O Perfume

O Perfume Patrick Süskind




Resenhas - O Perfume


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U.F. 24601 04/03/2011

Nunca torci tão contra o protagonista, como nesse romance
Um romance no qual se encontra vários aspectos naturalistas, a todo o momento um personagem é comparado com um animal, ou age como um, por exemplo, o protagonista Jean-Baptiste Grenouille é comparado com carrapato, aranha, caranguejo, etc.

Süskind é realmente um alquimista das palavras, um livro que é praticamente impossível passar incólume diante de tanta habilidade na escrita - com suas inúmeras sinestesias, prosopopéias e hipálages - não sentir o cheiro dos perfumes e fragrância que é descrito, e principalmente despertar no leitor a percepção do olfato, após a leitura de algum capítulo, tentamos sentir o cheio ao redor, ou prestamos mais atenção nos aromas.

Observei também da procrastinação do personagem Giuseppe Baldini, o maître de Grenouille, em adiar todas as vezes sua ida a Notre-Dame, sempre surgindo um imprevisto que ele considera mais importante.

A subjetividade de Grenouille, ou seja, seu mundo interior é fantástico, um mundo onde ele tenta recorrer a todo o momento, para fugir do mundo exterior, cheio de pessoas, traduzindo, cheio de cheiro desagradável.

Não posso deixar de falar do grande aprendizado que esse livro nos trás, sobre grandes técnicas, que nem imaginava, para extrair o perfume das flores, que pesquisei e comprovei que realmente o que é descrito acontece até hoje, sendo que a “enfleurage” rara técnica, é usada, até de modo artesanal, pela 'O Boticário', para extrair o absoluto da flor, seu óleo essencial mais puro.
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Camila1856 05/02/2020

Perfume, história de um assassino
O livro em si e bem interessante, sentimos tudo que o personagem sente no livro, a única coisa que deixa a desejar é que quem não tem o hábito de leitura e que está acostumado com um tipo de escrita como eu acha difícil a escrita do autor e o livro acaba ficando chato, mas a história é envolvente e eu recomendo muito a leitura deste livro...
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Sophia1534 19/06/2021

Genial
Esse não livro não deveria receber o subtítulo de ?a história de um assassino?, mas sim ?a história de um colecionador?. Grenouille era desumano demais para assassinar ? Grenouille não matava, extraía a vitalidade pura em odor.

A história narra a trajetória de Jean-Baptiste Grenouille, abandonado pela mãe, por sua ama-de-leite e pela natureza. Consegue sentir, discernir e catalogar em sua mente todos os cheiros do mundo, menos o seu, pois não o tem. É um patético gênio, inodoro e insignificante. Com seu dom, deseja criar a mais perfeita das fragrâncias, que faria todos curvarem diante dele.

?O Perfume? é um Dorian Gray do olfato. A escrita é impecável, bela e feia, imoral e angélica, engraçada e trágica. Flui como um rio. Você quase consegue sentir o almíscar, o adocicado do jasmim, o azedo do vinagre, o salino do mar. Patrick nos cobre com um véu de seda colorido que inebria e nos cega (ou melhor, nos deixa sem olfato rs) diante das atrocidades relatadas.

O livro beira a um realismo fantástico, meio místico, não sei. Mas é incrível, virou favorito.

Quero muito assistir ao filme! Recomendo a todos a leitura.

insta literário -> @sophiafalou
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Gabi 18/07/2021

História notável, envolvente e intrigante
Livro de natureza célebre, com um rico nível de detalhes capaz de formar nitidamente a história na nossa cabeça, nos transportando totalmente para seu universo, sendo possível sentir todos os odores milimetricamente descritos. O autor é genial e a narrativa envolvente, diferente de tudo que já li.
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anabeavila 29/05/2023

Muito bom!
Meu primeiro contato com a obra foi através do filme Perfume, de Tom Tykwer, que me deixou encantada e com muita vontade de ler o livro. Eu só não esperava que fosse tão parecido, praticamente igual. Apesar de ser muito descritivo, não é cansativo, tem uma escrita fácil e objetiva. É uma leitura impactante, as páginas parecem impregnadas com os cheiros descritos e a sensação é única, uma experiência sem igual.

