O Perfume

O Perfume Patrick Süskind




Resenhas - O Perfume


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Fernanda.Guimaraes 20/03/2020

Perfume
França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas. Com uma linguagem impetuosa e frenética, o autor Patrick Süskind conquistou leitores de todo o mundo.
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Thay 20/06/2013

Em busca do aroma perfeito...
No meio de uma pilha de livros em um sebo, encontro "O Perfume" e já me apaixono só pelo incrível aroma de livro velho. Sabia que seria uma leitura interessante, mas não fascinante, ao ponto de me fazer sentir um certo afeto e estima por um personagem um tanto, singular.
O suspense/romance/mistério/thriller se passa no maravilhoso século XVIII e conta toda a trajetória de vida de Jean-Baptiste Grenouille ou o Grande Grenouille, como se considera. Ele é uma criança normal, ou deveria ser, pois possuiu o estranho dom de sentir qualquer aroma que existir em qualquer lugar, pessoa ou no mundo, menos o seu próprio. Também vai passando pelas dificuldades que a vida lhe oferece da maneira mais plausível possível, aceitando tudo o que lhe é imposto pelas pessoas. Se ele se importa ou não com elas, isso já é outra discussão. O fato é que Grenouille sempre soube que o seu "dom" não lhe viera em vão e o crescimento de sua ambição pela busca do melhor aroma do mundo, faz com que ele vá em busca do seu objetivo sem se importar exatamente em como vai conseguir, contando que consiga.
Os demais personagens possuem a sua importância necessária quando precisam estar na vida de Grenouille e ajudá-lo (sem querer querendo) à chegar ao ápice de seu duro trabalho. Quando este sai de suas vidas fica a critério do destino (ou será maldição?) decidir o que acontecerá.
Mas será que conseguir esse "aroma perfeito" será o suficiente para que Grenouille seja realmente feliz?
Bem, em que o Patrick Süskind estava pensando - ou fumando - quando escreveu essa história eu não sei, só sei que ele fez isso de uma maneira tão inteligente, intrigante e única que consegue fazer você amar o mocinho/vilão sem nem precisar sentir o seu perfume...
Fernanda 21/06/2013minha estante
Que orgulho, Thay! Tua resenha está muito boa!
Interessante e chamativa. Achei estimulante e fiquei ainda mais curiosa pelo livro.
Adorei.
Parabéns


Thay 23/06/2013minha estante
Obrigada, Fê!
O livro me inspirou o suficiente pra querer fazer a resenha. Sim, leia, eu gostei muito!




B0nek1nh4 27/02/2023

O per....feito
É o livro dos livros, a minha paixão!!!! Meu livro predileto, de cabeceira... Meu amor... O que me deu gosto e cheiro pela leitura. Envolvente, perfeito, você começa a sentir os cheiros que ele de tão bem, descreve. Sem palavras. Sí cheirando.... Ops .... Quer dizer.... Deliciando com a leitura!
Ruivens 09/03/2023minha estante
Tenho essa mesma vibe sobre esse livro. A escrita é primorosa, a história é absurdamente envolvente, o final é surpreendente. Já li várias vezes.




João 11/08/2019

Bendito seja o perfume
Em "O Perfume", Patrick Suskind conta a história de Jean Baptiste Grenouille, que desde seu nascimento enfrenta sucessivos processos de rejeição, a começar por sua mãe, que o abandona em meio a restos de peixes debaixo de uma barraca em uma fétida Paris do século XXIII.
Ainda bebê, foi julgado como possuído pelo demônio, visto que não apresentava características comuns a outras crianças: comia por dois e não exalava cheiro algum, motivos que levaram-no a uma série de abandonos. Ao crescer, não era grande, nem forte e, embora feio, não assustava. Pouco falava e, em multidão, quase não era notado.
Mas Grenouille tinha um dom incomum: conseguia sentir e memorizar cheiros a quilômetros de distância e, ainda que não conhecesse as essências por seus nomes, era capaz de dosar as proporções ideais para composição dos melhores perfumes.
Ao descobrir ser dotado dessa imensa sensibilidade olfativa, ele parte em busca do perfume perfeito, aquele que lhe fará um homem mais completo e, sobretudo, amado, mesmo que para isso lhe seja preciso desapossar a essência dos corpos de suas vítimas.

