Andrea 08/08/2009Gerritsen é máFoi meu primeiro livro da autora, era doida pra lê-la. E fiquei mais animada ainda quando li que era médica. Já tinha lido que ela seria "a herdeira" de Robin Cook (outro autor que gosto demais), mas não tinha ligado o comentário à sua pessoa. Nem feito a ligação "medicina". Amo thrillers médicos!
Tudo começa quando Julia compra uma casa caindo aos pedaços e, sem querer, acha ossos enterrados no jardim ( O Jardim de Ossos, sacaram? :P). A partir daí, é um mergulho na medicina do século XIX, intercalando com as descobertas de Julia (e Henry, um velhinho rabugento maravilhoso!) sobre o caso, no século XXI.
Tess é mórbida, ela conta com detalhes as autópsias para os estudantes de medicina e como se conseguiam corpos para as faculdades. Mas o mais chocante é a vida das pessoas nessa época: morando em lugares imundos e ainda divindo o espaço minúsculo com pessoas doentes (e insetos). Isso sem falar em como os médicos "cuidavam" dos seus pacientes. Isso sim é o mais assustador. As mortes violentas ficaram mais como um pano de fundo. Totalmente demais, mas não me chocaram tanto quanto as ações da época.
Em nenhum momento a leitura ficou arrastada, cansativa. Tess soube fazer essa mudança de passado/futuro sem perder o fio da história. E, de quebra, teve um romacenzinho e um final de partir o coração. Mas maravilhoso!
Como diz King, na capa do livro: Tess vai ser leitura obrigatória na minha vida, a partir de agora. o/