Em relação aos assassinatos, eu esperava um pouco mais. Talvez pelo título, ou até mesmo pelo filme, eu esperava que no livro os assassinatos fossem uma parte maior da história, quando, na verdade, são só um detalhe e pouco se fala deles. O foco não é o perfume, ou mesmo as moças, mas Grenouille. O indesejado que possui o melhor nariz do mundo, mas não tem um cheiro próprio. E é sobre o quanto isso importa para ele.

Muitíssimo bem escrito, é envolvente e ao mesmo tempo repulsivo, os dois lados de uma mesma moeda, uma fascinante viagem pelos melhores e piores cheiros do mundo.

"Pois o aroma é um irmão da respiração - ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver."
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Lu Fernandes 26/08/2021

Sinopse:
O livro conta a história de um homem que possui um olfato extraordinariamente apurado, que o permite uma percepção extremamente apurada do mundo, onde ele era capaz de orientar-se apenas pelos cheiros. ... ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe
permite reconhecer os odores mais imperceptíveis
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Fernanda.Guimaraes 20/03/2020

Perfume
França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas. Com uma linguagem impetuosa e frenética, o autor Patrick Süskind conquistou leitores de todo o mundo.
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Mari 09/05/2020

fantástico
Maravilhoso!
É aquele tipo de livro de faz o leitor ter as mais variadas sensações, além de trazer o protagonista mais repulsivo de todas as leituras que já fiz. Entretanto, a escrita do autor é majestosa. Suas descrições faz o leitor vislumbrar as cenas como se estivesse no local.
História forte e o final surpreendente.
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Tiago 30/04/2018

O CHEIRO DO CRIME
Qual seria a magnitude da influência das emoções na mente? Quais seriam os reais limites do poder das sensações? Somos subjulgados pelos sentidos; nossa visão, nossa audição, nosso olfato compõem um complexo conjunto orgânico capaz de absorver e interpretar os aspectos organolépticos da matéria física e a partir daí transformar um aspecto mecânico, perfeitamente racionalizável, em um fato emocional, cuja essência máxima se encontra fora dos limites aplicáveis aos métodos de racionalização pragmática.
Para nos comunicar usamos palavras cuidadosamente ordenadas em frases através das quais expressamos uma realidade concreta e às vezes uma realidade fabricada pelo nosso ego. De todas as formas de comunicação humana, e de interação social, aquela que mais causa impacto é o nosso cheiro, nosso perfume, algo que pode ser definido como uma das inúmeras camadas sobrepostas que constituem o alfabeto ininteligível do individuo como ser. Trata-se de uma dimensão sensitiva de nossos aspectos imateriais, uma projeção involuntária de nossos corpos, aquilo que revela o que tentamos esconder.
Na conturbada França do século XVIII, Jean Baptiste Grenouille, um jovem abandonado pela mãe logo após seu nascimento, vive atormentado devido a uma estranha habilidade: conseguia sentir os odores de tudo que a natureza havia criado, desde os seres vivos até dos objetos inanimados. Reconhecia o cheiro dos insetos, das aves, dos peixes ainda que estivessem dentro de um lago profundo, era capaz de reconhecer o odor de uma planta a quilômetros de distancia, farejava uma tempestade horas antes de a chuva cair, conseguia distinguir o aroma que cada pessoa emanava ao ficar alegre, oprimida ou com medo. Em síntese era capaz de sentir e reter em sua memória o cheiro de cada objeto existente quer seja de uma pessoa em particular até de um simples prego enferrujando em uma construção antiga.
Atormentado pelo fedor insuportável dos mercados de Paris, com suas ruas imundas, fedorentas, cobertas de excrementos, restos de peixes e outras iguarias provenientes do comercio, Grenouille aos poucos é atraído pelo inebriante odor das perfumarias nas margens do rio Sena. É ali que conhece Giuseppe Baldini, um famoso fabricante de perfume que lhe ensina a delicada arte da extração do óleo responsável pelo cheiro das flores. Ao dominar o processo químico de destilação e fabricação de perfumes, Grenouille parte para a busca do que considerava seu propósito maior: produzir o perfume perfeito, aquele capaz de seduzir e dominar qualquer pessoa.