"as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queira viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distiguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas."

Este trecho reflete um pouco o contexto do livro (há outros que gostei muito também).
Embora seja uma forma estranha de buscar o amor, revela detalhes da mente de um assassino cuja vida se dá única e exclusivamente em volta dos odores, de sua capacidade olfativa de absorver toda e qualquer essência à sua volta. Uma história interessante, que vale a pena dedicar tempo para sua leitura. Recomendo!!
Para quem interessar, há, também, o filme baseado na obra, bem como uma série na Netflix que reflete todo este contexto. Recomendo também.
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Mi Hummel 28/12/2013

Em busca de uma identidade através do odor.
“(...)Seria capaz de criar um perfume não só humano, mas sobre-humano; um perfume angelical, tão indescritivelmente bom e pleno de energia vital, que quem o respirasse ficaria enfeitiçado e quem o usasse amaria Grenouille de todo o coração. Sim, era preciso que o amassem, quando estivessem debaixo do sortilégio do seu perfume; não apenas que o aceitassem como um deles, mas que o amassem até à loucura, até ao autosacrifício, que estremecessem de delírio, que gritassem, que chorassem de volúpia sem saber porquê, era preciso que caíssem de joelhos como ante o odor frio de Deus, sempre que o cheirassem, a ele,Grenouille!"

Primeiro eu havia assistido ao filme.
E, como acontece na maioria das vezes que me deparo com uma obra assim, acabo não a admirando de primeira.
Interessante. Acredito que vamos amadurecendo até mesmo em questão de leitura. Ao ponto em que conseguimos ler algo de mente aberta, atentos aos significados e correlações psíquicas mais profundos e, aquela obra, de princípio rejeitada, passa a ter o seu valor. E como é grandioso o seu valor!

Lembrei do filme por ocasião de minha dissertação de final de curso. Que, ora! Falava sobre o perfume enquanto mercadoria de reconhecimento. E deu-se o estalo! Li o livro em questão de horas, devorando, engolindo abruptamente e aos trancos.

A obra do escritor alemão descreve a obsessão do jovem Grenouille, nascido entre as carcaças de peixes podres nas ruas fétidas de Paris, pelo alcance do reconhecimento através do odor.

Toda a jornada da personagem é a busca por um odor pessoal, capaz de causar sensibilidade às pessoas à sua volta, capaz de
outorgar-lhe poder: o poder de um Deus. O que é extremamente interessante se pensarmos que o perfume surgiu de um ato religioso. Os povos primitivos queimavam ervas para que o perfume chegasse até os Deuses. ( Inclusive, perfume significa " através do fumo" em sua forma latinizada.)
Aliás, o ato de borrifar perfume em si e nos demais objetos pessoais chegou a substituir a higiene por um certo período.
Perfumar-se também está ligado à sedução...(fato que não escapa à Suskind)

Um dos principais problemas de Grenouille é não possuir um odor. (Ou seria uma identidade?) e é por isso que ele se joga na busca por um cheiro mágico em um mundo decadente. Grenouille acreditava que, ao reter para si a fragrância, conseguiria o amor e o reconhecimento dos demais.

O que ele consegue?
Uma reação primitiva, grotesca e devoradora.

"(...) Em seguida e de um só golpe, a última barreira quebrou-se dentro deles e com ela o círculo. Precipitaram-se para o anjo, caíram-lhe em cima, prostraram-no por terra. Cada um queria tocar, cada um pretendia a sua parte, possuir uma pequena pluma, uma pequena asa, uma centelha do seu fogo radioso. Arrancaram-lhe as roupas, os cabelos, arrancaram-lhe a pele, cravaram-lhe as unhas e os dentes na
carne, atacaram-no como hienas."

O homenzinho sucumbe aos que deveriam adorá-lo. Mas...Até neste ato de sacrifício Grenouille evoca a figura religiosa do Cristo que deu sua carne e sangue na ceia derradeira.

