Adriana 05/04/2012Este livro faz parte do Desafio Realmente Desafiante, para ver a lista completa do desafio, clique sobre ele.
Bem Marian Keyes salvou meu mês de janeiro por ter nascido na Irlanda, que graças a Deus é um país EUROPEU, hehehe! Todo o ano, eu, assim como milhares de outros leitores super fãs, aguardo ansiosamente a chegada de dezembro para ler o mais novo sucesso dessa escritora maravilhosa!!!
Por ser a primeira resenha de um livro dela que faço para o blog (embora eu já tenha comentado que meu livro favorito é Tem Alguém Aí?! diversas vezes), quero contar minha história de amor com essa irlandesa genial que nos presenteia com tantas obras lindas.
Um belo dia, quando eu ainda era criança, ou uma pré-adolescente se vocês preferirem, não sei por que cargas d’água eu tinha bastante dinheiro na minha bolsinha de contas. Quando digo bastante quero dizer uns R$ 80,00, que era uma fortuna para uma pré-adolescente que não fazia nada da vida a não ser estudar. Mas como sempre acontecia nestas raríssimas ocasiões, eu fui na livraria da universidade (em que atualmente estudo e onde minha mãe sempre trabalhou, então era normal eu perambular por lá) e me pus a analisar as estantes. Lá no fundo, um livro na seção de adultos me chamou a atenção pela capa rosa muito fofa.
Eu já tinha lido praticamente tudo da seção infantil e infanto-juvenil, então me peguei a analisar o livro gigante (mais de 500 páginas), com um título curioso: Casório?! Não deu outra, levei-o para casa (mesmo pagando R$ 60,00) e foi amor a primeira página.
O livro era maravilhoso e imediatamente soube que precisava ler tudo que Marian houvesse lançado. Para minha alegria, a biblioteca da supracitada faculdade tinha mais uns 3 ou 4 livros dela, sendo que comecei pelo mais famoso e primeiro que ela escreveu: Melancia. Depois dele vieram Férias (o segundo maior amor do meu coração), Sushi, Los Angeles e É Agora… Ou Nunca. Uns eram ótimos, outros muito bons, mas tudo que eu sabia é que suas histórias me deixavam alegre, me davam esperança e motivação. Aprendi cedo com os livros dela a reconhecer problemas terríveis que assolam nossa sociedade, mas tudo isso foi um aprendizado muito válido e me fez amadurecer bastante.
E hoje, depois de ler todos os livros publicados por ela, venho resenhar A Estrela Mais Brilhante do Céu, o mais original até o momento. Começamos a obra conhecendo o número 66 da Star Street, um prédio de apartamentos com moradores muito diferentes. Somos apresentados a eles por um “ser”, que o leitor não sabe do que se trata até o fim do livro. Seria um fantasma, um espírito, a morte? Não sabemos, mas podemos acompanhar suas divagações enquanto ele tenta entender aquele grupo curioso de pessoas e chegar à conclusão de qual deles é o motivo de sua visita.
Ao longo do livro temos uma contagem regressiva, 61 dias é o prazo do “ser” misterioso, mas o que vai acontecer no final fica em suspenso. Assim, acompanhamos a vida de Matt e Maeve, um casal que tem seus corações batendo no mesmo compasso, embalados pelo amor compartilhado logo de cara pelo leitor. Mas será que seria mesmo amor o que acontecia com aquele casal?
Também conhecemos Katie, uma mulher bonita, que acaba de entrar na fase dos 40 e que namora um workaholic que nunca tem tempo para ela, Conall. Ele é um verdadeiro sem noção na maior parte do livro e muitas vezes me chocava com suas atitudes. Porém, confesso que dei boas risadas com seus esquisitices!
Também temos um tempero extra no livro: Lydia, que aluga o apartamento com dois poloneses, Janco e Andrei. Ela é uma pimenta, mas tem motivos muito fortes para o comportamento explosivo, como vamos descobrindo ao longo das páginas.
E por fim, mas muito importante, conhecemos Jemima, uma velha senhora de 80 anos que vai receber seu filho Fionn para morar um tempo com ela. Seu cachorro Rancor é quem vinha lhe fazendo companhia e não gosta nada, nada da chegada do intruso. Jemima e Fionn tem uma história muito curiosa, enquanto este último foi um personagem bastante difícil de decifrar. Achei que ele até ficou meio deslocado no fim do livro, como se não tivesse espaço para sua história.
Estas pessoas, que na superfície parecem comuns ou com vidas simplórias, vão as poucos desvendando segredos e nos mostrando tanto a beleza como o horror de suas vidas. Eu fiquei simplesmente tocada com o livro.
Sabem aquela leitura que você termina sorrindo, que te deixa feliz e com esperança de dias melhores? Este livro é totalmente assim! Não é a toa que Marian cita na contracapa sua felicidade com a mensagem que passou no livro.
Eu recomendo totalmente, estes são livros considerados chick-lits, mas que abordam temas muito mais profundos e complexos! Em A Estrela Mais Brilhante do Céu você irá sorrir e chorar, se surpreenderá com a força da vida e com a fé no amor e verá que todo o problema sempre tem uma solução (mesmo que esta seja um bloco de gelo caído do céu, hehehe)!
Para finalizar, meus livros preferidos da autora continuam sendo Tem Alguém Aí?! e Férias! mas A Estrela Mais Brilhante do céu com certeza vem logo após estes, uma obra mágica que você deve ler!
Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=2359