Resenhas - O Perfume

Gabriel 06/06/2020

Não é um thriller
O livro é muito bom, só que eu li com a percepção de que era um thriller mas não é. Em algumas partes do livro a narrativa se torna um pouco lenta (falta de diálogos) demora muito para acontecer os assassinatos. O livro foca mais na trajetória do protagonista desde criança a o que ele se tornou no final. A história me prendeu muito, não um dos meus livros favoritos e nem cinco estrelas. Mas vale muito a pena ler esse livro.

Milla 10/08/2020

Maravilhoso e criativo.
Eu admito que comecei a ler esse livro por causa do Kurt Cobain (fã do Nirvana aqui). Kurt amou esse livro e escreveu uma música sobre esse livro (a música se chama scentless apprentice. Pra quem não sabe inglês, significa "aprendiz sem cheiro"). É uma musica com uma letra bem curtinha, com batida bem pesada e agitada. A letra retrata a essência do livro sem muito spoiler, e a batida combina com todo o interior do principal.

O livro é narrado em terceira pessoa. O personagem principal se chama Jean-Baptiste Grenouille. Se não me engano, Grenouille significa sapo em francês.
A narrativa do livro é bem inusitada, irreverente e interessante. O autor narra a história como se estivesse contando uma história de um jeito mais ou menos casual. Em alguns momentos, ele deixa a narrativa mais precisa no momento, mas em outros ele narra de um jeito meio que por cima e rápido, acho que no intuito de apressar as partes que ele julgou não ser tão interessante assim.
A história esbanja criatividade e originalidade (posso estar errada, mas achei original).

Sim, é um livro sobre um assassino... Sobre um psicopata. (Na verdade, em nenhum momento o autor autointitula Grenouille como psicopata ou serial killer. Nem também como demônio ou algo parecido, mas alguns personagens tacharam Grenouille como maligno (num sentindo sobrenatural). Mas de qualquer forma, eu acho que existe indícios demais que provam que Grenouille é um psicopata/serial killer.
Só que esse livro não é um livro convencional sobre assassinos! Não é um livro que tem um foco em matança em boa parte dele, não tem foco no terror, nem no suspense, na investigação policial... O subtítulo do livro serve como um tipo de spoiler necessário, porque se não tivesse, não sei se algumas pessoas iriam progredir no livro mesmo tendo uma narrativa tão gostosa de ler. Porque esse livro narra e tem o foco na VIDA do Grenouille. A vida dele inteira, desde quando ele nasce, desde a adolescência, desde a vida adulta...
E apesar do Grenouille ser estranho e peculiar, não é um livro clichê de investigação a lá histórias de serial killer nos programas de investigação policial. E as mortes demoram pra acontecer. Então se você está procurando um livro que fale de serial killer igual nos programas de tv, ou que tenha aquele suspense de assassinato o tempo todo, abaixe sua expectativa sobre a narrativa do livro.

A primeira parte conta da infância do Grenouille até sua pré-adolescência.
Jean-Baptiste nasceu com duas "anomalias". Ele é tipo um mutante (sei que parece zoado demais falar assim, mas você vai me entender). Ele não tem cheiro! Ele não exala cheiro nenhum mesmo se estiver imundo! (Isso seria uma maravilha se todos fossem assim, né? Ninguém sentiria aquela inhaca no trem). E isso sempre incomodou ele.
Por outro lado, Grenouille tem um olfato colossal e surreal. Eu diria que o olfato dele consegue ser melhor até que dos cachorros. Ele sente os cheiros das coisas de longe (papo de 3km de distância, pra ter noção) e sente cheiro de coisas que passam despercebidos pros meros mortais, como cheiro de dinheiro, cheiro de pessoas em específico, cheiro de cabelo e pêlo e etc.
Por causa dessa percepção de cheiros, Grenouille acaba seguindo a carreira de perfumista. Lembrando que esse livro se passa no século XVIII, na França! Uma época que as ruas francesas (e as pessoas) eram um nojo.
Como o livro gira em torno da temática de perfumes e odores, o autor fez o uso de tantas conotações olfativas que você consegue imaginar quase perfeitamente o cheiro das coisas. Principalmente os ruins. Isso foi uma coisa que chamou muito minha atenção.
O livro começa contando sobre o nascimento de Grenouille e de como são mais ou menos as ruas de Paris. É tanta nojeira, são tantos exemplos precisos que o autor fala, tantos cheiros, que chega a embrulhar o estômago só de imaginar todo esses cheiros fedidos.

Depois, em vários pontos do livro, o autor narra sobre cheiros de ingredientes de perfumes... Acho que o leitor se sente naquele momento e da até uma curiosidade participar da criação de um perfume mesmo.

