Ressurreição

Ressurreição Leon Tolstói




Resenhas - Ressurreição


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Nina 08/07/2020

Super recomendo!
Ressureição é o ultimo livro escrito por Tolstoi e acabou sendo o primeiro livro do autor que leio. Publicado em 1899 o livro é tao atual que chega a assustar. Com certeza entrou para a lista dos meus livros favoritos.

Resumidamente Ressureição é sobre a jornada de Dmitri Ivanovich, nobre russo, que se encontra como membro de um júri popular para julgar um crime de roubo e assassinato. Um dos reús é Katucha, moça que Dimitri corrompeu anos atrás, fato inicial para que a vida de Katucha se transformasse em um dominó de desgraças numa época em que imperava a moral feminina. Dimitri entāo se vê diante de uma obrigação moral de reparar o erro cometido e embarca numa jornada de evolução espiritual, moral e social para com aqueles menos desfavorecidos. No transcorrer do livro o leitor logo percebe que Ressureição trás a superfície tópicos sobre o sistema judiciário e prisional, como a super população, os maus tratos, a decadência do ser humano, violência, corrupção e deixa perguntas sobre a real eficiência do sistema carcerário, sobre os reais culpados dos crimes cometidos e sobre os privilégios.
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Ana 25/08/2022

Tolstoi como você nunca viu
Achei esse romance bem diferente das tramas românticas de Anna Karenina e dos cenários de guerra em Guerra e Paz. Em Ressurreição o olhar do aristocrata se volta para as classes mais baixas e oprimidas.

Nekhliudov, um príncipe da nobreza, é chamado para ser júri no tribunal e leva um choque ao ver que a réu é uma moça por quem ele havia se apaixonado e a quem havia seduzido na juventude. Sentindo-se culpado pelo destino de Maslova, Nekhliudov começa uma jornada pelos meios jurídico, político e aristocrata a fim de conseguir sua soltura. Ao visitar Maslova na prisão, ele entra em contato com muitos presos e testemunha as condições insalubres em que essas pessoas vivem e o porquê de terem acabado na prisão. É triste ver que muitas das coisas denunciadas por Tolstoi ainda são vigentes na nosso época.

Indico fortemente esse livro, que é um verdadeiro estudo sociológico da Rússia no fim do século XIX.

O final do livro me decepcionou um pouco. Tolstoi estava tentando provar uma tese e todo romance que tenta provar um ponto sacrifica um pouco do enredo e desenvolvimento das personagens. Mas ainda assim a escrita é muito boa e a história bastante envolvente. É um livro que merece ser lido.
Carolina.Gomes 25/08/2022minha estante
Acho que vou deixar p ler depois q a birra passar kkk


Ana 26/08/2022minha estante
Deixa sim porque vale a pena esse!




Cintia295 02/06/2022

Gosto muito das obras de Tolstói, já li Anna Karienina, Guerra e Paz, alguns contos e novelas, e esse livro não foi diferente amei a escrita, as críticas, o enredo.
Porém parece que faltou algo no final do livro, não sei se foi eu como leitora que precisei dar uma pausa por motivos de saúde e depois retomar a leitura.
Não foi favorito mas super recomendo a leitura
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elainegomes 02/03/2023

Ressurreição foi o último romance de Tolstói escrito em 1889, um manifesto sobre o abuso de poder, uma verdadeira denúncia aos absurdos do judiciário russo do século XIX, leniente com os abastados e injusto com os pobres. Retrato fiel de uma sociedade em que suas instituições foram pensadas para atender exclusivamente aos interesses da nobreza mesquinha e medíocre, alguma semelhança com a nossa tão evoluída sociedade burguesa?!?

A crítica social é evidente deste a primeira página, e o grande desconforto do leitor é se reconhecer, reconhecer a própria sociedade, ainda que a ficção tenha sido escrita no século XIX.

Acompanhamos os trâmites processuais, julgamento e execução da pena de alguns personagens, muitos deles marcados pela injustiça, burocracia, indignidade, desprezo humano, degradação, descaso social e principalmente pelo suborno.

Paralelamente, acompanhamos o desenvolvimento pessoal e transformação das vidas dos personagens Nekhliúdov e Máslova.

Em todo o livro temos um processo de expiação da culpa, morte e ressurreição.

Verdadeira jornada espiritual.

Impossível ler sem questionar a finalidade das penas a efetividade da justiça sobre o que é liberdade e a quem serve ou a que serve as penas restritivas de liberdade, a imposição do ócio, humilhação humana, castigos físicos, degradação física e espiritual.

Será que optamos (até hoje) por uma justiça da bestialidade, que justifica a violência e crueldade como meio de controle?

