Manuzita_RB 06/07/2023
O Senhor das Moscas narra uma tragédia envolvendo um grupo de garotos. Eles estavam em viagem, e o avião cai numa ilha, as crianças são as únicas sobreviventes.
Agora eles precisam se organizar para sobreviver nesse local cheio de dificuldades.
Tudo parece ir muito bem no começo, as crianças elegem um chefe, porém, logo de cara, percebemos alguns comportamentos ruins, há uma criança especificamente que sofre bullying do inicio ao fim do livro. Esse menino é o mais inteligente entre eles, suas ideias contribuiram muito para sobrevivência do grupo e entre elas houve a proposta de acenderem uma fogueira, que iria servir como forma de identificação. Os adultos, poderiam ver a fumaça, caso passassem por ali de navio, e assim, iriam resgatá-los. A premissa da fogueira, é entendida logo de cara por parte dos meninos como algo essencial. Mas há um grupo de meninos, que têm outras prioridades. Ao se verem numa situação totalmente livres do controle e supervisão de qualquer adulto, aqueles meninos se sentiram empoderados e felizes e queriam aproveitar aquela liberdade. Muito rapidamente esses meninos foram alterando a sua forma de agir e se comportar, eles pararam de usar suas roupas, começaram a pintar os rostos e eram movidos por apenas um objetivo: caçar. Inicia-se então um conflito entre os garotos, e logo eles se dividem.
Esse livro possui uma narrativa que pode parecer cansativa no inicio, com descrições muito detalhadas do cenário da ilha, e uma aparente sensação de que nada acontece. Mas, rapidamente te envolve e prende, afinal, o que vai acontecer com esses garotos? Há um clima de tensão quase que inerente em todo o livro, isso aumenta a expectativa, eles serão resgatados? Irão acabar se matando? O que existe na ilha? Eles estão em perigo?
A leitura de O Senhor das Moscas foi uma verdadeira aula, de humanidade e vida em sociedade, como seríamos, e viveriamos sem leis e normas que ditam o que moral, legal e ético? Seríamos capazes de nos organizar sem isso?