A história apesar de não ser chata, soa de um jeito com ritmo lento.
Quando Jean Baptiste vira um aprendiz de perfumista, todo o foco do autor cai em cima sobre os ensinamentos. E ele descreve coisas como alambique, destilação, esmagamento de flores e etc. Eu acho super interessante ler sobre essas coisas num livro que retrata a vida no século XVIII, porque os livros de época, pra mim, são como uma viagem no tempo.
Mesmo com tantos detalhes precisos sobre essa profissão de perfumista, o autor está sempre lembrando ao leitor o quão esquisito Jean Baptiste é. De como o interesse dele difere de Baldini.
Conforme o livro avança, o autor narra a jornada de vida de Grenouille incluindo "vários nada" e suas esquisitices. Como eu havia dito, não é um livro para as pessoas lerem na sede de ler historias de assassinatos porque os assassinatos demoram pra acontecer. E quando acontece, o livro toma um rumo sombrio. É um livro com um toque "biográfico".
O final do livro é sensacional. Um pouco inesperado e ao mesmo chocante, macabro e horrorizante.
Uma história maravilhosa, criativa e com uma narrativa impecável.
Eu dou 5 estrelas pra história do aprendiz sem cheiro.

Sarah L.T. 15/03/2023

A alma sendo descrita em aroma
Quem já leu sobre ou viu documentários sobre Serial Killers, sabe que existe um ponto em comum entre todos eles: A aparente completa ausência de motivo para assassinar. É algo que nem eles mesmos conseguem descrever em palavras, um impulso, o "Fator X".

Em "O Perfume", questões completamente abstratas como afinidade, amor, impulso, empatia, alma e essência são colocadas em termos de aromas. A obra trata tudo o que é inexplicável aos seres humanos, como cheiros que não podem ser percebidos conscientemente por nosso olfato inferior ao de tantos animais.

Com isso, o protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, o único capaz de discernir os mais diminutos aromas, se destaca. Desde o início do livro, ele é retratado como um homem sem cheiro e que, por isso, é assustador a todos os outros. Essa ausência de cheiro pode ser vista como uma analogia para a falta de alma, essência ou até mesmo empatia. Como não possui cheiro ou propósitos além do campo olfativo, sua única ambição é fazer um perfume que contém a soma dos cheiros, ou essências, de garotas que seu nariz julgou como as que possuíam os cheiros naturais mais divinos.

Com tudo isso, podemos notar toda a analogia com assassinos em série sendo construída: a motivação, clara para o assassino e inexplicável aos outros; a escolha de vítimas, aparentemente aleatórias, sendo descrita como uma atração olfativa imperceptível a outros; e a sua ausência de cheiro como uma ausência de empatia ou alma.

O livro é absolutamente poético e fantástico, cheio de outras analogias e investigações sobre a essência humana e críticas profundas à humanidade.

caromitts 09/01/2023

até cheira, mas não fixa
O protagonista é um chato narcisista cujo único traço de personalidade é ter um olfato apurado (além de ser feio). De tão chato e presunçoso, a cada pensamento dele eu só conseguia revirar os olhos. No início me pareceu interessante, logo depois ficou arrastado e no meio eu não aguentava mais tanta descrição de cheiro, acontecimentos aleatórios sem propósito. Daí até o final eu só torci pra acabar logo. Cheguei para uma história "babadeira" de serial killer, fui embora com mortes toscas numa cartilha do "Boticário".

thamyres 01/06/2023

A verdade é que eu não faço ideia de que nota exatamente dar a esse livro pois eu fiquei, durante a história inteira, do começo ao fim, completamente enjoada. que asco, que assombro, que coisa mais tenebrosa e ruim. e, se o autor queria dar ânsia e enjôo em quem lesse, ele conseguiu.

eu acredito que grenouille, desde que nasceu, foi mau. e também acredito que não importaria se ele tivesse nascido e vivido em outras condições, ele ainda seria o mesmo. essa habilidade quase que sobrenatural o tornava um ser estranho, diferente do humano. durante a leitura eu me sentia extremamente desconfortável com a "presença" dele. com certeza não há lucidez na cabeça de alguém que não se incomoda com o cheiro do rio sena no século xviii. e isso não é nem metade dos absurdos que se passavam na cabeça dele.

não veja o mal, não fale o mal e não escute o mal, mas não tem como não respirar o mal. e é nisso que grenouille se prendeu para conquistar o poder que queria, o poder de ser amado. curioso que, no fim, ele percebesse que o que mais desejava era, na verdade, ser odiado. e ele conseguiu e foi engolido. fim.