Em nome da legalidade, do devido cumprimento legal, seguimos de olhos vendados a tantas injustiças, tropeçamos nelas diariamente, mas tal como as instituições burocráticas, seguimos nossa vida sem qualquer solidariedade, a vida do outro não nos diz respeito, afinal, não posso mudar o mundo!

Super recomendo!!!
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Lucas 28/04/2021

Tolstói sendo Tolstói
A pesar da história dar muitas voltas são justamente essas voltas que proporcionam todo a amadurecimento e transformação do protagonista.
É uma história que tem muito a dizer em relação a injustiça e desigualdade na Rússia do final do século 19, mas que permanece muito atual e temos muito o que tirar para reflexão para o Brasil atual.
O final não me agradou muito (questão de opinião)
mas é uma história incrível, recomendo...
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Haryadne.Moreto 23/01/2022

Eu amei todas as leituras de Tolstoi até hoje, mas esse não me prendeu. Terminei de ler pq estava na expectativa de mudar e eu amar a leitura.
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Eduardo Santos 19/11/2021

Aulas sobre o sistema carcerário russo como pano de fundo a dezenas de questionamentos filosóficos sobre a natureza humana.
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Alipio 18/12/2020

Ressurreição - Liev Tolstói
O romance de Liev Tolstói, "Ressurreição" começou a ser esboçado em 1889 com o titulo "A história de kóni", inspirado em um caso de justiça criminal com um desfecho fatídico. Com várias interrupções e retomadas, a obra veio a ser publicada em 1899 após um intenso trabalho de pesquisas sobre todas as situações reais que potencialmente seus personagens vivenciaria. Tolstói havia renunciado os diretos autorais de suas obras posteriores a 1881, "Ressurreição" foi negociado com as editoras para a sua publicação, mas como muitas editoras já estavam habituadas a imprimirem livremente seus escritos, a obra foi impressa em vários países sofrendo alterações, por conveniência ou por "ruídos interpretativos". A obra completa e fidedígna só foi possível em 1936 com o texto reconstruído por filólogos soviéticos.

A vida de Ekatierina Máslova ( Katiucha) foi uma vida cheia de agruras desde o seu nascimento. Após um relacionamento relâmpago com o sobrinho de suas senhoras, o jovem Nekhliúdov, engravida e se vê arruinada.
Diante de tantas adversidades e humilhações, é seduzida a trabalhar numa casa de prostituição e lá permaneceu por pouco mais de sete anos até a sua prisão.

No tribunal, entre os jurados que estariam incumbidos de condenar ou absolver Máslova (Katiucha) da acusação de roubar e envenenar um cliente, estava o príncipe Dmítri Ivánovitch Nekhliúdov, o mesmo que no passado seduzira, engravidara e abandonara à própria sorte. Devido a uma defesa displicente e um "erro grotesco" dos jurados, é injustamente condenada e apenada à trabalhos forçados na Sibéria por quatro anos

Nekhliúdov acredita que foi o responsável por Máslova se encontrar naquela situação. precisa fazer algo. Precisa corrigir o erro. Está determinado a fazer de tudo para se redimir.

Tolstói retrata em sua obra uma crítica realista de uma sociedade russa omissa que fecha os seus olhos para a miséria do povo, descortina as desigualdades sociais e uma justiça que é complacente com os poderosos, mas implacável (e injusta) com os pobres, julgando-os conforme os seus interesses.
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" Ressurreição" é uma obra Permeada de reflexões jurídicas, filosóficas, sociológicas, religiosas e moralista.
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Sobre Fatos Sociais, Tolstói aborda com grande maestria essa temática.
Após passar por transformações interior (e que vão refletir em suas ações), Nekhlíudov em suas peregrinações pelos presídios e pelas suas propriedades, passa a "enxergar" as disparidades sociais e um sistema judiciário russo deficiente com prisões indevidas, defesas displicente, condenações injustas, perseguições religiosas, tratamento hostil, etc.
E as terras, a única fonte de sustento dos camponeses, estavam nas mãos dos Senhores que exploravam os trabalhadores para manter suas vidas de regalias enquanto o povo viviam em total estado de miséria.
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" Era preciso encontrar meios para que aquilo não existisse, ou pelo menos, que ele não tomasse parte daquilo".

Nekhliúdov luta contra a sua consciência pois é preciso apelar pela "ajuda" dos opressores em favor dos fracos e oprimidos. Sãos muitas as indagações sem nenhuma resposta convincente
.
Fato é: " Por mais que discordamos de certas pessoas ou instituições, dependemos delas para legitimar as nossas ações."

