que o Stephen King nos jogou nas últimas páginas, sério, que coisa maluca foi aquela, gente???? Adorei todas as criticas e temas abordados ao longo da história e sim, dá até pra tirar uma reflexão interessante do final, mas de qualquer modo, eu não gostei nada dele, estava esperando uma explicação muito mais lógica e convincente, entretanto, isso não estragou em nada minha experiência lendo esse calhamaço de 900 e tantas páginas, entretive-me bastante com cada capítulo.
Eu superrrr recomendo esse livro pra geral que curte esse tema e pra qualquer bookstan que seja.
Merece cinco estrelas com com certeza!!!!