Roberto 13/01/2023

oscilante
Comecei a ler porque, dado pelo título, achei que fosse um suspense. Quando o protagonista da história nasce com um dom até então nunca visto a respeito de habilidades olfativas, com certeza se espera um livro excepcional. Mas, tendo lido a obra, posso dizer que ela deixou a desejar.

Em alguns momentos, a narrativa tinha uma boa estrutura e ela realmente despertava o meu interesse. Já em outros, a história se perdia, fosse com páginas e páginas cheias de descrições redundantes ou então com acontecimentos bizarros e malucos. Nada na história é muito racional. Talvez fosse o comportamento esquisito dos europeus no século XVIII.

Quando estava mais ou menos na página 200, ainda não havia compreendido onde o livro queria me levar e qual o seu objetivo. O enredo gira em torno da vida de Grenouille, desde o nascimento até sua idade mais adulta, e não sobre algum momento ou acontecimento específico. Particularmente, acho que isso deixa a história mais cansativa e sem liga.

Sobre o final eu nem vou comentar de tão bizarro. Apesar de tudo, o livro traz um personagem único, e talvez valha a leitura para conhecer sua história, mas não recomendaria.

Márcia 27/07/2009

Confuso;
Juro que no início simplesmente me apaixonei pela história, não conseguia largar; mas aí a trama começou a crescer e eu me perdi =/, à ponto de ter que voltar algumas páginas e reler. À partir daí a história me confundiu mais, e tudo às vezes ficava profundo demais, outras tantas vezes de menos.
Ao avaliar esse livro fico em cima do muro; mas o final me surpreendeu e não me arrependo do tempo gasto com a leitura.

Lucienne Alves 10/04/2020

Um livro para despertar a mente
O Perfume traz a história de Jean-Baptiste Grenouille, que nasceu com um olfato apuradíssimo. Ele era capaz de perceber cheiros a quilômetros de distância, e conseguia manter a lembrança olfativa em seu cérebro.

A história de Grenouille é muito bem construída, o que me levou a ter pena dele em muitos momentos, apesar das barbaridades por ele cometidas.
E o que dizer dele? A história de um assassino? Não, a historia de alguém, a quem a vida não deu nada, mas ainda assim, que luta a sua maneira, pra conseguir o seu cheiro humano, a sua aceitação.

Mas existia um aroma específico e especial que ele não conseguia perpetuar em suas lembranças olfativas. Assim, ele parte para uma busca desenfreada, procurando desesperadamente cultivar o aroma inacessível.

O que Grenouille buscava em todo a história é ser reconhecido, ser amado, ser querido.
Oscilando entre o suspense, ironia e uma boa dose de humor negro, o autor faz de "O Perfume" uma experiência perturbadora, que não deixará o leitor indiferente.

Quanto ao final, ainda que a principio eu tenha ficado decepcionada, agora vejo que é o melhor e único final possível. Até que para quem encontrou a formula mágica que permite ter o mundo a seus pés, mas mesmo assim não encontra a sua essência, não tem mais nada a descobrir, nenhum caminho mais a percorrer. o final é mais que apropriado, é perfeito!

Recomendadíssimo o livro!

letícia. 29/03/2023

Do céu ao inferno
Esse livro levantou as minhas expectativas de uma maneira surreal, chegou ao êxtase, mas foi uma queda tão surreal que me deixou com ódio puro. Os cultos que me perdoem.

Isabella 24/03/2020

Uau!
Livro envolvente, bem escrito e um dos mais sinistros que já li. Muito bom. A parte ruim é quando acaba!

Euflauzino 06/09/2010

Sensibilidade à flor da pele
Este romance me deixou chocado em vários aspectos. Como passar a perceber o mundo de uma maneira diferente? E se nossa visão, ou tato, ou olfato ficassem extremamente apurados?
O protagonista d'O perfume é um ser que possui um superolfato. Sua habilidade é tão espantosa que ele passa a perceber o mundo apenas pelos aromas. Consegue perceber o cheiro de uma doença que se instala nas vísceras de seu interlocutor, porém ele mesmo é inodoro como água. Com uma narrativa repleta de sensações, capaz de nos reportar ao cheiro fétido das cidades cortadas por rios é uma obra de fôlego, sem a profundidade psicológica de um Kafka, mas com uma boa carga de absurdos.