Portanto, leitor, não subestime a força da obra de Suskind como eu o fiz.
Mona 02/02/2015minha estante

Maravilhoso esse livro não é? Na época em que eu o li eu andava com mania de colecionar perfumes !!!!


Mi Hummel 05/02/2015minha estante
Oi, Dan''! Ah, sim! Você descobre muitas coisas por trás dessa mania de Grenouille! É intrigante.
Sério? Colecionar perfumes? Agora eu fiquei com medo de você!rsrs! Brincadeira. É impressionante como um sentido pode definir você. Até, Dan''!




Giulia29 02/06/2021

"Desde jovem estava acostumado a passar pelas pessoas sem que nem sequer tomassem conhecimento dele, não por desconsideração - como uma vez havia acreditado - mas porque não notavam a sua existência"
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Sophia1534 19/06/2021

Genial
Esse não livro não deveria receber o subtítulo de ?a história de um assassino?, mas sim ?a história de um colecionador?. Grenouille era desumano demais para assassinar ? Grenouille não matava, extraía a vitalidade pura em odor.

A história narra a trajetória de Jean-Baptiste Grenouille, abandonado pela mãe, por sua ama-de-leite e pela natureza. Consegue sentir, discernir e catalogar em sua mente todos os cheiros do mundo, menos o seu, pois não o tem. É um patético gênio, inodoro e insignificante. Com seu dom, deseja criar a mais perfeita das fragrâncias, que faria todos curvarem diante dele.

?O Perfume? é um Dorian Gray do olfato. A escrita é impecável, bela e feia, imoral e angélica, engraçada e trágica. Flui como um rio. Você quase consegue sentir o almíscar, o adocicado do jasmim, o azedo do vinagre, o salino do mar. Patrick nos cobre com um véu de seda colorido que inebria e nos cega (ou melhor, nos deixa sem olfato rs) diante das atrocidades relatadas.

O livro beira a um realismo fantástico, meio místico, não sei. Mas é incrível, virou favorito.

Quero muito assistir ao filme! Recomendo a todos a leitura.

insta literário -> @sophiafalou
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Camila1856 05/02/2020

Perfume, história de um assassino
O livro em si e bem interessante, sentimos tudo que o personagem sente no livro, a única coisa que deixa a desejar é que quem não tem o hábito de leitura e que está acostumado com um tipo de escrita como eu acha difícil a escrita do autor e o livro acaba ficando chato, mas a história é envolvente e eu recomendo muito a leitura deste livro...
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Maryane.Avelino 28/09/2023

Sentes o cheiro da putrefação humana?
Esse livro é magnífico, através de um assassino nos levamos a pensar a vida humana superficial e seus estímulos naturais ou de fracos mentais. Os cheiros se misturam e se transformam em filosofia nessas páginas.
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Rafael2157 25/02/2023

O aroma parisiense
?As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é o irmão da respiração. Com esta ele penetra nas pessoas, eles não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas?

É uma história que te pega desde o início. Inclusive, que porrada são as descrições iniciais desse livro. A escrita do autor é excelente, mesmo com uma escassez de grandes diálogos entre os personagens, esses são muito bem desenvolvidos e aproveitados durante a história do protagonista.
É inegável o talento do Patrick pra descrever essa Paris pré-revolucionária. Suja, grotesca, impiedosa, mas ao mesmo tempo viva (no sentido que o século XVIII permitia, claro). Mas eu de fato me senti super imerso e acho que o destaque é o contexto histórico que o autor resolveu ambientar a história.

Olha, esse final? Ainda não digeri e vou pensar durante algum tempo se gostei ou não. De qualquer forma, se for ler, prepare um estômago e parcela essa leitura. Pq foi um baque ler tudo em um dia só.
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Tamires99 23/06/2014

Grenouille e O Perfume
O primeiro contato que tive com "O perfume" foi em 2013, através de sua adaptação para a linguagem cinematográfica. Só no ano seguinte, 2014, tive a oportunidade de conhecer a narrativa escrita.

