Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Lara 02/11/2022

Perfeito.
Completamente impactante. Fiquei pensando muito em algumas passagens desse livro. Talvez, lembre para sempre. Livros que ficam incrustados em sua alma
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karlinismo 26/03/2020

Nekliudov faz parte de uma listinha, um tanto longa, de personagens de perfil melancólico, romântico e espirituoso, que eu tanto amo.

Príncipe Dimitri sensibiliza-me com sua força moral demonstrada em sua jornada. Não é irrepreensível, nem tão virtuoso quanto pensa, mas é um ótimo exemplo quando o assunto é potência natural da razão. Eis o homem e sua capacidade de ser bom apenas pela graça suficiente!

Como quase todos os clássicos literários me faz pensar, com pungente pesar, em tempos distantes onde o pensamento comum era voltado para o que é Belo, Bom e Verdadeiro. Me recorda as épocas, agora longínquas, onde as filosofias eram tiradas da realidade e o homem era conduzido a uma firme maturidade. Hoje, no entando, o inteligente é duvidar do certo e ter por certo o duvidoso; a moral é relativa e a realidade ignorada.

O último capítulo, pra ser sincera, me fez rir, veio-me a mente minha amada Santa Terezinha, dizendo: "Vaidade, vaidade... Tudo é vaidade e aflição de espírito!"
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Eduardo Santos 19/11/2021

Aulas sobre o sistema carcerário russo como pano de fundo a dezenas de questionamentos filosóficos sobre a natureza humana.
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Alipio 18/12/2020

Ressurreição - Liev Tolstói
O romance de Liev Tolstói, "Ressurreição" começou a ser esboçado em 1889 com o titulo "A história de kóni", inspirado em um caso de justiça criminal com um desfecho fatídico. Com várias interrupções e retomadas, a obra veio a ser publicada em 1899 após um intenso trabalho de pesquisas sobre todas as situações reais que potencialmente seus personagens vivenciaria. Tolstói havia renunciado os diretos autorais de suas obras posteriores a 1881, "Ressurreição" foi negociado com as editoras para a sua publicação, mas como muitas editoras já estavam habituadas a imprimirem livremente seus escritos, a obra foi impressa em vários países sofrendo alterações, por conveniência ou por "ruídos interpretativos". A obra completa e fidedígna só foi possível em 1936 com o texto reconstruído por filólogos soviéticos.

A vida de Ekatierina Máslova ( Katiucha) foi uma vida cheia de agruras desde o seu nascimento. Após um relacionamento relâmpago com o sobrinho de suas senhoras, o jovem Nekhliúdov, engravida e se vê arruinada.
Diante de tantas adversidades e humilhações, é seduzida a trabalhar numa casa de prostituição e lá permaneceu por pouco mais de sete anos até a sua prisão.

No tribunal, entre os jurados que estariam incumbidos de condenar ou absolver Máslova (Katiucha) da acusação de roubar e envenenar um cliente, estava o príncipe Dmítri Ivánovitch Nekhliúdov, o mesmo que no passado seduzira, engravidara e abandonara à própria sorte. Devido a uma defesa displicente e um "erro grotesco" dos jurados, é injustamente condenada e apenada à trabalhos forçados na Sibéria por quatro anos

Nekhliúdov acredita que foi o responsável por Máslova se encontrar naquela situação. precisa fazer algo. Precisa corrigir o erro. Está determinado a fazer de tudo para se redimir.

Tolstói retrata em sua obra uma crítica realista de uma sociedade russa omissa que fecha os seus olhos para a miséria do povo, descortina as desigualdades sociais e uma justiça que é complacente com os poderosos, mas implacável (e injusta) com os pobres, julgando-os conforme os seus interesses.
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" Ressurreição" é uma obra Permeada de reflexões jurídicas, filosóficas, sociológicas, religiosas e moralista.
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Sobre Fatos Sociais, Tolstói aborda com grande maestria essa temática.
Após passar por transformações interior (e que vão refletir em suas ações), Nekhlíudov em suas peregrinações pelos presídios e pelas suas propriedades, passa a "enxergar" as disparidades sociais e um sistema judiciário russo deficiente com prisões indevidas, defesas displicente, condenações injustas, perseguições religiosas, tratamento hostil, etc.
E as terras, a única fonte de sustento dos camponeses, estavam nas mãos dos Senhores que exploravam os trabalhadores para manter suas vidas de regalias enquanto o povo viviam em total estado de miséria.
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" Era preciso encontrar meios para que aquilo não existisse, ou pelo menos, que ele não tomasse parte daquilo".