Do simples jovem, dotado de uma singular habilidade olfativa, vemos o surgimento de um assassino que procura extrair a essência dos corpos de suas vitimas movido pela obcessão de produzir o “aroma perfeito”. O substrato filosófico para o crime e sutilmente fornecido pelo autor através da exposição da obsessão de Jean Baptiste por controlar sua própria inexpressividade diante do mundo dos odores, uma vez que o personagem não é capaz de sentir seu próprio cheiro. À medida que a leitura evolui vemos sua incapacidade em contornar aquilo que o tornava diferente, reprovável, não para os demais, mas para si próprio.
O autor brilhantemente conseguiu elaborar uma narrativa tensa, curta, com diálogos diretos sem, no entanto, sacrificar uma abordagem insidiosa quanto aos aspectos de construção psicológica do personagem principal. Durante a leitura tudo parece evoluir de forma natural se distanciando da típica narrativa literária mal acabada. Trata-se de um romance que reforça a dicotomia corpo-essência dos seres, que explora a sensualidade, o puro e simples erotismo que se molda a partir da superficialidade. A obra de Patrick Suskind nos arrebata desde o inicio, com um texto intrigante, exótico e envolvente, características inerentes aos mais impressionantes perfumes.

AUTOR
TIAGO RODRIGUES CARVALHO

site: http://cafe-musain.blogspot.com.br/2015/04/o-perfume-vive-no-tempo-tem-sua.html
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nino 06/01/2021

O aroma da vida
Demorei muito para ler "O perfume – A história de um assassino", não porque a obra não parecesse interessante, mas porque tenho uma grande tendência a acumulação, é a boa, velha e complicada fissura de possuir tudo o que seja possível baseado no medo de que saiam de catalogo e não se consiga mais.

Foi em um documentário sobre Michael Hutchence, do INXS, que um comentário sobre o livro veio a tona e despertou minha total atenção e meus olhos finalmente abraçaram a obra, dando inicio a mais uma sangrenta, original e curiosa viagem.

Jean-Baptiste Grenouille não nasceu em berço de ouro, muito pleno contrario, sua mãe deu luz a ele em um fétido mercado de peixes, mas havia algo de muito diferente nesse menino, seu olfato era mais apurado do que qualquer outro, estando ele em meio ao aroma de tanta podridão, miséria e sujeira ele aos poucos foi desenvolvendo uma busca por algo maior, muito maior do que o perfume de flores, muito mais completa do que qualquer agradável aroma que pudesse descobrir em seu caminho, ele encontrou no cheiro de um corpo humano que a ele exalava o amor e a sensualidade, a chance de encapsular mais poderoso perfume entre todos os outros existentes nessa terra: o perfume da vida, nem que para isso fosse preciso matar.

Dessa forma ele acaba preso dentro de uma mente doentia e moralmente deformada que o transforma em um assassino em série brutal.

A terceira obra do alemão Patrick Süskind oscila entre a beleza e a maldade pura.

Uma obra que não pode faltar em sua estante.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 19/07/2018

O Dom Sublime
Quem tem mais de quarenta anos, com certeza se recorda do enorme sucesso do livro "O Perfume", de Patrick Suskind, em meados da década de oitenta. Um best-seller que frequentou durante meses a lista dos livros mais vendidos da revista "Veja" e também angariou rasgados elogios da crítica.

É uma pena que ele ande meio esquecido. Acabo de relê-lo e sem sobra de dúvida, o passar dos anos não conseguiu apagar sua originalidade. Belíssimo, irônico e destilando erotismo, sua história tem como palco os anos que antecederam a Revolução Francesa e exibe um dos protagonistas mais intrigantes da literatura: Jean-Baptiste Grenouille.

Hábil perfumista, ele possui um dom sublime, reconhece qualquer odor, do pútrido ao mais celestial. Em contrapartida, não exala nenhum cheiro, um aleijão cuja incapacidade de ser reconhecido pelo olfato impede que seja amado.

Porém, essa desventurada criatura também é um sociopata megalomaníaco e presunçoso, disposto a matar sem piedade para criar um perfume ideal, capaz de catapultá-lo do ostracismo e tornar as pessoas submissas a seus desejos.

Através dessa história, Suskind prova que é um exímio escritor. Com uma linguagem fluida e palavras escolhidas a dedo, ele monta um enebriante painel visual que parece ganhar vida ao longo da narrativa. Centenas de aromas escapam das páginas: o frescor do vento, o cheiro de uma virgem, da lã de ovelha ou do sumo da laranja madura. Ele usa e abusa das metáforas e explora com total liberdade a animização, dando vida aos objetos.