O livro é dividido em quatro partes e apresentado por um narrador onisciente, o qual descreve Jean Baptiste Grenouille e todos os demais personagens de forma muito interessante.

O enredo acontece no século XVIII e possui como cenários principais a cidade de Paris/França, e de Grasse/França, considerada "a louvada pátria dos perfumistas".

Jean Baptiste Grenouille, personagem principal, é alheio a crenças, sentimentos e moralismos, o que parece encaixar-se bem em outros elementos que fazem dele diferente dos outros humanos.

O livro não perde em nenhum momento o fôlego do início. Consegue prender o leitor pela surpresas que oferece e pelas imagens incomuns que desenha em seu imaginário.
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Gabriel 27/11/2019

O Perfume
Em uma França do século 18, em meio ao odor de um mercado de peixes pútrido e asqueroso nasceu Jean-Baptiste Grenouille, cuja mãe o deixou para morrer mas aquele não era seu objetivo e chorou para a vida. Sua mãe é condenada por tentar matar o bebê e é enviada para a forca.
Grenouille é uma criança diferente, tem uma percepção diferente do mundo, não falou até os 5 anos mas percebeu que a linguagem verbal não se compara e nem alcança a capacidade do olfato dele. Grenouille desperta seu olfato cada vez mais e quer descobrir ainda mais o mundo. Vai trabalhar em um curtume, e algum tempo depois trabalhará com um perfumista. Querendo sempre aprender preservar o cheiro como o da garota dos pêssegos, sua primeira vítima, porém, seu cheiro foi perdido. De fato, a busca foi iniciada e com isso uma série de eventos e mortes estão por vir.
O livro em si é devidamente suave já que aborda uma história aterrorizante desde as primeiras páginas. Como um clássico há uma nova ambientação diferente do nosso mundo aprendemos e percebemos costumes e maneiras talvez nunca vistas ou vistas pelo lado pobre e não aristocrático francês.
Algumas pessoas provavelmente se sentiram mal ao ler o livro, há cenas fortes e pontos inimagináveis, porém, eu aconselho a leitura já como disse, é uma leitura suave e pode ser lido em poucos dias.
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Gabi 18/07/2021

História notável, envolvente e intrigante
Livro de natureza célebre, com um rico nível de detalhes capaz de formar nitidamente a história na nossa cabeça, nos transportando totalmente para seu universo, sendo possível sentir todos os odores milimetricamente descritos. O autor é genial e a narrativa envolvente, diferente de tudo que já li.
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Helen 15/10/2018

Incrível e praticamente indescritível!
Não dá para descrever com exatidão as inúmeras sensações que esse livro é capaz de causar. Atrevo-me a dizer que é uma das leituras mais intensas que eu já fiz até hoje. O Perfume tem uma história que é, ao mesmo passo, eletrizante e horripilante. Se tem uma coisa que esse livro não peca, é em nos dar detalhes, e você se sentirá incomodada(o) com todos eles!

site: http://resenhandosonhos.com/o-perfume-historia-de-um-assassino-patrick-suskind/
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Naara 23/10/2014

Além do Perfume
Creio que o adjetivo 'intenso' resume bem o que eu realmente achei ao terminar a leitura.
Digo intenso pela mistura de sensações que me foi causada durante a viajem pelas páginas. Na contra-capa o autor descreve um trecho que pode explicar um pouco dessa 'intensidade' da qual refiro. Ele diz:

"...as pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao aroma. Pois o aroma é o irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não pode escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas."

No decorrer das páginas é normal que o leitor se identifique com a história e passe a vive-la ou senti-la, e dessa vez não foi diferente. Diversas vezes me peguei inspirando o ar ao meu redor e percebendo mais aguçadamente coisas/cheiros que antes deixava passar, claro que com uma capacidade infinitamente inferior a do famigerado Grenouille.
Quanto a narrativa, confesso que em certos momentos eu ansiava por mais, principalmente se tratando do seus primeiros assassinatos. Mas o conhecimento sobre os processos de criação dos produtos aromatizantes já é uma recompensa pelo enriquecimento de detalhes.
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