Nekhliúdov luta contra a sua consciência pois é preciso apelar pela "ajuda" dos opressores em favor dos fracos e oprimidos. Sãos muitas as indagações sem nenhuma resposta convincente
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Fato é: " Por mais que discordamos de certas pessoas ou instituições, dependemos delas para legitimar as nossas ações."

"Ressurreição". Uma obra que escancara as facetas sombrias da natureza humana.
Simplesmente indispensável para quem ama um boa obra literária.


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" Ninguém é culpado, mas pessoas foram assassinadas, e assassinadas, apesar de tudo, por aquelas mesmas pessoas que não são culpadas de tais mortes" ( pág. 347)
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Renata Rezende 27/08/2021

Como eu imaginei...
... os protagonistas não são aquilo que conduz a história. O livro é uma crítica social, político-jurídica.

Primeiro livro do Tolstói que me traz esse desconforto desagradável no final.
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Tyssia.Rayol 11/07/2021

Tolstói sempre sendo Tolstói? a gente começa a leitura gostando pouco e pensando: acho que esse não vai me agradar! Mas à medida que o enredo se desenrola e os temas vão se aprofundando, me vejo envolvida e reflexiva perante os pensamentos desse príncipe tão humano.

As autodescobertas vividas por ele trazem verdades difíceis de aceitar e ao mesmo tempo deixam claro o quanto é simples ser bom.

Vale ler e reler?. É uma excelente oportunidade de entender a alma do brilhante Tolstói.
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Gabi Guerra 09/07/2021

Absurdo! o romance mais claro de tolstoi
- Ressurreição foi o último romance escrito por Tolstói.

✳️ Na obra, publicada pela primeira vez em 1899, Dmitri Nekhliúdov, príncipe aristocrático, se vê como jurado no processo de julgamento de sua ex paixonite adolescente Maslova. Ela é acusada de homicídio por envenenamento.

❇️ Maslova é uma camponesa que trabalhava na casa das tias do aristocrata. Foi iludida por Dmitri e engravidou, perdendo o emprego e o respeito da sociedade, enquanto ele sumia do mapa. Em consequência, tornou-se prostituta.

✳️ No banco do júri - nem tão popular - Dmitri passa por um processo de autoconhecimento e autopunição que resultará na ressurreição dos seus ideais sobre moral, caráter e justiça.

✳️ Sem dar spoilers, eis o resumo. é uma leitura de reconstrução, recheada de críticas às leis, formalismo da justiça, aristocracia hipócrita e igreja com falsos princípios.

💕 faça o favor de ler a obra em algum momento da sua vida. É completamente viciante e atual. Tolstoi é mais acessível que Dostoiévski, vale a pena arriscar a leitura, mesmo que o número de páginas assuste.
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Máslova 18/04/2012

Fundamental...
Ressureição foi meu primeiro contato com a obra de Tolstói. Trata-se, sem dúvida, de uma leitura magnífica, capaz de conduzir o leitor às profundezas de sua própria consciência. Particularmente, me identifiquei em diversas passagens com os dilemas morais da personagem central da trama. Certamente é uma leitura interessantíssima para aqueles que buscam apurar, com fundamento, seus pontos de vista ideológicos. Recomendo, mas sugiro que o leitor disponha de tempo para a leitura, que em alguns trechos pode se tornar um pouco monótona e entediante, mas nada que retire o brilho de seu conjunto.
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Tarcisio 12/02/2013

Grande obra
Esta é mais uma bela obra de Tolstoi. Considerei a história uma reconciliação entre os humanos e seus conflitos, tais como o direito de propriedade, desigualdade dos direitos entre homem e mulher e a desigualdade de riquezas, e o cumprimento dos deveres, quando então coloca o interesse pessoal em segundo plano. É possível projetar-se na figura de Dimitri Ivánovitch Nekhliúdov que luta para dar sentido à sua vida. A resposta aos seus anseios surge, brilhantemente, ao final do livro.
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Nathalia.Meschiatt 22/01/2023

Superestimado
Diferente dos outros clássicos que já li, Tolstói decepciona ao entregar uma história cheia de descrições e com pouca profundidade.

