Um livro no mínimo curioso para falar a verdade. Quando comprei, baseado na sinopse, esperava uma fantasia romântica e não um livro tão suspenso. É uma história onde tudo é acrescentado, o cenário diferente, os seres fantásticos, as possibilidades são infinitas, mas ao final você percebe que nem a metade de tudo foi utilizada. Na verdade são tantas coisas mal explicadas que não sei por onde começar.
A sensação que ficou após ler esse livro foi que alguém criou um cenário inteiro e estava tudo pronto para rodar o filme, mas perderam as páginas do roteiro e só filmaram as partes que sobraram. Ou seja, ficou faltando muitas partes. A história começa de maneira promissora, mas para por aí. Midas é um personagem atordoado pelo passado, vive remoendo o fato de ter o mesmo nome do pai que se suicidou de maneira tão covarde. Ele é um fotógrafo frustrado e sem perspectiva Em uma manhã na floresta com sua câmera fotográfica ele começa a seguir uma luz branca que se dissolve no lago e é aí que encontra Ida pela primeira vez sentada em uma pedra. Tão frágil e monocromática que ele fica encantado. Combina com a passagem do inverno e com o cenário, mas ele estranha uma pessoa tão frágil com botas tão grandes e desajeitadas. A amizade dos dois surge e em pouco tempo estavam passando dias e noites juntos. Em uma dessas Midas não resisti a fotografar Ida. Aproveita o silêncio da noite e retira as meias dela tomado pela curiosidade. A surpresa que sente ao ver os pés de vidro é uma surpresa diferente.
A partir daí Ida compartilha com ele sua história. Ela está convencida de que um homem que ela encontrou na ilha anos atrás poderá ajudá-la. Midas mente para Ida sobre conhecer Henry Fuwa e da pior maneira descobre que o pouco que se sabe sobre a doença não é suficiente para curá-la. Em uma narrativa lenta e cheia de idas e vindas ao passado passamos por várias histórias picadas e nada do que realmente interessa. A causa da doença. Tive a impressão que o autor tentou deixar subentendido que o tal animal todo branco, que emite a luz branca que Midas viu na floresta fosse responsável pela doença, mas é mera suposição. Várias coisas que eu queria que viesse a tona ficaram sem explorar. Por ex. a causa do suicídio do pai de Midas. O segredo que a mulher que tentou curar Ida tinha para contar a Midas, isso sem falar no segredo de Henry Fuwa.
Acredito que o livro quis transparecer as inevitabilidades da vida. O amor que fadado a terminar e o quão curto é o nosso tempo. As esperanças de cura para ambos os personagens, e a cura a partir da perda. Contudo ficou tudo tão (...)
Termine de ler em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2012/02/resenha-garota-dos-pes-de-vidro.html