Resenhas - O Senhor das Moscas

Lara 03/10/2023

Narrativa emocionante, pesadíssima e perturbadora. Recomendo muito a leitura, para além de ser prêmio Nobel de Literatura.

maltchik/ 18/03/2024

"O fim da inocência, pela escuridão do coração humano."
Eu tenho um defeito que preciso corrigir: a expectativa. Venho percebendo que ela "atrapalha" minha experiência e avaliações em alguns livros e com esse n foi diferente.
Depois de ler na sinopse: "...sobre a natureza do mal e a tênue linha que separa a civilidade da barbárie." Eu esperava algo muito mais visceral e explícito do que se apresentou durante a leitura. Juntando isso com grandes partes de descrição de cenário e de como funciona a natureza esse livro n me agradou muito.
Mas acredito que seja muito pessoal essa minha avaliação e que a história funcione muito bem pra outras pessoas. Afinal é muito bem escrito e muito eficaz nos temas que aborda.

Ricardo 23/05/2024

O senhor das moscas, William Golding
Uma ilha deserta, apenas meninos, sem adultos. Com esse cenário, os sobreviventes da queda de um avião precisam se organizar para seguirem sobrevivendo na ilha, e para chamarem a atenção de um possível resgate.

Ralph, de 12 anos, eleito o líder do grupo, representa o líder ordeiro, assistido pelo inteligente Porquinho. Jack era outro líder natural, que perdeu a eleição e acabou montando uma tribo, que atraiu praticamente todas as crianças da ilha. Jack se tornou selvagem, cruel e brutal.

Para alguém que já assistiu Lost, são evidentes as inspirações da série em Senhor das moscas. Queda de avião, ilha deserta misteriosa, momentos de lazer, fuga dos problemas, diferentes lideranças, conflitos políticos, monstros, mortes.

O livro, por sua vez, tem um coronel Kurtz para chamar de seu, lembrando o horror e selvageria de Coração das trevas (Joseph Conrad).

Senhor das moscas é uma história sombria, sobre o mal que habita em todos nós; sobre priorizar instintos imediatos, animalescos, em detrimento da razão e dos valores morais; sobre o que somos capazes de fazer em um mundo sem regras e punições estabelecidas; sobre revolução e tirania. Um retrato pessimista da humanidade.

Amora 22/03/2021

Chocada
Cara, que choque viu.
O livro é ótimo, rapidinho de ler, eu q sou lerda mesmo. Gente, é surreal, ainda mais por ser uma trama com protagonistas crianças, o livro fica ainda mais assustador. Oq é humanidade? Oq nos torna humanos? Até q ponto aguentamos ate sermos cruéis? Esses garotos no final, Jack, Roger... Eles foram transformados nisso ou já eram cruéis assim e só precisavam de uma situação extrema pra demonstrar quem são? São várias questões que ficaram no meu pensamento no decorrer da leitura. Final foi surpreendente, achei q ia acabar em mais tragédia, mas foi um final "feliz" né, msm acontecendo tudo o que aconteceu, as crianças foram embora, mas deixaram ali naquela ilha sua inocência e voltaram traumatizados e experimentaram a crueldade da forma mais pura.

Laryssa.Rabelo 05/11/2020

Luta por poder
Esse livro só mostra o quanto o ser humano é baixo e desequilíbrado, independente de sua idade.

Maria4556 03/03/2021

.
O enredo é bom, mas a narrativa é um pouco lenta.

Jéssica | @jehbreda 23/06/2020

Clássico
Uma leitura simples, intensa, e que te coloca para refletir.

Luiz Amaro 23/01/2021

ESTOU COM MEDO. DA GENTE.
Um livro que parece ser ingênuo, inocente, frágil, totalmente inofensivo. Porém, não se deixe enganar pelas aparências. Esteja preparado(a) para uma leitura agressiva, forte, impactante, com um poder absurdo de chocar o leitor.

Será que somos tão evoluídos quanto pensamos ou basta uma adversidade para voltarmos a era paleolítica? No fundo somos todos primatas?

Aqui William Golding vai explodir sua cabeça de um jeito único, vai fazer da inocência o inferno, da pureza as trevas, do paraíso o calvário. Você tem em mãos uma bomba relógio, tire o pino somente quando você estiver preparado porque o impacto vai ser grande.

Aline Oliveira 03/07/2023

Inquietante.
Do tipo desconfortável, mas que gera muita reflexão. O tipo de escrita, talvez pelas descrições, me fez sentir a aflição alí do momento, angústia, medo, e junto com o Ralph a vontade imensa de sair daquele lugar.
Valeu demais essa leitura!