@livrosdeanna 29/07/2020

Resenha: livrosdeanna
Gente como vocês sabem eu amo serial killers, então sempre leio todos os livros que acho sobre isso.
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Esse livro para mim foi tão intenso, tão brilhante, que é difícil falar sobre ele e tudo o que ele me fez sentir.
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Grenouille nasce de uma maneira terrível no meio do fedor de peixes em uma feira sem nenhuma higiene nem nada. Desde pequeno é transferido de lugar a lugar pois todos achavam que ele era um bebê estranho e depois uma criança estranha.
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Grenouille consegue sentir e guardar em sua memória TODOS os cheiros possíveis e existentes. Depois de muita história ele encontra uma mulher com um cheiro que ele nunca viu igual então ele mata ela para tentar guardar seu cheiro, o que ele não consegue claro.
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Ele então consegue um emprego em uma perfumaria onde consegue aprender tudo sobre a fabricacao de perfumes e como guardar um determinado cheiro.
E depois disso ele começa a cometer alguns assassinatos na tentativa de pegar cheiros de mulheres.
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Ele também usa cheiros como se fossem uma máscara para sua personalidade, quando quer ser notado ou quando não quer.
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Um livro maravilhoso, algumas partes são bem maçantes mas achei que tinha que ser e ficou perfeito assim.
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O final não poderia ter sido mais perfeito, na verdade acho que foi um dos livros com o final mais brilhante que já vi na vida.
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Que livro, que livro!!! Amei muito.

Pietra 15/05/2023

Horripilante de ruim
Eu fui ler as resenhas, e só tem coisa positiva sobre o livro e juro que eu to me sentindo burra e zero culta, pq acho que esse foi um dos piores livros que eu ja li na vida! redundante, sem sentido, nojento? não consegui captar a essência não

Eric 27/06/2023

Uma obra de arte
Em "O Perfume", Patrick Süskind nos leva à França do século XVIII para contar a história de Grenouille, um menino órfão que nasceu no meio das tripas de peixes no mercado de rua onde sua mãe trabalhava. Desde pequeno, o garoto causava repulsa em seus tutores e era repelido por outras crianças, já que ele não apresentava nenhum tipo de cheiro e era bastante feio. Com isso, acabou enfrentando muitas dificuldades, como doenças e acidentes.

Na juventude, Grenouille descobre um dom olfativo poderoso. Sua sensibilidade em farejar pessoas, animais, flores e tudo ao seu redor o leva a uma jornada em busca do cheiro que poderia fazê-lo ser notado. Assim, o protagonista parte em uma busca fria e impiedosa para criar a essência perfeita que o fará ser amado, mesmo que captar esse cheiro seja preciso matar.

Certamente, este é um dos livros mais marcantes que já li. Pude confirmar isso com essa releitura. Além de ter um enredo instigante, curioso e criativo, a obra de Süskind está no meu ranking das melhores escritas.

Grenouille é um personagem construído em camadas e carregado de complexidade. A cada fase de sua vida, uma característica repugnante compõe sua personalidade. Ele é manipulador, soberbo e só pensa em si mesmo. O mais incrível de tudo isso é que, mesmo sendo uma pessoa detestável e sofrendo tantas violências, sentimos pena e até mesmo torcemos por ele.

Não é apenas o protagonista que se destaca nessa história, mas também a ambientação. Süskind traz ricos detalhes de uma França pré-revolucionária, onde a ciência e a fé estão em guerra e a população cada vez mais pobre e insalubre. As descrições de cenários são quase fantasiosas, e o talento do autor está em detalhar e comparar ambientes e pessoas de forma sinestésica, sempre trazendo o cheiro como identificador dos sentidos.

Além disso, a escrita poética é sublime e em certos momentos temos a impressão de que o autor está pintando um quadro. O primeiro assassinato de Grenouille é uma cena terrível, mas a forma como Süskind a descreve parece até uma obra de arte. Percebe-se um cuidado na escolha de cada palavra, potencializando todo o horror e a "beleza" daquele momento. Essa competência lexical se expande por todo o texto, o que torna a leitura sempre rica e consistente no que se discute.

O desfecho dessa narrativa é algo icônico na literatura contemporânea. É extremamente criativo, diferente e poético. Fiquei completamente em êxtase lendo essas últimas páginas. Ele consegue trazer beleza e sensualidade em um cenário de completa bizarrice.

Por fim, "O Perfume" é um romance excelente. Certamente, o livro possui momentos arrastados, mas isso não torna a leitura menos empolgante e curiosa. É uma obra que marca muito pela sua singularidade, e confesso que, relendo após 6 anos, não li outro texto que chegasse próximo disso.

Sabri de luz 03/08/2020

Razoável
O livro aparenta ter uma história muito boa e interessante,mas os fatos demoram muito para acontecer! O livro em si só vai começar a fazer o leitor ter mais entenresse na pág 124 para cima! Por esse simples fato desistir de terminar a leitura