Repleto de personagens planos e um enredo superficial, Ressureição resume-se a um relato enfadonho da Rússia de 1899. No qual os únicos momentos interessantes limitam-se as críticas e reflexões (ainda muito atuais) sobre o sistema capitalista e carcerário.

No fim, o livro serviu exclusivamente ao propósito com o qual foi publicado: levantar o dinheiro necessário para a emigração dos dukhobóri - minoria com idéias semelhantes a de Tolstói - perseguidos pelo tsar e fora isso, provavelmente, nunca teria sido finalizado.
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Sandra Silva 17/04/2023

Apesar de ter sido publicado em 1899, Ressureição traz muitas questões que podem ser aplicadas nos dias de hoje.
Aqui, Nekhliúdov é um rapaz de família abonada, que quando mais novo abusou de uma empregada das tias, e que hoje está sendo júri de um crime que ela é acusada, injustamente, de ter cometido.
Ele então sente que, de alguma forma, é culpado pelo infortúnio de Máslova, por tê-la abandonado no passado, e essa culpa faz com que ele se lance em um busca por justiça para ela, só que ele é surpreendido pelas situações hediondas em que as pessoas privadas de liberdade são tratadas.
Como pode um ser humano, cheio de falhas e erros, achar que pode determinar como outro ser humano, também cheio de falhas e erros, deve pagar por suas indiscrições com a sociedade?
Mergulhando fundo no sistema carcerário, Nekhliúdov vai se enojando com aqueles que se acham dignos de julgar, e vai percebendo que aqueles que são mais vulneráveis e pobres, numa sociedade injusta e desigual, são os que mais sofrem.
Um livro maravilhoso!
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Leonardo 23/01/2012

Maravilhoso!!!
Uma obra prima de Tolstói!!! Recomendo a todos que possam ter a oportunidade de ler essa magnifica obra! Pretendo reler em breve!!!
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Dora Aventureira 03/05/2022

Um livro que eu superestimei?
Esse livro, sinceramente, eu esperava algo a mais.
Tolstói é um dos meus escritores favoritos na literatura russa, talvez em razão disso eu tenha esperado mais.

O livro gira em torno de um romance frustrado.
Quando sua amada é condenada por um crime que, sinceramente, passou em branco para mim se ela cometeu ou não? mas enfim, com sua amada, Máslova, presa, Nekhliúdov tenta consertar o seu passado tão horrendo com ela.

Nos últimos capítulos, como em várias obras, Tolstói traz reflexões religiosas de seus personagens com o que condiz a história. Tirando essa reflexões, em vários outros capítulos ele traz vários pensamentos sociais e políticos, principalmente.

Não é um livro ruim, de forma alguma! Ele é muito bom, aliás. Porém, criei expectativas altas demais.
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Camila Faria 27/01/2021

A vida do príncipe Nekhliúdov, um nobre e abastado proprietário de terras, muda drasticamente quando ele se depara com Máslova no banco de réus de um julgamento do qual participa como membro do júri. A prostituta acusada de roubar e assassinar um cliente é, na verdade, uma antiga serva, enganada e abandonada por ele no passado. O choque do reencontro e a injustiça da sentença desencadeiam uma crise de consciência no príncipe, que passa a revisitar e questionar todas as suas decisões até agora. Mais do que isso, o príncipe começa a entrar em conflito com o seu estilo de vida burguês e a rejeitar os seus pares e os seus privilégios. Último romance de Tolstói, escrito quando ele tinha setenta anos, como parte de uma campanha em defesa dos dukhobóri, uma seita/comunidade de cristãos que negava a propriedade, o governo, o Estado (eles se negavam a jurar lealdade ao Tsar), o dinheiro e a Igreja. Seu estilo de vida pacifista e igualitário atraía o autor, que negociou os direitos autorais do livro para enviá-los ao Canadá ~ e aproveitou para inserir no romance muitos dos temas que os uniam (além de traços autobiográficos, como o romance com uma criada e a sua inclinação a desfazer-se de bens materiais). Ressurreição tem uma certa fama de ser um livro “religioso”, o que me espanta, já que a sua crítica da sociedade como um todo é MUITO mais forte do que qualquer teor moralista ou evangélico. O romance é um ataque duro e nítido aos sistemas judiciários e prisional ~ e Nekhliúdov chega à conclusão que muitos de nós também chegamos, mais cedo ou mais tarde: o que é a justiça, senão a manutenção dos interesses de uma classe? Maravilhoso.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-28/
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