Não menos interessante é seu contexto histórico. No estertor da monarquia, é possível observar alguns indícios do futuro do país como o avanço da indústria e da ciência e o distanciamento religioso. Seu final é dramático e fortemente alegórico. Fui a nocaute, recomendo não só para os saudosistas, mas para quem estiver interessado numa boa leitura.

Nota: O filme homônimo de 2006 com Dustin Hoffman no elenco é decepcionante. Não perca seu tempo.
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Thay 20/06/2013

Em busca do aroma perfeito...
No meio de uma pilha de livros em um sebo, encontro "O Perfume" e já me apaixono só pelo incrível aroma de livro velho. Sabia que seria uma leitura interessante, mas não fascinante, ao ponto de me fazer sentir um certo afeto e estima por um personagem um tanto, singular.
O suspense/romance/mistério/thriller se passa no maravilhoso século XVIII e conta toda a trajetória de vida de Jean-Baptiste Grenouille ou o Grande Grenouille, como se considera. Ele é uma criança normal, ou deveria ser, pois possuiu o estranho dom de sentir qualquer aroma que existir em qualquer lugar, pessoa ou no mundo, menos o seu próprio. Também vai passando pelas dificuldades que a vida lhe oferece da maneira mais plausível possível, aceitando tudo o que lhe é imposto pelas pessoas. Se ele se importa ou não com elas, isso já é outra discussão. O fato é que Grenouille sempre soube que o seu "dom" não lhe viera em vão e o crescimento de sua ambição pela busca do melhor aroma do mundo, faz com que ele vá em busca do seu objetivo sem se importar exatamente em como vai conseguir, contando que consiga.
Os demais personagens possuem a sua importância necessária quando precisam estar na vida de Grenouille e ajudá-lo (sem querer querendo) à chegar ao ápice de seu duro trabalho. Quando este sai de suas vidas fica a critério do destino (ou será maldição?) decidir o que acontecerá.
Mas será que conseguir esse "aroma perfeito" será o suficiente para que Grenouille seja realmente feliz?
Bem, em que o Patrick Süskind estava pensando - ou fumando - quando escreveu essa história eu não sei, só sei que ele fez isso de uma maneira tão inteligente, intrigante e única que consegue fazer você amar o mocinho/vilão sem nem precisar sentir o seu perfume...
Fernanda 21/06/2013minha estante
Que orgulho, Thay! Tua resenha está muito boa!
Interessante e chamativa. Achei estimulante e fiquei ainda mais curiosa pelo livro.
Adorei.
Parabéns


Thay 23/06/2013minha estante
Obrigada, Fê!
O livro me inspirou o suficiente pra querer fazer a resenha. Sim, leia, eu gostei muito!




Helen 15/10/2018

Incrível e praticamente indescritível!
Não dá para descrever com exatidão as inúmeras sensações que esse livro é capaz de causar. Atrevo-me a dizer que é uma das leituras mais intensas que eu já fiz até hoje. O Perfume tem uma história que é, ao mesmo passo, eletrizante e horripilante. Se tem uma coisa que esse livro não peca, é em nos dar detalhes, e você se sentirá incomodada(o) com todos eles!

site: http://resenhandosonhos.com/o-perfume-historia-de-um-assassino-patrick-suskind/
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Rafael2157 25/02/2023

O aroma parisiense
?As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é o irmão da respiração. Com esta ele penetra nas pessoas, eles não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas?

É uma história que te pega desde o início. Inclusive, que porrada são as descrições iniciais desse livro. A escrita do autor é excelente, mesmo com uma escassez de grandes diálogos entre os personagens, esses são muito bem desenvolvidos e aproveitados durante a história do protagonista.
É inegável o talento do Patrick pra descrever essa Paris pré-revolucionária. Suja, grotesca, impiedosa, mas ao mesmo tempo viva (no sentido que o século XVIII permitia, claro). Mas eu de fato me senti super imerso e acho que o destaque é o contexto histórico que o autor resolveu ambientar a história.

Olha, esse final? Ainda não digeri e vou pensar durante algum tempo se gostei ou não. De qualquer forma, se for ler, prepare um estômago e parcela essa leitura. Pq foi um baque ler tudo em um dia só.
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