"Ressurreição". Uma obra que escancara as facetas sombrias da natureza humana.
Simplesmente indispensável para quem ama um boa obra literária.


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" Ninguém é culpado, mas pessoas foram assassinadas, e assassinadas, apesar de tudo, por aquelas mesmas pessoas que não são culpadas de tais mortes" ( pág. 347)
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Máslova 18/04/2012

Fundamental...
Ressureição foi meu primeiro contato com a obra de Tolstói. Trata-se, sem dúvida, de uma leitura magnífica, capaz de conduzir o leitor às profundezas de sua própria consciência. Particularmente, me identifiquei em diversas passagens com os dilemas morais da personagem central da trama. Certamente é uma leitura interessantíssima para aqueles que buscam apurar, com fundamento, seus pontos de vista ideológicos. Recomendo, mas sugiro que o leitor disponha de tempo para a leitura, que em alguns trechos pode se tornar um pouco monótona e entediante, mas nada que retire o brilho de seu conjunto.
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Sheila Lima 10/10/2019

Sublimação
Esse livro chegou para mim no momento exato em que me debato com as maselas e a pobreza espiritual da sociedade trazendo a tona questões que ficaram claras para mim.
O autor faz críticas contumazes a sociedade russa do Século XIX que era de moral rasa e mentirosa, a Igreja Ortodoxa que adorava um Deus do qual condenava cada uma de suas práticas e rituais, que justificava a desumanidade e desigualdade permitindo aos homens dormir de consciência tranquila, o Sistema Governamental que fabricava mais miseráveis que produtos e o Judiciário que utilizava da minoria dos homens ricos e empoderados pelo sistema falho para condenar os mesmos miseráveis que haviam produzido. A obra é ácida, com momentos de indignação explícita e ironias sutis por parte do Autor. Vale ressaltar que obra foi escrita em um período em que o número de fábricas crescia em São Petersburgo.Tolstói descreve exatamente como esse processo gerou uma multidão de miseráveis e que mais tarde tornara-se o motivo único para o início das revoluções que, aliás, são pressagiadas pelo Autor na presente obra.
O foco central da estória de Nekludov é o aprofundamento filosófico-espiritual em que este mergulha quando é convidado a ser jurado no julgamento de Maslova, antiga criada de suas tias que, após ser seduzida por Nekludov é expulsa e passa ganhar a vida como cortesã. Nekludov sob forte impressão tem uma crise de consciência após a condenação de Maslova por homicídio, crime do qual é inocente, e sente-se culpado pelo triste destino da jovem. Muda seu pensamento, seu modo de olhar a vida, a justiça, a servidão, o governo russo e desenvolve um grande desprezo pela sociedade do qual a bem pouco tempo participava.
Após sua condenação a trabalhos forçados na Sibéria, Maslova é pedida em casamento por Nekludov que ansiava reparar os erros do passado, mas não chega ao seu objetivo, porque Maslova morre durante os trabalhos na Ilha de Sacalina.
Sendo a estória real, contada em pormenores a Tolstói pelo protaganista, levou o Autor já no fim de sua vida a declarar: Tudo o que escrevi até agora é lixo! Tolstói despertou o desejo de partilhar seus bens e reparar a injustiça de uma vida em relação aos mais necessitados.
Aqui não se trata de mais um dos grandes romances de Tolstói, mas é uma obra de reflexões profundas e que tateia nosso âmago no intuito de nos tornar pessoas melhores.
Phelipe Guilherme Maciel 10/10/2019minha estante
?tima resenha!


Sheila Lima 10/10/2019minha estante
Muito obrigada, Phelipe!




Raphael 11/03/2019

Um encontro entre o príncipe Nekhliúdov e Jean Valjean...
Sabe aquele livro que fica parado na sua estante ao longo de anos e um belo dia você abre, começa a ler e não consegue largar o bendito? Foi esse o caso. Nem me lembro há quanto tempo comprei essa linda edição da Cosac Naify. Por diversas vezes olhei para ela, tive vontade de iniciar a leitura, mas nunca aconteceu. Sempre outras leituras iam cortando a fila. Dessa vez, no entanto, calhou de eu terminar uma leitura de um livro incrível, olhar para a estante à procura do que ler e de repente ver Tolstói da prateleira, acenando, como quem dizia: "Dessa vez você não tem desculpa..."

Meu único contato com o autor confinava na leitura de uma novela - A Morte de Ivan Ilích - que cheguei a resenhar aqui mesmo no skoob, cinco anos atrás. Há tempos queria esse segundo contato com o autor e a leitura de Ressurreição veio em um momento certo, o que, creio eu, me oportunizou absorver mais da obra.

