Nath @biscoito.esperto 10/12/2012Li o primeiro livro de John Verdon, Eu sei o que você está pensando, no início de 2012. Eu sempre fui muito fã de romances policiais e John Verdon prometia muito com um livro audacioso.
No entanto reparei uma coisa que vale ressaltar: durante a leitura tanto de Eu sei o que você está pensando quanto de Feche bem os olhos, todas as pessoas que me viram lendo e quiseram saber sobre o assunto do livro me fizeram a mesma pergunta: Esse autor cumpre o que promete na sinopse?
Foi então que percebi que os dois livros de John Verdon tem uma premissa tão boa, mas TÃO boa, que parecem que vão decepcionar. O primeiro livro promete um assassino meio Mãe Diná e o segundo um assassinato levemente impossível, já que nada se encaixa na história. E muitos me perguntaram também qual dos dois livros era melhor. Sem desmerecer nenhum dos enredos, mas eu adivinhei o mistério do livro um e simplesmente fui enganada pelo autor no livro dois! Sempre que não descubro o mistério do livro o julgo muito bom, então Feche bem os olhos está melhor cotado que Eu sei o que você está pensando. Mas ambos são excelentes.
Este é o segundo livro que narra uma das peripécias de Dave Gurney, detetive aposentado, pelo mundo da investigação. Dave se aposentou há dois anos mas ainda não largou sua inclinação detetivesca. No ano anterior ele solucionara o incrível caso Mellery e, desde então, prometera à sua esposa não mais se envolver com crimes, já que ele quase perdeu a esposa no ano anterior.
No entanto esse novo caso parece sedutor aos olhos vigilantes de Gurney. A jovem Jillian Perry foi morta no dia de seu casamento, tendo sua cabeça arrancada. A princípio tudo parece uma execução trágica, mas o caso se torna algo impossível de solucionar, já que absolutamente nada se encaixa. Gurney tem em mãos um suspeito desaparecido, um passado trágico, uma GRAVAÇÃO do momento em que acharam o corpo e toda uma equipe de perícia para ajudar. Infelizmente, esse suspeito desaparecido não parecesse ter passado, já que sumiu sem deixar rastros. O passado trágico de Jillian apenas revela uma garota levemente perturbada e a gravação não é muito clara.
Gurney leva tudo para o lado pessoal e está determinado a solucionar o caso.
Gente, eu criei mil teorias (que, se vocês quiserem conhecer, podem ler no meu histórico de leitura. Nenhuma delas está correta então, mesmo que não tenha lido o livro ainda, pode dar uma conferida. Mas se você ler minhas teorias depois de ler o livro será melhor por que você entenderá meu raciocínio) e simplesmente falhei. E, olha, eram teorias muito boas! Se eu escrever um livro policial nunca chegará aos pés deste.
John Verdon cria camadas e mais camadas de mistérios a ser solucionados e te deixa querendo entender o que aconteceu. E o melhor é que ele nunca termina um livro te deixando com alguma dúvida. Então não se preocupe: TUDO será resolvido entro de 432 páginas.
E é isso que admiro em Verdon. Ele cria uma trama complexa e aparentemente indesvendável e simplesmente te desarma mostrando a resolução. E o pior é que se você prestar atenção bem nas palavras, tudo estava ali. Você é que não viu.
E, além de uma investigação brilhante, cheia de ação, aventura e mistérios, o drama do livro é outro atrativo. Os dilemas da vida de Gurney com sua esposa, seu filho morto e tudo o mais chegam a te emocionar.
É isso que digo quando alguém me pergunta por que gosto tanto dos livros de John Verdon: eles me tocam. E, mais que isso, me fazem pensar. Não só pensar para desvendar um mistério, mas pensar na vida, nas pessoas à minha volta e no amor incondicional.
Espero ansiosamente por "Let the devil sleep".
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