Entreletraselivros 23/06/2023

Uma Alegoria Sobre a Barbárie Humana
"... Ralph chorava o fim da inocência, as trevas do coração humano, e a queda no abismo do amigo sincero e ajuizado chamado Porquinho."

Comecei esse livro sem grandes expectativas, o excesso de descrições sobre os personagens e o cenário fizeram com que o ritmo de leitura fosse mais lento nos primeiros capítulos, mas a partir do momento em que a história ganha uma nova forma a leitura começa a fluir e então você entende que os detalhes eram fundamentais para ambientar o leitor na narrativa.

Todas as relações interpessoais desenvolvidas pelos meninos na ilha refletem muito bem como nós "pessoas civilizadas" estamos sempre a um passo da barbárie. Gostei muito da história, mas não poderia ser diferente, afinal os clássicos não decepcionam.

Deise 07/11/2021

"Talvez haja uma fera ... talvez seja apenas nós."
Quando peguei esse livro para ler a única coisa que sabia era sobre crianças numa ilha. Conforme fui lendo entendi o motivo de ser tão bem falado. Sei que há maldade no mundo, mas fiquei impactada com tudo abordado nesse livro. O começo é muito lento e as vezes fiquei com preguiça de ler, mas depois da metade não consegui mais largar. Achei bem escrito, a forma que o autor descreve a ilha fez me sentir lá junto com os meninos. O livro me fez refletir diversas vezes sobre a sociedade e a maldade humana. As crianças são reflexos da sociedade violenta ou a natureza deles mesmo? Gostaria que o começo não fosse tão lento e o final tão corrido. Fora isso, gostei bastante. Pretendo reler e qualquer coisa aumento a nota. Recomendo!



"E no meio deles, com o corpo imundo, o cabelo emaranhado e o nariz precisando ser assado, Ralph chorava o fim da inocência, as trevas do coração humano."

Beatriz.Klettenhofer 08/04/2023

?- Se eu soprar a concha e eles não voltarem, então não poderemos fazer nada. Não conseguiremos manter a fogueira acesa. Seremos como animais. Nunca seremos salvos.
- Se você não soprar, logo seremos animais de qualquer jeito.?

(lidos só 2021 em diante) 21/01/2023

Aquele conceito de desumanização...
Esperava-se uma degradação gradual dos garotos. Senti isso narrado de modo desbalanceado. Nos primeiros capítulos já humilharam o Porquinho. Fizeram bully. Era pra ir piorando. Mas não.

Daí ora estavam bonzinhos, ora estavam briguentos. Não foi uma putrefação gradual; vez ou outro o lado maléfico surgia de modo súbito. Isso não me apeteceu muito.

Eu estava para dar 6 estrelas. Mas como as duas últimas páginas foram do melhor jeito possível, subiu pra 8.

Fui pego de surpresa com a conclusão, pois agora o Ralph e todos os garotos terão que voltar a conviver como gente fora da ilha. Eu, se fosse o Ralph, jogaria feitiços maléficos pra cima de todos eles.

Só não achei a escrita perfeita nessas três últimas páginas pois ficou muito autoexplicativo. A descrição do que ocorria já bastava. Mas não. "O garoto tá chorando por isso e isso, pensando nisso" quebrou um cadinho da imersão. Detalhes, apenas.

Final mentalmente agradável, apetitoso.

Imagina tu ser resgatado, juntamente com o resto da turma que tava doidona e tentando te matar? Bom demais! Todos zeraram a vida, vão reiniciar fora da ilha. Daí fica o questionamento, merecem perdão?

Ao fim de uma guerra, quem até há pouco se matava, entrega as armas e volta a conviver. O fim de um contexto selvagem deve gerar perdão ou certas selvagerias merecem ficar no histórico da pessoa e servir de condenação?

E o velho de hoje que no passado foi criança nazist@ e chutou um judeu? Como deve se olhar para ele atualmente?

Creio que o livro venceu o prêmio Nobel por levantar essas questões psicológicas e sociais, extremamente pertinentes.

"Sombras e Árvores Altas", e U2.

A título de curiosidade, a banda irlandesa tem uma música chamada "Shadows and Tall Trees" cujo título foi uma referência a esse capítulo do livro.

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@literatura.retumbante

Raiane.Priscila 21/12/2023

Interessante
É incrível a capacidade que o ser humano tem de se adaptar a qualquer situação, mas mais incrível ainda é como podemos nos tornar selvagens ao vivermos isolados e em situação de perigo. O autor foi muito sensível ao colocar crianças nessa situação e demonstrar o que realmente acontece quando o ser humano é acuado.