Foi uma leitura que me envolveu bastante e, em certo sentido, me remeteu ao meu livro preferido - Os Miseráveis, de Victor Hugo. Dois livros da segunda metade do século XIX, nascidos de países diferentes, de contextos políticos, sociais, religiosos, culturais com uma diferença bastante marcada, mas sensíveis a uma mesma questão: a desumanização provocada pelo cárcere.

O Nekhliúdov de Tolstói, um aristocrata que, no ímpeto de corrigir o mal que fizera a Máslova, desce do seu mundo de privilégios e trava contato com uma realidade aterradora: o horror das prisões russas, reduto de toda sorte de injustiças, capaz de desumanizar, de embrutecer.

O Jean Valjean de Victor Hugo, um miserável que, tendo sido surpreendido roubando um pão para alimentar os filhos de sua irmã, foi condenado a cinco anos de trabalhos forçados - os quais se converteram, em razão das seguidas tentativas de fuga, em dezenove anos. Hugo nos diz que Jean Valjean, sujeito àquelas condições, tornou-se efetivamente mau e condenou a tudo e a todos ao seu ódio. Vale citar uma passagem do livro, que tem tudo a ver com as inquietações que, a muitas milhas da França de Hugo, agitavam o espírito do príncipe Nekhliúdov:

"Ó marcha implacável das sociedades humanas! Perda de homens e almas ao meio do caminho! Oceano onde some tudo o que a lei deixa cair! Sinistra inexistência de auxílios! Ó morte moral! O mar é a inexorável noite social onde as sentenças lançam seus condenados. O mar é a miséria incomensurável. A alma, à mercê da voragem, pode transformar-se em cadáver. Quem a ressuscitará?" (Os Miseráveis, capítulo VIII, livro segundo, Parte 1)

Nesse mar de miséria incomensurável, nessas águas que engolem tudo o que a lei deixa cair, caíram Jean Valjean, Máslova e tantos dos infelizes com quem trava contato o príncipe russo que protagoniza a narrativa de Tolstói.

Resguardadas as devidas especificidades, é muito curioso notar como um liberal como o Victor Hugo dos anos 1860 e um anarquista cristão como o Tolstói do final dos anos 1890 se aproximam na consciência de que o cárcere tem o condão de desumanizar e de embrutecer. Não pude deixar de imaginar um encontro entre Jean Valjean e o príncipe Nekhliúdov.

Tanto Os MIseráveis como Ressurreição, grandes obras, em sua complexidade, atravessam outras questões, das quais me desobrigo de tratar nessa resenha, elegendo tão somente um aspecto. Em Tolstói, é marcante a crítica à frivolidade e à teatralização da vida aristocrática, assentada em uma torre de privilégios que esmaga os mais pobres. A hipocrisia da classe dominante, da religião oficial do Estado, a desigualdade social em suas diversas facetas dão as caras a todo momento, na acidez da crítica de um espírito sensível às injustiças a que era submetido o seu povo.

Sendo sincero, por tudo que o livro mostra ao longo da leitura, eu esperava um pouco mais do final, onde, a meu ver, a obra perde um pouco de vigor. Mas isso não faz com que Ressurreição deixe de ser um grande e belíssimo livro e uma obra muitíssimo humana.
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Tarcisio 12/02/2013

Grande obra
Esta é mais uma bela obra de Tolstoi. Considerei a história uma reconciliação entre os humanos e seus conflitos, tais como o direito de propriedade, desigualdade dos direitos entre homem e mulher e a desigualdade de riquezas, e o cumprimento dos deveres, quando então coloca o interesse pessoal em segundo plano. É possível projetar-se na figura de Dimitri Ivánovitch Nekhliúdov que luta para dar sentido à sua vida. A resposta aos seus anseios surge, brilhantemente, ao final do livro.
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GIPA_RJ 27/02/2016

Êxtase
Estive esperando por 5 anos para ler este livro efinalmente o fiz! Estou até agora impressionado e recomendo fortemente esta leitura. Como pude perceber , Tolstoi deve ter feito um laboratório intenso e acurado em julgamentos e prisões de forma a descrever com tanta riqueza o sistema judicial do Império Russo , bem como ter tido contato com presos políticos. Ele descreve o ideal revolucionário como se tivesse vivido o que viria.
O personagem Nekhliudov é interessantíssimo e me permitiu fazer uma autoanálise sobre as possibilidades de mudança de pensamento e vida. O capítulo 59 ilustra bem este estado.
Uma coisa é certa: -Não vejo a hora de reler RESSURREIÇÃO.
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